segunda-feira, 29 de dezembro de 2008

Protecionisno esportivo.


O Estadão de hoje, Segunda, 29 de dezembro de 2008, vem com a manchete no pé da capa: “Brasil deve vetar atletas quenianos”. Seguindo, “A Confederação Brasileira de Atletismo deve aprovar, em janeiro, restrições à participação de estrangeiros nas provas do País. A medida aumentaria as chances de vitória de corredores brasileiros.”

Parece brincadeira, mas não é. Parece uma idiotice, e é! Imaginemos o Brasil começar a sofrer restrições em competições de futebol lá fora como maneira de “aumentar as chances de vitórias” de outrem. Bela argumentação, não é?

Agora estenda isso ao volei de praia, de quadra masculino e feminino, futebol de salão, arremesso de cuspe, ping-pong, bolinha-de-gude, e sei lá aonde mais o país tem se destacado.

Se o Brasil pode, por quê os outros não podem fazer o mesmo? Todo mundo põe pra fora os competidores estrangeiros e beleza, os esportistas da terrinha passam a ganhar tudo. Ótimo! Melhor que isso, só se os Estados também adotassem essa prática. Paulista só compete com paulista, carioca com carioca, baiano com baiano...

Segue o texto da jornalista Amanda Romanelli: “Além da Europa e dos EUA, o Brasil é destino interessante. Com um circuito de corridas de rua movimentado, há provas com premiação em dinheiro praticamente a cada fim de semana. E é justamente esse o problema apontado pelos atletas brasileiros:eles estão perdendo sua principal fonte de renda.
'Os corredores brasileiros reclamam que não tem conseguido ganhar os prêmios e muitos contam somente com esses recursos para manterem seus treinos', afirma Martinho Nobre dos Santos, secretário-geral da CBAt. 'A presença dos quenianos ainda não tem causado impacto ao atletismo brasileiro. Grande parte dos que competem aqui não tem resultados técnicos fantásticos. Mas eles tiram prêmios dos brasileiros e isto pode ser um desestímulo aos nossos corredores'”.

Ué? mas numa prova internacional se não fossem os quenianos, seria líquido e certo a vitória de um brasileiro? Se um atleta brazuca leva a medalha, também não estaria tirando de outro que também depende da grana?

A “Corrida de São Silvestre” realizada todo fnal de ano pelas ruas centrais de São Paulo, trazendo turistas, levando a imagem da cidade e do país pro mundo todo já tem uma solução, além do prêmio dado ao vencedor, é premiado o primeiro brasileiro a romper a faixa.

Os EUA, que fazem questão de mostrar sua prepotência, sua mesquinhez à toda prova, abusam de seu nacionalismo que cria uma máscara que esconde a falta de vergonha na cara desse povinho de merda. Nessa olimpíada da China realizada neste ano, tiveram a cara de pau, de no tapetão compensar o menor número de medalhas em relação aos chineses, simplesmente propondo mudar sua contagem de maneira que eles passassem a frente. É repugnante isso!

Quando vejo essas medidas que de certo modo “fabricam resultados”, confesso que me causa uma indignação. É a americanalhização do esporte!

Mais um trechinho: “Para Henrique Viana, técnico de vários fundistas, incluindo o campeão pan-americano Franck Caldeira, é questão de tempo para que esse impacto seja sentido. 'Aonde estão os corredores da Itália, de Portugal, do México?', questiona. 'Esses países não formam mais bons atletas porque lá ocorreu, já há algum tempo, o que ocorre agora no Brasil. Só quenianos ganham as provas. Os prêmios estão caindo, porque patrocinadores e torcedores estão perdendo o interesse.' De acordo com a CBAt, países europeus já restringem a participação estrangeira, bem como EUA e África do Sul.”

Lembra quando o volei brasileiro vivia de esmola, ninguém sabia o que acontecia porque não se noticiava? Pois é, não se televisionava porque não tinha qualidade, era uma equipe “retardatária” que ninguém dava nada. Tem comparação com hoje? Saíram do buraco como? Com tapume, protecionismo, leis de restrições a adversários? Não , né.

Alguém já pensou em restringir americanos, russos cubanos e chineses em modalidades em que eles dominam a parada, só dão eles? Porque da mesma maneira eles estariam “roubando” medalhas prestígio, grana, incentivo... Então porque tratar os quenianos assim?

Se são potências a gente os vê como grandes a serem endeusados, e quando são pobres (e pior, pretos), ah, aí são um bando de gafanhotos que estão causando prejuízos, devastando o esporte, etc. Causa-me uma enorme pena sobre as consequências desse pensamento pernicioso. Os acusados serem discriminados ao desembarcar em alguns países, e assimilarem uma baixa auto-estima pelas acusações, sentimento de culpa maior do que o gosto da vitória. Uma pena!

Não gosto daquelas equipes com nomes de produtos “Leite-Moça”, por exemplo, sei lá, acho que “Kolynos”, e outras por aí a fora. Esses patrocínios, dou o braço a torcer, tiraram o o volei da merda, elevou o nível, desenvolveu grandes jogadores(as).

Talvez minha posição seja um pouco cômoda em enfiar a colher numa realidade que não convivo, mas reprovo a medida de criar restrições. Os organizadores devem fazer marcação cerrada quanto ao doping, o resto, que corram atrás.

domingo, 28 de dezembro de 2008

Carla Bruni com menos roupa.


Todo mundo queria dar uma passadinha de olho na primeira dama francesa, Carla Bruni. Já seu marido, o conservador Nicolas Sarcozy, parece não ter despertado muito a atenção do público, ninguém queria ver seu cuecão nas praias baianas. Pra quem não pode vê-la com roupa ou de biquini, pode se consolar com essas imagens aí.



Clique na foto para ampliar.


O Oriente Médio e a estupidez.


Recomeçou o que nunca acabou naquela terra de heróis da carnificina: os bombardeios.
Enquanto os povos que compõe aquela região não contiverem suas minorias, vai ser impossível a manutenção de qualquer acordo de paz.
Israel impos um bloqueio à Faixa de Gaza, na intenção de minar o Hamas, o que tem causado transtornos à população da região e motivado mais ataques por parte do Hamas.
Tempos atrás, o Hezbollah, no sul do Líbano que adotava a mesma prática do Hamas, colocou o Líbano em baixo de pesado bombardeio israelense, o país virou escombros.
A intolerância parece uma aguardente que transtorna as pessoas, tornando-as irracionais.
Yitzhak Rabin, primeiro ministro de Israel, de linha moderada, vinha levando as negociações no processo de paz com os palestinos na década de 90, época em que palestinos não reconheciam o Estado judeu como estes não reconheciam um Estado palestino. Foi assassinado por um compatriota radical, que não aceitava a paz com os palestinos.
Ariel Sharon, que teve um passado ativo na luta contra os árabes e palestinos, incluindo aí, participação em massacres e provocações, foi fundador do Likud, partido de direita israelense. Quando ocupou o cargo de primeiro ministro, de 2001 a 2006, botou seu radicalismo em degelo. Mudou de opinião em relação ao processo de paz, buscando uma participação moderada. Não foi entendido pelo seu partido, nem pelos palestinos que o tinham como um conservador de direita, alguém que não podiam confiar. Sharom renunciou ao cargo de primeiro ministro, abandonou o Likud e fundou o Kadima, partido de centro, mas um derrame o colocou em estado vegetativo que dura até hoje.
Apesar de haver uma indisposição entre os povos que compõe a paisagem do Oriente Médio, são as minorias radicais que impõe o caminho – para o confronto.
As negociações poderiam estar muito mais avançada não fossem os pequenos contingentes radicais de lado a lado que literalmente detonam os acordos. Os próprios palestinos, conseguiram mais à mesa de negociações do que com pedras e bombas.
A liga dos Países Árabes promete se juntar na próxima semana pra avaliar o ataque de Israel na Faixa de Gaza. Provavelmente irão repudiar o ato, lançar manifesto, frases e palavras de efeito, mas nada muito longe disso. Os grupos radicais se sentirão na razão de agir contra Israel e este contra os “terroristas” na sua visão e de “resistência” contra Israel na visão dos árabes-palestinos.
Enquanto eles não se fartarem com o cheiro de sangue de embrulhar o estômago, não derem a sí espetáculos de mortandade e carnificina, outro processo de paz não entra na pauta. Muitos civis inocentes serão mortos, mutilados e perderão seus bens como consequência do ódio irracional mútuo. Adianta falar?

terça-feira, 23 de dezembro de 2008

Madonna parece uma rã.

Seria esse o corpo perfeito?
Foto: Antônio Lacerda/EFE


A posição da imprensa quase como um todo é de bajular, rasgar elogios ao corpo da cantora Madonna.



Depois essa mesma imprensa fica entrevistando psicólogos falando sobre a tal da “ditadura da balança” ou “ditadura da magreza”, e reclamam das modelos tipo cabide que habitam as passarelas.



Madonna está feia! Seu corpo magricela está mais pra flagelada de academia, uma beleza escassa. Coisa de nosso tempo. Uns quilinhos e ela seria um mulherão, uma gostosona.



As imagens mais nítidas, aquelas fotos tiradas mais de perto mostram seu rosto seco, envelhecido, lembra mais uma subnutrida.



Ela pode estar bem de saúde, não tenho dúvida, mas estéticamente, está a desejar.



É uma mulher que não precisa de entrar na faca pra se arrumar, é uma privilegiada, mas peca na sintonia, passou do ponto. Parece que a gordura entre pele e músculo é veneno. Não é! É o que modela, é a beleza bonita, atraente.



Vão falar qu'eu gosto de gorda. Não foi isso que falei, não tenho nada contra as rechonchudinhas, que têm sua beleza. É outro excesso, excesso de magreza e o pior, não é natural, é pura encanação, e pior ainda, ela comanda um enorme contingente de “Maria-vai-com-as-outras”
Posso estar exagerando, mas uma pessoa influente nos costumes como a loira, acaba representando mais que um referencial estético, mas uma questão de saúde pública feminina mundial, ou pelo menos ocidental.



