sexta-feira, 30 de setembro de 2011

PSD: PDS ou PSDB sem B?

O "PSD", partido do prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab, é um PDS enrustido (antiga Arena, atual PP - Partido Progressista, também conhecido como o partido de Maluf), ou um PSDB sem "B"???
A legenda vem com a carne do DEM, partido que mais perdeu membros para o novo partido, seguido pelo PP. Nasce como a terceira maior bancada da câmara federal.

domingo, 25 de setembro de 2011

Empáfia presidencial

O ar de soberba é notório nos chefes das tribos reunidos na ONU.

Uma questão de inteligência.

Inteligência: arma contra a condição de inferioridade e lucro para os outros

Uma comunidade
No filme "Planeta dos Macacos", uma comunidade de macacos confinados adquire um nível maior de inteligência após inalar um gás, que como consequência, faz com que se organizem e se revoltem contra sua condição de seres inferiorizados, enjaulados, mal tratados etc.
Uma outra comunidade
O Brasil é hoje a sétima maior economia do mundo ameaçando avançar sobre a posição de outros países da Europa que anda mal das pernas. O PIB brasileiro - a riqueza gerada pelo país - fica na mão de poucos. Dos 3,6 trilhões de reais gerados no último ano, 50% ficam com 10% da população, e 70% da população dividem 30% dessa grana. Ou seja, todos produzem, todos geram essa bolada toda, mas na hora de distribuir, poucos ficam com muito e muitos chupam o dedo, ficam com migalhas.
De norte a sul, boa parte dos brasileiros moram em favelas, perdidos nas periferias mais longínquas onde o Estado não chega e nem tem interesse de chegar - a não ser em período eleitoral. Nessas regiões estão trabalhadores que geram essa riqueza toda. A mão de obra que gera uma enorme riqueza, é predominantemente pobre, quando não miserável.
Apela-se para o tráfico de drogas, ou tomar o que é os outros como forma de compensar a miséria, mas, de modo algum há insurgência contra a aviltante distribuição de renda que privilegia um pequena parte da sociedade.
Por outro lado, a população sai às ruas, enfrenta a polícia, quebra o maior pau, por causa de futebol.
Se um tem uma camisa de uma cor e aparece outro com uma camisa de outra cor, isso é inadmissível! Então um tem que enfiar a mão na cara do outro, bater com pau, pedra, vale chute, soco e tudo o mais. Quando vem a polícia, não faltam valentões, e aí entra todo mundo no cacete. Torcedor, polícia...
Quando parlamentares aumentam seus próprios salários, aumentam o repasse de verba - pública - para suas legendas, as ruas continuam ermas, vazias, como se isso não disssesse respeito à ninguém. A gente liga a televisão e lê nos jornais que nos hospitais pelo país inteiro tem gente amontoada sem assistência, morrendo na fila, na maca, os equipamentos estão quebrados, não tem médico nem remédio. Grana pra saúde não tem, só se criar um novo imposto. Dinheiro pra partido político tem, a aprovação é rápida e sem briga entre oposição e situação.
No filme, os macacos inteligentes transformam sua indignação e raiva em ação. Os brasileiros miseráveis, bons produtores de riqueza são mansos, transformam sua passividade em rezas e orações, apelam a entidades mitológicas que lhes ajude.
O Brasil se modernizou, inventou a escravidão sem senzala.

sexta-feira, 27 de maio de 2011

FORA PALOCCI!

