quinta-feira, 31 de dezembro de 2009

Um ano para vencermos.

Fica desejado a todos um ótimo ano novo, que tenham uma excelente passagem de ano – manera no etanol pra não começar o ano com uma ressaca muito braba – com muitas promessas, por que quando a gente quer muita coisa, está com energia e vontade de correr atrás.

Que tenham uma expectativa positiva, isso nos dá motivação.
Celebremos esta noite que seremos pessoas melhores e com boas intenções .
Cearemos como um prêmio merecido que conseguimos no período que s'encerra e nos revigora para termos vigor, paz, sabedoria e humor para alçarmos maiores patamares, sempre orientados por valores humanos.


Sucesso e um abraço a todos.




Humberto.

terça-feira, 29 de dezembro de 2009

A China, as drogas, os ingleses e a morte.

Um britânico preso na China por contrabando de drogas, recebeu a pena máxima e, apesar dos pedidos de clemência, teria sido executado hoje. As autoridades chinesas costumam ser severas com esse tipo de crime.


A China tem um passado de envolvimento com drogas e o império britânico, que muito inglês pode achar que o fato de não ter havido acordo, comutação de pena, ou qualquer outra solução que não a morte do britânico, um certo revanchismo, uma desforra.

Os ingleses – os ocidentais como um todo – sempre foram apreciadores dos produtos chineses, e os chineses nunca viram nada de interessante no que os ocidentais tinham a oferecer. No século XIX, os ingleses começaram a introduzir na sociedade chinesa o ópio produzido na Índia para saldar a balança comercial que lhes era desfavorável.

Com o aumento considerável de dependentes do ópio, o imperador chinês proibiu a importação da droga. Indignada e argumentando “defender o livre comércio”, a Inglaterra entra em guerra com a China (Guerra do Ópio- 1839-42) e sendo vitoriosa, impõe que que os chineses cedam Hong Kong, que cinco portos estejam livres para os ingleses e que estrangeiros possam comercializar livremente à revelia da jurisdição chinesa. O comércio de ópio prosperou, o país se enfraqueceu. Mais uma guerra foi perdida para a coligação anglo-francesa, indo Pequim (hoje Beijin) parar na mão de estrangeiros.

Levantes, revoltas de grupos nacionalistas, aumentavam a crise. Tropas inglesas, francesas, russas, norteamericanas, alemãs fragmentaram o país. A miséria e a corrupção foram o maior legado que a civilização ocidental lhes proporcionou. Perdeu a Coréia, Formosa e a Ilha dos Pescadores. O milenar e rico – pelo menos culturalmente – Império chinês, virou um fundo de quintal ocidental.

A China só voltaria a se levantar com o regime sanguinolento de Mao-Tse Tung.

O fato de um britânico com uma mala entupida de heroína alegar ter problemas mentais não foi considerado pelos chineses. Nem fizeram exames.

O mundo mudou. Em outras eras, qualquer nação que se atrevesse causar mal a um súdito do Império Britânico sofreria sansões e até poderia ser invadido. Hoje, os ingleses acendem velas, rezam, e se conformam. Seu primeiro-ministro disse estar “horrorizado”.

Britãnicos levando drogas para a China continua acabando em morte. Só mudou de lado.

Bomba de nigeriano tinha a mesma eficiência que “inteligência”americana

Os americanos estão pirando com esse papo de terrorismo, atentado, etc. Depois que um nigeriano conseguiu entrar numa aeronave com uma bomba reconhecidamente de alto poder explosivo, e por sorte dos passageiros e tripulantes o artefato pifou, o presidente Obama sancionou novas regras para embarque e procedimentos inclusive de comportamentos durante o vôo.


Só faltou proibirem rezar. Agora tudo e todos têm que ser revistado, bagagem de mão fica longe da mão e o que vai na mão fica acondicionado num saco plástico. Praticamente o que se leva não se tem acesso, não pode usar. Acho que se alguém quiser se coçar, vai ter que pedir autorização para o comandante, que deve consultar a base, e ainda que receba permissão, todo mundo vai olhar com ar de suspeita se fizer movimentos bruscos. Uma hora antes do pouso, nem ir ao banheiro pode.