Mixingue, mas Madonna um pouquinho menos magra não teria aquele visual de “acabada”.


Ficaria mais interessante, mais jovem, logo mais bonita. Pros olhos masculinos, mais gostosa.



Minhorelha já começou a esquentar...


domingo, 21 de dezembro de 2008

“VickyCristinaBarcelona”


Depois de muito comentário, acabei indo ver “VickyCristinaBarcelona”, filme de Woody Allen.
Interessante ver o ator Javier Barden no papel principal, reconheci-o de “Sombras de Goya”,que assisti a poucas semanas. Não sei se coincidência, mas é outro filme também sobre a Espanha. Não sou de ver filme pelo diretor, ator, ou o que o valha, não guardo nome de ninguém, procuro ver o filme pelo filme, sem badalações, só guardei o nome do protagonista por tê-lo visto a não muito tempo, como já disse, e o do diretor (Allen) por ser um nome batido.
É um filme de Allen, resumindo. Ele gosta de criar situções embaraçosas, que atentem contra os costumes, por isso meio previsível, a gente só não sabe como ele vai enrolar a trama, mas qu'ele vai colocar os personagens em saias justas, isso ele vai. Mas é um filme legal, diga-se de passagem.
Pela sua procedência americana, é o que sobra porque vem de fora da linha-de- produção roliudiana, aquele monte de filminhos pipoca-coca-cola produzidos em série, coisa pra adolescente e cinéfilos, que pra mim, ofensas á parte, é quem tem vocação pra comer lixo. Não assisto um filme se não tiver um bom motivo pra fazê-lo.
Nunca fui muito de dar trela pra filme americano, mas lembro-me de que entre o fim dos 80 e começo de 90, quando eu estudava na Unesp (Universidade Estadual Paulista) em Marília (cidade do interior do Estado de São Paulo), e havia sido lançado o filme “Blade Runner”, o Departamento de Política do curso de Ciências Sociais – qu'eu cursava – resolveu passar o filme no auditório do campus com discussão marcada após a sessão.
Fizeram um escarceu porque o filme tratava de uma revolta da máquina contra o homem, a insurgência contra o sistema, resistência, e não sei o quê. Fiquei impressionado pelo argumento, pensei comigo: nossa, será que aqueles merdas daqueles americanos erraram a mão e fizeram alguma coisa que preste? Curioso pra ver o filme, fui lá.
De fato a obra tem esse enfoque, mas não ví tudo isso, nada assim tão relevante. Nada mais que um filme americano, ralo e insosso. Fizeram mais fumaça que fogo. Saí com cara de que comi e não gostei. Muito longe de uma obra relevante, de fundo político, até filosófica como se quis passar.
Da mesma maneira, “Matrix” que se disse ser inspirado na “Alegoria da caverna” de Platão (capítulo VII de sua obra “A República”), o filme, digamos, até tem alguma coisa a ver, mas também não é aquela coisa toda. É Platão lavado e pasteurizado.
Deix'eu parar de falar de filme porque isso realmente não é minha praia, aliás, por falar em praia, continuo com meu bronzeado à la minhoca-d'água (desbotado).
Si iú tchumorou!

sábado, 20 de dezembro de 2008

Pichadores cagalhões.



Falando dessa 'mocinha' pichadora da Bienal, que tomou gancho por mais de cinquenta dias, pelo que vi, além de reincidente, ela e seu grupo não fazem nada que preste. Seu sobrenome “Pivetta”, parece mais um caso de piada pronta. O problema todo não está – segundo meu ponto de vista – nos pichadores, mas em seus rabiscos narcisista, pequeno-burguês, filhinho-de-papai. Suas manifestações, ou “afrescos deletérios” como já foram chamados, não significam simplesmente nada, e não significam nada porque também não têm nada a dizer, só querem mostrar seus rabiscos pra outros idiotas iguais a eles. Pela sua ficha, a porcalhona já teria cinco boletins o ocorrência registrados contra ela.


Gostaria que pessoas como ela, tivessem suas casas invadidas e seus bens pichados, emporcalhados. Qual seria a sensação se um belo (belíssimo) dia, ela acordasse e visse que o carro do papai e da mamãe foram pichados de cima em baixo, a garagem, a casa. Que ela encontrasse seu quarto todo borrado de tinta pra satisfação e gozo alheio. Seus cd's seus posters, tudo aquilo que tem um valor mais que material. Como ela se sentiria se um dia encontrasse tudo o que é seu cagado conforme ela e seu grupo cagam no que é dos outros?


O grafiteiro é aquele que tem uma técnica, uma arte, o pichador é aquele que não tem merda nenhuma, só a vontade de aparecer. Não passam de um bando de infantilóides mimados que escaparam das fraldas pra cagar na cidade. Não são contra nem a favor a nada. Nem ao 'sistema', nem ao tal do capitalismo, nem ao status quo, qu'eles nem sabem que merda isso quer dizer e nem interessa. O legal é subir num predio, num monumento e com seus ispreis, cagar em tudo botando sua marca. São a alegria das autoridades quando pegos. O papai vai ter que morrer com uma grana pra livrar a barra do pentelho.Foda-se!


Gostaria de ver pichadores mas que tivessem alguma bosta na cabeça pra mandar uma mensagem que provocasse as pessoas. Que atentasse contra o altismo social em que vivemos. Que quebrasse o hipnotismo orquestrado pela Globo, a Folha, o Estado, a Veja e companhia. Que fosse como uma sapatada no focinho dos políticos, autoridades, artistas e comedores de merda em geral. Estou convencido que isso seria querer demais, foi-se o tempo de se manifestar contra.
A jumentude de hoje será o Brasil de amanhã.

domingo, 14 de dezembro de 2008

Ronaldo, fenômeno de piadas.


O assunto do momento, a persona da hora é o Ronaldo, camisa nove do Corinthians Paulista. Fábricas de piadas brotam de todos os lados, pela internet pululam frases, imagens e vídeos fazendo alusões a fatos de sua vida noturna e suas aventuras sexuais que provavelmente o jogador ainda vai escutar e ver por muito tempo, fora as referente a sua condição física.
Ronaldo leva tudo numa boa. Lembra aquele personagem “gafanhoto”de um antiquíssimo seriado de tv, o Kung Fu. Sempre sereno, sorriso comedido, voz pausada, nunca se altera, não perde a pose. Vindo da terra das elites propriamente dita onde a nata é mais chique e exporta regras de etiqueta, Ronaldo era convidado para eventos em que só figurões frequentavam, a elite da elite. Talvez daí tenha adquirido essa polidez no falar e agir.Veio parar num clube de terceiro mundo com uma torcida – como são as torcidas brasileiras – que age como uma horda de bárbaros de tempos medievais.
Sua posição onde talvez traga mais retorno ao clube seja fora dos campos, vendendo camiseta, promovendo a imagem do clube. A entrada em campo poderia até ser uma boa cena, uma média. Querer fazer fama em campo vai depender de um certo esforço, inclusive fora do campo, retraimento na alimentação e nas noitadas (não é uma crítica moralista) e é aí que aquele comedimento não alcança. Será que ele güenta?

As consequências da inconsequência.

Aqueles que apoiam a estupidez da política de juros do Banco Central deveriam ir pra rua e gritar bem alto: “Eu quero pagar mais imposto!”

sábado, 13 de dezembro de 2008

Congresso americano:excesso de zelo?


O legislativo americano que no começo da crise impressionou o mundo vetando o pacote de ajuda do Tesouro aos bancos agonizantes por falta de justificativa de como e onde usaria o dinheiro, agora novamente retém o auxílio às industrias automobilísticas. Independente das consequências da negação de socorro às três mortas-vivas do setor automotivo, os parlamentares não dão o braço a torcer. Ou são convencidos de que o dinheiro do cidadão será bem empregado, num plano razoavelmente elaborado ou morrem à mingua.

Até onde se pode recriminar esse posicionamento dos parlamentares? Mesmo numa situação sui generis, exigir que aqueles que pleiteiam dinheiro público, convençam os parlamentares que o dinheiro não será empregado em verdadeiras barcas furadas, parece estar dentro do que se espera de uma atuação responsávelpor parte de homens públicos.

O governo americano aponta pra separar uma parte do pacote já aprovado e repassar às montadoras. Se essas empresas não conseguiram preparar um plano convincente, e já vinham arrastando problemas de gestão, teriam capacidade gerencial pra sobreviver num cenário de crise e arrumar o caixa pra devolver o cheque? Daqui a quanto tempo?

domingo, 7 de dezembro de 2008

Marilyn Monroe


Clique na imagem pra ampliar.
Esta beldade parece que não se ligava em roupa de baixo.

Brasil, o país das mazelas.


O mercado em Tabatinga perto do Rio Solimões. A área tem atraído traficantes de drogas pela fronteira com a Colômbia e o Peru, envolvendo os índios. Foto: Lalo de Almeida

O jornal americano The New York Times trás como manchete deste domingo, 7 de dezembro, o problema dos índios Ticuna que lutam entre as drogas e a perda de sua cultura como consequência do contato com o mundo do “homem branco” - conforme reportagem. Como os ìndios conhecem os rios e a mata, acabam recebendo dinheiro em troca de servirem como mulas aumentando tráfico de entorpecentes e de jovens que sucumbem ao uso abusivo de drogas e álcool, desencadeando um surto de desobediência e violência.


O Brasil continua sendo fonte de reportagens sobre mazelas, menores, drogas, índios, amazonia, desmatamento e etc. Os governos envolvidos – União, Estados e municípios – suas secretarias, seus ministérios e instituições são meras produtores de relatórios e desculpas que acabam mantendo ou piorando o estado de coisa. É tanta desculpa para manter madeireiras, agricultores, criadores de qualquer coisa, que estamos convencendo o mundo que somos incompetentes para cuidar de nosso patrimônio, estamos dando margem pra que interesseiros fantasiados de defensores do meio ambiente retalhem e pilhem o território nacional. Tem gente lá fora afiando a faca e autoridade aqui dentro dormindo de touca.

sábado, 6 de dezembro de 2008

Achaca qu'eu gosto!


