domingo, 28 de junho de 2009

3000 visitas, obrigado.

Este modesto mural chegou às 3000 visitas computadas. Como o contador de visitas foi posto um tempo depois da criação do blog, um número de visitas não foi considerado. Sem problemas.
Fica meu agradecimento a todos - quem gostou, quem não gostou, etc - e digo que a porta está aberta a todos.
Um abraço.

A gripe está fora de controle.


Se quando a gripe A (H1N1), a gripe do porco, no Brasil tinha uns 10 casos as autoridades não conseguiram evitar que se proliferasse, agora que rompeu os 600 casos, pode-se considerar fora de controle. Não deve demorar muito tempo e a gente vai começar a ter notícia de gente próxima que contraiu a enfermidade, e é bom se preparar por que não há nada que nos proteja.

Ouví há pouco o ministro da Saúde, Gomes Temporão assumir o primeiro óbito de contaminação nacional e um caso de um americano morto aqui na semana passada, que teria vindo contaminado.

Não se trata de descaso nacional, nos estados Unidos e na Europa a situação está muito pior. O Chile que é um país muito mais organizado que o Brasil e tem uma população muito menor tem índices altíssimos.

O consolo é a informação de que o vírus é menos letal que o anunciado no começo. É menos letal mas não quer dizer que não cause estragos. Por enquanto parece que a única solução é esperar que mais cedo ou mais tarde sejamos acometidos mas que tenhamos um organismo suficientemente resistente e o santo forte. Saravá!

Quem mora em grandes centros, trabalha no meio de muita gente, ou enfrenta conduções lotadas abarrotadas, tem uma chance maior se ser contemplado mais cedo, quem está mais afastado, talvez demore um pouco mais mas não há mais garantia de que alguém esteja fora de perigo.

Desejo sorte a todos.

A tez do ídolo.


Polemizando a polêmica.

Sobre a branquice de “Maicol”, o rei do pop morto recentemente, não ficou claro se ele desbotou sem querer, por vitiligo, como divulgado, ou propositalmente, como afirmam alguns.

Mesmo em toda sua carreira fazendo uma música predominantemente e reconhecidamente negra, nunca deixou de ser tratado como um traidor, alguém que negou sua cor e origem étnica.

Lembro que há algumas décadas atrás, a mulher negra que alisasse o cabelo era malvista por outros negros mais conservadores e principalmente por militantes da “causa negra”. Todas as outras mulheres – brancas, ruivas, etc – tinham a liberdade de pintar, descolorir, alisar o cabelo, e a negra não. A negra que alisava o cabelo era como uma “Pelé”, o negro branco, como o “rei” sempre foi tratado. E aí, ser negra era motivo de orgulho ou acabava virando um estorvo, um peso? Outras mulheres podiam fazer o que quisessem com o cabelo sem culpa, a negra tinha que dar satisfação aos moralistas.

Hoje parece que a coisa deu uma relaxada – ainda bem.

Quanto à questão da cor da pele, se um branco quiser mudar de cor, talvez as línguas maldosas vão dizer que “saiu do armário”, enviadou, etc, mas não vão dizer que está renegando sua “raça”. Teriam mais autonomia para fazer o que quisessem com seu corpo.

O negro está mais exposto à patrulha ideológica, principalmente se sua mudança tender para o branco, aí a casa cai.

Digamos que é um processo parecido com o “embalsamento” que sofrem os indígenas. Índio tem que andar pelado, pintado, de arco e flexa na mão, senão não é indio, é um desculturado, alienado, desenraizado, etc. O descendente de povos autóctones não pode escolher o que fazer de sua vida, o que comer e vestir e ainda se dizer índio, por que índio é aquele que dança em volta da fogueira batendo na boca fazendo uuuuuuu!, e não aquele que tem um som descolado, quer uma caranga, ir ao shoping, etc.

Repetindo, não ficou claro que o astro pop se descoloriu propositadamente – no meu entender, claro – e mesmo que ele assumisse publicamente que o fez de propósito, por que achava mais bonito, não teria nenhum problema, cada um é domo de seu próprio escalpo.

Mas tratando de suas pretensões, ou ele não assumiu por que de fato não houve intenção, ou mesmo tendo uma vida regada de polêmicas, a barreira do preconceito de cor seria tão grande e tão intenso que nem uma figura controversa teria coragem de assumir publicamente uma coisa dessas. O simples tom de uma cútis parece ser motivo de guerra.

Talvez daqui algumas décadas isso se torne uma coisa tão pequena, tão provinciana. Com a engenharia genética e novas drogas, novos recursos, as pessoas poderão escolher ter o corpo que quiser, com a cor e o sexo que lhes parecerem mais interessante, ou até mesmo seu corpo natural. Quem sabe, no futuro, as pessoas ao olharem o noticiário de hoje repararão e comentarão como somos conservadores.