O mais interessante, é que apesar de já haver uma certa suspeita a qualquer um que tenha cor, barba, e sobrenome estrangeiro, principalmente árabe, o nigeriano que tem seu nome no “SPC” dos terroristas da CIA, e por isso deveria ter seu passaporte retido, não só conseguiu embarcar – o que as autoridades não sabem como ele conseguiu – e o pior, com explosivos que fariam a aeronave sumir dos radares. É um baião de dois de neurose com negligência – ou quem sabe até corrupção. Imagine a piração se o africano tivesse conseguido.

As consequências é que sobrou pra todo mundo. Todos são suspeitos até que se prove o contrário.

Por outro lado, o atentado ainda que frustrado evidencia que estão tentando, o país é alvo de atentados e precisa se precaver, se proteger.

Os americanos precisam pedir conselhos sobre segurança aeroportuária aos israelenses. Em Israel acontecem atentados em restaurantes, feiras, templos religiosos... vira e mexe alguém s'explode, mas é raríssimo ouvir falar que aconteceu alguma coisa em seu aeroporto, ou que alguma aeronava tenha sofrido algum tipo de ação terrorista. O país que está plantado no meio do maior sauceiro do mundo, com zilhões querendo seu fim, tem o sistema de transporte aéreo com segurança eficiente.

Depois de uma furada dessas, a “neura” tem um pouco de razão. Como o serviço de “inteligência” e o de fiscalização acabam permitindo um terrorista que já foi “fichado” conseguisse com seu próprio nome embarcar com uma bomba? Se apelarem pro “geitinho brasileiro”, a coisa é abafada e tudo fica como está, sobrando apenas para os usuários. Se for um país sério e consequente, cabeças deverão rolar.

O artefato e o sistema de defesa americana fizeram fumaça. Qual deles poderá ter uma segunda chance?

domingo, 27 de dezembro de 2009

Mais um episódio da série “morrendo um pouco a cada dia”.


Neste ano que finda, várias capitais e Estados botaram o cigarro praticamente na ilegalidade devido à restrição dos locais em que se pode baforar. O projeto nacional empacou no Congresso, mas tem tudo para no próximo ano virar lei federal – já houve uma lei anterior que não pegou.


Mas como sempre é tempo de se atentar contra a saúde alheia, a revista Caros Amigos, de dezembro, trás uma reportagem muito interessante. Em 2008, o Brasil levantou a taça de maior consumidor de agrotóxicos do mundo, e eu duvido que neste ano alguma coisa tenha mudado. Resumindo, o país utilizou nada menos que 673.862 TONELADAS de defensívos(ofensívos) agrícolas. Ganha um doce quem advinhar quem anda comendo tudo isso. Segundo a revista, dá uma média de 4 quilos por habitante.

Os principais atingidos por intoxicação, são os próprios funcionários das fazendas que trabalham sem equipamentos e sem informações.

A lista de produtos analisados e constatados que estão contaminados – independente do grau de contaminação – é extensa: pimentão(que apresenta o maior índice), feijão, morango, uva, cenoura. Substâncias proibidas em vários países do mundo são encontradas em abacaxi, alface, arroz, batata, cebola, cenoura, laranja, mamão, morango, pimentão, repolho, tomate e uva.

A matéria ainda apresenta um dado bastante interessante: os efeitos dos defensívos, são comparáveis aos antibióticos que vão criando agentes patogênicos resistentes, precisando de drogas mais fortes. Na agriculturas, pragas e doenças também vão precisar de “drogas” que cada vez mais causarão desequilíbrio ambiental, necessitando de mais herbicídas, pesticidas...

As empresas transnacionais que comercializam esses venenos comemoram e querem mais.

A reportagem de Tatiana Merlino é muito interessante, com muito mais informações e preocupações, devido à imensa lista de doenças que essas substâncias causam ao organismo, além da contaminação da água e do solo..