Podiscrevê: Já que os ingressos pra final do campeonato brasileiro, apesar de caros foram todos vendidos, vai virar moda. Toda decisão vai ter achaque. Aquele que acredita que seu time vai pra final deve preparar o bolso pra ver uma partida de futebol em estádio fuleiro a preço de Madonna.
A extorsão dá a opção 2ª classe, podendo assistir ao ludopédico detrás do gol, de dentro do banheiro, ou fora do estádio, nas barracas de lanche.
Pó pará cum roubo aê!

Villa Lobos de pijama.



Ainda sobre as fotos da Life,veja esta imagem de Heitor Villas Lobos clicada no Rio de Janeiro em 1945 em que aparece usando uma jaqueta sobre o pijama. Gente fina é outra coisa.

Fotos Life



Gosta de fotos? A antiga revista Life disponibiliza no Google fotos desde 1860 até 1970. Tem muita coisa interessante. No linque de busca, se acessar o assunto de interesse mais 'souce:life' aparecem imagens de boa resolução. Por exemplo, caso queira ver imagens sobre o Brasil, escreva: Brazil souce:life. Vale conferir.


domingo, 30 de novembro de 2008

Menos abuso por telefone, maior despesa.


Respeitar o consumidor custa caro e será repassado.

Segunda-feira, dia 1º de dezembro começa a valer as novas regras para o atendimento telefônico ao consumidor. Pode até ser que algumas regras sejam severas, como a que estipula em um minuto o prazo para atender o cliente que estiver na linha, mas as empresas pediram por isso.
Todo mundo que já tentou reclamar ou se desligar de uma empresa de serviço sabe a via-crucis que é. Não tem paciência que aguente. Pra contratar sempre tem gente disponível pra atender, são pessoas educadas, atenciosas, e é uma das primeiras opções de acesso. Agora quando o assunto é reclamação ou pedir o cancelamento do serviço, além de ficar perdido num labirinto de opções, é uma canseira pra ser atendido, e jogam pra um jogam pra outro, resumindo: é um lixo! Por isso digo que essas empresas pediram isso, fizeram campanha pra vir uma lei rigorosa. Mas as regras só valem se o consumidor não der moleza, denunciar, pôr no pau mesmo. Tenha certeza, se depender dessas empresas, vira lei morta em dois palitos! As denúncias podem ser feitas no Procon, Ministério Público e Defensorias Públicas.

Segundo o vice-presidente da Regulação da Vivo, Sérgio Assenço, disse que o custo de implementação das novas regras para call centers e os impostos serão repassado aos consumidores, conforme reportagem do Estado, de sábado, 29 de novembro. Portanto a gente pode esperar, todos os custos inclusive as indenizações serão tudo repassadas adiante, voltam pra gente mesmo pagar.

sábado, 29 de novembro de 2008

O "egoísta" Serra.


A posição do Governador de São Paulo em relação à reforma tributária o coloca numa situação de “bairrista”. Muito mal pra quem quer disputar a corrida presidencial. Pela proposta da reforma em discussão, haveria uma repartição na arrecadação do ICMS entre o Estado de origem e o de destino. Como São Paulo é o que mais produz, cederia uma parte de sua arrecadação, o que parece incomodar o governador. Quanto mais Serra entra na briga, mais fica com cara de quem só vê seus próprios interesses ou “egoísta” como dispararam os governadores de Pernambuco, Sergipe e Bahia. O PT deve jogar gasolina pra ajudar a apagar o incêndio.

O mineiro tá certo!


Acidentalmente deparei-me com o verbete “trem” no dicionário e fiquei surpreso com seu significado: “conjunto de objetos que constituem a bagagem de um viajante; comitiva; mobília de uma casa; conjunto de objetos próprio para certos serviços; carruagem; traje; comboio de via férrea; bateria de cozinha; qualquer objeto; indivíduo inútil; traste; pl. coisas; bobagens; trastes; o mesmo que teréns.”(Dicion. Escol. Da L. Port., MEC)

Agora quand'eu ouvir um mineiro dizer: “Pega esse trem!” “Me dá esse trem!” vou saber que se trata de uma pessoa conhecedora do vernáculo. Viste?!

domingo, 23 de novembro de 2008

A 'raça' na ordem do dia


A Folha e o Estadão trazem neste domingo, 23 de novembro, a discussão sobre raça, que parece esquentar. NoBrasil, a questão das cotas têm dado o que falar tendo negros e brancos contra e a favor pelos mais diferentes motivos.

A Folha aponta pesquisa que afirma que número de pessoas que se assumem negros e mestiços aumentou em 11%. Já o Estadão trás uma matéria sobre o considerável aumento de “incidentes racistas” que vem ocorrendo nos EUA após a eleição de Obama. A reportagem vem com a imagem de um membro da Ku Klux Klan com seu tradicional traje branco com o focinho coberto pela típica máscara em forma cônica tendo a bandeira dos confederados às suas costas. Os “Confederados” para quem não sabe ou não se lembra, foi a facção que dividiu o país na Guerra de Sesseção” no seculo XIX entre o sul escravista e o norte protecionista. Os sulistas tinham uma bandeira de fundo vermelho, com um “X” em azul atravessando-a toda, e estrelas no azul. Aqui no Brasil é comum ver a molecada usando essa bandeira como adereço, como símbolo de rebeldia. Pra quem usa uma suástica como simbolo de liberdade, uma flâmula racista não fica muito atrás.

A reportagem do Estadão vem ainda com a informação que o site dos “supremacistas” brancos, ou brancos racistas radicais, Stormfront.org, chegou a ficar fora do ar no dia seguinte à eleição devido ao grande número de acessos. “ O site ganhou 2 mil novos integrantes em apenas um dia”, diz o texto de Patrícia Campos Mello, correspondente de Washington.

Entrando no site da tal comunidade “branca” a gente encontra entre tantas pérolas dos reaças, o “Threads in Forum: Brasil” que tem várias discussões sobre negros e brancos no Brasil. O negro como uma praga que se alastra e o branco como aquele que deve se “concientizar”, se organizar e defender seu território. Alguns tópicos: “Utopia:Como seria sua Nação-Estado Branco recém criado no Brasil”, “Um não-branco no poder de uma nação branca”, “Arianos no nordeste” e muito mais evidenciando que os “caras-pálidas”tupiniquins por não poderem mostrar a cara aqui, têm seus foruns de discussão lá no centro dos reaças do continente.

Lei! Mas lei que funcione, é o que assegura que as conquistas de igualdade crie raízes e imponha um território em que as pessoas possam viver e coexistir pacificamente. Para os porcos segregacionistas, a cadeia como estágio, uma experiência de vida em senzala, em jaula como escravo, como inferior, pra sentir o peso de seus ideais.

sábado, 22 de novembro de 2008

Novesquerda.



O PT, que nos idos dos anos oitenta tanto criticava os partidos “burgueses”, pela sua visão meramente eleitoreira, hoje desponta como mestre dest'arte. O partido bateu o pé que não pode o governo federal fechar negócio com o governo paulista passando Nossa Caixa para o Banco do Brasil porque seria dar munição – encher o cofre – a Serra, seu principal oponente em 2010.
Tá certo que o errado sou eu em querer que o PT se mantenha fiel ao seu passado hirsuto, engajado, revolucionário, anti-eleitoreiro, anti-capitalista, anti-imperialista, anti-cocacola, anti-mequidonaldis, e por aí a fora. Seria muito conservadorismo meu, pois se eu mudei, se a União Soviética mudou, a China mudou, os PC´s mudaram, por que o partido não pode mudar?
O problema é que o PT, que também mudou, tem um radicalismozinho preso em suas entranhas, acabou se tornando um partido que só pensa naquilo, a eleição. E pra isso vale tudo! Cada liberação de verba, cada projeto, cada decreto-lei, ops, medida-provisória, cada coisa que se pense e que se faça, tem que estar sempre vinculado à estratégia do próximo pleito(aquele conceito pequeno burguês de administração republicana então, nem pensar). Agora, vai dizer qu'eles são eleitoreiros. Te jogam um Chávez junto com um Morales na tua cabeça e ainda te chamam de porco capitalista! Vendido! A gente é que não entende nada de estratégia e tática de um partido de operários.
O Lula, que dá uma dentro uma fora, disse: “Não podemos apequenar essas questões.” “Se eu for pensar nas eleições de 2010, não libero dinheiro para mais ninguém.” Ah, liberar, libera. Está cheio de administrador que compõe a “base aliada” pedindo um cachezinho pra continuar aliado, o que o próprio partido deve apoiar, pois 2010 já está aí e é hora de cerrar fileiras para manter um “partido operário” no poder. Operário e moderno, diga-se de passagem, pois trocou o apoio de Moscou, Pequim e Havana, pelo da FIESP e da FEBRABAM. Proletários de todo mundo, uní-vos!

domingo, 16 de novembro de 2008

A indústria da poluição e os mansos.


A indústria automobilística brasileira alega não ter como colocar de imediato o motor que utiliza o combustivel diesel que tem apenas 50 partes por milhão de enxofre(S50) que seria menos poluente, e a Petrobrás alega não ter como fornecer esse combustível para 2009. Mas essa mesma indústria põe esse mesmo motor nos veículos que manda pra Europa, porque lá não entra essa fumaceira que a gente usa aqui, 500 partes por milhão em áreas urbanas e 2000 em áreas rurais. Essas metas fazem parte da resolução 315 do Conama de 2002, que deu prazo pra que tudo fosse resolvido até 2009. Como não será cumprido, em punição, as autoridades estão estudando dar um prazo até provavelmente 2012. A gente, enquanto isso, come essa fumaça.
Confabularam para essa beleza, o governo do Estado de São Paulo, o Governo Federal, a Petrobrás, as montadoras e o Ministério Público. Palmas a todos que fazem o Brasil de hoje e de amanhã.

sábado, 15 de novembro de 2008

Doe sangue, doe órgãos.


