Depois de muito comentário, acabei indo ver “VickyCristinaBarcelona”, filme de Woody Allen.
Interessante ver o ator Javier Barden no papel principal, reconheci-o de “Sombras de Goya”,que assisti a poucas semanas. Não sei se coincidência, mas é outro filme também sobre a Espanha. Não sou de ver filme pelo diretor, ator, ou o que o valha, não guardo nome de ninguém, procuro ver o filme pelo filme, sem badalações, só guardei o nome do protagonista por tê-lo visto a não muito tempo, como já disse, e o do diretor (Allen) por ser um nome batido.
É um filme de Allen, resumindo. Ele gosta de criar situções embaraçosas, que atentem contra os costumes, por isso meio previsível, a gente só não sabe como ele vai enrolar a trama, mas qu'ele vai colocar os personagens em saias justas, isso ele vai. Mas é um filme legal, diga-se de passagem.
Pela sua procedência americana, é o que sobra porque vem de fora da linha-de- produção roliudiana, aquele monte de filminhos pipoca-coca-cola produzidos em série, coisa pra adolescente e cinéfilos, que pra mim, ofensas á parte, é quem tem vocação pra comer lixo. Não assisto um filme se não tiver um bom motivo pra fazê-lo.
Nunca fui muito de dar trela pra filme americano, mas lembro-me de que entre o fim dos 80 e começo de 90, quando eu estudava na Unesp (Universidade Estadual Paulista) em Marília (cidade do interior do Estado de São Paulo), e havia sido lançado o filme “Blade Runner”, o Departamento de Política do curso de Ciências Sociais – qu'eu cursava – resolveu passar o filme no auditório do campus com discussão marcada após a sessão.
Fizeram um escarceu porque o filme tratava de uma revolta da máquina contra o homem, a insurgência contra o sistema, resistência, e não sei o quê. Fiquei impressionado pelo argumento, pensei comigo: nossa, será que aqueles merdas daqueles americanos erraram a mão e fizeram alguma coisa que preste? Curioso pra ver o filme, fui lá.
De fato a obra tem esse enfoque, mas não ví tudo isso, nada assim tão relevante. Nada mais que um filme americano, ralo e insosso. Fizeram mais fumaça que fogo. Saí com cara de que comi e não gostei. Muito longe de uma obra relevante, de fundo político, até filosófica como se quis passar.
Da mesma maneira, “Matrix” que se disse ser inspirado na “Alegoria da caverna” de Platão (capítulo VII de sua obra “A República”), o filme, digamos, até tem alguma coisa a ver, mas também não é aquela coisa toda. É Platão lavado e pasteurizado.
Deix'eu parar de falar de filme porque isso realmente não é minha praia, aliás, por falar em praia, continuo com meu bronzeado à la minhoca-d'água (desbotado).
Si iú tchumorou!
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