Depois desse texto muito esclarecedor, aprendi que é bom variar o cardápio pra não consumir um pesticida só. O bom é se intoxicar de maneira variada.

UNE: quem te viu e quem te vê.


A UNE – União Nacional dos Estudantes – que teve papel ativo na luta contra o Estado Novo de Getulio Vargas(1937 a 1945) e a ditadura militar(1964 a 1985), aparece enrolada em suspeita de fraude em convênios com o Ministério da Cultura no valor de quase 3 MILHÕES de reais.


A informação é do jornal “O Estado de São Paulo” de 29 de novembro: a matéria do jornalista Leandro Colon sustenta que a entidade “fraudou convênios, forjou orçamentos e não prestou contas de recursos públicos recebidos nos últimos dois anos. A entidade chegou a apresentar documentos de uma empresa de segurança fantasma, com sede na Bahia para conseguir aprovar um patrocínio para o encontro nacional em Brasília. Dados do Ministério da Cultura revelam que pelo menos nove convênios celebrados com a UNE, totalizando R$2,9 milhões, estão em situação irregular – a organização estudantil toma dinheiro público, mas não diz nem quanto gastou nem como gastou.”

A reportagem afirma ainda que entre estes projetos, a organização teria recebido 435 mil reais para a realização de um livro e um documentário que não foram nem executados nem prestado contas. O presidente da entidade, Augusto Chagas, se defende alegando que “Se o objeto não foi executado, o dinheiro está na conta”, apesar de a entidade estar sendo cobrada.

Apesar de seu passado cheio de lutas e glórias, o período de esplendor ficou no passado. O último “grande ato”, que não tem nada de tão grandioso assim, foi na campanha dos “caras pintadas”, no começo da década de 90 pelo “Fora Collor”. Hoje a entidade é acusada do desvio moral e ético que motivou o protesto contra o ex-presidente.

Mas a coisa não se encerra aí. Durante a gestão do prefeito de São Paulo, Paulo Maluf, que nunca foi flôr que se cheire, a entidade – que teve um passado anti-malufista – fez um acordo muito suspeito com a administração municipal. Os estudantes universitários que quisessem a carteirinha de passe escolar teriam obrigatoriamente que solicitá-la via entidade, precisando para isso se filiar. A UNE através da prefeitura arrecadava e não falava mais mal de Maluf: ficou bom para os dois lados – e mais caro para os estudantes.

Maluf que não era bobo nem nada, usou esse tipo de expediente até com sindicatos, fazendo com que vários serviços fossem mediados por entidades de classe, precisando para isso sua filiação, engordando os cofres dessas agremiações, alinhando-as com o alcaide.

A Une, Ubes, Umes, e outras entidades estudantís, são feudos de uma politiquinha tão pequenininha, tão alienante, tão reacionária e estúpida de partidos políticos de esquerda como PT, PC do B, PSTU, e sei lá mais o que. A última coisa que os estudantes (delegados) arregimentados por essas “forças políticas” podem fazer é pensar e refletir. São arregimentados em suas escolas e universidades para serem usados como massa de manobra nas votações de coisas que ficam entre o irrelevante e o inconsequente. Ninguém discute pontos de vista, apenas são orientados de como deverão votar. É a mesma doença que acomete países socialistas, doutrinação e bajulação. Coisa de quem tem vocação para gado.

Tem muita esquerda dando aula pra direita. As acusações que a UNE deverá responder, não estranho. É uma entidade ultrapassada, que deveria ter sido enterrada há muito tempo, mas enquanto o negócio estiver dando dinheiro, deve continuar por aí representando seu umbigo.

Não quero encampar o discurso de que há um orquestração contra os movimentos populares. Movimentos “populares” e lideranças corruptas, por mim devem ter seus lugares na cadeia.