Dói na alma ver o governo Dilma descambando em questões e pessoas que historicamente foram fonte de problemas e deram mil motivos para a oposição tripudiar.
Quando se fala em escândalo, Palocci é um nome recorrente. Causou um enorme rombo no governo Lula com seu afastamento por casos de corrupção na prefeitura de Ribeirão Preto - sobre licitação de lixo - e quando foi apontado pelo motorista Francenildo que afirmava tê-lo levado a uma residência que rolava orgia com meninas e negociatas, Palocci teria tentado prejudicar o delator através de influência na Receita Federal, que acabou vazando na imprensa e o ministro todo poderoso de Lula foi ao chão.
No governo Dilma - o retorno - Palocci volta à cena com outro escândalo, maior que o primeiro, levando à fogueira sua chefe e seu antigo e atual defensor, Lula. O estrago é cada dia mais constrangedor por comprometer uma mulher que vinha tendo um desempenho positivo e que um ou outro tropeço, era relevado como fazendo parte de qualquer administração. Agora, o estrago não restringe a tentar manter uma pessoa de moralidade suspeita, mas que compromete sua imagem transformando pequenos deslizes na confirmação de sua incompetência. Quanto mais Dilma se agarra a ele tentando defendê-lo, mais ela afunda.
A imprensa é um mar cheio de tubarões famintos, prontos para devorar Dilma, e Palocci é alguém que sangra atiçando as feras marinhas. Ninguém garante que uma vez estancado esse escândalo, seu primeiro-ministro não venha com outro - e com outro, e com outro...
Este senhor no governo ajuda em muito, mas não ao governo, a oposição. Quanto mais este safado permanecer no planalto, melhor para os que querem denegrir e ver o governo se desmanchar.
Do meu ponto de vista, de minhas memórias, e do pouco que acompanhei em administrações petistas, a única que ví tomar a decisão de afastar um membro influente de seu governo por 'quebra de confiança', foi a prefeita de São Paulo, Luiza Erundina, que afastou seu próprio vice, Luis Eduardo Greenhalg - que muitos chamavam de "Grinraldi" - quando apareceram acusações de envolvimento em falcatruas. Sem muitas delongas nem acrobacias para salvá-lo, a prefeita veio a público e disse que numa administração pública séria, em caso de quebra de confiança o funcionário deve ser afastado para sua defesa e uma vez provado sua inocência poderia reassumir suas funções. Qu'eu me lembre, foi a única.
Sou do tempo em que o PT denunciava, quebrava o maior pau quando membros do governo apresentavam enriquecimento escandalosamente fora do aceitável, e por assumirem cargos públicos com extensa ficha criminal, notórios contrabandistas da moralidade pública. Dá a impressão de que esses caras todos, hoje andam com uma estrelinha no peito. Como a nobreza está acima da lei e a justiça é censitária, é somente para os sem-renda, então...tamo na roça.
Se estivéssemos num país sério, esses socialistas do erário, já estavam vendo o sol nascer quadrado.
FORA PALOCCI!

quarta-feira, 20 de abril de 2011

O jeitinho brasileiro e a Vale do Rio Doce

Fernandenrique teria dado a Companhia Vale do Rio Doce a preço de banana, segundo alguns. Difícil achar alguém que concorde com a estimativa do governo da época que a empresa valia os menos de cinco bi que foi arrematada. Também não precisa levar em conta a expectativa mais alta que chega por volta dos 100 bi.
Se valia a Vale 5, 10, 50 ou 100, até então Inês é morta. Já era. Mas agora que po bolo cresceu e a empresa chegou a faturar em 2010, 30 bi, o governo - capitaneado pelo ministro Guido Mantega - satisfez a antiga vontade do governo da estrelinha vermelha de trazer a empresa para o curral governamentista.
Entre um conchavo com o presidente do Bradesco - um dos principais acionistas da Vale junto com o governo - que quer manter as contas bancárias nos correios que renderam ao banco algo como 800 milhões de reais, Mantega teria fechado negócio: o banco fica com os correios e entrega o pescoço de Agneli. Feito.
A Vale - ou melhor, Roger Agnelli - tomou várias medidas que desagradaram o governo Lula, como demissões em época de crise, a recusa em aceitar um imposto de 5 bi - alguns meios falam em 4 - teriam levado o governo a pedir a cabeça do administrador.
Mas a coisa não se restringe à queda de Agnelli, mas Mantega vai botar na cadeira ninguém menos que seu principal assessor, Nelson Barbosa, do Ministério da Fazenda, ou seja, nomeado como o governo nomeia chefes em empresas controladas pelo governo. Praticamente o governo conseguiu a reestatização da empresa sem gastar um tostão. O anti-FHC. Se deu de graça, voltou de graça. A Vale se tornou pau-mandado do governo.
A Dilma diz que não quer ouvir um pio sobre o assunto.

sábado, 26 de março de 2011

Fraude como política de governo pode.

