domingo, 26 de julho de 2009

Zelaya: quem procura acha


Manuel Zelaya, ex presidente corrido de Honduras, dá uma de corajoso pero no mucho. Ele sabe que há um mandado de prisão para ele, mas querendo mostrar força e retomar o poder, pela segunda vez adentra o território de seu país e sai corrido de lá.

Zelaya atentou contra a constituição ao querer impor uma mudança de regra – a reeleição – que não tem autoridade para isso, pois se trata do que aqui seria uma “cláusula pétrea”, e somente uma assembléia constituinte tem essa prerrogativa. A Suprema Corte lhe cassou o mandado e o Congresso ratificou por quase unanimidade a decisão. O que ficou esquisito foi ter sido encaminhado para fora do país ainda de pijama.

Zelaya alega ter sofrido um golpe, as autoridades hondurenhas alegam terem cumprido a lei não havendo golpe nenhum, tendo havido um cumprimento das regras e que se o ex-presidente botar os pés no país, será preso.

A primeira tentativa, foi aérea, num avião cedido pela Nicarágua de Daniel Ortega, seu “chapa”, em que encontrou o aeroporto bloqueado e com as tropas do exército na pista impedindo o pouso e prontos para prendê-lo. Agora quis entrar – e entrou – via terrestre pela fronteira com a Nicarágua, mas igualmente, ao ver que a coisa estava esquentando, tirou o time de campo.

Ninguém até agora reconheceu o novo governo. Todos sustentam a tese de golpe, por isso, externamente é um governo fraco e internamente um país dividido. Seria burrice se deixar prender e perder a chance de pregar pelo mundo e na Assembléia das Nações Unidas contra o “governo de fato”.

A recondução de Zelaya ao poder, seria uma lição contra as correntes golpistas latinamericanas, como as Farcs, etc, ou uma carta branca ao presidente que se sentirá incentivado a burlar as leis, sendo protegido pelas nações do continente, tendo o judiciário de mãos amarradas, fragilzado junto com o legislativo?

Suspensão na cabeça.


Parece que peças de suspensão dos carros de Fórmula 1, além de servirem pra sua finalidade primeira, a suspensão dos carros, servem também pra acertar cabeça de piloto brasileiro.

Não basta a morte de Senna que teve sua cabeça perfurada por uma haste, um componente da suspensão traseira de seu próprio carro, agora Felipe Massa foi vítima de uma mola quicando na pista à sua frente, que lhe acertou a testa, e trágica ironia, do carro do também brasileiro Rubens Barrichelo.

terça-feira, 21 de julho de 2009

domingo, 19 de julho de 2009

Ler de óculos escuros, você consegue?


Como se faz isso?

Não consigo usar óculos escuros nem pra dirigir em dias claros, o que dirá á noite, como fazem alguns(e com insulfilm nos vidros, claro). Como ando de moto pra me deslocar por Sampa City, passar pelos corredores estreitos, localizar óleo na pisca, etc, não sei como tem gente que consegue. Podem me chamar de ceguinho.


Dê uma olhada na imagem acima, a mina(Nana Gouveia, segundo o Terra) lendo de óculos escuros na praia. Está lendo ou fazendo cena? Se alguém consegue, ponto pra ele(a), mas ler de óculos escuros, é meisquisito. Veja que não é nenhum raibazinho, é escuro mesmo. Pra mim isso é óculos de soldador.


Mas cada um é cada um, e cada um faz oque acha que deve. Até ler na praia de óculos escuros.

Proibido queimar o fumo.


Entra agora em vigor a lei anti tabagismo aqui no Estado de São Paulo, e somente gostaria de manifestar minha incompreensão pelo fato da lei não estabelecer punição ao contraventor, mas ao estabelecimento. Tem lógica isso?

Eu entro num estabelecimento, sabendo que não pode, queimo o fumo, o estabelecimento é punido, e o beleza sai na boa. Bom, por um lado, parece em sintonia com fauna e flora jurisdicional nacional que distorce tudo, prende quem não deve e deixa solto quem deveria estar preso.