Fiquei impressionado ao ler que em apenas dois anos a organização estudantil teve um repasse de quase três milhões de reais de dinheiro público pra queimar em suas farras políticas, pra continuar pregando seu maniqueismo entre esquerda e direita. Mas esse apreço pela entidade estudantil não é uma coisa tão gratuita assim, o Ministério da Cultura – o mesmo que repassou essa bolada – tem como chefe da pasta, Orlando Silva, um quadro do PC do B, é ex presidente da UNE. Ah, agorentendi.

Mesmo que a entidade prestasse contas tudo certinho, dá a impressão que tem dinheiro sobrando.

É, dinheiro tem, a gente é que não tem os amigos certos.

quinta-feira, 24 de dezembro de 2009

Moda é f...



Soltar balão é proibido.

Tem (muitas)coisas do mundo em que vivo que não consigo entender. Uma que sazonalmente m'encomoda é a moda. Essa tal de calça “saruel”, que me desculpem as mulheres, mas acho uma coisa simplesmente pavorosa. Tenho a impressão de que é pra usar com fralda por baixo.


Fico imaginando de onde saem essas coisas aberrantes, quem ou “quens” inventa(m) essas coisas de gosto bastante duvidoso e por que que acaba se massificando, virando moda? Vão discordar de mim, mas moda parece remédio amargo, que não se discute o gosto, toma-se e acabou. Não se discute o que está na moda, se fica bem ou é uma esquisitisse, usa-se e pronto.

Sei que minha opinião é irrelevante, mas não vi nenhuma mulher que lhe caisse bem o traje, nem tampouco quem o elogiasse. O máximo que ouvi foram piadas e estranheza.

Há uns anos atrás virou moda, uma verdadeira febre, as mulheres usarem uns estofamentos nos ombros, que as deixavam parecendo jogadores de futebol americano. Na época, até cachorrinha de madame usava, a ditadura da moda – que as próprias pessoas se impõem – foi severa. Do mesmo modo em que na China maoista todo mundo vestia a mesma roupa, determinada pelo Estado, a moda aqui determinava – e determina – por auto imposição que a uniformidade imperasse.

Um, dois anos depois que aquela “coisa” sumiu, apareceram algumas estilistas e jornalistas ligadas à moda, fazendo comentários que aquilo tinha um gosto bastante discutível, tratando como uma das esquisitices da década. Interessante foi inclusive seu sumisso. Nenhum pobre, nenhuma qualquer pessoa apareceu usando aquilo, ou seja, não foi dado, nem vendido, simplesmente desapareceu, s'escafedeu! Ou estão no fundo dos armários, ou foram jogados fora.

Essa tal saruel, que já é esquisita pelo nome, tem tudo pra ir pelo mesmo caminho. Daqui há alguns anos, provavelmente as pessoas darão risada das fotos em que aparecem usando essas roupas de circo.

Mas o show (da moda)tem que continuar.

quarta-feira, 23 de dezembro de 2009

Clima de insegurança.

A nevasca na Europa e EUA parece encomendada. Menos de uma semana após o mundo não s'entender sobre emissão de poluentes e gases que alteram o clima, o hemisfério norte é brindado com uma baixa de temperatura que há muito tempo não se tinha notícia.


Depois de um ano em que a seca causou queimadas que incendiaram várias mansões e casas de campo, a nevasca evidencia que o tempo anda meio virado. De clima oscilando entre verão pra lá de tropical, ao inverno siberiano.

O hemisfério sul também não passa incólume. Secas que deixam o solo esturricado intercalado com enchentes e ventanias que destroem o que aparece à frente tem sido cada vez mais comum. Chuvas diluvianas arrasam tudo e causam alagamentos. O ser humano põe a intervenção na natureza em segundo plano, priorizando a produção econômica. Aí a natureza como bicho arredio destrói o que foi construido, causando muitos prejuízos, mortes e muitos sofrimentos.

O preço dos alimentos oscila conforme a natureza, devido à safra inprevisível. Basta não chover na hora certa de plantar ou um temporal, seca, ou geada na colheita e o preço pode disparar influenciando a inflação, fazendo com que a população coma produtos de menor qualidade e mais caros.