Se você comprar um alimento, um produto qualquer e descobrir que está "batizado" com água, poderia reclamar, denunciar o comerciante, o produtor, etc. Pedir indenização, reparação, até quem sabe - como já aconteceu - o gerente poderia ser preso.
O governo decidiu resolver o problema da falta de álcool enchendo o combustível do consumidor com água, o famoso "hidratado". Os próprios técnicos sabem que simplesmente o combustível rende menos e os carros vão pingar mais.
Os usineiros sempre deram trabalho. Desde quando apareceu o Proálcool, que eles além de moer cana, moíam zilhões de reais recebidos do governo e ainda deviam mais zilhões. Hoje, todo ano falta álcool, o preço sobe, o governo não mantém estoques reguladores - o que atende aos interesses do setor - e a população é quem paga o pato. Fica sem o combustível, paga mais caro caso queira poluir menos evitando abastecer com gasolina, e ainda tem que aturar a fraude institucionalizada de comprar álcool, pagar preço de álcool e ver seu tanque ser transformado num grande cantil ou numa caixa d'água.
Corre por fora ainda a humilhante situação de, o Brasil que roncou o maior papo querendo exportar seu álcool pra Europa, brigando com os EUA por que eles barram o produto brasileiro, e agora o vamos importar álcool americano porque a gente não consegue produzir nem para nós mesmos.
InutEl, a gente somos inutEl !...

segunda-feira, 7 de março de 2011

Canal do Panamá chinês.

O diário argentino Clarín.com trás uma reportagem bastante interessante. A China tem um "projeto faraônico" - segundo o jornal - , uma linha férra que ligue o Atlântico ao Pacífico pela Colômbia, competindo com o Canal do Panamá.
Segundo o periódico, as discussões estão avançadas mas a China ainda procura manter segredo - agora segredo de polichinelo. A "canal seco" como é chamado teria 220km de extenção, com um custo estimado de aproximadamente 7.600 bilhões de dólares.
"É uma proposta real, e está bastante avançada" confessou o presidente da Colômbia Juan Manuel Santos ao diário Financial Times, publicou o jornal argentino.
O Canal mede 80 km porém é estreito e limitado, "sempre congestionado, muito custoso e sem capacidade para acolher os grandes cargueiros"aponta o Clarín.
A reportagem é David Brunat, de Beijing, especial para o Clarín.
A China vem tomando conta do continente americano como um todo, comprando terras, mineradoras, indústrias, empresas de diversos setores, petroleiras etc. O país asiático está se preparando para quando tudo começar a escassear como apontou na pré-crise de 2008, quando alimento e energia escassearam e prometiam apontar para uma crise de abastecimento de ambos.
A China tem uma visão que outros países ou não têm ou não têm condição de ter. A hora que o mundo crescer, as commodities se tornarão caras e escassas, por isso este ímpeto de núvem de gafanhoto açambarcando tudo, bancando projetos de infra estrutura pelo mundo todo. Os novos donos do mundo vão vender caro e ainda alugar caro seu patrimônio espalhado pelo planeta. Um planeta made in China.

Um velho golpe que não sai de moda.

No "De propósito" do Terra, um palhaço resolveu usar o espaço destinado a comentário para divulgar seu golpe. Muito velho, muito manjado, mas que sempre encontra uma ovelhinha dormindo de touca que acaba caindo. É a tal da "corrente", ou "pirâmide". Essa trambicagem já foi proibida por lei, mas sempre aparece um espertinho querendo faturar.
O esquema é dar uma grana e tentar iludir um grupo de pessoas a participar também. Cada um que caiu no lero, deve arrumar também um grupo para enganar. E assim por diante, cada enganado arruma um grupo para enganar, com a conversa de que vão ganhar uma bolada.
Há décadas que vejo gente caindo nessa, e sempre tem gente pra cair. E o pior, não é gente nova não. É - com o perdão da palavra - burro velho.
O "comentário" do idiota foi rejeitado.

O Brasil vai mostrar a Kadafi como é que se mata.

