sábado, 28 de fevereiro de 2009

Pelé abriu a boca.


A imprensa virtual argentina estampa frases polêmicas em que Pelé teria proferido numa entrevista à Veja em São Paulo.

Segundo a página do La Nación.com

“Pelé polêmico:voltou a criticar Diego Maradona.”
“Obrasileiro declarou que 'nem sempre um grande jogador é um bom técnico', em referência ao posto de Diego na Seleção; ademais, disse que eu 'fui o melhor jogador do mundo.'”

Para o Clarín.com, “Com fortes declarações, Pelé reabriu o enfrentamento com Maradona.”
Segundo o jornal, “O brasileiro afirmou que 'nem sempre um grande jogador, é um bom técnico', em alusão ao Diez, e elogiou a Dunga porque segundo disse,'não peca em nada.'”

Eu pergunto: a troco de quê Pelé precisa ficar requentando essa marmita azeda? Uma pessoa com agenda mundial, de projeção planetária, precisa ficar com essa mesquinharia, esse assuntinho tão zero à esquerda? Ele não tem mais nada pra falar? Ou será que ele é que não quer tratar de temas mais relevantes e prefere se rebaixar numa polêmica vazia, obsoleta, recalcada?

A imprensa gosta, faz questão de cutucar assuntos polêmicos, mas Pelé não é um pau-de-arara, um ignorante, é uma pessoa educada, bem relacionada, consciente do que faz e do que fala, poderia se desvencilhar desse tipo de provocação e se preservar, a sí, sua imagem e nossos ouvidos e estômagos. Por favor.

Talheres brasileiros ameaçam Argentina.


A Argentina sobretaxou os talheres que o Brasil exporta pra lá. Não faltam críticas a mais uma medida restritiva, protecionista de los hermanos para con nosotros.

Não é a primeira como não será a última. TODOS os acordos comerciais por eles assinados conosco, só cumprem quando lhes são favoráveis, e nunca os cumprem quando acham que estão perdendo. E o “troco”, não vem. O Brasil nunca impôs qualquer tipo de retaliação, não porque seja frouxo, mas pelo fato de a economia do vizinho sempre estar capenga, seria como bater em bêbado, e pro Brasil não é interessante nem criar inimizades, nem acabar de afundar o combalido parceiro.

sábado, 21 de fevereiro de 2009

coitado do papagaio.

Ouvi hoje no rádio que uma senhora teria sido detida por tráfico de drogas, só não me lembro onde o fato aconteceu. O inusitado é que um papagaio, cada vez que um estranho se aproximava do local, ele “soltava uns gritos”, conforme a autoridade que efetuou a prisão, e por causa disso o “cúmplice” teria sido levado junto à delegacia.

Fiquei em dúvida se o bichinho foi devidamente informado sobre seu direito de permanecer calado e que tudo o que fosse dito poderia ser usado contra ele. Também fiquei curioso pra saber se foi encaminhado algemado ao distrito, e se vai responder a processo por formação de quadrilha.

Reforma política: uma fantasia.


A Ilha-da-Fantasia invadiu o Brasil e seus integrantes prometem ajudar o país na reforma política que rola no Congresso. O projeto tem um forte viés quimérico, e prometem seus idealizadores, que uma vez aprovado, o país de fato entrará no reino da fantasia.

“Financiamento público de campanha, sem participação privada”, que não está no gibi, seria mais uma regra que passaria a compor o maior acervo de leis que existem mas não existem, na melhor explicação do jargão quimérico-jurídico.

Como qualquer cachorro de rua sabe, a legislação eleitoral hoje obriga a todo doador de campanha (fisico ou jurídico) a pôr seu nomezinho lá, se identificar, mas na realidade só põe quem quer. As vezes sai na imprensa, no jornal, rádio, televisão, mas dá em alguma coisa? Tem fiscalização, algum controle? Tá cheio, né?!...(cheio de desculpas!).

Os proponentes querem colocar dinheiro público pra financiar políticos e “projeto de políticos” falando aquelas pérolas. Tudo pra moralizar a coisa.

Entraríamos num novo patamar, além do contribuinte pagar pelas asneiras feitas pelos eleitos, pagaríamos agora por promessas.

Não precisa nem ouví-las, você já pagou mesmo. Dane-se, pra não falar outra coisa.

Não têm estrutura, nem competência, nem capacidade, e muito menos culhões pra fiscalizar, querem dizer que vão moralizar, ou deixar a disputa mais igual? Aí é que o caixa-dois vai comer solto.