Saiu no Terra que a doação de órgãos aumentou após a morte da menina Eloá. Segundo a matéria, devido a intensiva cobertura da imprensa, houve um aumento considerável de doações. Que ótimo! Não custa nada uma família que tem um parente em estado terminal doar seus órgãos. A argumentação de que existem máfias, contrabando de órgãos,etc., se existem ou a possibilidades de exixtirem é exatamente pelo fato de tantos órgãos irem apodrecer em cemitérios. Imagine quantos órgãos aproveitáveis não foram apodrecer em algum necrotério sómente hoje e só na cidade de São Paulo. E pelo país inteiro. Quantas pessoas não poderiam estar sendo aliviadas de sua aflição, podendo voltar a levar uma vida mais próxima do normal. Agora imagine quantas pessoas não têm que continuar a se arrastar entre médicos, hospitais, suportando dores, mal-estares, tendo a morte sempre por perto junto com um grande número de órgãos se perdendo pelo descaso, por crenças exóticas, etc.
Deveria ser a coisa mais normal do mundo quando uma pessoa morresse, ser levada para um “desmanche” e aliviar a penúria de outros, como deveria ser a coisa mais normal seus parentes virem com naturalidade esse tipo de procedimento e desejável.
Do ponto de vista religioso, se esse Deus existe, será que ele concordaria em dar aos homens um cérebro com capacidade pra que consigam desvendar e resolver seus males, mas se perderem negligenciando sua inteligência, os recursos desenvolvidos e se apeguem a rezas e pensamentos enviesados que acabe levando à morte e sofrimento de seu próximo?
Sejamos humanos, precisamos vencer o preconceito de que ser mais irmão é uma coisa boba, piegas.
Doe Sangue. Doe órgãos.
Sou um doador de sangue, quanto ao resto, não tive condições ainda.

O ocaso do capitalismo.


Fico impressionado com a liberdade de delirar que as pessoas se dão sem culpa nem receio. Só porque o “capitalismo” torceu o pé, já falam em derrocada, fim dos tempos, fase terminal, citam Marx, Lênin, fazem uma festa. Ah, vão delirar no banheiro! E não esqueçam da descarga, que ninguém é obrigado a suportar o cheiro do pensamento alheio.

A economia mundial vinha tendo um crescimento excepcional, crescendo como nunca, chegando a gerar falta de alimentos e petróleo, que mesmo sobrevalorizados devido á especulação, escasseava, mas mesmo com preços altos, a demanda não abaixava. Analistas afirmavam que os pobres do mundo estavam entrando no mercado de consumo, sendo empregados e que isso gerava problema de abastecimento. A situação era tão positiva que o excesso de crédito acabou gerando os tais títulos podres que envenenaram a economia. Não havia controle, nem regulamentação, deu no que deu.

Estados do mundo inteiro entraram pra acudir sua economia doméstica junto com seus Bancos Centrais e Tesouros, contando também com a assistência do FMI, Banco Mundial, e mais alguma instituição internacional, como a própria reunião do G20 discutindo a crise. Pode-se dizer que a economia vinha correndo, tropeçou e enterrou os cornos no chão, mas muito longe do óbito, como alardeiam os desvairados.

Não se trata de adorar ou odiar o “sistema”, não é isso, trata-se de analisar o que está acontecendo paltando-se pela sobriedade, pela realidade. Mas tenho plena consciência de que ao criticar alguém que fala em “derrocada do capitalismo”, que está “com os dias contados”, e por aí a fora, vão dizer que estou defendendo o “sistema”. Todos aqueles que não deliram na mesma sintonia, não fazem parte da mesma confraria, são “pequenos-burgueses”. Reconheço que já passei por aí, não nego nem me arrependo. O problema é empacar e ficar nisso.

Ficar argumentando que a crise de 29 durou 3, 5, 10 anos, também não quer dizer nada. Hoje as coisas são muito diferentes. Se naquele tempo em que o entendimento da coisa era mais curto o mundo não acabou, o socialismo russo que era novinho em folha não s'espalhou pelo mundo, não vai ser hoje. Por falar em hoje, alguém está vendo alguma revolta, algum sinal, algum burburinho indicando “o fim” ou “queda” desse tal de “sistema” de acumulação?

Pode ser que dure um, dois anos a crise, mas depois tem tudo pra voltar tudo como estava antes, crescimento, problema de abastecimento, etc. Só que agora com mais controle. O que não quer dizer que não venha a ter outras crises, quando vierem, teremos que aguentar a turma do delírio assolando nossos ouvidos com seu besteirol. Haja!

domingo, 9 de novembro de 2008

Concentração bancária.


Qual o motivo dessa corrida encarniçada por abocanhar outros bancos? Depois da anunciada fusão entre Unibanco e Itaú, principalmente Bradesco – o ex maior banco privado brasileiro – e o Banco do Brasil – ex maior banco brasileiro – se impuseram a meta de buscar a posição perdida colocando o setor em franca concentração. A concorrência que já era coisa de conto de fadas pros correntistas e usuários promete ficar pior ainda. 70% do setor está na mão de menos de meia-dúzia de bancos, e a tendência é haver um enxugamento no que já está seco.
A sociedade acabou de sofrer um golpe dado pelos bancos ao fechar o crédito deixando toda a sociedade sem dinheiro, pondo em risco o emprego de muita gente. Mesmo o governo liberando parte do dinheiro retido no Banco Central, só uma pequena parte desse dinheiro chegou á sociedade. Agora o governo provavelmente vai aprovar a fusão e a população deve ir treinando, seu fiofó vai virar cofrinho.

Ainda Obama.


O assunto do momento agora é o presidente eleito dos EUA. É Obama pra cá , Obama pra lá, Uma festa.

Tem gente que vê tanta coisa nisso que pirou! Acha que ele será o messias, um iluminado que onde pôr a mão curará todas as feridas sociais, políticas, etc. Já outros, vêem um excesso de expectativa, um desprendimento da realidade, e que a grande virtude está em ter sido eleito um negro, tirando esta novidade não sobraria muita coisa.

Obama não é só um negro. Assim como a sociedade americana não ficou tão bonzinha assim do dia pra noite. Ninguém deu esmola a ele numa cabine de votação. Não desbancou Hillary simplesmente por ser 'de cor'.

Obama chegou onde chegou porque impressionou as pessoas. O homem é um intelectual, dono de uma eloquência que não se acha em liquidações. Ninguém 'deu' nada, ele o conquistou. Convenceu que era o melhor. Não ganhou por ser negro, mas apesar de ser negro.

Pela sua história de vida, sua convivência com outros povos – mas não como um mariner, um soldado – a miséria com que conviveu e o preconceito que aturou em sua pátria o tornaram uma pessoa potencialmente diferente. Sua participação ativa em movimentos sociais faz dele uma pessoa com um tipo de vivência fora de parâmetro em se tratando de presidentes americanos.

O fato de ser formado em ciências políticas, também é um diferencial. A relação com sua assessoria tem tudo pra ser mais proveitosa, tanto em questões nacionais quanto em questões internacionais. As pressões inerentes ao cargo continuarão. Setores da economia, da sociedade, do Congresso com certeza o pressionarão. A virtude está em agora essas demandas serem negociadas em outros parãmetros.

Apesar de Obama não ser um messias (ou 'o' messias), acabou se tornando como um astro pop que promete causar furor onde passar. Os chefes de governo da Europa se acotovelam pra ser o primeiro a receber sua visita Se ele tiver inteligência e não desperdiçar esta aura que conquistou, será um estadista com grande poder de influência. E quanto mais influenciar positivamente, mais carismático poderá se tornar.

Acredito que países em que o antiamericanismo é forte, só o fato de sua eleição já provocou um degelo, mudou a espectativa. Um simples aceno em prol do diálogo poderá mudar toda uma disposição belicista de uma região como o Oriente Médio, e uma negociação séria, honesta, de respeito mútuo, faria bem para toda a humanidade.

Baile 'sem calcinha'.


Por falar em balada, quem nunca entrou numa barca furada? Pois é, vocês já ouviram falar na festa 'sem calcinha'?
O nome deixa todo marmanjo babando como um lobo selvagem esfomeado, porém não é nada do que parece, é a balada que só tem macho, só dá cueca, porisso 'sem calcinha'. Coisa pavorosa!

Ainda o Bush.


Nunca concordei com a tese de que Bush (filho) tenha invadido o Iraque por causa do petróleo, muito menos pelo argumento de que Saddan escondia armas químicas.
Bush (pai) foi o único presidente americano da história recente que não se reelegeu, e não se reelegeu porque sua popularidade foi a pique como consequência da invasão do Iraque. Os EUA invadiram o Iraque porém o presidente do Iraque permaneceu no cargo e o presidente dos EUA foi quem caiu. Isso criou um ressentimento em seu filho, BushII, agravado pela sua personalidade mesquinha. Daí sua convicção em invadir o país, que se não fosse por um motivo seria por outro, mas que seria invadido, seria sem dúvida. O motivo arrumado foi o das armas de destruição em massa que se mostrou sem fundamento e o combate ao terrorismo , mas dessa vez, seu ponto de honra seria depor aquele que atentou contra o clã Bush. Um terrorista mesquinho no comando do mundocom sua política de terror e um povinho bem besta que o criticou porém o reelegeu. Fodam-se! Têm que comer merda com catchup!

No bico do corvo.


A sociedade americana parece desmanchar quando se fala em padrão de vida. Pelo menos 50 milhões não tem plano de saúde, o que qualquer mal súbto pode levar uma família a passar um apuro financeiro dado o custo do tratamento. Metade das famílias tem algum vínculo com o mercado de ações o que com a crise econômica, complicou a situação financeira de muita gente. A população já de uma certa idade que tem um pé-de-meia em fundos, devido à desvalorização dos tais 'ativos financeiros' (ações, títulos, etc.) viu seu sonho de aposentadoria ou ficar mais distante ou ficar mais magro. Quem tem prestação da casa própria está sendo assombrado com elevadas prestações. É, o presidente recém empossado 'terá apenas uma bala', não poderá errar.

domingo, 2 de novembro de 2008

GP do Brasil



Sobre o GP do Brasil, Massa e Hamilton foram menos protagonistas e mais beneficiados e prejudicados por ação de outros pilotos. Foi Vettel quem colocou a taça de campeão na mão de Massa quando ultrapassou Hamilton, e foi Timo Glock quem passou a taça pro inglês ao jogar a toalha no final da prova. Não fossem os dois pilotos junto com São Pedro, que deram emoção no final, as coisas terminariam como terminou, só que com “menas”emoção.