O terror aqui não é de Estado...
...é de iniciativa privada.
O carnaval no Brasil mata tanto quanto o bombardeio líbio sobre sua população. Com o período de folia em pleno curso, mas já com 130 mortes e 1500 feridos em apenas 2 dias apenas nas estradas federais, se Kadafi tomasse conhecimento desses números talvez se indignasse pela mortandade gratuita. "Que falta de humanidade"
Aqui não precisa de aviões-caças bombardeando a população, também não há mortes causadas por confrontos entre oposicionistas e legalistas (governistas). O confronto aqui se dá entre carros, ônibus e caminhões que se chocam de frente pelas estradas espalhando mortos e feridos que contemplarão inúmeras famílias com caixões, cadeiras de roda, condenados ao leito até seus últimos dias etc, porém não serve de aviso nem de lição, por que no próximo final de semana prolongado, no próximo carnaval, o número de mortos e feridos pela negligência explodirá novamente. Ano após ano.
Já é uma tradição encher a cara, botar a família inteira no carro e sair a milhão por aí. Muitos acham o que estavam procurando.
Enquanto Kadafi tira a população de casa e as executa, nos mostramos a ele que a gente também entende de terror. A morte aqui é uma folia, uma grande brincadeira.

quinta-feira, 3 de março de 2011

Eles se merecem

Solidariedade interdespótica
Embrulha o estômago ouvir que Hugo Chavez e Fidel Castro ainda apoiam o assassino Muamar Kadafi. Quando a humanidade começa a se limpar, parece que os agentes patológicos entram em sintonia, uma solidariedade da truculência anacrônica bestial.
Mostra como os dois estúpidos do continente americano perderam qualquer parâmetro de decência e a função de um chefe de governo.
Vão apelar para o velho chavão batido e poído de que tudo não passa de uma conspiração imperialista orquestrada pelos Estados Unidos, e eles, bestas feras, são coitadinhos, vítimas da ordem mundial capitalista. Os opressores sanguinários travestidos de ovelhinhas frágeis. Mas ainda tem muito inocente que cai nessa conversa.

Obama está pisando na bola.
Tá certo que Obama adoraria ver Kadafi fora do poder e causa uma enorme revolta em qualquer um que goze de sanidade mental, ver um mandatário mandar bombardear seu próprio povo. É o supra-sumo da quintessência do abuso de poder que tirano nenhum até agura tinha ousado fazer. Não é ser contra ou a favor de Tio Sam, mas contra a besta apocalíptica líbia.
Mas os americanos chegarem perto da Líbia, não ajuda, complica a situação. Ninguém gosta de americano, principalmente naquela região, então quando os EUA dizem que vão mandar navios para a região, não ajuda os revoltosos, cria um embaraço porque a última coisa que eles desejam é ver americano por perto. Desvia a atenção, perde o foco. Ficam divididos em atacar o governo assassino de Kadafi ou protestar contra a aproximação ianque.
Depois que Obama disse que mandaria suas embarcações para a Líbia, houve um refluxo e os revoltosos perderam espaço.
É a ajuda que só atrapalha.

Golpista virtual não sabe escrevinhar.

Recebí mais um e-mail fajuto de banco naquele lero de atualização de cadastro etc. O interessante é que os caras sabem montar um site com logotipo do banco - no caso dos bancos, pois se trata de uma 'unificação' - , linque, etc, mas não sabem escrever.
Uma constante desses malandros semialfabetizados são os erros grosseiros de português. Este último diz que é nescessária(sic) a atualização. Como se entregam fácil.
Os logotipos dos bancos já são suspeitos por que dá pra ver que são meio marretas, borrados... Quando a gente começa a ler a mensagem - e não sai disso, é atualização, recadastramento etc - se depara com essas licenciosidades literárias. Uma beleza.
Quando esses anarfas forem curtir suas canas, espero que seja em presídio com escola e biblioteca pra aprenderem a escrever.

sábado, 26 de fevereiro de 2011

Heducassão

A indicação do nobre deputado Tiririca, um analfabeto funcional, como titular da Comissão da Educação da câmara federal, vem causando muita indignação.
A educação brasileira sempre esteve nas mãos de técnicos, gente que conhece muita teoria, tem muita experiência, fez pós no estrangeiro e tal, só que pelo nível em que a educação tem se mantido, não parece coisa de gente tão ilustrada. O que parece é que faz tempo que 'tiriricas' comandam a área.
Será que pior do que está, fica?

domingo, 13 de fevereiro de 2011

O mundo muda.

Não são só os árabes - muçulmanos - que antipatizam com o Estado judaico. Setores da esquerda, independente do país, vêem os EUA e Israel como imperialistas, opressores, propagandistas de uma ordem mundial perversa, que anseia ter os países árabes em sua área de influência e exploração.