É assim que nós, os atrasados de hoje nos odiamos, e fazemos pouco das paixões que moviam os ódios de tempos remotos. Quais serão os motivos, por o quê os modernos de tempos vindouros seus ódios se inflamarão?

segunda-feira, 22 de junho de 2009

Os arquivos do regime militar começam a “falar”.

Os jornais paulistas, Folha de São Paulo (Caderno MAIS) e O Estado de São Paulo, trataram de assuntos referentes ao período do regime militar (1964-1985). A Folha tratou do sempre polêmico caso do cantor Wilson Simonal, acusado de ser dedo-duro, acusação que lhe valeu a carreira, o ostracismo, que o teria causado depressão e desgosto, uma das causas de sua morte precoce.

O Estadão de domingo trouxe como manchete: “Curió abre arquivo e revela que Exército executou 41 no Araguaia”, e a matéria em que o “Major Curió, o mais conhecido oficial remanescente do regime militar(1964-85) abriu ao Estado o seu lendário arquivo sobre a Guerrilha do Araguaia(1972-75). Os documentos, guardados numa mala de couro há 34 anos, confirmam e detalham a execução de inimigos da ditadura nas bases das Forças Armadas na Amazônia.” Segundo depoimento do militar Sebastião Curió, dos envolvidos, mais de 200, 67 teriam sido mortos no conflito, destes, “41 foram presos e executados quando já não ofereciam risco às tropas”, ou seja, foram executados. Este novo relato vai de encontro à versão oficial militar que afirma que teriam sido mortos com armas em punho.

Sobre Simonal, tratado pela Folha, pelos arquivos que começam a “falar” parece ficar cada vez mais difícil sustentar a tese de “injustiçado” que o cantor sempre se intitulou. Ele, que sempre pareceu um alienado, alguém á margem de discussões e envolvimento político, aparece como um direitista e colaboracionista. A matéria deixa claro sua participação como informante da repressão, com reconhecimento de militares responsáveis pela “limpeza” ideológica.

Os arquivos que começam a ser entregues à pesquisa acadêmica e jornalística para que a sociedade possa conhecer o que aconteceu e o envolvimento de cada pessoa, artista, empresário e instituição, promete criar algumas saias justas, como é o caso da anistia aos militares e torturadores. O caldo deve engrossar.

Outra coisa é o próprio envolvimento da Folha como colaboracionista do regime. Num editorial no começo deste ano, o jornal teria chamado o período da ditadura de “ditabranda”, que foi o nome do texto, o que acabou gerando protesto em frente ao jornal com acusações de como a empresa cedia seus veículos para agentes dos milicos, como o fato de a Folha não sofrer censura em suas matérias como era comum n'O Estado. A revista Caros Amigos repercutindo o protesto publicou relato de uma jornalista funcionária da Folha que teria sido presa e torturada, e que a empresa nem tomou conhecimento, deixou-a à sua própria sorte.

Pelo jeito muita coisa ainda estas pastas têm pra contar. A hora que a luz clara se acender, algum anjo pode deixar aparecer seu par de chifres e sua calda pontiaguda.

É o prelúdio de nos conhecermos. É esperar pra ver.


domingo, 21 de junho de 2009

Peres & Troika


Esta semana foi um pouco atribulada. Tive que levar minhas duas criaturas de alta estima ao veterinário. Tenho duas pulgas de raça que não posso bobear. São siberianas legítimas, com pedigree e tudo.

O veterinário logo me alertou que era problema de álcool. “Álcool?!”perguntei abismado. “Mas elas não bebem.” “Elas não”, disse ele, “mas se o senhor não tomar uma atitude, logo logo poderá evoluir para uma cirrose”, alertou.

“Quem, eu?!”perguntei assustado. “Não, as pulgas”, respondeu.

Disse a ele que só tomava uma cervejinha aos finais de semana, o que de pronto ele me cortou: “É o que todo mundo diz.” Disse-me que a raça siberiana é muito sensível e que se não mudasse meus hábitos iria ter um caso duplo de cirrose na família. Saí de lá profundamente abalado.

Peres & Troika são duas pulgas não só de raça. São de raça, de estimação e treinadas. As visitas s'encantam ao vê-las sapateando com sincronia invejável.

Ambas são de hábitos refinados devido a sua origem austríaca. Sei que pode parecer meio confuso esse negócio de origem germânica e raça eslava, mas o mundo é complicado mesmo. Fizeram viagem de primeira classe, com todos os papéis, certificado de origem e tal, tudo bonitinho, sem trambique nem tramóia.

Comparo minhas duas criaturas à Maria Leopoldina, mulher da alta corte austríaca, de hábitos e educação fina. Uma mulher requintada. A diferença é que a arquiduquesa compreendendo o interesse entre Portugal e Áustria, aceitou um casamento por procuração com D. Pedro I, o príncipe, filho do rei português. A donzela, conforme combinado, viria ao Brasil desposar seu pretendente e em no máximo 2 anos seguiria para Portugal. Passou o resto e sua vida por aqui como primeira imperatriz do Brasil.