Agora a crise econômica acabou. No próximo ano a expectativa é que a economia mundial cresça de vento em popa, o que significa mais intervenção na natureza, muuuito mais emissões de poluentes pra que se produza tudo o que foi negociado, pra que se entregue tudo o que foi produzido, etc. Se o mundo voltar ao ritmo de 2008 – antes da crise – quando muitos setores não davam conta das encomendas, e a produção de petróleo estava emparelhada com o consumo mundial, e acrescentando que não há nenhum limite para poluir, podemos esperar um futuro marcante para as novas gerações.

Pare o mundo qu'eu quero descer!

segunda-feira, 21 de dezembro de 2009

Penitência natalina.

Ano passado consegui passar este período natalino sem ouvir “Então é Natal” – sei lá se é esse o nome – de Simone. Neste ano o destino não me foi tão generoso, mas continuo com meu santo, velas e patuás de plantão, porque até passar a data o território continua minado e ter que ouvir uma segunda vez ninguém merece. Livrai-nos deste mal!

domingo, 20 de dezembro de 2009

Avatar, o mico.



Mais uma personagem que saiu direto do jogo (de poder) para as aventuras da campanha eleitoral. Soma de tecnologia e máquina pública, o enredo se dá quando Dilma, uma super-ministra usa de seus poderes para tentar voar mas não consegue decolar no mundo das pesquisas eleitorais.


Ela se imagina eleita no futuro, mas tudo pode não passar de uma realidade virtual não se sustentando na vida real, e esse é o dilema da personagem principal, fazendo com que pense que está em outro mundo.

Mesmo contando com o apoio e os palanques de um presidente já chamado de “sapo barbudo”, com mais de 80% de popularidade, precisa enfrentar o problema da falta de transferência dessa popularidade à candidata virtual, que na vida real, nega que a campanha começou, alegando que espera uma posição do partido, e que tudo tem seu tempo.

A disputa entre o real e o virtual – ela está inaugurando obras ou fazendo campanha – é acrescentado de outro componente, seu oponente real, Serra, um tucano careca, disputa por fora e consegue uma margem maior e real de intenção de votos, complicando a vida da personagem. É preciso muito esforço para tentar ganhar votos sem acordar a Justiça Eleitoral que dorme profundamente.

Fazem parte do elenco, Ciro Gomes, um ex-ministro que é pressionado para disputar o governo estadual, mas quer mesmo é a presidência, e Marina Silva, também ex-ministra, religiosa, consagrada pela bandeira ecológica de defesa do meio ambiente. Dilma, Ciro e Marina disputam praticamente no mesmo território um tirando voto do outro.

A meta é alcançar o planalto central e botar a “faixa”, no período de aproximadamente um ano. Mas para isso deverão não abrir mão de um recurso consagrado e não assumido: o “caixa 2”, que não tem nada de virtual.

A disputa que mostra embates velados e conspirações, promete esquentar após o encerramento da Copa do Mundo. Conchavos, abuso de poder, troca de favores, uma trama onde tudo pode acontecer tanto por baixo dos panos, como às claras com imagens pela imprensa, em campo aberto, com pastelão, baixaria e puxadas de tapete.

O ministério da bagunça adverte: há uma grande chance de a história não ter um final feliz.

Obs: a renda da bilheteria será destinada ao caixa 2 dos candidatos.



sábado, 19 de dezembro de 2009

Copenhage: clima esquenta e azeda a maionese.

Natureza não passaria no 'anti-dopping' e o mundo não está nem aí.


O mundo não se entende. Há meses atrás, na famosa “Rodada Doha”, divididos entre “ricos” e “pobres”, as nações empacaram, um bloco exigindo do outro atitude sobre diminuição de barreiras alfandegárias. Todos se acusaram de protecionistas e ninguém abaixou suas tarifas. Todos voltaram pra casa de mãos vazias.