Por isso, mesmo que o Egito não seja governado por "soldados de Alá"radicais, outras correntes políticas também poderiam, em caso de assumir o poder, não serem permeáveis a relacionamentos muito íntimos com o estado judeu. Mas na prática, não há no horizonte nenhum grupo de esquerda tao radical que pudesse assumir o poder no Egito e romper relações seja com os americanos, seja com os judeus.
 
Suíça.


A Suíça tem mudado sua postura em relação a contas mantidas por pulhas do mundo todo. Ditadores corruptos (o que é um pleonasmo), que pilham seu próprio país, historicamente tinham os bancos suíços como comparsas ao oferecer principalmente sigilo.

A partir de 1986, tribunais suíços começaram a bloquear fundos depositados por esses bandidos. Neste mesmo ano, quase 700 milhões de dólares foram repatriados às Filipinas, roubados por Ferdinando Marcos.

Entraram no rol dos pulhas com grana bloqueada: Baby Doc, do Haiti; Mobutu, do Zaire; Benazir Bhutto, do Paquistão; Sani Abacha da Nigéria; Vladimiro Montesinos, chefe da polícia secreta do Peru no período em que Fugimori comandava a quadrilha; José Eduardo dos Santos, presidente "socialista" de Angola, indicado pela revista Forbes como o 10º homem mais rico do planeta.

O Brasil não poderia ficar fora de uma lista tão seleta: Paulo Maluf e Fernando Sarney, filho mais velho do clã Sarney, também têm contas bloqueadas no país cofre do mundo.

Ultimamente, entraram na lista, Ben Ali, da Tunísia e Mubarak com toda sua quadrilha (familiares e membros do governo).

Até o ETA, grupo terrorista basco está com grana presa por lá.

Tá ficando difícil ser ditador neste planeta.

sábado, 12 de fevereiro de 2011

As múmias

No Brasil, talvez por falta de pirâmides (sarcófagos), 
as múmias continuam no poder.

No Egito as múmias são mundialmente conhecidas mas não governam mais. Estão serenas, reclusas, não dão mais palpite no governo.
No Brasil, as múmias recalcitrantes não alcançaram tamanha notoriedade internacional, porém continuam ativas no poder, mandando e desmandando.

domingo, 6 de fevereiro de 2011

Inflação internacional dos alimentos e suas consequências.

Em 1ano, trigo, milho, soja,café e açucar
 aumentaram em mais de 50%.

Alimentos negociados em mercados internacionais - as commodities - têm subido de preço fortemente. Sarcozy, presidente da França e do G-20, apresentou uma proposta de controle de preços ou estoques internacionais reguladores.

O Brasil, que tem como principal ganho de exportação esse tipo de produtos agrícolas, chiou.

Brasil e França pensam mais em negócios que suas consequências. Os países ricos querem pagar menos pelos alimentos que subiram muito em pouco tempo, subiram bem mais que o consumo evidenciando que virou produto de especulação, ganho fácil nas jogatinas das bolsas do mercado futuro. E a jogatina está no primeiro mundo, levando os exportadores do terceiro e do quarto mundo - países em desenvolvimento- junto, para alegria destes.

O Brasil se beneficia do repique de preços, os agricultores fazem festa, mas por outro lado a inflação aumenta, o Banco Central entende como aumento de consumo aumentando os juros que atrai dólares, que valorizam a moeda local, que desindustrializa o país e pior, afasta os mais pobres dos alimentos. Os agricultores mantém a balança comercial positiva, mas às custas de desindustrialização, inflação, valorização cambial, aumento de juros e por aí a fora.

Os expeculadores não brincam mais só com papéis, brincam com alimentos também, ignorando as consequências de suas atitudes. Atingem exatamente setores e regiões do planeta excluídos da necessidade mais básica que é se alimentar sem ter que gastar todo seu salário para matar a fome.

Atender a proposta de Sarcozy pode ficar com jeito de defender os poderosos, mas os preços altos dos alimentos não defende interesses dos desvalidos, mas dos grandes produtores latifundiários brasileiros e do mundo, até porque não se trata de valorização pela lei da oferta e da procura, como aconteceu em 2008, quando os alimentos subiram pelo excesso de demanda, quando populações miseráveis conseguiam emprego , tinham renda, e passaram a consumir mais alimento, daí sua valorização. Agora não. A cotação se descolou do consumo e se mancomunou à ganância de meia dúzia de espertos. Essa valorização transforma-se em inflação que como um tsunami atinge a todos os países, principalmente setores mais pobres, como já disse.

