quinta-feira, 18 de novembro de 2010

O império da ignorância agoniza.

Esse tal de Silvio Santos é uma figura controversa. Há muito tempo, e mais de uma vez, ouvi notícias de que ele não daria o retorno em prêmios que deveria dar pelos seus jogos de azar - bota azar nisso. Esses carnês, telessenas, sorteios, e sei lá mais o quê que esse senhor oferece, deveria reverter uma porcentagem em prêmios - por lei - que não seria cumprida.

Também nunca ouvi falar que tenha sofrido qualquer sansão. Considerando que a nobreza no Brasil está acima da lei e, por isso pessoas influentes não vão presas, e raramente são punidas, então, até aí, tudo normal.

Com seu banco - o PanAmericano - saindo da UTI em que recebeu uma transfusão de dois Bi e meio, que o patrão vai ter que restituir, a máquina de arrecadação deve funcionar como nunca. Se fosse de um fundo público, o costume é dar um 'pelé' no governo e boas, mas como é um fundo particular, então pelo jeito vai ter que casar uma em cima da outra.

Os pobres e inocentes que levantaram o império do magnata, muito contribuíram e pouco ganharam mas sempre foram fiéis, agora mais do que nunca serão protagonistas do reerguimento do 'homem do baú', provavelmente com menos prêmios ainda.

Se não ligaram pra isso antes, vão ligar agora?

A desgraça da humanidade

"A desgraça da humanidade começou por causa da mulher."


Edilson Rumbelsperger juiz mineiro, afastado do cargo por machismo.



Pelo jeito a mãe dele contribuiu muito para a "desgraça da humanidade".

O poeta e o mercenário

José Sarney, em Londres, teria pisado propositadamente na lápide do túmulo de lorde Cochrane, comandante das tropas mercenárias contratadas por D. Pedro I para apaziguar Estados revoltosos por causa do rompimento com Portugal. Segundo o historiador Laurentino Gomes, em sua obra "1822", Sarney teria ódio de Cochrane pelo fato deste último ter pilhado o Maranhão. A considerar a estirpe política a que o nobre presidente faz parte, poderia dizer que sua diferença da do lorde, seria sua nacionalidade e época. De resto...

sábado, 13 de novembro de 2010

Será qu'eu existo?

Abri o jornal e vi que o tal do 'Censo 2010' acabou. Ué, mas pra mim nem começou ainda. Outro dia ouvindo uma rádio, alguns ouvintes reclamavam que apenas algumas casas, ou apês, eram recenseadas - uma minoria. Apesar de nunca ter visto um recenceador, pensava que todas as casas eram pesquisadas, mas como nunca estive em casa no período comercial, achava que fosse esse o problema. Com este recenseamento, estou mudando minha concepção a respeito.

Tenho uma dúvida sobre quem não existe: eu ou o recenseador? Eu - apesar de minhas décadas de vida - nunca ví lobisomem, vampiro, mula-sem-cabeça, gnomo, fantasma...e recenseador. Talvez um de nós dois seja uma figura mítica, fruto da imaginação. Descartes resolveu sua inquietação numa frase: 'cogito ergo sum' ou seja, 'penso, logo existo'. Duvido até se penso, que existo então...

Quando anunciaram que a contagem ia começar, alguém do IBGE, numa entrevista afirmou que equipes seriam deslocadas para as regiões mais distantes e de dificil acesso do país, e que caso não fossem abordados em horário comercial, passariam à noite, nos finais de semana etc. Ao final, eu que moro no centro da bagunça - São Paulo - não senti nem cheiro de recenseador. Minhas pulgas estão desoladas, sentindo-se rejeitadas.

Na página do IBGE, aponta: "A coleta do Censo 2010 terminou". Em "Apresentação", a

instituição afirma: "Em 2010, o IBGE realizará o XII Censo Demográfico, que se constituirá no grande retrato em extensão e profundidade da população brasileira e das suas características sócio-econômicas e, ao mesmo tempo, na base sobre a qual deverá se assentar todo o planejamento público e privado da próxima década". Grifo meu.

O prefeito de Campinas, a segunda maior cidade do Estado, também não concordou com a maneira como o recenseamento foi feito. A questão não é só de saber quantos cidadãos existem, mas tem consequências como repasse de verbas, investimentos etc, decorrência do desenvolvimento apontado pela pesquisa. O pior é que o prefeito promete não ficar só na indignação, mas vai comandar um recenseamento tocado pela prefeitura. Caso dê números distantes dos apontados pelo orgão federal, vai dar muito o que falar podendo levar a um descrédito ainda maior não só desta contagem como botar a própria imagem do IBGE em descrédito.

Parece que há falta de bom senso, ou seria bom censo?