segunda-feira, 29 de dezembro de 2014

Especulador Soros faz subir ações da Petrobras.

Em meados de dezembro, a imprensa noticiou que o mega especulador, Geoge Soros, estava se fartando, comprando ações da Petrobras, a - maior - empresa estatal nacional que durante anos suas ações andaram de lado, e nos últimos meses, só caíram. 

Fundos de investimento internacionais vendiam suas ações, agravados pelo risco de rebaixamento da empresa pelas agências de classificação de risco, além de estar sendo acionada na justiça norte americana por seus acionistas.

Depois de divulgado [que o bilionário estava comprando ações], setores da esquerda que enxergam conspiração em tudo, começaram a bradar que havia uma campanha orquestrada para desvalorizar a empresa para privatizá-la. 

Enquanto isso, outros se tocaram que as ações estavam a preço de banana e seguindo o mega ‘se-dá-bem’ especulador, correram para adquirir suas ações. 
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O faro de Soros provavelmente indicava que havia grandes chances de ganhar dinheiro com a empresa verde-amarela, só (acho) não previu que seria tão cedo. Sua atitute, ao ser anunciada aos quatro ventos, causou uma corrida ao mercado de capitais: as ações da Petrobras vão encerrar o ano em alta, e o especulador, fechará o ano alguns milhõezinhos mais rico - que chato.

Aumento de juros não controla inflação que não é de demanda.

Foram anunciados o aumento da energia elétrica (federal) e de tarifas de transporte: trem, metrô (estadual - SP) e ônibus (municipal - SP) e deve ocorrer país afora.

Começo do ano é o período de aumento de preços controlados pelo governo, então, é o período de repique inflacionário.

O problema é que o Banco Central geralmente acaba aumentando a taxa básica de juros para conter a inflação, uma inflação que não é causada por aumento de demanda, e a função do aumento de juros é encarecer o dinheiro, o crédito, diminuindo o consumo. O aumento da tarifa do ônibus e da energia elétrica não são porque tem muita gente andando de ônibus ou gastando muita energia elétrica, mas reposição da inflação, de seu custo - no caso da energia, é uma “commodity”, seu valor oscila na bolsa. O aumento de juros é inócuo para esse tipo de inflação, porém, perverso para a dívida pública, boa parte atrelada aos índices de aumento de preços. A dívida pública brasileira, a mais cara do mundo, fica mais cara ainda pelo aumento dos juros, e se os governos federal, estaduais e municipais não economizarem (superávit primário) o suficiente para pelo menos rolar esse disparate financeiro, a coisa complica mais ainda. É atrelar nacos cada vez maiores do orçamento público para os bancos.

Segundo o entendimento da nova equipe econômica a queda do juros depende de um superávit primário que indique ao mercado responsabilidade fiscal - controle entre receita e despesa - por parte do governo, ou seja, praticamente um ou dois semestres de juros altos, um grande impacto na dívida pública sem motivo.

Enquanto rolarem por aí centenas de bilhões de reais em títulos públicos boa parte da enorme carga tributária será para remunerá-los, e quanto maior a taxa de juros, maior o repasse de impostos para esses rentistas (portadores desses papeis) e menos verbas para investimentos. É isso que falta a sociedade discutir.

domingo, 30 de novembro de 2014

Estados Unidos e Egito contestam "decisão judicial não se discute, cumpre-se".

Estados Unidos e Egito contestam "decisão judicial não se discute, cumpre-se".
Nos EUA, policial branco matou com 6 tiros jovem negro a quem o juri decidiu não abrir processo. No Egito, tribunal inocenta o ditador Honi Bubarak. Em ambos os casos houve distúrbios.
Em cima: Egípcios protestam. 
Em baixo: negros norte americanos revidam ação da polícia.

BOLIVIA NO TIENE MCDONALDS. El unico país que lo llevó a la bancarrota

Parlamentares vão botar (de novo) R$ 100 mi em seus partidos.



“Congresso quer ‘pacote de Natal’ de R$ 1,15 bi”

“Deputados e senadores pretendem aumentar o próprio salário em ao menos 26% e reservar mais verbas para seus redutos.”

“Bons meninos”

“Contracheque”

Congressistas vão elevar seus próprios salários, atualmente de 26,6 mil. Há duas propostas: R$ 33,7 mil (alta de 26%) ou R$ 35,9 mil (alta de 34%).

“Caixa partidário”

“Comissão de Oeçamento do Congresso discute elevar em cerca de R$ 100 milhões o repasse público para financiar os partidos no ano que vem.

“Obras”

Deputados federais e senadores também terão adicional no valor das obras e investimentos que cada um deles pode inserir no Orçamento da União, as chamadas emendas parlamentares: elas subirão de R$ 14,7 milhões para R$ 16,3 milhões por congressista.”

Folha, sábado, 29/11.

sábado, 29 de novembro de 2014

Maioria - dos que não precisam do remédio - são contra o uso da maconha para fim medicinal.

Cuidado com os bem intencionados.



Câmara municipal de São Paulo aprova fim do Minhocão - ou Elevado Costa e Silva. 

Apesar das críticas de que ‘enfeia’ a cidade, é barulhento, é poluente por dar prioridade ao automóvel e que foi obra de Paulo Maluf, a via elevada é eficiente. Só o Metrô é mais rápido para quem se desloca entre a zona leste e oeste e para acessar a zona sul. São 6.000 veículos por dia. 

