sábado, 30 de maio de 2009

Enquanto isso no jardim do Éden...


Diz que lá na região do planalto central, há décadas, construiram um prédio imponente em forma de “H”. Junto dele, como um coco partido em duas metades, uma emborcada, com a boca para baixo e outra pra cima, duas Casas de formas inusitadas, conviveriam figuras que se pensou, não mais existirem.

Este conjunto, teria sido construido sobre uma mata nativa cuja fama é de que seria remanescente do “jardim do Éden” bíblico. Criaturas que não comeram do fruto do pecado, viveriam entre a mata e a imponente construção de concreto armado. Assim como os europeus quando aqui chegaram, repararam a nudez inocente sem malicia dos nativos, seres do planalto viveriam em pleno estado de pureza de propósitos.

Esta semana uma dessas criaturas – inocente de tudo – acabou aparecendo no noticiário nacional. Atendendo pelo nome de José Sarney (PMDB-AP), o edênico ser teria recebido indevidamente R$ 3.800,00 todo mês em seu contra-cheque, por anos, e ele não sabia de nada (ai que dó!). Não seria o único a receber a verba de “auxílio-moradia”. Além dele, Cícero Lucena (PSDB-PB), Gilberto Goellner (DEM-MT) e João Pedro (PT-AM) que ficaram de devolver em parcelas o dinheiro. O auxílio estaria sendo pago a outros 40 senadores que têm imóveis próprios mas a Casa assumiu que eles não precisarão devolver o dinheiro e que tudo não passou de uma “falha administrativa”.

Parece estar faltando “maça” nessa história, pra que essas criaturas puras e saltitantes caiam na realidade e percebam em que mundo vivem, as consequencias de suas atitudes. Essas figuras folclóricas, parecem acreditar que todo mundo acredita no que eles falam, que todo mundo acredita em estórias da carochinha.

Eles têm mais é cara de serpente.

Ditadorzinho-de-merda


Hoje ensinaremos como fazer o seu ditadorzinho-de-merda caseiro.

Pegue um General Costa e Silva e um Médici, esprema os dois num recipiente, envolva-o com uma farda verde-oliva e agite bem com truculência. Coloque-o à esquerda de uma latrina e pronto, você tem o seu Kim Jong Il caseiro. Aconselhamos a fazê-lo nos fundos da casa, longe de familiares, das crianças e das criações, devido ao forte cheiro de excremento que exala.

Você vai ver que a essência é de direita, aquela direita conservadora, reacionária, o cheiro é de direita também, um odor que lembra os “gorilas-de-farda” que habitaram o centro do poder dos países da América Latina. Sua maneira de agir e de falar também é de direita, ele é todo de direita mas é de esquerda. Um fenômeno que estudiosos ainda não chegaram a um consenso. Bem, de fato há um consenso: ninguém aguenta ficar perto.

Aconselhamos não deixar seu ditadorzinho-de-merda solto, fora da coleira, nem deixar crianças ao alcance de seus discursos, elas podem apresentar alterações de comportamento como irritabilidade, confusões mentais, e até bater continência.

É preciso cuidado, ele pode rosnar, avançar, e até morder, mas o maior risco está em dar um golpe de estado em sua casa e privar a todos de telefone, jornal, internet, rádio, televisão, etc. Eles têm pavor de informação, meios de comunicação, etc. A unica maneira de acalmá-lo é com bajulação, que todas as raças de ditadores adoram. E aí vai uma dica, se quiser ganhá-lo pela consciência, afixe em sua casinha uma foto dele com uma frase afirmando que ele é um “libertador”. Pode parecer contraditório chamar um ditador de libertador, mas é assim que eles se veem. E evite contrariá-lo, ele vira uma fera.

O tempo de vida de um ditadorzinho-de-merda pode durar décadas, mas havendo outro da mesma família por perto, eles passam a ocupar seu habitat em dinastias.

Ao levar seu ditadorzinho-de-merda para passear, evite áreas em que possa haver substância radioativa, eles têm uma tendência natural a esse tipo de material e uma ideia fixa em construir artefatos nucleares.