Os miseráveis voltaram pra sombra, e especuladores tornam ainda mais difícil seu acesso a alimentação, mas o que importa é o lucro. De certa maneira, os disturbios nos países árabes são as consequências dessa inflação gerada nos cassinos que as bolsas viraram, essa inflação, quando atinge um país com desemprego persistente, misturado com casos de corrupção, tem se tornado material explosivo, haja vista que o desemprego também é consequência da crise gerada pela especulação, só que da crise passada.

Alimentação está se tornando coisa muito séria pra se deixar assim ao deus dará, e os comandantes do planeta parecem estar descobrindo isso. Uma pequena parte da sociedade pode encher as burras de dinheiro em cima da jogatina, mas o problema é maior que o saldo da balança comercial, é correr o risco de perder um país, ou uma região estratégica aliada para radicais hostís. Pode sair muito caro esse liberalismo de cassino.

Confesso ser um tanto cético quanto a mudanças de governo nos países árabes. Caem em nome da democracia, mas duvido que assumam pessoas, partidos e clãs menos impositivos.

sábado, 5 de fevereiro de 2011

Não é democracia que preocupa o ocidente.

 
Democracia? No$$o$ intere$$e$ $ão outro$
Os radicais islâmicos do Egito - e do Oriente Médio - estão olhando o quebra-pau de longe. Os distúrbios não têm nenhum cheiro de islamismo, o que não quer dizer que, uma vez que Mubarak caia de seu poleiro, a turma do turbante não entre em cena.

Trocar um ditador por alguém alinhado com a democracia ocidental, que não seja um soldado de Alá, é praticamente trocar seis por meia dúzia para os jihadistas. Os muçulmanos não estão querendo democracia, querem um governo alinhado com a tal sharia - a lei islãmica.
                                                                
A maior parte dos que estão na rua pedindo a saída de Mubarak, se quiserem democracia, terão que perceber que após sua queda, terão que manter a mobilização para que não troque de tirano. Uma teocracia, ou teotirania.

Por outro lado, a maior demanda dos insurgentes não é escolher seus governantes, a bronca é contra o desemprego e a alta de preços. Um democrata que não resolva essas questõres ou um tirano enrolado em lençol que melhore a economia do país, é o que vai fazer a diferença, podendo ter apoio popular ou não.

O Egito não tem tradição de democracia. E se pegar sua história milenar, boa parte do tempo foram dominados, governados por estrangeiros. As naçoes ocidentais modernas e democráticas também nunca estiveram interessadas em democracia, buscavam e buscam governos alinhados. Nenhum governante americano perdeu o sono ou se preocupou com o tempo em que o povo egípcio não participa de eleições limpas e justas.

Mubarak, apesar de tirano, sempre se manteve alinhado ao ocidente e a Israel, então teve apoio político e financeiro. Se o povo vota e se o processo é justo, nunca foi problema pra nenhum país ocidental do primeiro mundo.

Saddan Hussein, enquanto foi pau-mandado do Pentágono, enquanto estava enfiando seu povo na guerra contra o Irã, defendendo interesses americanos também não era um ditador. Pelo contrário, recebeu grana, armas, treinamento etc. Quando Saddan, querendo se livrar das crescentes críticas a seu governo criando um bode expiatório externo, falando mal de americano, deixando de servir aos interesses de Tio Sam, aí ele virou um tirano, um atentato à humanidade, um foco do terrorismo mundial, um monstro. Aí caiu.

Washington, Paris, Berlim, Londres... não estão interessados se o novo governo será mais ou menos democrático, mas se será pró ou contra seus interesses. O povo? Ah, o povo que se f...!

terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

Sarney, presidente vitalício do senado.

"Não desejava o cargo, mas não pude fugir."


Senador José Sarney ao ser eleito pela 10000000000000000000000000º vez, presidente do senado, que já se pode chamar de cargo vitalício.

Tadinho do Sarney, quanto sacrifício pelo país.

Turistas no Egito não perderam a viagem.

 
Turistas que foram ao Egito atrás de história mumificada deveriam ficar para ver a história viva.