Invés de adotar medidas que inibam a ilegalidade, trazendo todos à luz, facilitando tanto a participaçao quanto a fiscalização, criam regras que são meros jogos de cena, aumentando a ilegalidade e “flexibilizado”a moralidade.

É a ficção e o delírio compondo a realidade.

Naia: grande torcida pra que vá pro inferno

Morreu um representante da vergonha da raça, o ex-deputado Sérgio Naia.

Deve ter contribuído para seu fim, o excesso de peso na consciência.

Nessas horas faz uma falta acreditar que o inferno exista.

Naia teve seu corpo ilegalmente removido sem conhecimento nem consentimento da delegada responsável.

Não toma jeito nem depois de morto.

domingo, 15 de fevereiro de 2009

Chávez: o neogorila da América Latina



Caiu a máscara de ditador de Chávez, presidente perpétuo da Venezuela.


O tirano de esquerda lançou um referendo que lhe dá a chance de disputar a reeleição eternamente. Até aí, tudo normal. Se o povo votar “sim”, problema deles e de quem vive lá, ninguém tem nada a ver com isso.


A população tem autonomia e deve ter responsabilidade pra saber o que faz e assumir seus atos. Enfia o dedo na tomada quem quer.


Mas o tirano se utilizar da máquina pública, instrumentalizar o Estado para suas ambições políticas é forçar a barra. Pior ainda é impedir a oposição de se organizar, se manifestar e defender seu ponto de vista.


Ficou feio. Chega de gorila, seja de direita, seja de direita.


Lembra a “democracia” de Saddan Hussein, que quando os EUA o acusava de ser um ditador pelo fato de não haver eleição, Saddan marcou uma pleito em que todos candidatos de oposição foram postos na ilegalidade.


Os meios de comunicação diziam amém pra ele e no final o candidato único açambarcou mais de 90% dos votos. Um grande feito.


Se o problema para os americanos era a eleição, o tirano havia sido legitimado pelas urnas. Uma beleza.


Pode-se dizer que Saddan fez escola, Chávez segue sua cartilha.


Quem quiser apoiá-lo, que vá morar lá.

Loira sperrta!


A ex-prefeita de São Paulo, Marta Suplicy, deu um esquenta-bucho em sua casa pra candidata à presidência da república pelo PT, a ministra-chefe da casa civil, Dilma Roussef. A escolha (imposição) de Lula é inconteste dentro do partido.

Somente Chapeuzinho Vermelho e eu – que sou mais besta – acreditamos que não há interesse nisso. A ex-prefeita, ex ministra do turismo, e ex-relaxa-e-goza, segundo os lobos-mau, acreditam que a “louraça-belzebú, louraça-satanaz, louraça-Lucifer”, estaria mesmo é conspirando a voltar a ocupar um cargo público pra alavancar sua popularidade/candidatura pensando nas eleições de 2010, na qual sonha sair candidata ao governo do Estado.

Sua vontade mesmo seria disputar a presidência da república, mas como tomou um cassete depois de uma campanha apelativa que além de tudo queimou seu filme, está bom demais se for escolhida pelo partido como candidata ao governo do Estado. Pra perder, qualquer eleiçã serve.
Mas pra chegar lá, nada melhor do que uma vitrine como o “Ministério da Melancia no Pescoço”, pra se manter nos holofotes da mídia. Quem sabe, se apoiando a candidata do presidente, não sobra um carguinho no governo. “O importante é competir!”

Claro que se questionada, Marta dirá que não há interesse algum, é apenas uma demonstração de que a bancada estadual está unida – de pé junto – na indicação de Lula, só isso.

Assim como toda piada de loira, o final pode ser de chorar.

sábado, 14 de fevereiro de 2009

Muito muito e muito pouco.


Ainda falando do caso do castelo do deputado, nem entrando no mérito de onde e como ele arrumou o dinheiro, o curioso é que parece não haver parcimônia ao escolher o material do empreendimento, é tudo muito luxuoso, feito com o que há de melhor e mais caro. Olha que 60 milhões de reais não é pouca coisa.

Se há dinheiro pra tanto, por que o pão-durismo na hora de pagar salário e direitos trabalhistas de uma gente que não ganha muito? Por que o espírito da ostentação e do luxo não contempla aquele que lhe serve?

É uma manifestação de desprezo tão grande para com os outros, que parece que valem menos que animais, ainda que quando existem animais nesses lugares, eles acabam tendo um tratamento melhor que os funcionários.