Hoje em dia, acredito que todo mundo nasce sabendo que cigarro faz mal. Duvido que alguém – mesmo perdido no meio do mato – não saiba disso. Todo mundo faz o que bem entende com sua existência, desde que respeite os outros. Quem é adepto da “eutanásia homeopática”, e quer envelhecer mais cedo, broxar, andar fedendo por aí como um cinzeiro ambulante, mandar dinheiro pra uma multinacional, e morrer deploravelmente canceroso, fique à vontade, tua vida é sua, dane-se!(pra não falar outra coisa). O lamentável é que o fumante não liga pra seus filhos, marido/mulher, amigos... não considera sua importancia pra eles e prefere se matar na frente de todos.

Voltando à lei, seria como alguém cometer um crime com uma faca e o dono da fábrica de facas ir preso. O mais interessante é que na terceira reincidência, o estabelecimento é fechado por dois dias. Se o comércio fica em locais movimentados fica mais difícil o controle por parte dos funcionários, e a chance de alguém reclamar, denunciar o estabelecimento é maior. Concordo que tem lugares que fazem vistas grossas, não ligam pra lei nem para seus frequentadores não fumantes. Que se puna o contraventor fumante, e o estabelecimento.

O direito brasileiro parece mais inspirado no direito canônico que no romano. Está mais voltado pra assuntos divinos, incompreensíveis aos mortais, que na lógica. Ou é uma lógica particular.

Essas leis exóticas, depois de um tempo, passado o carnaval de sua implementação, e da fumaça feita pela imprensa, costumam sumir, cair no esquecimento, virar lei morta. Vamos ver.

Por enquanto a polêmica está do lado do governador candidato. Quanto mais ele aparecer na mídia, melhor pra ele. Será?

domingo, 12 de julho de 2009

Sina de Rubinho: foi sem querer.


Interessante que toda vez que acontece alguma coisa ao Barrichelo, é quando ele está entre os primeiros. É o piloto mais perseguido pelas bruxas! Nunca ví acontecer alguma coisa quando ele está em décimo-qualquer-coisa. Na Ferrari, não só aconteciam problemas só com ele, - e nunca com schumacher – como só acontecia quando ele estava entre os primeiros. Será que é só coincidência? Haja coincidência!

Aconteceram imprevistos com vários pilotos, mas com Rubinho é uma constante. É a maior vítima dos “incidentes”. Todos involuntários, “sem querer”, mas sempre com ele.

Rubinho, quando estiver entre os primeiros – que é raro – presisa se precaver e conferir (desconfiar) de tudo e de todos. Esse parece ser sua sina. Tem gato nessa tuba.

A lógica da crise.


O secretário do Tesouro americano, Timothy Geithner, encaminhou ontem ao Congresso, mais um plano de regulação e controle sobre papéis que circulam dentro e fora da Bolsa.

Agora não adianta ficar criando muita regra e burocracia estatal para controlar a economia, o que importa mesmo é saber se funcionarão e quanto tempo essas regras todas irão durar.

Após a crise de 29, lá no começo do século passado, o estado passou a controlar a economia exatamente por causa do estrago que o Laissez-faire, o livre mercado acabou acarretando. O país literalmente quebrou, e o mundo foi junto.

Por todo o século a regulamentação, o controle do Estado na economia foi cada vez mais, mais mal visto, e por causa disso foi sendo posto de lado. Na década de oitenta, aí virou festa, Ronald Reagan nos EUA e Margareth Thatcher, do outro lado do Atlântico, na Inglaterra, implementaram em seus países e espalharam no mundo a nova onda: o “neo liberalismo” – como acabou sendo chamado – que tinha como principal mandamento, a desregulamentação, a liberdade plena dos negócios.

Foi privatização pra todo lado, o fim de prestar contas aos órgãos públicos, etc., a palavra de ordem era: Estado mínimo! O Estado tinha que se ater ao mínimo possível, deixando que a economia se fisesse por sí mesma. Ninguém nem se lembrava mais de 29, aquilo era simplesmente um capítulo triste e ultrapassado da história.

