sábado, 22 de novembro de 2008

Novesquerda.



O PT, que nos idos dos anos oitenta tanto criticava os partidos “burgueses”, pela sua visão meramente eleitoreira, hoje desponta como mestre dest'arte. O partido bateu o pé que não pode o governo federal fechar negócio com o governo paulista passando Nossa Caixa para o Banco do Brasil porque seria dar munição – encher o cofre – a Serra, seu principal oponente em 2010.
Tá certo que o errado sou eu em querer que o PT se mantenha fiel ao seu passado hirsuto, engajado, revolucionário, anti-eleitoreiro, anti-capitalista, anti-imperialista, anti-cocacola, anti-mequidonaldis, e por aí a fora. Seria muito conservadorismo meu, pois se eu mudei, se a União Soviética mudou, a China mudou, os PC´s mudaram, por que o partido não pode mudar?
O problema é que o PT, que também mudou, tem um radicalismozinho preso em suas entranhas, acabou se tornando um partido que só pensa naquilo, a eleição. E pra isso vale tudo! Cada liberação de verba, cada projeto, cada decreto-lei, ops, medida-provisória, cada coisa que se pense e que se faça, tem que estar sempre vinculado à estratégia do próximo pleito(aquele conceito pequeno burguês de administração republicana então, nem pensar). Agora, vai dizer qu'eles são eleitoreiros. Te jogam um Chávez junto com um Morales na tua cabeça e ainda te chamam de porco capitalista! Vendido! A gente é que não entende nada de estratégia e tática de um partido de operários.
O Lula, que dá uma dentro uma fora, disse: “Não podemos apequenar essas questões.” “Se eu for pensar nas eleições de 2010, não libero dinheiro para mais ninguém.” Ah, liberar, libera. Está cheio de administrador que compõe a “base aliada” pedindo um cachezinho pra continuar aliado, o que o próprio partido deve apoiar, pois 2010 já está aí e é hora de cerrar fileiras para manter um “partido operário” no poder. Operário e moderno, diga-se de passagem, pois trocou o apoio de Moscou, Pequim e Havana, pelo da FIESP e da FEBRABAM. Proletários de todo mundo, uní-vos!

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