Seguindo na mesma cantilena, uma vez ouví ou lí, sei lá, uma crítica de um músico instrumenstista, que disse que um cantor muito conhecido nacionalmente – que ele não disse quem era – recebia uma bolada boa por show e não repassava quase nada aos músicos que o acompanhavam.

É aquela coisa: o fácil é ficar chorando que artista no Brasil não é reconhecido, que é marginalizado e tal, mas na hora em que o cara está ganhando dinheiro, baixa o “patrão”nele e acaba pagando o mínimo que puder aos seus músicos, ou aos seus “funcionários”. Acaba a relação entre “artistas” e vira meramente uma questão trabalhista.
E acaba “no pau”.

Cesare Batistti e a esquerda de Estado


Nestes tempos de Cesare Batistti pra cá e pra lá, os porquês de extraditá-lo ou não, tem sido comum se ouvir que como a Itália era um Estado democrático não se justificava a luta armada comparando com o Brasil onde militares através de um golpe implantaram um período de terror, um regime de exceção.

Naquele período de evervescência anti-capitalista, a esquerda que pleiteasse o poder através de eleição – a democracia burguesa – seria tida como revisionista, pequeno-burguesa, etc.

O gozo dos comunistas era a revolução, a tomada do poder pelo pé na porta. O mais curioso é que quem execra o passado de Batistti hoje, agiu como ele.

A rigor, se se recriminasse participar do Estado burguês e sua democracia falaciosa, a própria luta armada também não era bem vista por algumas tendências, independente de haver ditadura ou não, e a deposição do poder burguês instituído, deveria ser consequência da tomada de consciência dos trabalhadores nas greves e nos enfrentamentos contra o Estado. Essa consciência levaria a deposição do Estado burguês classista e a implantação de um Estado proletário, na pretensão de seus teóricos.

Vejo essas críticas de hoje não por aqueles que discordavam da luta armada, até porque alguns desses críticos vêm de grupos guerrilheiros, mas dos que hoje estão maravilhosa e confortavelmente inseridos no sistema.

Não estou sendo contra (nem a favor) da extradição, apenas estou fazendo uma crítica ao argumento de alguns “extradicionistas” que utilizaram métodos parecidos praticamente no mesmo período acham que o italiano tem que cumprir sua pena e aqui posam de “heróis perseguidos”.

Interessante que quando a Itália era governado por um socialista, houve uma questão parecida envolvendo o Japão, que também não mandou o italiano pedido de volta, o governo italiano não criou caso e ficou por isso mesmo. Agora, como o governo é direitista (neo-fascista pra alguns), e o contraventor de esquerda, estão criando esse caso todo. Tô nem azul.

domingo, 8 de fevereiro de 2009

A americanalhização da crítica


Miirrito com os meios de comunicação e certos blogs que se dizem comentaristas de filmes, livros e sei lá mais o que, mas não saem daqueles filminhos bem “sessão-da-tarde”, bem chulé, e só de americanos. É um mundinho pequenininho desse tamainho que não encherga além da produção comercial, parecendo aqueles sanduiches de minhoca frita do mequidonaldis que são preparados aos montes. A produção cultural – linha de produção também é cultura - vai nessa linha. E a crítica segue atrás.
Me dá no saco ouvir “críticos” em jornal, radio e televisão, em que os lançamentos não saem do circuito pipoca-coca-cola americano. Fora isso, só quando entra um filme nacional no meio, senão, é um tal de John pra cá, John pra lá..., não sai disso. Parece que no mundo ninguém mais faz nada. Nem na Europa, nem na Ásia, nem em lugar nenhum. A índia é tida como tendo uma produção de filmes maior que a americana, quantos chegam por aqui? Quantos os “críticos” analisam e indicam ou fazem ressalvas?

Não passa de indústria do jabá. Um burro cagando e um crítico falando dá tudo em merda. São marionetes de ventríloquo. São como promoters de supermercado, só que com nome mais chique.

E alguns blogs seguem na mesma linha. Pegam aqueles filminhos com aqueles atores a trizes mais batidos com aquelas estorinhas mais cocô-de-neném, e ficam naquela puxação: que grande atriz, um dos maiores atores do mundo (do mundinho deles) que grande atuação...é uma grande aturação!

Segue na mesma linha a novela brasileira. Quem escreve tem que produzir uma porrada de capítulos a toque de caixa, com um olho no ibope e outro nos patrocinadores. Se a audiência estiver baixa, mata alguém, mostra uma calcinha, que levanta. Caso não dê certo, encerra mais cedo e começa outra mais apelativa. Vai dizer que uma merda dessas é arte?! Se isso é arte, produção em série de penico também é.