Pois bem, o Estado novamente estava mais ou menos nas mesmas condições que na década de vinte, de mãos amarradas e olhos vendados. Como nos Estados Unidos o liberalismo é cultural, até os membros do governo concordam que o Estado é uma entidade perniciosa e perigosa, devendo ser o menor possível.

Foi aí que a coisa se armou novamente.

Instituições financeiras ligadas ao setor imobiliário que estavam no vermelho, como tinham capital aberto, ou seja, tinham ações em bolsa, se divulgassem balanços mostrando que estavam mal de saúde, no vermelho, suas ações se desvalorizariam piorando ainda mais a situação. Começaram apresentar balanços fraudulentos, não no vermelho, mas no azul, ficando na expectativa que lá pra frente as coisas se resolveriam. O pior é que não foi uma nem duas, foram várias que se utilizaram desse artifício, e pior ainda, foram as maiores. E pra completar, não havia nenhum orgão, nenhuma instância a prestar contas, o “mercado”se acerta, esta é a regra, e as coisas não se resolveram. Os papéis que partiram dessas empresas, contaminaram todo o país e toda a Europa.

Quando de repente uma (das grandes) abriu o bico, o castelo de cartas começou a vir abaixo. É esta crise que estamos vivendo e que os Estados Unidos e Europa estão com os lombos doloridos ainda, a crise por lá está mais forte que por aqui, que já deu sinais de que passou.

Agora eles querem regular tudo, criar instâncias, secretarias, comissões, formas de acompanhamentos e jurisdição de controle e fiscalização de papéis, agências, instituições, etc. O problema não é o agora, o problema é daqui a vinte, trinta, cinquenta anos. As próximas gerações que não sentiram o lombo ardendo, serão os primeiros a pedir (exigir) a desregulamentação, o fim da burocracia opressora e vil do Estado. A crise de hoje não fará nenhum sentido pra eles. Estado é coisa de comunista.

Como será uma crise global daqui a cinquenta, setenta ou oitenta anos, cometendo a mesma burrice de quase um século e meio atrás?

sábado, 11 de julho de 2009

Lula dando uma de pau-mandado.


Um dia depois de Obama pedir a Lula que use sua influência para pedir a Ahmadinejad – presidente do Irã – que reveja suas intensões em relação ao uso de armamentos nucleares, o presidente brasileiro saiu fazendo declarações nesse sentido.

Não vai ser por que Lula falou qualquer coisa ao vento que fará com que o Irã mude seus planos, seus projetos, pare investimentos caros envolvendo um grande número de técnicos, etc., mas é um infeliz comentário, que o coloca na posição de vaca-de-presépio de Obama. Perde sua autonomia, sua liderança, e sua capacidade de aproximação com os xiítas, para ser olhado como pau-mandado. O Brasil nunca se aliou a nenhuma parte conflituosa (do regime militar pra cá), por que fazê-lo agora?

O Irã já tem mais de 5.000 (cinco mil) centrífugas para enriquecimento de material radioativo. Será que o país vai desligar tudo, mandar todo mundo embora só por que o Lula pediu que parassem com isso? O presidente brasileiro está pondo a perder o trabalhpo de décadas do Itamarati, que não entra em bola dividida, e por isso o país tem um certo respeito lá fora, sempre mediou conflito.

Vai passear, Lula, vai.

Twitter, a última moda.


Nesta semana falou-se muito no Twitter. Essa febre faz com que muita gente acabe impulsionada a querer ter o seu também – porque todo mundo tem - aí a coisa cresce, a imprensa comenta, todo mundo fala, a febre se realimenta, a imprensa comenta...

Apesar da febre ser razoavelmente nova, perto de 60% desses “bloguinhos” são abandonados em pouco tempo como um brinquedo que enjoou. É compreensível, nem todo mundo tem algo tão relevante assim a todo momento pra compartilhar, mas muitos ficam mandando coisas por que “é legal”, o que acaba virando um incomensurável monte de informações inúteis circulando prá lá e pra cá. É uma verdadeira feira cibernética. Zilhões de informações ociosas que não servem pra nada.