Se quiser adquirir os ingredientes, você poderá colecioná-los. Existe a versão árabe, hebraica, norte-coreana, brasileira, cubana e venezuelana. Há também a versão “junta militar”de Mianmar, que é indicado para quem quer fazer regime, eles deixam seus subordinados passando fome. Caso prefira um com cara de panaca, tem o ditadorzinho-de-merda com a cara do Bush. Ele vem com um par de sapatos extra, para você e sua família praticarem o jogo que vem com as instruções na embalagem. Basta dizer a frase: “Yankee go home!” e atirar o sapato na fuça do Bush, que é ágil. Ganha aquele que conseguir acertar o sapato na cara do tirano.

O ditadorzinho-de-merda existe em quase todos os continentes, e tem adoradores pelo mundo inteiro também, mas o fato mais interessante, é que a maior parte de seus adoradores não vivem sob seu coturno, mas em outros países.

Atenção: o ditadorzinho-de-merda apresenta sintomas de hidrofobia (raiva) mesmo sendo vacinado contra essa e outras zoonoses.

domingo, 24 de maio de 2009

Barrichelo, nosso Cristo.



Coitado do Rubinho. Hoje é nosso melhor representante – disparado – na Fórmula Um e continua sendo motivo de chacota. Quando se fala dele, vem piada aí.


Ouvindo o rádio há pouco, José Simão, colunista da Folha e de uma FM, dizia que no dia em que Rubinho faz aniversário, se comemora o dia internacional da tartaruga.


Concordo que o piloto deu motivo quando tinha um bom carro da melhor escuderia da competição e tinha um aproveitamento a desejar.


Também concordo que ele parece ter uma limitação: é sempre o segundo, não consegue romper essa barreira.


Mas hoje acho que poderiam(os) pegar menos pesado com ele. O Pelé que é o Pelé, aguentou muito desaforo, Tom Jobim, Carmem Miranda, João Gilberto, pra citar os que me lembro. Rubinho que teve um passado pouco idílico tem muita cruz pra carregar, por mais que apareça como um(vice)vencedor, ou o melhor brasileiro na competição.


Se ele ouve, toma conhecimento das críticas e comentários, e se isso o toca de alguma maneira, não sei, mas parece que nunca demonstrou abatimento devido a isso.


Bom ou mal aos nossos olhos, é um brasileiro no pódio em quase todas as corridas do mundial neste ano. Que continue assim.

É o fim da picada!


Quando a mídia começou a divulgar as falcatruas dos parlamentares em brasília, como as passagens aéreas e as maracutaias com a verba de gabinete, etc., mandei uns e-mails meio desaforados pra lá, cobrando mais responsa. Ninguém nem tchuns pro que eu escreví, até porque além da imprensa estar malhando eles, devem chegar por dia um bom número de cartas, e-mails, etc.

Hoje ao abrir minha correspondência, descobri que pra eles serviu pr'alguma coisa: uns quatro deputados passaram a m'enviar lixo político, propaganda eleitoral. É o fim da picada.
Lembrei-me de uma campanha antiga: Jogue o lixo no lixo.

sábado, 23 de maio de 2009

Serra X Aécio: PSDB em campanha.


Esse jogo de peteca entre Os governadores de Minas e São Paulo, não tem nada de rivalidade, ou se tem, por enquanto o interesse é outro. Dilma Rousseff, candidata à presidencia pelo PT está há muito com a banda na rua fazendo campanha, subindo em palanque junto com Lula, fazendo discurso, prometendo e tal, mas pra efeitos de justiça eleitoral, ninguém sabe nada de campanha. Se perguntado, responderiam que ninguém é candidato, ninguém sabe quem será candidato, o partido é que deve se posicionar a respeito na hora adequada, que ainda é cedo pra falar em campanha. Ou seja, todo mundo tá dando uma de migué.

A estratégia do PSDB é outra mas o escopo é o mesmo, botar seus candidatos na mídia.O negócio é como padaria, que de hora em hora, sai uma fornada. Quase todo dia aparece alguma noticia nova sobre a disputa interna ou o desentendimento dos dois candidatos a candidato.

Agora saiu na imprensa que Aécio teria aceitado sair de vice na chapa com Serra, todos os meios de comunicação repercutiram, e logo em seguida apareceu o governador mineiro dizendo não saber nada sobre o assunto, que não fez acordo nenhum. Também ninguem sabe de onde partiu o boato. Enquanto isso, é rádio, jornal, televisão, internet botando o nome e a cara deles no noticiário.

O negócio é fazer campanha sem fazer campanha. Não é isso mas é isso, entendeu?