A Conferência do Clima da ONU, a “COP15”, teve o mesmo roteiro, os mesmos protagonistas (antagonistas) e mesmo destino. Divididos em ricos e pobres imbuídos pela intransigência que comandou seus espíritos decidiram que todos estarão livres para poluir e deixar que a natureza dopada comande a insanidade climática.

Ficou assim: todo mundo promete pro papai do céu que vai diminuir as emissões de poluentes mas tudo depende da concorrência econômica. Ninguém tem compromisso com nada nem com ninguém. Se o planeta ficar com febre, vai ter que se virar por conta, ou contar com boa reza. O “fundo”proposto, acabou cheio de intenções e divergências, mas sem fundo.

Setores em que há uma disputa acirrada, são mais difíceis de pensar em gastos com meio ambiente como filtros, reciclagens, processos que causem menos intervenção ambiental, que encarecem custos e diminuem a competitividade. Mas se alguém quiser por vontade própria dar uma esmolinha para o meio ambiente, será bem aceito.

Como compromisso assumido já não é garantia de compromisso cumprido, sem compromisso então, esperar por iniciativa e consciência própria, países e empresas poluidoras vão fazer inversões necessárias para reverter o quadro climático é acreditar em papai-noel, mula-sem-cabeça e que o bem vencerá o dinheiro.

EUA E China, os dois principais concorrentes agentes econômicos e poluidores mundiais saem de Copenhage livres leves e soltos. Mas é interessante frisar uma coisa: os EUA (sr.Obama) foram para a Conferência, que tem como proposta central um acordo coletivo de controle de poluentes, com a posição de que não vão se sujeitar a aceitar metas estipuladas por outrem. Então por quê foram lá? Foram fazer o quê lá, desmobilizar, usar seu peso pra jogar contra o planeta? Apresentar uma proposta micada e não se dispor a negociar é o cúmulo.

Tomar uma posição tão esdrúxula e pedante como essa, ficasse em casa e mandasse o mordomo dar o recado. Seu Obama, sua popularidade em seu país e no mundo está como o meio ambiente. Em decadência.

quarta-feira, 16 de dezembro de 2009

Borrachada pelo clima em Copenhage

Em poucos dias da conferência sobre o clima em Copenhage, na Dinamarca, quase mil e quinhentas pessoas foram detidas. Acho que tem mais gente indo conhecer os DPs, o “mocó dos mano”de lá, que participar da conferência.


Como os costumes são diferentes, não adianta pedir emprestado o celular que eles não vão entender. Não é por não entender o português ou o inglês, mas porque celular na cadeia só no Brasil mesmo.

Poderiam lançar a camiseta: “Copenhage, Eu estive preso lá!”

No primeiro mundo até xilindró é chique, nestes dias de evento internacional pode rolar um intercâmbio cultural com oenegês antiglobalização, anarquistas, anticapitalistas etc, e tudo dentro da mesma cela.

Outra coisa é poder experimentar a borrachada dinamarquesa, compará-las com os rústicos cacetetes nacionais. O camburão, a algema, e o gás lacrimogêneo, será que tem fragrâncias igual banheiro de shopping, ou será que lá também só tem a única variação “pimenta”, que existe por aqui? Ir até lá cheirar o velho gás lacrimogêneo ou pimenta que tem aqui não tem graça. O legal é conhecer novidade.

Como será ganhar um ematoma no primeiro mundo? Será que lá tem o tal do “exame de corpo delito”? E o desacato? Quem sabe a mulherada goste do desacato de um policial corpulento, de olhos claros, xingando em dinamarquês. Instiga o fetiche feminino de um belo tipo uniformizado, fardado... Vi pela televisão uma policial durante um confronto, era enorme, corpulenta, loira, brava que só cão. Pensei comigo: “tadim di eu, alí no meio, na mão dessa mulher.” Pelo menos o “pé na orêia” ajuda a compensar o frio que é intenso.

Talvez o maior problema seria você acabar passando muito tempo como um guerreiro escandinavo detido no país nórdico, preocupado com mudança climática, fundo global, corte na emissão de poluentes, pum de vaca, etc, e quando retornasse à terrinha, descobrisse que tua mulher te botou um chapéu de viking.