Por modismo, um monte de gente que tem uma rotina de bicho de goiaba cria informação em ritmo de pastelaria, que com o tempo percebe que não tem nada de novo nem significativo pra dizer e que também não tem saco pra ficar preso àquilo, acaba largando mão.
Existem pessoas que por sua função pelo seu ritmo de vida, sua ocupação, o twitter é importante, mas – pra mim – essas pessoas são raras. Autoridades, jornalistas, organizadores de eventos, celebridades, artistas, etc...

Sinal dos nossos tempos, vivemos na era da informação democrática e inútil. O que antigamente nem as redações de grandes jornais sabiam, hoje fuçando pela internet, em blogs, twitters, é possível saber com que roupa Madona saiu de casa, se a atriz da novela casou ou foi ao banheiro. Parece que o mundo está quase alcançando a onisciência, porém de conhecimentos predominantemente inúteis, descartáveis, já nascem obsoletos.

De maneira alguma estou falando em censura ou algum tipo de cerceamento. A informação deve ser livre, tanto seu fornecimento como seu acesso. Cada um põe, vasculha e colhe o que bem entender. Tem seus prós e contras, mas isso faz parte. Quem acha o máximo sair por aí dando uma de sabichão (sabichona) afirmando saber qual a cor da cueca de hoje do Beckham, problema dele(a).

Essas redes de relacionamentos têm um papel importante como foi o caso das eleições do Irã, naquela apuração mal explicada, que a população não engoliu e saiu pro pau. Se o governo encobriu o que aconteceu dentro dos locais de apuração, do lado de fora, o sangue e a informação correram soltos vazando mundo a fora, virando um problemão pro governo 'aiatolacrata'.

Vamos deixar o tempo passar e ver o que acontece. O que vai virar o twitter e qual o próximo modismo.

domingo, 5 de julho de 2009

Ainda sobre golpe.


Onde é dado um golpe todos os dias é no Brasil. Aqui lei só é cumprida quando há interesse. O presidente do legislativo, José Sarney, rouba na cara larga, mete a mão. Sua filha, outra chefe de quadrilha do coronelismo maranhense, nomeia um “afilhado” que recebe do Senado para andar com ela pra cima e pra baixo, mesmo ela não sendo mais senadora. O presidente do Executivo faz de tudo para que nem o cargo, Sarney perca. Manda sua bancada(quadrilha) fazer o possível pra salvar o pescoço do “capo”do Congresso. E o Judiciário dorme babando de boca aberta. Estão roubando, espoliando o país, cometendo todo tipo de excesso e parece que não está acontecendo nada, não há nenhuma movimentação por parte de qualquer órgão da justiça. Está tudo na mais perfeita ordem.

Não sou o primeiro a dizer isso, mas o negócio é roubar muito, é roubar na canetada, aí não pega nada, por que se roubar na base do “treizoitão”, dá cadeia.

Por mim, pegava-se o presidente dos três poderes algemados e botava-os na cadeia. Juntando os três, já dá “formação de quadrilha”.

Se você não pagar qualquer parcela de um imposto qualquer, o mundo desaba sobre você. Pode ser preso, processado e o escambau. O deputado do castelo aplicou mil e umas, não só não aconteceu nada, foi inocentado, como não tem polícia, malha fina, malha grossa, fiscal do que quer que seja contra ele. Algum órgão interveio impondo moral, ética e lisura no trato com o dinheiro e o cargo público? Não. Está tudo às moscas (pra eles, claro).

Aonde é que tem golpe mesmo, em Honduras?

Mas... só lá não pode?

Honduras: foi golpe ou não foi?


Achei meio esquisita essa acusação de “golpe” em Honduras, a começar por que não me lembro de algum tipo de golpe na história que tenha partido da Suprema Corte do país – mas fica a ressalva de que partindo dos homens, tudo é possível.