Obama X MacCain


Obama, o candidato democrata a Casa Branca, tornou a eleição presidencial nos EUA, a mais popular talvez de todos os tempos, e pode-se dizer que MacCain, o candidato republicano, pode até perder a eleição, mas hoje ele é mundialmente conhecido graças ao seu adversário.

Não fosse Obama, a eleição americana seria apenas mais uma eleição americana em que pouca gente de fora acompanha e se interessa. Fossem dois MacCain's, ou dois Bush's, e o pleito seria um assunto exclusivamenrte 'deles'. Mesmo Al Gore, o candidato democrata que perdeu pra Bush numa apuração suspeita, e acabou virando um defensor da natureza, fez um filme sobre aquecimento global, mesmo ele não teve tanta atenção do mundo como esta eleição de agora. O mundo acompanha uma eleição que se tornou um evento planetário. Obama é pop.

Também pudera, é uma eleição sui generis. Um negro alinhado, intelectual, bom de retórica, que convenceu boa parte da população e da grande imprensa de que está preparado ou que é o melhor. O país inteiro lhe dá dinheiro, sendo talvez a campanha mais cara da história dos states. É uma campanha profissional em que parece que tudo está competentemente posto. Desde seu site na internet, seu discurso, até seu vice, sua esposa e família. Tudo aquilo que faz diferença pro americano. Do outro lado, parece que tudo foi arranjado também , mas pra dar errado. A campanha de MacCain é criticada pelos próprios republicanos. É um show de gafes, tanto por parte do candidato como de sua vice, Sarah Palin, que insiste em descumprir orientação de seu partido de ficar de boca fechada. Calada já causa problemas, como foi o caso da renovação de seu guarda-roupas,quando abre a boca então, é uma 'arrasa-quarteirão'.É uma campanha pobre em todos os sentidos, um anedotário. Talvez uma campanha que faça com que os republicanos nem queiram sair de casa pra votar.

Caso eleito, também, o mundo estará no encalço de Obama. A administração americana sempre teve repercussõs mundiais, porém agora será exponenciada, o mundo acompanhará as medidas tomadas por seu governante superstar pra conter a crise interna, a política nacional e internacional, com espacial atenção para o oriente médio. Atrairá muita atenção pelo fato de ser um negro governando uma das maiores nações racistas e preconceituosas do mundo. Mas como o Brasil também não fica atrás, outro dia um conhecido me disse que ninguém duvida que Obama ganhará a eleição, a aposta agora é se ele vai cagar na entrada ou na saída. Pode?

sábado, 1 de novembro de 2008

A crise imposta pelos bancos.


Todo mundo agora resolveu tirar uma da cara do Lula porque ele disse que a crise aqui não passaria de uma 'marolinha' e agora o Banco Central e o Ministério da Fazenda estão tendo que tomar medidas mais abrangentes pra conter a crise que está tomando grandes proporções. Não sou puxa-saco do governo, mas, uma coisa precisa ser dita:

Quando Lula fez seu pronunciamento, ele, seus acessores e ministros viam a crise 'do outro lado do Atlântico', ou seja, a crise estourou nos EUA e arrastou a Europa porque os títulos podres infestavam instituições financeiras dessas duas regiões. Não havia esse tipo de papel depreciado em bancos nacionais e a economia brasileira ía a todo vapor. As perdas por aqui se restringiram praticamente à bolsa que atingiu pessoas físicas e jurídicas, e a algumas empresas que especularam em dolar, mas nada que viesse a causar uma crise sistêmica na economia.

O que ninguém contava, era que os bancos brasileiros iam se aproveitar da crise e causar uma embolia financeira, travar a circulação de dinheiro. O governo de binóculos observava ao longe quando foi traido pelas costas.

Banqueiro não tem pátria nem escrúpulos. O que vale é aproveitar o momento pra se locupletar, independente de que venha a prejudicar, quebrar, ou pôr outros em situação complicada. A argumentação de que não há segurança em emprestar não passa de conversa pra boi dormir. Nem todas empresas são exportadoras, ou têm qualquer relação com o mercado externo, boa parte delas atende o mercado interno que continua aquecido.

Apesar de ter secado a captação de dinheiro lá fora, a oferta de dinheiro pela diminuição do compulsório não significou aumento de crédito porque os bancos enfiaram tudo em títulos públicos. Estes urubus pousados em cima do cofre estão dando risada de ver os juros ao consumidor ganhar os céus. O BC agora resolveu cortar a remuneração dessa parte que deveria voltar à circulação mas que os bancos mantêm entesourados. Ou seja, dinheiro tem, só que está na toca das raposas.

O governo evita retirar títulos públicos de circulação que aumentam a dívida pública, por pressão dos bancos e porque alguns analistas diziam – antes da crise – que se o governo resgatasse esses papéis causaria um excesso de liquidez, que poderia levar à inflação. Agora seria uma boa hora pra tomar medidas como essa pra pressionar os bancos a abrir os cofres. Mas como já disseram, “falta coragem e competência!”

domingo, 26 de outubro de 2008

Campanha burra!

Tiago Queiroz/AE


A campanha da ex prefeita Marta Suplicy, para a cidade de São Paulo, é uma das mais idiotas e burras que já vi. A eleição foi dada pro Kassab, o atual prefeito.
A campanha do PT focou o fato de seu oponente ter apoiado o prefeito Celso Pitta, o mais impopular dos últimos tempos, com uma gestão marcada pela corrupção.
Acontece que isso não teve o menor apelo popular eleitoral, mas só os 'técnicos' da campanha, os marqueteiros não perceberam isso. Falar que Kassab veio do Pitta, do Maluf, ou que veio dum ovo, não quis dizer nada, se trouxe algum voto ninguém sabe, ninguém viu, mas os entendidos empacaram a campanha nesse mote e foram até o fim. E tomaram na cabeça.
Outra coisa foi a campanha preconceituosa e apelativa em que perguntava se o eleitor conhecia Kassab, se sabia se era casado, se tinha filhos, uma insinuação ao fato de haver um boato de que o prefeito seria homossexual. Uma campanha que ofende a inteligência de pessoas um pouco esclarecidas, que queimou a biografia da mulher que sempre esteve vinculada a lutas contra o preconceito e a discriminação. Mostrou mais uma vez um partido sem escrúpulos, que como Fausto, vende a alma ao diabo visando seus fins. Se esperavam que o preconceito fosse atentar contra o prefeito, a indignação falou mais alto e fez com que a candidata afundasse ainda mais.
A saída, também apelativa, foi fazer pose de vítima, alegando que 'estavam querendo estigmatizar sua campanha'. Se sua campanha foi estigmatizada, foi por consequência da conspiração formulada na própria oficina do mal dos porões do PT. A bomba do Riocentro estourou no colo de sua candidata.
Sem campanha e sem coligação, a eleição estava praticamente entregue ao alcaide. Bem feito!

O bem público para particulares


“É necessário, Sr. Presidente, republicanizar a república.”

Relatório apresentado ao Presidente da República dos Estados Unidos do Brasil pelo Ministro de Estado dos Negócios, Viação e Óbras Públicas, Joaquim Murtinho, em maio de 1897, 9º ano da república.
Impressionante, mas as palavras do ministro quando a república tinha a idade de uma criança continua atual e a república já completou mais de 110 anos. Os bens da nação como seus cargos burocráticos e políticos são vistos e utilizados como particulares ou de uma categoria, um setor da sociedade, um feudo, um gueto, e não como um instrumento da nação. É a nobreza em tempos de república.

sábado, 25 de outubro de 2008

Estado mínimo onipresente.


Segundo a imprensa o governo poderá vir a ajudar bancos e financeiras (MP443), construtoras (imóveis), o setor sucroalcooleiro, e empresas exportadoras. A cada semana este renque aumenta, ainda deixando de fora inúmeros empresários melindrados por estarem fora do alcance de vista do governo e sentirem o vento gelado da crise esfriando seu negócio.
Por décadas, um coro uníssono cantava o hino do Estado mínimo. Queriam o Estado do tamanho de um pinto, pra que 'o mercado' se fizesse por sí, e então a economia se desenvolveria, o país cresceria, e toda a sociedade se beneficiaria.
Esse foi o mote de nossa história recente. Privatização, desregulamentação, e muita crítica ao 'Estado jurássico', expressão de 'Bobby Fields' ou Roberto Campos, como queiram. Interessante notar como da noite para o dia nossos pregadores do livre mercado chorumingam, ou se ressentem pela não onipresença do Estado.
Lembro da letra da música 'Geni', de Chico Buarque, em que uma mulher desprezada por todos é quem poderia salvar a cidade se ela aceitasse deitar com o comandante de um zepelin armado, pronto para bombardear a localidade. Aqueles que a desprezavam, imploram que ela vá satisfazer os desejos do algoz. A contra gosto ela se redime e se entrega à lascívia do comandante, salvando a cidade. Uma vez passado o perigo, ela volta a condição de desprezada e perseguida pela população que ela à pouco salvara. 'Joga pedra na Geni! Joga bosta na Geni!...
Cabe ao governo bancar o ônus da preservação da economia e seus agentes econômicos pra quem sabe num futuro não muito distante, venhamos a ouvir reclames da inconveniente presença do elefante estatal na economia.

sábado, 18 de outubro de 2008

O ciúme.