Meios de comunicação mostram o movimento migratório de turistas do planeta inteiro, que excursionam pelo Egito, em direção ao aeroporto tentando se picar de lá. Devido aos tumultos nas ruas e o fechamento do acesso às pirâmides e ao museu do Cairo - as múmias estão de folga - não há o que fazer por lá, comentam jornalistas e embaixadas, então o mais seguro é tirar o escalpo da reta.

Quem vai ao Egito está interessado em história, só que uma história silenciosa, embalsamada, mumificada, de rochas desgastadas, que se manifesta por placas e cartazes com pequenos textos - que se o turista não conhecer pelo menos o inglês, não vai entender muita coisa.

Pô, tá certo que ninguém vai conseguir ver múmia, mas é a grande chance indisperdiçável de ver a história viva, sangue quente bombando nas ruas. O que o mundo está acompanhando pela televisão ou internet, uma minoria tem o privilégio de estar na boca do vulcão, na pororoca entre deus e o diabo.

A história pulsante, barulhenta, em que a presença é arriscada e estimulante acontecendo perto do nariz, com todos os sentidos, sentimentos e emoções: gritos, poeira, fumaça, correria, enfrentamento, a nuvem de gás lacrimogêneo que sufoca, ataca os olhos, corpos caídos, pedradas...

Estar no furor dos acontecimentos é uma coisa que não tem preço, não volta atrás pra quem não viu poder ver. O que passou já era. Ficamos reféns de imagens e textos dos meios de comunicação que lavam e passam as informações conforme suas conveniências, acadêmicos e comentaristas conforme suas ideologias.

José Bonifácio, que passou à história como "Patriarca da Independência",foi um brasileiro privilegiado. Viu a revolução francesa, estava lá na hora do pau comendo. Participou da resistência portuguesa à ocupação francesa de Napoleão, e foi influente no rompimento do Brasil com Portugal. Estava com o nariz enfiado em grandes momentos históricos de sua época.

Hoje, pessoas que estão no olho do furacão, vendo uma movimento popular que assola diversos países árabes prometendo mudar todo o mapa político mundial, querem sair de lá. Quem está alí, na hora certa, no lugar certo, sai correndo de medo. Ah, assim não dá!

Daqui a algumas décadas, talvez nem tanto, esses eventos estarão nos livros de história que a molecada vai ouvir falar. Já pensou poder falar que estava lá, presenciou os fatos in loco.

Não é pra sair correndo pro aeroporto, é pra ir pras ruas, sentir a força dos movimentos sociais e políticos. Ver e viver os fatos de seu tempo.

As múmias e as pirâmides que viram areia pelo tempo continuarão em seus lugares nos esperando.
Foto chapada: Mubarak, é melhor sair enquando dá. O caldo vai engrossar.

segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

Folha: não dá pra ler.

Pra isso que serve a Folha.

Interessante a ilustração do site do jornalista Paulo Henrique Amorim à Folha de São Paulo (Conversa Afiada), que teria tentado denegrir a Petrobras com uma reportagem que dizia que a empresa iria diminuir as compras no país e a Petrobras a desmentiu informando que tinha informado o jornal que a informação não procede antes de sua publicação.

O grande jornaleco paulista peca em credibilidade e falta de vergonha. A Folha é chamado ironicamente de "ditabranda" por seu apoio a ditadura militar e por que um dos seus capos ter dito que a ditadura no Brasil teria sido branda, uma "ditabranda".

Para Paulo Henrique Amorim, este jornaleco é mais um que faz parte do "PIG" (Partido da Imprensa Golpista).

quarta-feira, 12 de janeiro de 2011

Caso Somália:quem acha que a polícia investiga alguma coisa?

Somália pensou que fosse gente comum.

O jogador Somália do Botafogo teria inventado um falso sequestro relâmpago tentando fugir da multa por atraso por parte do clube. A polícia foi investigar o caso e descobriu que era lero do atleta. O erro de cálculo, foi o jogador se achar um cidadão comum.

A expectativa que se tem, é que se alguém for a uma delegacia de polícia e der queixa de roubo de um relógio de pulso e perto de mil reais, é que o caso será arquivado. Quando virar as costas, já era, seu caso estará encerrado. O máximo que poderá render é virar estatística.

Mas isso, para os pobres mortais, para as celebridades, a coisa é outra.

