domingo, 3 de agosto de 2008

E se o álcool deixasse de ser brasileiro?


Imagine o etanol fabricado no Brasil passar a pagar royalties prum magnata inglês. Pois é, jornal Estadão de sexta, dia 1º de agosto trás a reportagem “Richard Branson quer investir em etanol no Brasil”.

A matéria diz que o Bilionário citado, mandou dois homens de confiança pra analisar o mercado de álcool e negociar com usineiros brasileiros uma parceria que consistiria em as usinas brasileiras passarem a produzir um “etanol de segunda geração”, o isobutanol, que é um processo que ao invés de usar enzimas, usa microorganismos geneticamente modificados. Segundo a matéria, “o isobutanol é tão eficiente quanto a gasolina, mais fácil de ser distribuído, pois não se mistura à água, não exige mudanças no motor do carro e ainda pode gerar outros subprodutos para a indústria química, como plásticos, polímeros, biodiesel e combustível para aviação.”

A intenção não é comprar usinas, é vender tecnologia. Traduzindo a galinha dos ovos de ouro: o usineiro brasileiro gasta cerca de 20 milhões pra converter sua usina pra produzir um combustível com tecnologia estrangeira e passa a ser mais um exportador de capital, e os gringos só embolsando sem investir um tostão no país.

Porisso é que eles estão com um sorriso de um lado ao outro na foto e segurando a bandeira do Brasil. Assim, até eu que sou mais bobo.

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