_Voltei chifrudo e de saco cheio!


segunda-feira, 14 de dezembro de 2009

Nem me viu.

Tem gente que não gosta de aparecer. Mantém-se discreta, imperceptível, ninguém nota.


Um moleque passou seis meses na barriga da mãe, uma atleta clilena, que por um intercâmbio estava num clube em São Paulo, resolveu nascer no Brasil. De uma hora pra outra a esportista virou mãe.

Fica a pergunta: como uma mulher há seis meses sem menstruar e com todas as mudanças no organismo pode não saber ou não perceber uma gravidez? Isso levando em conta a palavra da levantadora de peso que alega não saber que estava grávida.

Deve ser muito estranho num dia a pessoa treina, faz suas atividades, cumpre sua rotina, e no outro, se torna mãe, praticamente “sem” gravidez, sem pré-natal, sem nenhum exame nem acompanhamento, como se tivesse literalmente “ganhado” uma criança.

Pelo jeito, tem pai que também não sabia que seria pai. O cara saber que sua namorada ou amante engravidou pode ser uma barra. De um dia pro outro descobrir que seu filho já nasceu, sem ao menos saber que havia sido encomendado é de deixar qualquer um de queixo caido.

O moleque que passou meses escondido, sem dar sinal de vida, virou celebridade. Está estampado nas manchetes dos meios de comunicação do mundo todo.

Foi o gado!



Só o gado tem "escapamento"
A preocupação com o meio ambiente e a poluição tem levado ao apontamento de, desde matrizes energéticas à práticas utilizadas na produção de bens, serviços e costumes domésticos ao banco dos réus. Nada nem ninguém está livre de ser acusado de ser um agente poluidor, um criminoso ambiental.


De uns anos pra cá, descobriram que os vegetais ao serem processados pelos intestinos libera gás metano, um dos principais causadores do “efeito estufa”, causador do “aquecimento global”, e a eliminação desse gás pelos animais é conhecido como flatulência.

Por incrivel que pareça, o Brasil é tido como um grande poluidor nesse quesito. Mas como nosso costume é sempre botar a culpa nos outros, já acharam um culpado:  o gado bovino!

Coitada da pobre vaquinha e do pobre boizinho, que pastando entretido em sua sagrada alimentação, ignoram que estão sendo acusados de um crime ambiental que caminha para se tornar hediondo. Quem será que mediu, que quantificou a liberação de “gazes bovinos”? Não tinha outra coisa pra fazer, não?!

O problema é que a gente anda por aí pela cidade, passando maus bocados e não vê um bovino por perto, não s'escuta um mugido. Principalmente – mas não só – em ambientes fechados.

É no trabalho, na rua, no shopping, na feira, no elevador... em todo lugar percebe-se que a emissão e concentração de gás metano na atmosfera as vezes está em nível crítico. Pelamordedeus! Feliz de quem é cego do nariz.

Dá vontade de perguntar aos presentes: "foi o gado?"

Falta uma campanha no rádio, jornais, internet e televisão: “peidar é um ato anti-ecológico. Contribui com o efeito estuva, o aquecimento global.”

Se continuar assim, a composição da atmosfera terrestre deve se aproximar das de Júpiter, Saturno, Urano e Netuno, ricas em metano. Acho que por isso não há uma alma viva por lá, foi todo mundo embora. Podemos dizer que nesses planetas, há uma “pummosfera”(atmosfera de pum”), ou “peidosfera”. Talvez botem a culpa nos deuses romanos.

A terra não é território de nenhuma divindade romana, mas precisa?

Chegando o fim de ano, época de festas, bebedeiras, muita comilança, os intestinos devem trabalhar dobrado. A luta contra os gazes do efeito estufa sofre um revés. Haja sal-de-fruta e sonrisal. A emissão de gás metano deve se intensificar junto com as desculpas: "foi o gado!"

_Muuu!