Ciúme é coisa de gente doente. Quem nunca presenciou uma festa ou um encontro entre poucas pessoas em que um casal de ciumentos dão seu show brigando em público, no meio de todo mundo. Se desacatam, se xingam, falam alto roubando a atenção de todos e, depois vão embora deixando todo mundo com aquela cara de bunda.
Os ciumentos se defendem: se não tem ciúme é porque não ama. Tudo bem, mas tem gente que ama demais. Um ameaça enfiar a mão na cara do outro em público não respeitando os outros. Eles se merecem. A mulher que se enfia num relacionamento desses geralmente acha que tem que ser assim mesmo, se sente valorizada, vê nisso o quanto o outro se importa por ela. O homem a mesma coisa. Faz uma cena com os outros dizendo que não gosta de mulher no pé mas saber que ela está em seu encalço o valoriza. Por serem possessivos – podem até fazer uma média – a sensação de ser uma posse, de serem de alguém é desejada. A marcação cerrada é a melhor demonstração de que o outro o ama. Na verdade são dois desequilibrados, dois neuróticos. Quem anda com um ciumento, anda com uma bomba, uma arma letal, uma fera como aqueles cães 'domésticos' traiçoeiros que podem devorar seus próprios donos a qualquer hora.
Estou tratando deste assunto por causa do caso das meninas refens de um neurótico que aprisionou 'seu amor' por mais de cem horas, a agrediu várias vezes e, como última prova de amor lhe meteu uma bala na cabeça. Este sentimento na cabeça de um desequilibrado é uma droga que entorpece e o leva a fazer coisas que não faria sã. É um doente difícil de atrair pena e compaixão.

sábado, 11 de outubro de 2008

Em tão pouco tempo...


A poucos meses o mundo vivia em crise. Uma crise completamente diferente da vivida hoje. Não faz muito tempo que as manchetes dos jornais alertavam para a crise energética causada pelo crescimento da economia mundial. Como praticamente a economia do planeta inteiro vinha de vento em popa, não havia petróleo suficiente – nem outras matrizes energéticas – pra bancar a carência de energia. A discussão de fontes alternativas ganhava espaço, como o etanol brasileiro proveniente da cana de açucar. O etanol dos americanos, proveniente do milho, vinha com outra discussão que também não largava as matérias jornalísticas: a crise dos alimentos.
O crescimento global da economia fez com que uma parcela maior de pessoas tivessem acesso a alimentos, o que teria levado a causar escassez e elevação de preços. Energia e alimentos por serem negociados em bolsa sofriam acusações de parte de suas altas cotações serem provenientes de especulação. Os biocombustiveis eram acusados também de causar aumento de preço dos alimentos por invadir terras de cultivo desses alimentos.
A cotação do petróleo alcançou a estratosfera junto com os alimentos, seguidos de projeções do fim do mundo. Naqueles dias, ninguém acreditaria se alguém dissesse que daqui a poucos meses o preço do petróleo estaria 40% inferior, com a OPEP se reunindo pra cortar fornecimento do óleo tentando segurar a cotação. Que a questão energética sumiria do noticiário assim como a crise de abastecimento de alimentos. Que no Brasil, o dolar 'de chumbo' pararia de cair e flutuaria à casa dos R$2,20. Que a economia americana, a mais forte, mais pungente, em pouco tempo entraria em parafuso. Que aqueles bancões brutamontes, financeiras, seguradoras e grandes empresas do setor imobiliário americano estariam quase todos quebrados, à mingua pedindo falência, sendo incorporados por outros bancos a preço de banana, sobrevivendo às custas de dinheiro do contribuinte, na fila do sopão do tesouro americano.
Não faltam setores da sociedade produtiva, econômica, que façam previsões pro futuro, porém as vezes a história busca 'escapadelas' que driblam as bolas de cristal de todos, pegando o mundo de surpresa.

Frase da semana.

“Eu não sei o que é neoliberalismo.”

Antônio Delfim Neto. Jornal O Estado de São Paulo, domingo, 5 de outubro de 2008.

sábado, 4 de outubro de 2008

'Zona' de influência


Enquanto americanos e russos ficam pelo mundo criando tensões com demonstrações de força, fazendo operações de birra e contra-birra, com deslocamento de belonaves, ensaios de guerra, defesa e etc., alí no Índico, na região da Somália, piratas deitam e rolam. Só neste ano trinta embarcações foram assaltadas, e somente agora a ONU e a UE resolveram se mexer depois que uma embarcação entupida de tanques russos foi tomada. A operação de segurança pretende combater a atuação de piratas (só) na costa da Somália. Os trombadinhas vão ter que mudar de esquina.

Sarah “Anta” Palin.





Ganhundoce quem advinhar qual das duas antas é candidata a vice-presidente dos EUA. Apesar da anta candidata ter se preparado para o debate entre os vices, já havia dado claros sinais em entrevistas anteriores de sua inteligência de tapir. No estilo “bela mas burra”, mostrou desconhecimento de assuntos nacionais e internacionais.
Se o senso comum diz que mulher bonita é burra, Palin contribui pra recalcar este pensamento, assim como o de seus correligionários, os conservadores e reacionários, aqueles que acham que mulher é inferior, que lugar de mulher é na cozinha, e outras pérolas. A governadora é um prato cheio pros machistas, cérebros de gorilas inclusive como ela mesma.
Ela pode ter se 'preparado' pro debate, mas ainda falta mais de um mês pra eleição, um mês pra escapar suas maravilhosas idéias de anta reacionária, um atentado contra ouvidos alheios e pra candidatura McCain. Bom pro Obama.

sábado, 27 de setembro de 2008

Pesquisa de voto nos EUA.


Sobre as pesquisas de intenção de votos nos EUA – e no Brasil também – dizer que um candidato está três, quatro pontos percentuais pra cima ou pra baixo, não é coisa de se dar muita trela. Numa semana Obama está a frente de McCain, na outra, empatou ou ficou pra trás. Claro que conforme a crise financeira se desenrola, novos fatos aparecem, conforme as campanhas rolam, as acusações acontecem, uma parcela do eleitorado provavelmente oscile, mude de opinião, etc., lembremos que lá o voto não é obrigatório. O que não dá é querer levar esses dados como a mais pura representação da realidade, agravado com a presunção de algumas empresas de pesquisa em afirmar não existir margem de erro, ainda que haja divergência de números entre as diversas instituições de pesquisa. Pra eles, oráculo é uma ciência exata, e pesquisa de intenção de voto é como papo de político, acredita quem quiser. O problema é seu.

domingo, 21 de setembro de 2008

Regeneração


fotos:eu
Esta simpática 'senhôura' que passa os dias estática como numa meditação profunda, quebrada apenas na hora da bóia, veja só, perdeu um de seus pares de membros dianteiros. A natureza, que lhe é simpática, através da regeneração, está resolvendo o problema. Em breve terá um novo par de membros novinho em folha. Legal.
Do jeito que evolui a medicina, a engenharia genética e outros que tais, quem sabe o ser humano também não venha a ter o dom da regeneração orgânica. Seria bom pros que sofrem grandes restrições por falta de um membro, a visão, etc., o governo diminuiria o número de aposentadorias por invalidez. Por outro lado poderia acabar a mamata daqueles que resolvem perder uma ponta de dedo numa máquina, visando a aposentadoria.



sábado, 20 de setembro de 2008

O Novo Socialismo



“'A transformação dos Estados Unidos em USSRA (Estados Unidos Socialistas da República da América) já ocorreu. Os camaradas Bush, Paulson e Bernanke simplesmente socializaram os prejuízos dos ricos.' Esta é a síntese do mordaz colunista de CartaCapital e professor da New York University, Nouriel Roubini, sobre o enterro dos cânones neoliberais e a operação salva-bancos desencadeada pelo Tesouro americano.”

O parágrafo acima, como o título, foram tirados do site da Carta Capital, de 19/09/08. Artigo de Marcia Pinheiro. Segue abaixo mais uma palinha do interessante texto, o grifo é nosso.

"O paradoxo é que toda essa confusão foi criada por um bando de fanáticos que rezavam pela cartilha ideológica de um laissez-faire descontextualizado historicamente, ao impor suas próprias regras, regulação e supervisão. Tudo sob a complacência dos hoje “neobolcheviques” Henry Paulson (Tesouro), Ben Bernanke (Federal Reserve) e George Bush (Presidência), além das agências de classificação de riscos. Sem contar Alan Greenspan, antecessor de Bernanke, cultuadíssimo nos anos de forte expansão do PIB dos EUA, mas cuja leniência na “era dourada” permitiu que esta bolha crescesse a uma proporção assustadora. Não por acaso, a maior crise desde a Grande Depressão da década de 30 ocorreu na administração republicana de George W. Bush. E as respostas intervencionistas também. “Quem antes no governo apoiaria a estatização com tanta ênfase?”, provoca James Galbraith, professor da Universidade do Texas. Assistimos ao retorno do Estado forte nas atividades econômicas, com Bush no papel de porta-voz do novo socialismo. "

Liberais como Milton Friedman, pregavam um liberalismo mesmo em época de crise. Quem tem que quebrar, que quebre. Não davam o braço a torcer pro Estado. O problema é que numa crise não é só o fundilho dos liberais, dos empresários e financistas que está em questão, são famílias e famílias, tem trabalhadores, mulheres, crianças e idosos que não fazem a mínima idéia do que acontece, como se decidem as negociatas mas que na hora da quebradeira é a vida deles que acaba sendo (muito) atingida. O liberal é um anarquista capitalista, e o anarquista é um liberal socialista. Ambos são idealistas e inconsequentes.

A sociedade americana e européia – as mais atingidas pela crise – pode escolher entre preservar seu emprego – ainda que o desemprego aumente – empresas e entidades financeiras em troca de um rombo de grandes proporções no erário público, ou deixar a crise se alastrar e o Estado guardar suas economias pra devolver ao contribuinte na fila da sopa e ou nas frentes de trabalho.

segunda-feira, 15 de setembro de 2008

Petróleo, o besteirol não para de jorrar.