Os partidos estão com um olho em 2010, que já está aí, e outro olho na justiça eleitoral, que pode apitar falta e mostrar o cartão pr'algum candidato que seja flagrado fazendo campanha (abertamente). Campanha TODOS estão fazendo, só não pode é dar na cara.

A Dilma segue inaugurando obras do PAC – Programa de Aceleração de sua Candidatura – e a dupla “café com queijo” segue fazendo suas tucanices.

De vez em quando, pra esquentar um pouquinho mais, algum instituto de pesquisa apresenta alguma consulta de intenção de voto, mostrando onde cada um está no momento e a tendência – de alta ou de baixa.

Nesse jogo, quando o juiz apitar o inicio da partida, a bola já vai estar rolando há muito tempo. Tem juiz que é cego.

Consumidores merecem “cadastro positivo” sobre bancos.


A câmara dos deputados aprovou o projeto que divide os consumidores entre aqueles que têm o nome limpo, pagam em dia suas dívidas, e aqueles que estão com nome sujo na praça, por algum motivo não honraram seus compromissos.

Os que têm nome limpo, fariam jus a taxas de juros diferenciadas, menores, por representarem menos risco de inadimplência. Esses comporiam o tal do “cadastro positivo”.

A primeira coisa que se deve ressaltar é que o Brasil é um país de pobres e miseráveis com as taxas de juros mais altas do mundo. Os bancos e financeiras se esmurram de ganhar dinheiro, principalmente em cima da população de mais baixa renda. Pra pessoas dessa faixa de renda, que pagam taxas altíssimas, o financiamento é a única maneira de se conseguir alguma coisa. Essa política de juros praticada pelo setor privado, é também responsável por uma fatia de inadimplência.

Há um tempo atrás, devido á farra das taxas praticadas pelos bancos, o BC estipulou um número menor de taxas a serem cobradas de seus correntistas. Já estão aparecendo denúncias de novas frentes de achaque que alguns bancos começam se utilizar para espoliar seus clientes.

Será que a população não merece um “cadastro positivo” daquelas instituições que pilham menos, roubam menos, achacam menos, metem menos a mão na grana daquela(e) que põe os pés numa agência bancária ou numa financeira?

Aproveitando a deixa de separar clientes entre bons e “maus” pagadores, não será uma boa desculpa pra salgar ainda mais a vida do coitado que pena pra pagar seu suado novo bem? Será que só o bom pagador será beneficiado, ou o “caloteiro” não só não terá o direito de menores taxas, mas pagará taxas ainda maiores das já insanas?

Pra se ter uma ideia do que acontece, as paixões que movem os detentores do dinheiro para financiamento neste país, os bancos de fora, que estão acostumados com remunerações menores, poderiam aqui aumentar seu número de clientes praticando taxas próximas as de mercado externo. Pois o HSBC estava cobrando uma das mais altas taxas de empréstimo.

Lula queria por que queria que o Banco do Brasil, seu subordinado, diminuísse sua taxa de juros, tentando diminuir o custo do dinheiro que no meio da crise inviabilizava a produção e se tornou proibitivo. Se os bancos públicos diminuíssem suas taxas, os privados seriam pressionados a rever as suas, calculava. Técnicos pela imprensa diziam que baixar juros não é uma mera questão de intenção, mas de condição, depende da “conjuntura”.

Lula não entrou na conversa e pediu – mandou – que o BB baixasse suas taxas praticadas. Como o presidente não foi atendido, trocou a direção do banco. Esta semana a imprensa divulgou com ironia que a taxa de juros do Banco do Brasil AUMENTOU.

Quando a crise baixou por aqui, os bancos fecharam o crédito. O BC abaixou o compulsório (parte dos depósitos que fica retido) e chegou apenas uns pingos na ponta. Os banqueiros sentaram em cima do dinheiro e não estavam nem aí pra quem ia quebrar, ter o nome em protesto, demissões, etc. Depois de reuniões e muita conversa, os bancos afirmaram que a situação iria se normalizar, mas na prática, nada. O Banco Central teve que tirar a remuneração do dinheiro estacionado lá pra vê-lo começar a andar. O governo teve que oferecer linha de crédito via BNDES que era pra “queimar”, não importando se seria devolvido, o importante era o dinheiro chegar na ponta e financiar a produção, tentando diminuir os efeitos da crise.

