domingo, 24 de agosto de 2008

A manjada VEJA.



A Veja usa de uma velha artimanha que é, a partir de uma verdade , pregar sua choradeira. Usa a péssima condição em que se encontra o ensino pra criticar a maneira como os professores vêem criticamente o mundo à sua volta, visão de mundo que destoa totalmente da visão liberal da revista. Se os alunos não sabem ler, escrever, nem fazer contar, isso é um problema, se professores usam a sala de aula pra pregação Marxista, é outro problema. Porém a revista torce, retorce, vira e mexe, distorce conforme seu interesse e acaba por quase afirmar que Chávez é o responsável pelas péssimas condições de ensino no Brasil. O nível de ensino é uma coisa, ideologia é outra. Misturar as coisas como fez é simples peça de retórica ideológica.
É tão apelativa, que chega a comparar o educador Paulo Freire com Einstein, afirmando que o brasileiro não é responsável por nenhum grande feito da humanidade, por isso o trata de maneira desprezível. Chico Mendes, Airton Senna, também , não foram à Lua, não descobriram a bombas atômica, são meros ratos do terceiro mundo.
Pelo fato de que há um nùmero maior de pais que professores, põe em termos de uma corporação impondo sua ideologia à sociedade. Diz ainda que a sabedoria popular estaria acima da ideologia dos professores e prega a neutralidade. Se a neutralidade é tão importante, por que a revista é tão carregada ideologica e politicamente? Se a sabedoria popular é tão virtuosa, por que a revista não deixa que as pessoas tomem posição em seu lugar ? A minoria de professores impõe sua ideologia do mesmo modo que uma minoria de jornalistas traduzem as informações conforme suas conveniências e de seus meios de comunicação. Simples assim.
O problema, não é que há ideologia nas escolas, o problema é que não há a ideologia barata, de quinta categoria que prega a publicação. Se as escolas fossem um local de veneração do mercado, do liberalismo, a publicação não veria ideologia. Seria pura modernidade.

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