Quando o preço do barril de petróleo estava subindo, a turma da bola de cristal fazia previsões de que até o final do ano bateria em US$ 200. Analistas do mundo todo jogavam com essa hipótese como sendo inapelável, não haviam muitas alternativas pra fugir desse determinismo catastrófico, tanto que fontes alternativas de energia se tornaram imprescindíveis.
O preço do barril cansou e parou de subir. Não só parou de subir como começou a cair. As “Mães Dinahs”de plantão prometem não deixar por menos, já calibraram suas bolas de cristal e vêm com tudo. A Empresa de Pesquisa Energética (EPE) prevê que o preço do barril de petróleo deva cair até 2015 e recuar para US$ 70. É mole? Daqui pra frente deve aparecer um monte de comentaristas divagando sobre essas “assertivas”, como outras instituições com o dom do vaticínio devem aparecer com previsões no mesmo sentido, conjecturando sobre a situação dos exportadores de óleo, das petrolíferas e dos acionistas que serão os coitados nos cenários pintados doravante. Tudo isso até que o cenário mude novamente dando uma banana pras previsões.

domingo, 14 de setembro de 2008

Pra quem gosta de tortura...

Procure ler em “Caros Amigos”(nº138, setembro 2008), a reportagem de Marcos Zibordi, “A protogênese da operação Satiagraha”, sobre o “Caso Daniel Dantas, a história que a mídia gorda não conta nem contará jamais”, conforme chamada de capa. Como dizem 'os mano', “tá tudo dominado!”.

Caso sobre estômago, leia, de Marcelo Salles, “Quem é quem no Rio de Janeiro.” O império “Global”,adora enfiar câmera secreta no rabo dos outros, o dia em que alguém gravar aquelas reuniões em que eles discutem suas estratégias, suas maquinações, vai sair tanta podridão que juntando a sujeira dos malacas e dos políticos, ainda vai ficar pequeno.

Êta paisinho podre.

sábado, 13 de setembro de 2008

Seleção: algo não cheira bem.

O jornal Destak, trouxe nesta sexta feira, 12 de setembro de 2008, a manchete “Seleção planeja fugir do Rio e de São Paulo”. Segundo a reportagem, “após protesto e estádio vazio, a CBF pensa em mandar os jogos para outras cidades. Os protestos da torcida no empate contra a Bolívia, aliados ao baixo público no Engenhão, levaram a CBF a cogitar a hipótese de não jogar mais no Rio e em São Paulo nas Eliminatórias. O público dessas cidades, segundo a entidade, é muito crítico com relação à equipe.”Será que o público é “muito crítico”, ou a seleção que é muito ruim, medíocre. Qual o planejamento da CBF pra fazer com que aquela tranqueiraiada jogue bola? Fugir às críticas é uma medida que preserva a entidade, a seleção, e o futebol brasileiro, ou é uma medida inconsequênte, meramente cínica?

domingo, 7 de setembro de 2008

E aê, mina...


Foto publicada pelo periódico argentino La Nacion em que aparecem a ministra todo poderosa da Casa Civil, Dilma Rousseff e a mandatária argentina Cristina Kirchner, que veio ver o desfile cívico brasileiro como “convidada de honra”do predidente Lula.

Pimenta no fiofó dos outros...


Quando o presidente do Supremo, ministro Gilmar Mendes, descobriu que foi grampeado, se sentiu aviltado em seu direito à privacidade. Foi pessoalmente demonstrar seu descontentamento ao presidente Lula, porque era coisa do executivo, da Abin e da Polícia Federal. A próxima escala de sua peregrinação foi no Congresso, em que pra fazer uma média falou o que os parlamentares queriam ouvir: que o salário deles deveria ser equiparado ao dos ministros do Supremo. Beleza!

Em resposta, o executivo “caçou” toda a cúpula da Agência Brasileira de Inteligência, a Abin. O ministro da justiça, Tarso Genro proferiu discursos contra todos esses abusos e prometeu resposta à altura.


Agora, depois de as investigações e a imprensa levantarem os fatos, aparece que a farra da arapongagem que já vinha sendo denunciado e que ninguém tomava providências, boa parte é determinada por juízes do país inteiro, ou seja, o sr. Gilmar Mendes foi vítima de um desvio de conduta que assola o próprio judiciário. Não necessariamente em seu caso, mas muitos passaram ou passam pelo que ele passou pela caneta de um magistrado. Delegados fazem da quebra de sigilo uma zona, com anuência dos juízes.

Outra coisa: a Abin alegou não ter como fazer grampo, não tem equipamento. Na tv, apareceu uma maleta em que a agência alega não ser capaz de interceptar ligações. Ao mesmo tempo em que todos acusam a Abin de comandar a arapongagem, a agência alega não ter meios para tal. O órgão de inteligência de um país não ter um mero aparelhinho de quebra de sigilo telefônico, é pra acreditar? Que “inteligência” é essa?

domingo, 31 de agosto de 2008

Acéfalos solidarizam com anencéfalos.


Apesar de médicos obstetras e especialistas em genética e medicina fetal afirmarem em audiência pública no Supremo que crianças anencéfalas não têm nenhuma chance de sobreviver, os acéfalos da igreja católica, o lobby “raciocínio zero”, tendo a estupidez como parâmetro de valor humano como é sua característica, insiste em pôr em risco também as mulheres gestantes de anencéfalos.
Seguindo o bordão “defendendo a vida”, as toupeiras que se recusam a considerar as consequências de seus atos, insistem em pregar valores arcaicos. Os acéfalos apoiados pelos fecocéfalos – que têm merda na cabeça – não aceitam nada desenvolvido pelo homem, por ser contra as leis do seu deus. Alguns desses grupos não aceitam nem transfusão de sangue, significando sério risco às suas criançãs.
Os médicos constataram que a menina Marcela que viveu por um ano e oito meses não era portadora da anomalia, mas “merocrania”, houve um erro de diagnóstico. “A anencefalia é letal em cem por cento dos casos”, afirmou o médico deputado José Aristodemo Pinotti.

sábado, 30 de agosto de 2008

Supremo, livrai-nos deste mal!

“Vivemos sob a égide não do direito canônico mas do direito em si elaborado pelo Congresso Nacional.”
Ministro Marco Aurélio Melo, do Supremo Tribunal Federal, em discussão sobre aborto em casos de anencefalia, que enfrenta forte oposiçãopor parte dos católicos.

Será que é tão dificil abrir a cabeça, sair desse atraso. Se estivéssemos na mão de cristianistas fundamentalistas moraríamos em cavernas, curaríamos nossos males com rezas, e restringiríamos todo o potencial intelectual humano a repetição de textos religiosos e adoração de entidades oníricas por vontade de conservadores e reacionários. Abaixo as religiões. Pela liberdade do ser humano, que somente alcançará a plenitude quando com sua conciência se libertar das prisões em que mentes perturbadas o encarcerou.

segunda-feira, 25 de agosto de 2008

Lei Seca: a moda está passando



Quando a lei seca entrou em vigor foi uma festa. Todo mundo parou de beber e dirigir, as pessoas apareciam em entrevistas apoiando a lei, todo mundo tinha que “se conscientizar”, etc. Nos primeiros finais de semana após a lei entrar em vigor chegou-se a divulgar que UM motorista foi pego dirigindo alcoolizado.
Pois bem, hoje, segunda feira, dia 25 de agosto, o jornal “Destak” trás a informação que no final de semana passado, a polícia catou 66 (SESSENTA E SEIS!!!) motoristas encachaçados. Puta que pariu!
Parece que a situação voltou ao normal ao que era antes da lei entrar em vigor. As pessoas parecem demonstrar que foi legal mas passou, acabou. É aquela coisa: é claro que eu sou a favor da lei, mas uma cervejinha só, não faz mal. É só até ali, é só hoje.
Ou as autoridades baixam o cacete em todo mundo, ou vai destrambelhar de vez. O problema é que como não teve até hoje lei que as autoridades permaneceram vigilantes, depois de um tempo a fiscalização relaxa, tem tudo pra lei antietílica completar seu primeiro aniversário com bebida, direção e sangue. Uma pena.

domingo, 24 de agosto de 2008

Pesquisa de mico de urna.


Não é me colocando como referência pro mundo, mas que é bastante discutível o que essas pesquisas de intenção de voto afirmam, ah, isso é!
O Brizola que o diga. Quando o velho era vivo, as pesquisas sempre lhe eram desfavoráveis, mesmo quando foi eleito governador. A Marta aqui em São Paulo, que está radiante com o que os institutos de pesquisa dizem, parece ter esquecido a furada em que a colocou quando perdeu o governo do Estado pro Covas porque as pesquisas a colocavam em quarto, atrás dos direitistas Paulo Maluf e Francisco Rossi que ameaçavam monopolizar o segundo turno. Como Covas vinha em terceiro, todo mundo correu pro tucano tentando salvar a lavoura. No final a Marta que as pesquisas indicavam estar lá atrás, chegou coladinha no Covas que foi pro segundo turno disputar com Maluf. A Marta e todo mundo que votou no tucano fucou putíssimo. Não fosse isso, a loira teria sido governadora. Agora ela está toda radiante porque as pesquisas a colocam na iminência de levar no primeiro turno. Vai pisar na jaca de novo.
Estou dizendo isso porque conheço várias pessoas que prometem votar no Kassab e não conheço uma viva alma que assuma votar no Alkmim, mas as pesquisas colocam o ex governador na frente. Como já disse, não me coloco como referência do mundo, mas prefiro manter um pé atrás.

A manjada VEJA.