O noticiário dizia que o presidente eleito, Manuel Zelaya, quis impor uma consulta popular de aumento de mandato, indeferida pela Suprema Corte, como não acatou a decisão, quebrando as regras, insistindo no referendo, o órgão maior da justiça o teria destituído. O exército o teria pego ainda de pijama e o mandado para fora do país. Vários chefes de Estado e a imprensa começaram a tratar o caso como “golpe de estado”.

Parece-me prerrogativa da Suprema Corte de um país – aqui, o Supremo Tribunal Federal – destituir o chefe do executivo em caso de cometimento de algumas faltas no cumprimento do mandato, independente de ter sido eleito ou não – como foi o caso de Sarney, em que o cargo de presidente da república lhe caiu no colo.

O jornal O Estado de São Paulo, de sábado, trouxe um artigo muito interessante de, Octávio Sanchez, advogado especialista em direito constitucional e assessor do antecessor do governo de Zelaya.

Sobre o golpe de Estado, ele é direto: “Isso é um absurdo. Na realidade, o que aconteceu aqui é simplesmente o triunfo da lei.”

A seguir, descreve os fatos e o que diz a lei, segundo sua interpretação.

“Segundo nossa Constituição, o que aconteceu em Honduras? Os soldados prenderam e mandaram para fora do país um cidadão hondurenho que, no dia anterior, por seus próprios atos perdera a presidência.
Estes são os fatos: no dia 26, o presidente Zelaya emitiu um decreto ordenando que todos os funcionários públicos participassem da 'pesquisa de opinião sobre a convocação de uma Assembléia Nacional Constituinte'.
Ao fazer isto, Zelaya desencadeou um dispositivo constitucional que automaticamente o tirou do cargo.
As assembléias constitucionais são convocadas para a redação de novas constituições. Quando Zelaya publicou o decreto para dar início a uma pesquisa de opinião sobre a possibilidade de convocar uma assembléia nacional, infringiu os artigos da constituição que não são passíveis de alteração, relativos à proibição da reeleição de um presidente e à prorrogação de seu mandato. Seus atos mostraram seu intento.
Nossa Constituição leva a sério este intento. Segundo o Artigo 239: 'Nenhum cidadão que já tenha ocupado o cargo de chefe do Executivo poderá ser presidente ou vice-presidente. Quem violar esta lei ou propuser sua reforma, bem como quem apoiar direta ou indiretamente tal violação, cessará imediatamente de desempenhar suas funções e estará impossibilitado de ocupar qualquer cargo público por um período de dez anos'.
Observe que o artigo fala em intento e também diz 'imediatamente' – ou 'no mesmo instante', ou 'sem necessidade de abertura de processo ', ou de 'impeachment'.”
Parece lembrar as tais “cláusulas pétreas” da Constituição brasileira, que também somente são alteradas em assembléias constituintes.

Segue o artigo. Mais pra frente o autor afirma: “A sanção instantânea da lei suprema impediu com sucesso a possibilidade de um novo continuísmo hondurenho. A Suprema Corte e o ministro da Justiça ordenaram a prisão de Zelaya, pois ele desobedeceu a várias ordens do tribunal, obrigando-o a obedecer à Constituição. Foi preso e levado para a Costa Rica. Por quê? O Congresso precisava de tempo para reunir-se e tirá-lo da presidência.
Com ele no país, isto teria sido impossível. A decisão foi tomada por 123 (dos 128) membros do Congresso presentes naquele dia.
Não acreditem no mito do golpe. Os militares hondurenhos agiram inteiramente dentro da Constituição. Eles nada ganharam, senão o respeito da nação por seus atos.
Estou extremamente orgulhoso de meus compatriotas. Finalmente, decidimos nos levantar e nos tornar um país de leis, e não de homens. A partir deste momento, aqui em Honduras, ninguém estará acima da lei.”