Alguém se lembra daquela música mais ou menos do começo dos anos 80 que dizia:

O patrão mandou cantar com a língua enrolada, evribari macacada, evribari macacada.
O patrão mandou botar uísque na feijoada,
duiú laique macacada?, duiú laique, macacada?.

É mais ou menos isso aí.

O “liberal-protecionismo” de nossos dias


Independente do protecionismo ser bom ou mal, pra quem é bom ou pra quem é ruim, o fato é que incomoda os chefes de Estado e de governo investir dinheiro público em projetos que possam ajudar mais os de fora que os de dentro. É nessa hora que muito liberal torce o rabo.

Keirrison, Marrison, Jim Morrison. Tudo em família...


A Rádio Jovem Pan de São Paulo entrevistando o pai do jogador Keirrison, jogador do Palmeiras, explicou o nome do filho dizendo que inspirado no cantor Jim Morrison, vocalista da banda The Doors, deu o nome ao seu filho mais velho de “Marrison”, o que serviu de inspiração para o próximo filho que foi Keirrison. É mole?!

Bela foto



Choni, China – 1925

O lama guardião posa para a fotografia em um dos seis prédios que armazenam matrizes xilogeáficas do Kanjur e do Tanjur – os blocos de madeira usados para impressão da bíblia budista do Tibet e seus comentários. A coleção foi destruída pelo fogo em 1928, quando muçulmanos atacaram Choni e o seu convento de lamas.

Foto de: Joseph Francis Charles Rock (1884-1962)
Acervo da National Geografic Society.

sábado, 7 de fevereiro de 2009

Frases curiosas

“Você nunca vê um negro com um livro” Marcelo Yuka, ex baterista da banda O Rappa, dizendo que “cordão de ouro, carro, champanhe...ostentar isso não é esperto”como sendo um equivocado poder da negritude, do povo pobre. Pra ele o real poder é informação.
Revista “Outra Coisa” Ed. Net Records jan.2004.

“Se os militares quiserem, eu topo até ser ditador da extrema direita.” Silvio Santos em O Estado de São Paulo , período nefasto da política nacional em que até uma tranqueira dessas com essa mentalidade queria ocupar um cargo executivo. 09.03.1988

Lula:popularidade passa dos 80%

Lula perdeu 3 eleições até ser eleito. Se a lei não restringisse, poderia ir a forra e eleger-se 3 vezes seguidas.

O fato de a legislação não permitir o terceiro mandato consecutivo, não quer dizer que não se possa disputá-lo alternadamente. Lula tem tudo pra fazer seu sucessor e ,após 4 anos eleger-se por mais 8 anos caso o Congresso não acabe com a reeleição. Seriam 16 anos só de Lula, ou 20 anos de PT. Haja!

A linha de produção de Roliude não sai disso.



Vem chegando mais um filmeco americano (O leitor) falando sobre o nazismo.
Não ví, não quero ver e não gostei do filme. Ouví o prospecto pelo rádio.
Roliude não cansa de ficar explorando mazelas ainda que do passado de outros países.


Como será que os alemães de hoje vêem mais um filme que espalha pelo mundo uma visão grotesca que os americanos se lixam em passar do povo alemão como se não atingisse ninguém. Como se os americanos fossem alguma autoridade pra imputar alguma pena a quem quer que fosse (eles se acham). E esses cineastas dessa merda de cinema de produção em escala, comercial, se importam com as consequências de suas atitudes?


Pra gente ter uma idéia, aqui, quando apareceu aquele filme “Turistas”, que colocava o Brasil como um grande mercado clandestino de órgaos, como se fôssemos um bando de canibais que estripavam as pessoas, sendo o foco do comércio ilegal e internacional de tripas, ninguém gostou. Muita gente criticou, se indignou com “a imagem do país” lá fora. A gente fazer filmes mostrando nossos pecados dói menos do que mostrado por gente de fora. Mas o problema é que esses traficantes de histórias baratas estão interessados simplismente em ganhar dinheiro em cima de problemas alheios.


Por quê Roliude não filma o grande tchans do momento, Guantánamo, a base militar onde a violência era uma orgia. “GUANTÁNAMO I, O ULTRAJE É A LEI!”, e dependendo da bilheteria, o II, o III... X. “ABU GRAIB E A MERDA DOS DIREITOS HUMANOS”, ou ainda : “BUSH X SADDAN: DUELO DE ABUSOS!”