A Veja usa de uma velha artimanha que é, a partir de uma verdade , pregar sua choradeira. Usa a péssima condição em que se encontra o ensino pra criticar a maneira como os professores vêem criticamente o mundo à sua volta, visão de mundo que destoa totalmente da visão liberal da revista. Se os alunos não sabem ler, escrever, nem fazer contar, isso é um problema, se professores usam a sala de aula pra pregação Marxista, é outro problema. Porém a revista torce, retorce, vira e mexe, distorce conforme seu interesse e acaba por quase afirmar que Chávez é o responsável pelas péssimas condições de ensino no Brasil. O nível de ensino é uma coisa, ideologia é outra. Misturar as coisas como fez é simples peça de retórica ideológica.
É tão apelativa, que chega a comparar o educador Paulo Freire com Einstein, afirmando que o brasileiro não é responsável por nenhum grande feito da humanidade, por isso o trata de maneira desprezível. Chico Mendes, Airton Senna, também , não foram à Lua, não descobriram a bombas atômica, são meros ratos do terceiro mundo.
Pelo fato de que há um nùmero maior de pais que professores, põe em termos de uma corporação impondo sua ideologia à sociedade. Diz ainda que a sabedoria popular estaria acima da ideologia dos professores e prega a neutralidade. Se a neutralidade é tão importante, por que a revista é tão carregada ideologica e politicamente? Se a sabedoria popular é tão virtuosa, por que a revista não deixa que as pessoas tomem posição em seu lugar ? A minoria de professores impõe sua ideologia do mesmo modo que uma minoria de jornalistas traduzem as informações conforme suas conveniências e de seus meios de comunicação. Simples assim.
O problema, não é que há ideologia nas escolas, o problema é que não há a ideologia barata, de quinta categoria que prega a publicação. Se as escolas fossem um local de veneração do mercado, do liberalismo, a publicação não veria ideologia. Seria pura modernidade.

domingo, 17 de agosto de 2008

Dupla de dois.

Chávez, Lugo e o músico paraguaio Rolando Chaparro cantam "Cambia, todo cambia"


Esta foto em que aparecem os “cantores” Hugo Chávez, presidente da Venezuela e Fernando Lugo, presidente recém eleito do Paraguay, acompanhados pelo músico paraguaio Rolando Chaparro, foi publicada no site do periódico argentino'La Nacion'. O trotoir aconteceu um dia depois de o mandatário paraguaio tomar posse e aparecer à tira colo ao lado do arroz de festa, Chávez, com quem firmaram acordos sobre energia, comércio e educação.
Conta o periódico que Chávez prometeu à Lugo todo o petróleo que o país precisar neste século, e Lugo, filiando-se ao bolivarismo, teria dito: “Vamos usar este sabre [do General Simón] Bolívar, contra a bandidagem, contra os que roubaram o povo, contra a corrupção!”
Parece conversa de bêbados.

Moralidade X Informação.


Acho o fim da picada quando os geradores de imagens das olimpíadas ao focar alguma mulher ou menina, fecham o ângulo na atleta na intenção de esconder seu corpo restringindo a percepção de movimentos e espaço. Interessante é que com homens isso não acontece.


Note que essa moralidade fica restrito à filmagem, as atletas trajam maiôs, shortinhos curtíssimos, roupas coladas e etc., sem nenhum pudor. Por causa de uma bunda, ou uma púbis, o telespectador acaba tendo que se contentar com uma imagem restrita, um ângulo fechado. Compare as imagens de uma partida de volei masculino e feminino, uma corrida, um esporte qualquer. Ainda não ví nenhuma restrição na hora de mostrar o sacão de um atleta masculino na televisão, por que, pô?

sábado, 16 de agosto de 2008

O Cinismo americano.

Capital da Ossétia do Sul, EFE.
Ao mesmo tempo em que o secretário de defesa americano “alerta” a Rússia que as relações entre os dois países podem ser afetadas por muito tempo, devido à invasão da Geórgia, os EUA conseguem com a Polônia, o trato de encher de mísseis a porta de Moscou. Quanto pacifismo!
É a velha política americana belicista, geradora de tensões pelo mundo. As republiquetas que orbitam a Rússia, vendem a alma ao diabo tentando se afastar de sua influência. Os americanos se aproveitam pra instalar suas bases militares, a desculpa de Washington é que se trata de um escudo de defesa da Europa contra o Irã. Nem Chapeuzinho vermelho acredita.
A tentativa de enfiar bases americanas na Geórgia, levou a uma tensão muito grande entre a Geórgia e a Rússia, demonstrado na raiva desferida contra a Geórgia no pretexto de “libertar” a Ossétia do Sul, que o cinismo americano exprimiu em sua indignação.
A anexação da Ossétia na base da porrada por Moscou, reforça o estado de apreensão na região, clima propício pra que um mercador de almas sem escrúlulos venha fazer negócios “vantajosos”- pra que?...

domingo, 10 de agosto de 2008

Guerra fria e cinismo

* * *
De que lado você está?

Da Rússia que senta em cima da Chechênia e apoia o separatismo da Ossétia em relação a Geórgia, que significa na prática a anexação deste pequeno território, ou dos EUA que apoiam a Geórgia porque esta, junto com a Ucrânia, querendo fugir da área de influência russa foram bater à porta da OTAN e o Tio Sam, sempre muito simpático, quis logo enfiar suas bases de mísseis alí, na porta do Kremlim, com a desculpa que é pra se defender do Irã?

Judô: aquela agarração é luta?


Sei que as pessoas não vão gostar do qu'eu vou dizer, mas como é horrível assistir uma luta de judô.
Aquele papo que a gente ouve de que se trata de uma luta milenar com grandes golpes, na prática é uma agarração, uma puxação, uns golpinhos tão bestas entre duas pessoas que ficam uma puxando o pijama da outra, parece que vai rasgar. Dá agonia de ver.

Prefiro volei de praia...das meninas, claro

Presente: brinquedo X roupa


Hoje estava me lembrando de como eu via os presentes que ganhava no meu tempo de moleque.

A coisa que deixava mais sacaneado da vida era quando ganhava roupa. Era simplesmente o fim. Não conseguia esconder minha decepção, agradecia por educação. Quando minha mãe ou uma de minhas avós me vinha com aqueles embrulhos “moles”, eu já sabia que ali não tinha nada que prestasse. Bom mesmo eram aquelas caixas quadradas, arredondadas, etc, que só de ver entusiasmava, pois de fato era uma surpresa, não importava o tamanho.

Uma roupa por mais chique que fosse não passava de um presente chato. Nem presente era. Um brinquedo, por mais chinfrim, merecia um “brigado!” mais entusiasmado. Era um presente. Ganhar roupa de presente era como se divertir fazendo lição de escola. Nada a ver. Era porque roupa não tinha utilidade nenhuma, aquilo não prestava pra nada, aliás, roupa eu já tinha.

Minha mãe e minha avó é que ficavam com aquele papo que era o que eu estava precisando. Agora brinquedo é que era legal, servia pra se divertir o dia inteiro, com os amigos ou sozinho mesmo. Se fosse novo então, “vixi!”. - Sou mais um brinquedo velho que uma roupa nova! Mãe e vó não entendem nada de presente, conclui.

Só depois de virar gente grande é que percebi que presente pra criança não é brinquedo – com o perdão do trocadilho. Os adultos têm uma lógica sem sentido para a molecada, assim como o raciocínio da molecada, é inconseqüente para os adultos. Ao final, acaba prevalecendo na gente a sensatez, o juizo, o pensar no dia de amanhã. Uma atitude necessária e tão insossa como ganhar roupa em dia de festa.

Com quem andas..


Quando o PT era um bando de xiítas barbudos, grevistas, baderneiros, arruaçeiros, e etc., como eram tratados pela grande imprensa, seus membros costumavam chamar o sr. Paulo Maluf, José Sarney, Antonio Carlos Magalhães, Orestes Quercia e companhia bela, de ladrões. Tudo o que estes representantes da elite faziam era maracutaia, gatunagem, rapinagem do dinheiro público. Abusavam de seus cargos públicos pra tirar vantagem.

Hoje o outrora “presidente de honra” do partido virou presidente da nação, e sintomático, todos aqueles que não prestavam, fora os que já morreram, fazem parte de sua base aliada. É uma grande confraria. Assim como tem sido sintomático o nível moral dos escandalos a que medalhões do partido tem s'enfiado. Parece ter havido uma contaminação, ou uma “distensão ideológica”, um abrandamento daquele espírito impoluto.

Nesse sentido, é penoso ver uma figura histórica como aquele advogado que defendeu Lula quando ainda presidente do sindicato do ABC, fora detido e enquadrado na Lei de Segurança Nacional, lhe deu guarida jurisdicional em período de exceção. Hoje esse advogado, o sr Luiz Eduardo Greenhalg, se utilizando de suas credenciais pra intervir por um banqueiro da pior estirpe, sem o menor escrúpulo, sem a menor consideração a si mesmo, à sua imagem, sua história, ao governo e ao partido. O que virou e o quê está virando esse partido, e essas pessoas? Aonde vão parar? A quem querem entregar o país? Em troca de quê?

A luta continua...

domingo, 3 de agosto de 2008

E se o álcool deixasse de ser brasileiro?


Imagine o etanol fabricado no Brasil passar a pagar royalties prum magnata inglês. Pois é, jornal Estadão de sexta, dia 1º de agosto trás a reportagem “Richard Branson quer investir em etanol no Brasil”.

A matéria diz que o Bilionário citado, mandou dois homens de confiança pra analisar o mercado de álcool e negociar com usineiros brasileiros uma parceria que consistiria em as usinas brasileiras passarem a produzir um “etanol de segunda geração”, o isobutanol, que é um processo que ao invés de usar enzimas, usa microorganismos geneticamente modificados. Segundo a matéria, “o isobutanol é tão eficiente quanto a gasolina, mais fácil de ser distribuído, pois não se mistura à água, não exige mudanças no motor do carro e ainda pode gerar outros subprodutos para a indústria química, como plásticos, polímeros, biodiesel e combustível para aviação.”

A intenção não é comprar usinas, é vender tecnologia. Traduzindo a galinha dos ovos de ouro: o usineiro brasileiro gasta cerca de 20 milhões pra converter sua usina pra produzir um combustível com tecnologia estrangeira e passa a ser mais um exportador de capital, e os gringos só embolsando sem investir um tostão no país.

Porisso é que eles estão com um sorriso de um lado ao outro na foto e segurando a bandeira do Brasil. Assim, até eu que sou mais bobo.

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