Os bancos no Brasil formam um descarado cartel. Deitam e rolam às custas de seus clientes. Todos os anos esses mega devoradores de encargos e taxas batem recorde sobre recorde de lucro. Junto a isso, oferecem um número exíguo de atendentes e caixas eletrônicos, isso quando os equipamentos não operam pela metade, ou boa parte está inoperante. Se os bons pagadores já são esfolados, imagine os que mal conseguem pagá-los em dia. Deve estar vindo aí má noticias para eles. Coitados de todos nós.

Gripe do capeta.


Comecei a semana péssimo. Peguei a gripe do porco, do rato, do sapo, do gato e do jerico. Estava só o fio da rabiola, me arrastando sem ânimo. Um zumbi. Hoje parece que comecei a reagir, estou melhor. Com essa sensação de bateria descarregada, não ví, não lí, não escreví muita coisa. Se alguém me perguntasse se ainda estou vivo, não saberia responder, se me perguntassem se já morrí, teria minhas dúvidas. Como ainda não me convidaram para minha missa de sétimo dia, acho que ainda estou vivo. Mibilisca.

domingo, 17 de maio de 2009

Olhessa boca!...

“Não há investimento mais seguro no mundo do que os EUA.”

Robert Gibbs, porta-voz do governo americano em reação à preocupação pelo estado de saúde da economia americana pelo primeiro ministro chinês, Wen Jiabao. A China tem sido o maior paradeiro dos títulos da dívida americana (quase US$ 750 bilhões).

Esta frase tem jeito daquelas que passam pra história como uma grande bola fora. O futuro próximo é quem vai dizer.

sábado, 16 de maio de 2009

É brega mas é chique.



Outro dia ouvindo o rádio, ouví a expressão “dog walker”, referindo-se àqueles que levam os totós alheios para passear. Por quê não “personal dog”?

Esses dias, lendo o jornal, numa reportagem sobre casas de eventos, apareceu a expressão “dress code”, referindo-se a vestimenta (fantasia) que pode deixar alguém do lado de fora se não estiver de acordo com o evento.

Será que – seguindo essa linha cafono-brega de s'expressar – não seria mais chique em vez do cara ficar nervoso, chateado porque é corno, dizer aos amigos que é um casal moderno que tem um “fucker wife”? E a mulher dizer às amigas toda contente que eles têm uma “fucker husband”? Não seria o máximo?! – Aliás, cada vez mais presentes na vida familiar dos novos tempos.

Cafona é um termo brega, o chique é dizer “kitsch”. Aí fica bem.

Sabe o que é “cenismo”? Não tem nada a ver com goleiro. É o uso abusado, desnecessário de estrangeirismos. Resumindo, é uma doença na maneira de se expressar.

É algo parecido com que acometem as peruas. Pra elas e seus espelhos, estão “chiquérrimas”, na linguagem das peruas, aos olhos alheios, seus trajes estão aberrantes, fora de equilíbrio, horríveis até. Falar desse jeito, utilizando estrangeirismos pra valorizar o comezinho, o trivial, é falar como uma perua se veste.

Outra esquisitice é empregar um termo de fora com pronúncia aportuguesada. O fulano diz precisar fazer um “fidibéqui”.

Já falei isso uma outra vez, não se ouve mais falar em toicinho, ou toucinho. Agora é “bêicom”. Virou quase uma ofensa falar em toicinho. Desvaloriza o produto, a comida, o estabelecimento, o cozinheiro(a). É o colesterol chique.

Uma proposta para o trânsito


Gostaria de fazer uma proposta às autoridades de trânsito pelo menos aqui de Sampa. Que ministrassem um curso para habilitados e habilitandos de especialização em luz de direção, mais conhecido como “pisca-pisca”, ou ainda, “seta”. Sei que talvez nem todos conseguiriam o certificado ao final do curso devido ao nível intelectual exigido. Pra algumas pessoas aprenderem a usar o pisca – fazer o veiculo piscar do mesmo lado em que se faz a conversão – deve ser muito difícil.

Talvez a proposta do curso crie um problema anterior também muito complicado, que seria convencionar que esquerda e direita seja o mesmo pra todo mundo.

Iria mexer com problemas culturais, tradicionais, a liberdade de manifestação e de atitude, a liberdade de interpretação. Talvez no começo apareçam protestos e passeatas contra a proposta por ser uma massificação dos costumes, ou coisa do capitalismo, das elites, etc. Como vivemos num país reconhecidamente democrático, o que é esquerda pra um pode não ser pra outro.

