domingo, 28 de dezembro de 2008

O Oriente Médio e a estupidez.


Recomeçou o que nunca acabou naquela terra de heróis da carnificina: os bombardeios.
Enquanto os povos que compõe aquela região não contiverem suas minorias, vai ser impossível a manutenção de qualquer acordo de paz.
Israel impos um bloqueio à Faixa de Gaza, na intenção de minar o Hamas, o que tem causado transtornos à população da região e motivado mais ataques por parte do Hamas.
Tempos atrás, o Hezbollah, no sul do Líbano que adotava a mesma prática do Hamas, colocou o Líbano em baixo de pesado bombardeio israelense, o país virou escombros.
A intolerância parece uma aguardente que transtorna as pessoas, tornando-as irracionais.
Yitzhak Rabin, primeiro ministro de Israel, de linha moderada, vinha levando as negociações no processo de paz com os palestinos na década de 90, época em que palestinos não reconheciam o Estado judeu como estes não reconheciam um Estado palestino. Foi assassinado por um compatriota radical, que não aceitava a paz com os palestinos.
Ariel Sharon, que teve um passado ativo na luta contra os árabes e palestinos, incluindo aí, participação em massacres e provocações, foi fundador do Likud, partido de direita israelense. Quando ocupou o cargo de primeiro ministro, de 2001 a 2006, botou seu radicalismo em degelo. Mudou de opinião em relação ao processo de paz, buscando uma participação moderada. Não foi entendido pelo seu partido, nem pelos palestinos que o tinham como um conservador de direita, alguém que não podiam confiar. Sharom renunciou ao cargo de primeiro ministro, abandonou o Likud e fundou o Kadima, partido de centro, mas um derrame o colocou em estado vegetativo que dura até hoje.
Apesar de haver uma indisposição entre os povos que compõe a paisagem do Oriente Médio, são as minorias radicais que impõe o caminho – para o confronto.
As negociações poderiam estar muito mais avançada não fossem os pequenos contingentes radicais de lado a lado que literalmente detonam os acordos. Os próprios palestinos, conseguiram mais à mesa de negociações do que com pedras e bombas.
A liga dos Países Árabes promete se juntar na próxima semana pra avaliar o ataque de Israel na Faixa de Gaza. Provavelmente irão repudiar o ato, lançar manifesto, frases e palavras de efeito, mas nada muito longe disso. Os grupos radicais se sentirão na razão de agir contra Israel e este contra os “terroristas” na sua visão e de “resistência” contra Israel na visão dos árabes-palestinos.
Enquanto eles não se fartarem com o cheiro de sangue de embrulhar o estômago, não derem a sí espetáculos de mortandade e carnificina, outro processo de paz não entra na pauta. Muitos civis inocentes serão mortos, mutilados e perderão seus bens como consequência do ódio irracional mútuo. Adianta falar?

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