Todo noticiário deixou claro que Zelaya havia atentado contra as leis, mas as palavras deste jurista hondurenho deixou mais claro como as coisas aconteceram. Apesar de estar mais próximo de concordar com ele de que não houve golpe, confesso ter achado esquisito mandar para fora do país o presidente impedido. Se ele atentou contra as regras, que seja detido dentro do país. Distúrbios aconteceram mesmo com o presidente afastado fora do país.

Outra coisa que não ficou clara é sobre a suposta “carta de renúncia” que teria aparecido no Congresso – se não m'engano – mas o presidente alega não tê-la assinado.

De longe e com poucas informações é difícil julgar ou ter uma posição mais consistente. Parece que o presidente teria forçado a barra e a Suprema Corte teria partido de uma decisão legal mas cometidos atos suspeitos.

Existe meio golpe?

sábado, 4 de julho de 2009

Rapidinha II


Vira-casaca
Lula deu de defender Sarney como se fosse um santo injustiçado, que implicaram com ele, agora disse que quem desmata a amazônia não é criminoso. Também fez pouco dos que acusaram o processo eleitoral iraniano de fraudulento. Será que foi neste presidente que as pessoas votaram?

É dando que se recebe.
Lula defende Sarney interessado no apoio do PMDB nas eleições do próximo ano, e porque sem Sarney, a coisa pode complicar muito pro governo no Senado. O patrono da política petista chama-se Roberto Cardoso Alves, um dos líderes do “Centrão”, frente conservadora de direita que no período da elaboração da atual Constituição era chamado de “Robertão”. Ficou famoso pela frase: “É dando que se recebe”. Entendeu porque é o patrono do governo Lula?

Festa junina o ano todo.
No planalto central não faltou festa junina. O “Arraiá do Torto” como saiu na imprensa, teve direito a Lula, Marisa e Dilma à carater, com roupa xadrez e tudo. O Congresso então não deixou por menos, a quadrilha promete durar o ano inteiro.

Pátria islãmica protesta na língua de Satã.
Interessante ver que no Irã, país tido como o epicentro do antiamericanismo no mundo, as pessoas apelam para o inglês para que seus reclames ganhem o mundo e consequentemente atinjam o governo. Na época do Aiatolá Khomeini, o ódio aos americanos era uma religião em que todos pareciam fanáticos, e os EUA eram chamados de “grande satã”. Hoje isso parece em degelo.

Rapidinha I

Troféu besta.

No dia seguinta ao falecimento de Michael Jackson, apareceram imagens em que algumas pessoas nos EUA, trajavam camisetas com frases que diziam que eles estiveram ali na morte do astro pop. Que satisfação mais mórbida e besta. Que manifestação mais deplorável e decadente.

A bolsa e a balança.
A bolsa paulista (Bovespa), foi o segundo melhor rendimento do mês no mundo, perdendo apenas para a bolsa de Xangai, na China. É uma boa propaganda para atrair mais dolar ainda, valorizando a já valorizada moeda tupiniquim, forçando a queda do dolar. A balança comercial que ainda está positiva de teimosa, com a potencial valorização da moeda, elevará o preço do produto nacional lá fora, forçando ainda mais a tendência da balança comercial ficar negativa.

A raposa, o galinheiro e a zona.
O deputado federal Edmar Moreira, aquele do Castelo brega e milionário, foi absolvido das acusações pelo seus pares na Câmara dos deputados. Talvez, pra não dizerem que ele saiu ileso, tenha como pena tenha que rezar um “pai-nosso”, ou uma “ave-maria”. O legislativo é responsável pela fiscalização do executivo. O quê se pode esperar de parlamentares tão comprometidos com a lisura, a probidade e a transparência administrativa?

Só dá o Maicol
Passando por uma rua da zona sul de São Paulo, cinco de quatro barracas de DVDs piratas tocavam clipes de Michael Jackson. O comércio de filmes e mp3 piratas é comparável ao jogo-do-bicho, se é ilegal, não parece, estão alí pra quem quiser o quanto quiser. Tem tv ligada, aparelho de som, e tocadores de DVDs, para atrair o público ou testar a mercadoria.