O jogador arrumou pra cabeça. A delegada anda declarando que além de multa, pode pegar uma cana. O clube também já declarou que deve abocanhar 40% da grana do Pinóquio. Sem falar da pegação no pé por parte da imprensa, torcida e populares - talvez a pior pena.

Convocado, não apareceu na delegacia.

Se algum outro estiver pensando em dar um 'pelé' no time, é melhor dar uma desculpa melhor, ou assumir a bronca de perder o dia mais multa.

Sai mais barato.

terça-feira, 11 de janeiro de 2011

"O cara" pisou na bola.

O caso do último escândalo de Lula de dar passaporte diplomático para toda a família perto do encerramento de seu mandato serviu para um efeito positivo: a indignação está trazendo à tona que o costume é muito mais comum que possa imaginar nossa vã filosofia.

"Dos 662 vistos concedidos aos parlamentares e seus parentes desde 2009, 577 (87%) foram para viagens a passeio, e só 69 deles tiveram como justificativa 'missão oficial', ou seja, trabalho", conforme reportagem do jornal O Estado de São Paulo, de sábado, 8 de janeiro.

O que Lula fez é prática comum em nossa república do deita e rola. Ele mesmo já disse uma vez, que todo mundo faz, quando o PT foi pego com grana de caixa 2.

A OAB teria pedido que os filhos e o neto de Lula devolvessem o passaporte. O filho mais velho disse já ter devolvido.

Pra variar é só mais um instrumento de Estado, que deveria ser utilizado a serviço mas serve aos anseios particulares dos nossos homens públicos.

"Na Suíça, a assessoria de imprensa do governo chegou a perguntar à reportagem do[jornal] Estado o motivo de manter um passaporte diplomático para um filho de ex-presidente.'Por que daríamos esse benefício a um parente de um ex-político?', questionou um assessor, ao ser informado sobre o caso do ex-presidente Lula."

Ah, não sabe este mero assessor do que são capazes os "representantes do povo" aqui do nosso riquíssimo país. Uma penca de parlamentares vão assumir seus mandatos durante o recesso, com direito a tudo quanto é verba para a farra, torrar zilhões com o parlamento fechado. O quê são alguns milhões a mais de despesa para um país que anda "emprestando dinheiro para o FMI"?

Ainda na reportagem do jornal, um alto diplomata francês consultado afirma:"Passaporte diplomático não garante imunidade diplomática, que só é válida no exercício de missão. Na verdade, não há vantagem nesse passaporte além de furar a fila no aeroporto."

Falta muito para deixarmos de ser um paisinho de terceiro mundo.

quarta-feira, 5 de janeiro de 2011

PMDB: o falso aliado.

O PMDB é como um veículo que não dá pra confiar, pode deixar Dilma na mão a qualquer hora.

O PMDB ameaça se rebelar contra o governo Dilma, por não ter recebido o número de cargos no primeiro e segundo escalão no tanto que achava ter direito. Já fala em votar pelo aumento maior do salário mínimo e outras medidas contra o governo.

Se Dilma tivesse lhes dado tantos cargos quantos foram reivindicados, não significaria de modo nenhum que na primeira chance, uma votação relevante para o governo, o partido não se rebelaria por mais cargos, mais influência etc.

É prática comum dessa agremiação se valer de seu tamanho e falta de vergonha, para mesmo tendo conseguido os cargos reivindicados, se rebelar e pedir mais numa situação delicada em que esteja em situação estratégica.

Não foi a primeira nem vai ser a última.

É a melhor expressão do 'falso aliado'.

2011: ano dos afrodescendentes. Você sabia?

Não sabia que 2011 seria considerado pela ONU o Ano Internacional para Afrodescendentes. O problema é, na prática, o quê isso significa? Uma propaganda na televisão, um cartaz na rua?...

O mundo só se torna mais ameno, mais humanista quando há água, ração , teto e emprego para uma ampla maioria. Como boa parte do mundo está em crise, principalmente Europa e EUA, a cizânia, a segregação, as leis anti-imigração ganham terreno.

Campanhas contra discriminação - de negros, judeus, latinos, mestiços, ciganos etc - só ganham espaço num ambiente em que não há concorrência para a sobrevivência.

Resumindo: no mundo dos homens, o humanismo precisa de barriga cheia para existir. Sem isso, perdem os escrúpulos, viram feras, predadores.