Será que tem algum cineasta americano filmando toda a estupidez deles imposta ao mundo? Será que algum roteirista está escrevendo a saga daquele povinho em seu período imperialista, que esperamos tenha acabado com Sr. Obama? É meio difícil, né? O máximo que estes “sofistas e sicofantas” chapa-branca fazem é justificar seu belicismo imperialista impositivo como sendo “lutadores da liberdade e da democracia”.


Por quê não filmam como a CIA desestabilizava governos que iam contra os interesses americanos? Da mesma maneira suas grandes empresas, as multinacionais, divulgadoras dos “valores” americanos, desestabilizavam governos, conspiravam, quebravam concorrentes locais, faziam e aconteciam. Por quê não filmam, não “denunciam”? Não precisa se ater a Alemanha lá do começo do século passado, nem só ao terceiromundismo vil, o abjeto, o daninho também nasce e se espalha pelas mãos dos americanos. Tem muita coisa mais recente que daria boas estórias, ou seriam boas histórias?


Como reagiria a pátria do “destino manifesto” se todo ano aparecesse uma “grande produção” mostrando um fato que a denegrisse?


Roliude come lavagem no cocho que o Estado põe. E o Oscar é o corolário da sandice brega.


Acho que eu vou é ver um filminho da Xuxa.

domingo, 1 de fevereiro de 2009

Alexandre Garcia, da Manchete para a Globo.
























Achei no meio de meus recortes antigos – nem sei porque a separei – uma matéria da Veja, de 2 de março de 88, em que o tão crítico e moralista jornalista Alexandre Garcia, na época, comentarista político da TV, rádio e Revista Manchete, além de chefe de jornalismo e diretor regional em Brasília, teria batido de frente com o dono da emissora e estava sendo demitido.

Até outubro de 80, Alexandre Garcia era porta-voz do presidente Figueiredo, e aparecendo seminu para a revista Ele e Ela (foto), além de contar detalhes de sua vida sexual, causou uma reação do Palácio do Planalto que não teria gostado e o demitido.

Logo em seguida foi admitido pela Manchete (do mesmo grupo da revista em que aparecera). Garcia estava sendo uma figura de destaque quando teria se indignado com a cobertura do carnaval da emissora que teria mostrado “travestis pelados”, atraindo a atenção do Ministério das Comunicações.

Para o jornalista, a emissora “ perdeu o senso de ética quando quis que eu intercedesse junto ao governo para que a emissora não fosse punida por ter levado ao ar obscenidades.” Alega que o vice-presidente do grupo havia ido até Brasília para convencê-lo a intervir junto ao governo evitando que a emissora fosse punida, o que o membro da emissora nega. “Acho que a Manchete deve ser punida pelo governo”, sustentou.

Na semana anterior à reportagem, o Dentel havia mandado uma notificação a Manchete e a Bandeirantes pelas cenas exibidas nas madrugadas de carnaval pedindo explicações sendo praticamente certo que as emissoras seriam punidas.

“Não dá pra ser reporter e pedir favores ao governo”dizia irritado. As críticas à emissora teriam se tornado públicas o que levou a um bate-boca ríspido com o dono da empresa teria levado a sua demissão sumaria.

Segue um trecho interessante: “O jornalista recebe outros 150 000 cruzados como funcionário do Banco do Brasil. Ele entrou no banco, por concurso, há 27 anos e seu regime de trabalho é de tempo integral. Teoricamente, ele deveria trabalhar 8 horas por dia no Banco do Brasil, mas se limita a produzir um boletim interno, chamado Video-Bip, que circula pelas agencias do Banco do Brasil. Garcia não deverá ficar muito longe do vídeo: na semana passada ele estudava uma proposta da Rede Globo para ser comentarista político da emissora, apresentar um quadro no Fantástico e ter uma coluna no jornal O Globo(...)”

Do jeito que Alexandre Garcia cobra pureza de pensamentos e ações de todos, principalmente quando se trata da máquina pública, que comentários faria se algum funcionário do BB ou qualquer outro funcionário público deixasse de cumprir sua jornada diária de 8 horas por um 'boletim interno'?

A Manchete logo se pôs a procura de um substituto para alexandre Garcia, tendo entrado em contato com Carlos Monforte, apresentador do Bom dia, Brasil na Globo que achou que foi revanchismo do grupo Bloch.

Cena dos próximos capítulos: teria Alexandre Garcia aceitado trabalhar na Globo?...