sábado, 13 de junho de 2009

Senado: a Casa da mãe Joana.


Depois de divulgado o trocentésimo quinquilhonésimo escândalo do senado em que o neto de José Sarney – presidente da Casa e rei da falcatrua – teria sido nomeado por baixo do pano num “ato secreto”, a Casa analisa o caso e decide responsabilizar o funcionário que não ocupa mais seu cargo, Agaciel Maia, e alega que não tem como ter o dinheiro ressarcido. É mais um caso a receber a chancela “deixa como está”. Gostaria que eles descobrissem que suas esposas e maridos também cometem “atos secretos”.

Como já disse anteriormente em outro post, vivemos em pleno estado de deita e rola – e se lixa. A estratégia do parlamento parece ser a de produzir tantos escândalos que passem a se tornar parte da paisagem, uma mesmice.

Se alguém falasse ou um jornal noticiasse “pegaram um ladrão roubando”, todo mundo iria dizer, ué, e queriam que o ladrão estivesse fazendo o quê, pregando as sagradas escrituras? Do mesmo modo, praticamente chegamos aos dias em que anunciar que um parlamentar prevaricou, meteu a mão, estorquiu, nomeou parente e amigos(vivo ou morto),ou se valeu do cargo para se dar bem, é a coisa mais normal do mundo.

Sinto pena, das coitadas das “mães Joanas” que acabam pagando o pato. “Papagaio come milho, periquito leva a fama”, dizia o ditado popular. Mas desde que a “mãe Joana” não seja parlamentar. Aí a carapuça serve direitinho.

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