O que tem de gente que dá seta pra um lado e entra pro outro é impressionante. Meu reconhecimento pra essas pessoas que fazem o trânsito de São Paulo ter a fama que tem.

Uma outra alternativa ao curso que exige muito raciocínio, e ao conceito pessoal de esquerda e direita, seria os veículos sairem de fábrica com o pisca no meio. Quando começasse a piscar, quem está por perto já ficaria esperto, sabendo que aquele bólido cometeria uma conversão a qualquer hora pra qualquer lado, e melhor ainda seria se simultaneamente ao sinal luminoso, tivesse o sinal sonoro “sai de perto!”

Os veículos poderiam também já sair de fábrica com a buzina: “aê, seu zé!... “aê, dona maria!”...

Estou convencido que estas propostas iriam contribuir para a melhora do trânsito nesta imensa metrópole, como em outras, com menos freada e menos manifestações eloquentes com gestos tão expressivos.

terça-feira, 12 de maio de 2009

Seu deputado ainda "se lixa" à mão???


Além de torrar dinheiro em passagens aéreas, verba de gabinete, vale-gasolina, vale paletó, vale escândalo...etc., seu representante ainda aparece mal-humorado em plenário reclamando indignado, se lixando com a maior cara-de-pau, fazendo cara feia?

Seus problemas acabaram!!!

Adquira hoje mesmo a lixadeira para cara-de-pau De Propósito desenvolvida especialmente para o pau da cara da deputância.

Ligue já e surpreenda-se com a versatilidade do produto. Pode ser usado em deputados estaduais, federais, senadores, vereadores, prefeitos, governadores e até presidentes. E ainda: chefes de bancada, presidentes de partido, caciques, oligarquia partidária e todo tipo de político cara-de-pau.


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Cara de pau sim, mal humorado não!


Mas não perca tempo, essa promoção é por tempo limitado!


Emitimos notas frias e superfaturadas para todo o território nacional.

domingo, 10 de maio de 2009

Intimação


Minha indignação a respeito dos gastos dos parlamentares e suas palhaçadas não tem ficado só aqui no blog, não. Andei mandando alguns e-mails um pouco envenenados, mostrando minha indignação para Brasília e para a Assembléia Legislativa aqui de São Paulo também.

Neste final de semana, quando abri minha lata de lixo caixa de mensagens, havia uma intimação da “Procuradoria Regional de Justiça” pra que eu comparecesse lá no centro do escândalo poder do país (DF), num tal de “Coordenação de Defesa dos Interesses Difusos e Coletivos – CODIN”. Alguém não gostou do que eu mandei e encaminhou à justiça, calculei.

No começo me assustei. Pensei comigo: “Ih, sujô!” Será que eu vou ser processado, preso, encarcerado, acorrentado, chicoteado, sodomizado, jogado nas masmorras da inquisição, esquartejado na bastilha federal?

Fui consultar as leis, parágrafos, alíneas e tal que constava no comunicado pra ver se descobria do quê se tratava, se meu caso seria de vida ou morte. “O que dói menos, meu deus, desembuche para este ateu convicto e confesso, a câmara de gás ou a cadeira elétrica?”

Falava de “estado de sítio” e sei lá o que mais. Nem de chácara, nem de sítio e nem de fazenda eu entendo. Nunca matei uma galinha.

Fui à página da justiça federal ver se descobria alguma coisa. No linque sobre processo em andamento, o número que veio na mensagem era menor e por isso não entrava. Botei no google o tal do “CODIN” e na primeira página que entrei – era um tipo de assessoria jurídica – alertava sobre um vírus, um golpe, sobre uma mensagem falsa de intimação para uma tal de audiência. O texto apresentado como exemplo era igualzíssimo ao que recebí. Fila das p...pensei.

Não conhecia nem tinha ouvido falar nesse agente patológico virtual. Como prevenção, passei o anti-vírus.

Então não era nenhum parlamentar ofendido com minhas mensagens. Posso voltar a meter o sarrafo naqueles abusados torradores do dinheiro do Estado.

Deixa comigo!

Tribunal internacional: dois pesos?


Israel “incinerou” a faixa de Gaza com fósforo branco, o que é proibido pela convenção de Genebra. A OTAN, acabou de assumir sua utilização no Afeganistão.