Projetos idealistas de transformar a região em um parque, um ambiente paradisíaco nunca faltaram, só nunca explicaram o que fazer com o trânsito, tão vil e inescapável. Pelo projeto aprovado, deve levar pelo menos 4 anos para sua completa superação, o que parece razoável. A depender dos “verdes” e puristas, o derrubariam em um dia jogando a cidade no caos urbano. Acham que é a luta do bem contra o mal. Com todos seus defeitos não dá para simplesmente passar uma borracha e paga-lo sem sérios transtornos à cidade a não ser que se se reformulem as formas de deslocamento de toda a enorme região. Não quer dizer que se pode eliminar uma importante via numa cidade saturada só por ser “progressista”sem correr o risco de descobrir tardiamente o tamanho da besteira. Falta ainda discutir melhor o que fazer com aquela região e se de fato chegou-se a um bom projeto de reurbanização. A linha entre a melhoria e o transtorno é tênue. Muita calma nessa hora.

Nova equipe econômica



A nova equipe econômica assume que avanço de programas sociais vai depender da estabilidade econômica. Alguns petistas - e esquerdistas - criticam tanto a Lei de Responsabilidade Fiscal - que não deixa o governo gastar mais do que arrecada, como a meta de superávit fiscal, a economia que o governo faz para pagar os serviços da dívida. Reclamam da ‘bancarização’ da economia.


As consequências do pensamento desses “críticos” é um maior atrelamento aos bancos do que se for cumprido as metas dos xingados de “liberais”. A dívida pública alimentada com os juros exorbitantes, aumenta ano a ano a quantidade de recursos transferidos do Estado para os bancos. A negligência em pagar esta dívida no “cheque especial”, faz com que cada vez mais, haja menos recursos para o desenvolvimento do pais e mais recursos vão parar limpinho nas mãos de instituições financeiras.


Descartando a hipótese do calote, quanto menor for a dívida, mais se vislumbra um futuro melhor, com mais recursos para investimento no social, em infraestrutura ou o que o valha. Uma economia previsível e saneada, gira com juros menores - num primeiro momento o Banco Central promete aumentar os juros e a desvalorização da moeda gera um pouco de inflação mas ajuda a recuperar a indústria, tão atingida pelo baixo crescimento. 


Os ajustes prometidos são necessários e Dilma, pós em economia sabe disso. Sua tentativa de controlar a inflação atrelando estatais, bancos públicos e políticas econômicas discutíveis deram errado, e ela apontou mudanças na campanha.


As medidas propostas pela equipe que assume não tem nada de diferente da política de Palocci, o primeiro ministro da Fazenda de Lula, um mão fechada tão ortodoxo que não tinha o que tirar nem pôr de qualquer economista tucano, só que era petista - apesar de não parecer.


Dilma e Levy são dois mandões. Vamos ver até onde e como vão se entender. Têm tudo para fazer o país voltar a crescer prescindindo das desculpas do baixo crescimento. Vem aí o primeiro lote de medidas que estão preparando, e a sintonia entre BC, Fazenda, Planejamento e Presidência é fundamental. 2015 vem ai.

segunda-feira, 16 de junho de 2014

Aécio: lição de Tancredo para governar para a elite.

Aécio Neves conta que certa vez, no carro com seu avô, Tancredo Neves, eleito presidente da República pelo Colégio Eleitoral, o veículo foi tomado por uma população entusiasmada, que o aplaudia e ovacionava. Impressionado, Aécio teria elogiado o prestígio do avô. Tancredo teria respondido de pronto algo como: eu acabo com isso em seis meses.
   Aécio tem isso como uma grande lição deixada por seu avô, de não temer tomar medidas que desagradem a opinião pública e contou essa passagem por várias vezes ao longo dos anos. Vem daí sua promessa declarada de que não evitaria medidas impopulares. 
   Dessa promessa vêm a apreensão sobre caso Aécio venha a ser eleito, de encerrar a tão criticada pela mídia e a elite, a política de reposição do poder de compra do salário mínimo, ou seja, reajustes acima da inflação, política consistente que começou no governo Lula e se mantém ano a ano no governo Dilma. O Bolsa Família, tão criticado pela nobreza rancorosa taxando-o de meramente eleitoreiro. O financiamento de cursos superiores para estudantes de baixa renda. Os ganhos salariais acima da inflação e da produtividade, que para alguns economistas, é fonte de inflação. Se implementadas, essas “medidas impopulares” - e outras - terão como alvo predominantemente os já menos favorecidos, a população carente.
   Há também a já anunciada “reposição tarifária” de energia elétrica, combustíveis e outros, que, Dilma se reeleita, também deve fazer, só não se sabe o quanto, e como cada um uma vez eleito, o fará, e são iniciativas que atingem a sociedade como um todo: os que lucram e os que pagam.
   O problema não são as medidas impopulares que façam os ajustes necessários para que o país cresça e diminua as desigualdades sociais, porém, as que agradem somente as elites, saudosas do Estado para uma classe só.
   Aécio é o candidato ideal dos dissimulados. Promete o paraíso, uma vez eleito, não se importa em desagradar a maioria da sociedade, e fazer a vontade de seus pares, os donos da riqueza. O principal opositor de Dilma agora que está lançando sua candidatura oficialmente aparece cada vez mais nos meios de comunicação. É a mídia, que tem seu candidato, fazendo sua campanha.