Será que esses organismos internacionais que organizam e regulamentam a mortandade em escala, só existe para um dos lados? Regras e punições não são extensívos a todos?

Sadam, que não era santo, foi acusado, condenado e morto por violação de leis internacionais. Israel e EUA deitam e rolam em cima dessas regras, e aí?!...Eles podem?

Será que vamos assistir uma autoridade israelense ou americana no banco dos réus, sob o mesmo rigor que Saddan ou Slobodan Milosevic, líder sérvio acusado de limpeza étnica?

O tribunal internacional é mais uma entidade a espalhar ódio e revolta contra o ocidente. Faz por merecer.

sábado, 9 de maio de 2009

"O Serra é de esquerda."


Sempre que possivel acompanho o blog da Soninha Francine “Gabinete Soninha”. Ela é uma mulher esclarecida, mente aberta, tem um texto que acho muito interessante, é uma referência, gosto muito de lê-la.

Soninha apareceu – publicamente – na MTV como apresentadora de video-clipe ou como eles chamam, VJ (vidjêi). Virou vereadora aqui em São Paulo pelo PT, partido que abandonou, hoje está no PPS. Saiu candidata a prefeita mas não levou, acabou sendo convidada a comandar a sub prefeitura da Lapa, na gestão atual do prefeito Kassab.

Ela trata de praticamente todos os assuntos em seu blog, e pelo fato de um tempo atrás ter se aproximado do prefeito Serra, hoje governador, deixou de tê-lo como um opositor. Passou a conhecê-lo melhor, ter uma certa convivência, conheceu seus pontos de vista, etc. Pela imprensa começaram a aparecer comentários de que estariam tendo um caso, etc., mesmo o alcaide sendo casado.

Semana passada em seu blog, Soninha acabou dando uma pisada na jaca que ficou feio. Em seu post “A poupança, finalmente”, nos comentários ela afirma: “O Serra é de esquerda. Tem horror à doutrina neoliberal.”

Pra quê?! A coisa pegou fogo! Os ânimos se agitaram, muitos se indignaram e os comentários se multiplicaram. Alguns são agressivos e outros bem hilários. Dizer que o Serra, uma das pessoas mais odiadas como FHC, pelas esquerdas, principalmente os petistas, que ele é de esquerda, é como afirmar que o papa é ateu.

Soninha se perdeu na argumentação. Não sei o que ela quis dizer com isso, só acho que quis defendê-lo de seus detratores que o acusam e falam mal a torto e a direito, e acabou escorregando.

Mas valeu a piada.

Que s'exploda!


Pelo jeito não é apenas um deputado que “se lixa”, seja para a imprensa, seja para a opinião pública. Há meses deputados e senadores vêm sendo acusados de práticas que se chocam com a expectativa da população para com seus representantes, e pelos seus discursos em defesa de seus privilégios, parece que na prática boa parte deles estão se lixando para a imagem que se venha a ter eles.

Quando faltarem uns meses para a eleição, provavelmente mudarão o discurso, apresentando-se como ardorosos defensores intransigentes do povo. Se a população “se lixar” para o passado desses ilustres e reelegê-los, aí tudo bem. Junta-se o penico com seu recheio e fica tudo certo. A população vai trabalhar mais dias pra pagar mais impostos para a nobreza andar de avião pra cima e pra baixo, e gozar de todo tipo de regalia que achem que mereçam, como salários melhores, que ninguém é de ferro.
Que o pobre s'exploda!

domingo, 3 de maio de 2009

Terrorismo atômico.



Os EUA tem satélites espiões e aviões com capacidade de filmar de cima das núvens uma pulga se coçando aqui na terra com boa nitidez. A CIA tem capacidade de se infiltrar onde bem entender e desestabilizar governos e até derrubá-los, como já o fizeram e se vangloriaram por isso.

Porém, o Taleban – que já governou o Afeganistão e foi derrubado por uma invasão americana – tem homens bem armados e não só tomaram praticamente todo o país novamente, como estão prontos para botar as mãos no arsenal nuclear do Paquistão, o que tira o sono das autoridades americanas.

Os americanos – e isso já é política de Obama – mandam dinheiro pro fraco governo paquistanês, pra que sobreviva e ataque os insurgentes, mas sua situação está cada vez mais difícil.

Por quê seus satélites e seus 007s não minam a entrada de armas e as fontes que financiam o tráfico de armas e munições? Isso não começou agora, tem décadas. Será que só é possivel nas cercanias de Roliude?

O Taleban alcançar o poder não é só um risco de hecatombe nuclear, mas social também. O período em que assumiram o poder em território afegão, impuseram ao país o regime mais fechado, mais conservador, reacionário, retrógrado do mundo. As mulheres talvez tenham sido as mais atingidas ao serem banidas das escolas, serviços, e submetidas à condição de animais de estimação de seus maridos e pais, não podendo andar sozinhas nas ruas nem mostrar o rosto em público. Monumentos históricos foram simplesmente destruídos por representarem um disvirtuamento ao alcorão. A imprensa, a informação, tudo o que não exalasse o islã era blasfemo, indígno, e por isso digno de banimento ou condenamento e destruição.

Não sou nenhum defensor da faceta 'xerife do mundo' dos EUA, mas entendo ser pior à humanidade ver um movimento tão nocivo assumir o comando de uma comunidade – o que dirá um país – do que alguma força que possa salvar aquelas pessoas de tamanho flagelo.

Os indianos – os sikh – e os xiítas do Irã, também são oposição aos talebans, mas ficam divididos cada um em seu canto. Obama que tenta uma aproximação com Teerã, pretende 'ajudar' os iranianos a combater a guerrilha paquistanesa. Quer é unir forças para combatê-los, o que pode soar esquisito para a compreensão dos fatos pelos aiatolás: o Irã, depois de se tornar uma nação islãmica, sempre teve os EUA como o 'grande satã', iriam eles agora entrar na conversa do anjo do inferno americano e lutar por eles? O Irã iria 'limpar o terreno' para salvar o governo paquistanês, fantoche dos americanos, e abrir caminho para que belzebu ponha seu ovo ali ao seu lado?

O governo americano que investiu trilhões tentando se safar da crise em sua casa, manda bilhões ao Paquistão, invés de mandar seus homens defenderem seus interesses e morrerem lá, dinheiro esse que nem todo chega na ponta, e tem apresentado retorno discutível.

Do jeito que as coisas vão, parece que a Casa Branca, o Pentágono, estão gastando muito, e mal. Pode não demorar muito e ver que todo seu investimento se perdeu e ainda assistir uma das ideologias mais anti-americanas do planeta empoleirada em cima de artefatos nucleares.

Obama vestiria sua fantasia de 'Bush' e invadiria o Paquistão? E como reagiriam, como recepcionariam os radicais?

Kama Sutra radical.


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Atenção: Se você não é contorcionista não tente fazer isso em casa (nem no hotel, motel ou na empresa). Consulte antes seu ortopedista.
Fotos: eu

A campanha está nas ruas.


A ministra Dilma “mãe do PAC” Rousseff, já está em campanha,todo dia está fazendo discurso aqui e ali, o PT, está em campanha, Serra e Aécio, nessa conversa de prévia, arrumaram um jeito de manterem seus nomes na mídia, que se pode dizer – apesar deles negarem – que estão em campanha.

Isso pra falar apenas na disputa presidencial. Nos Estados já tem candidatos com as mangas arregaçadas em palanque, e as conspirações e conchavos dominam a cena política. Tudo o que se faz, fala, inaugura ou critica, é com os olhos em 2010.

Com candidatos em palanque e o circo todo armado, só a justiça eleitoral ainda não viu nenhuma campanha, o que me faz lembrar da obra de Saramago “Ensaio sobre a cegueira”.

Deixando de lado a justiça, que é cega – e burra – resolvi entrar no clima. Ainda nesta eleição prometo não sair candidato apesar de reconhecer que mereço. Não sou candidato mas tenho plataforma: “Uma vida de rei às suas custas”, ou “minha mãe nunca andou de avião”, “também quero uma teta”, são algumas das chamadas que estou pensando desenvolver para o caso de um possível pleito junto ao eleitorado.

Se no Brasil não tem terremoto, vulcão, tsunami, temos eleição, que causa um estrago imenso à nação. O problema não está na eleição propriamente, mas numa combinação de políticos, eleitores e legislação, que numa química ímpar, gera um quadro político que é puro fisiologismo, que pela visão nacional, é denominada de “democracia”.

No Congresso Nacional, o calendário destoa do restante do país, a segunda cai na terça e a sexta cai na quinta. Todo final de semana é prolongado, pra não falar do recesso, que muito trabalhador gostaria de ter benefício parecido.

Segue a campanha do blog.
As imagens são melhor visualizadas em tamanho natural. É só dar um clique.

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sábado, 2 de maio de 2009

Caumo, tau quau atuau.


Papo de boteco.

Aprendi na escola que o “L” deveria ser pronunciado com a língua no céu da boca. Deveria mas ninguém faz. Até onde sei, apenas no sul se fala assim. É mais um sotaque que a pronúncia correta e corrente. Pode ser correta, mas está muito longe de ser corrente. Já foi carimbado de “arcaico” e guardado na prateleira do museu da língua.

Ninguém fala “almoçar” com a língua lá em cima, e sim “aumoçar” – ou “aumuçá”.

O pessoal das terras austrais do país falam de modo até gostoso de ouvir – gosto de nossa diversidade de maneiras de falar – com o “ele”bem destacado do “u”. 'Foi pego pelos “calllcanhares”.'

O “ele” permanece apenas na escrita, na prática, todo mundo fala “pessoau”, “carnavau”, “caumo”. “Alto” e “auto”, diferenciam-se pelo contexto, porque a pronúncia é simplesmente a mesma: “auto”.

A última reforma ortográfica, que chamei de “supressão ortográfica”, foi mais ou menos nesse sentido de descomplicar. Algum acharam que empobreceu a língua. Talvez, mas com a influência do computador, da comunicação a toque-de-caixa, a influência cada vez maior de outros idiomas, seja uma tendência de simplificar, aparar as arestas, transformando-se em algo próximo da linguagem telegráfica.

Lula: cinismo a seviço do cargo.


O fato do presidente Lula defender a farra dos caras-de-pau no Congresso, torrando dinheiro público dando passagem aérea pros seus apaniguados, não é necessariamente o que ele pensa, mas é uma média com os parlamentares porque depende deles.


Lula ainda teve o cinismo de perguntar se seria crime a mulher do parlamentar andar de avião. Não só deveria ser tratado como crime a mulher, a mãe, o pai, a amante, o cachorro andarem de avião por conta da população, como é – deveria ser – crime o próprio parlamentar torrar passagem de avião pra ficar passeando, resolvendo problemas particulares. Verba pública somente deve ser utilizada no exercício da função.


Continuando no cinismo, o presidente disse que levou muitos sindicalistas pra Brasília pra se reunirem. Mas é esse o diferencial. O parlamentar chamar ou convocar alguém para um esclarecimento, uma palestra, a discussão de um tema polêmico, uma autoridade no assunto , a liderança de um setor que vai contribuir com seu ponto de vista, isso é pertinente, é defensável. Lula tinha mais é que levar sindicalistas, pessoas ligadas aos movimentos populares para fazerem pressão junto aos parlamentares. É exatamente pra isso que havia sido eleito, para utilizar seu mandato no interesse de sua classe, dos trabalhadores, dos que carregam o piano e não têm reconhecimento, aliás, diga-se de passagem, foi um período de planos econômicos e concentração de renda, com perda para os trabalhadores. É perfeitamente cabível um parlamentar ou o parlamento pagar passagem e estadia para alguém que venha a contribuir para uma melhor compreensão de algum assunto em discussão. Não tem problema nenhum, nem causaria nenhuma cobrança por parte da imprensa ou opinião pública.


Agora, se Lula levasse alguém, mesmo um sindicalista pra passear, pra se mostrar, ou pra “comprá-lo”, corrompê-lo, não só deveria responder por isso, como até perder o mandato. É essa a diferença.


É preciso ser bem explicito: verba pública, é somente para interesse público. Lula deu uma de migué, mas sabendo muito bem o que é certo e o que é errado. Disse que a imprensa dá muita importância a um assunto que é banal. “Falam como se fosse novidade uma coisa que é mais velha que a história do Brasil.” Ainda distorceu o assunto dizendo que a imprensa tenta vender uma briga entre a Presidência e o Congresso.” E desdenhou dizendo que iria criar o Dia da Hipocrisia”. Poderia aproveitar e criar também o “dia do Cara-de-pau”. Ele seria um bom patrono de ambas as datas. Os 3 poderes poderiam solenemente decretar feriado nessas datas por honra ao mérito.