As duas gostam muito de música erudita. Peres conserva seu lado habsburguense, conservador, aristocrático, à flor da pele. S'embevece com Haendel, mas gosta muito de Mozart e Beethoven.
Troika, sem trocadilho, digo que puxou meu sangue. Gosta de coisas nacionais, principalmente Villa Lobos. As Bachianas, conhece todas. Mas quando eu ponho a nº 4, ela simplesmente s'entrega ao canto de sereia da soprano e fica flanando como que adormecida, em transe, sorvendo cada trecho, cada acorde.

Pra ter uma idéia de como são sensíveis – como muito bem alertou o veterinário – outro dia alguém da vizinhança começou a tocar uma música esquisita no último volume. Era um tal de “Só as cachorras,... as preparadas”, e por aí ia, seguido de um “tum tum tum ” infernal. Não deu outra, Peres e Troika começaram a sentir o estômago embrulhar, dor de cabeça, um mal estar geral. Tive que ir lá pedir pra abaixar o som, o que eles não gostaram, mas depois de muito bate boca, acabaram cedendo.

S'eu fosse ministro diria que elas também são gente.

Centralização na Fórmula 1


Não sou um acompanhador da Fórmula1, nem de nenhum outro esporte. As vezes vejo ou leio ou ouço por que aparece à minha frente. O que mais acompanho é o noticiário político, econômico etc.

Um dos principais valores que as principais nações do mundo ocidental brigam com o resto do mundo é pela tal da democracia, a liberdade, etc.

Nestes últimos dias, um fato muito interessante, vem do “circo” da Fórmula 1 em que UMA pessoa, quer impor algo que muito pouca gente do meio concorda, e o pior, está causando uma debandada geral.

Tem “castrista”alí? Será que além do Hamas e do Hezbollah, Ahmadinejad, presidente do Irã, não está dando as cartas por alí? Ou será coisa do ditador nortecoreano, que dita as regras e os outros têm que murchar as orelhas?

Independente de ser boa ou má a proposta do presidente da Federação Internacional de Automobilismo, não seria melhor se as regras estabelecessem que a maioria decide? Legitimaram a condição de uma pessoa tomar uma decisão que contraria boa parte da categoria? Não há direiro a veto? O único direito de opinião dos envolvidos seria o ditado: “os incomodados que se mudem”, que parece posto em prática?

Acho interessante que a briga – pelo que entendi – é por que o “chefe” não quer dinheiro. Sempre vi a Fórmula 1 como o palco da grana, um dos esportes onde o dinheiro dá as cartas, e agora, o homem quer restringir a entrada de dinheiro*. Pra mim isso é surreal.

Como até hoje quanto mais eu m'informo menos entendo o mundo em que vivo, continuarei como um leigo a ver despretenciosamente aquele monte de carros zanzando pra lá e pra cá na televisão, sem entender muita coisa, apenas como uma distração dominical.
Eles que s'entendam.

*Se quiserem mandar dinheiro pra mim, aqui não há restrição nem política nem ideológica.

sábado, 20 de junho de 2009

Frio só na orelha.


Nestes dias de frio e vento gelado, como ando de moto por aí, não tem jeito, ou me agasalho ou passo frio. E quando o assunto é frio, meu ponto fraco são os pés. Posso botar luva, agasalho, cachecol, mil blusas, mas se meus pés não estiverem suficientemente protegidos, tô na roça, sinto que vou congelar.

Na média acho as mulheres um pouco mais sensíveis ao frio que os homens, com algumas exceções, claro, como também acho que jogo mais no time dos friorentos. Mas o que me incomoda é ver algumas mulheres que pela manhã passam – acho que indo trabalhar – de blusa, toda encolhida, com cara de que estão sentindo frio, e de saia, com as canelas de fora e uma sandalinha sem vergonha nos pés sem meia nem nada.

Se me permite meter o bedelho onde não fui chamado, eu perguntaria: se está com frio por quê não veste roupa?

Será que do joelho pra baixo não conta, não se sente frio?

Confesso que é uma coisa que não consigo entender, me dá agonia só de lembrar.

Mas... cada um cuida do seu. Cada um sabe onde gela.

Resposta do STF.

Resposta do Supremo Tribunal Federal, recebida em 15. junho de 2009, referente ao último post.


Prezado Senhor,

Informamos a Vossa Senhoria que a composição, a competência e as atribuições do Supremo Tribunal Federal estão expressas nos artigos 101 a 103-A da Constituição Federal. Em atenção à sua consulta, permitimo-nos trazer alguns esclarecimentos. De acordo com o art. 102 da CF , compete ao Supremo Tribunal Federal a guarda da Constituição Federal e, entre as suas principais atribuições estão o julgamento da Ação Direta de Inconstitucionalidade de lei ou ato normativo federal ou estadual, da Ação Declaratória de Constitucionalidade de lei ou ato normativo federal, da Argüição de Descumprimento de Preceito Fundamental decorrente da própria Constituição e da Extradição solicitada por Estado estrangeiro.Na área penal, destaca-se a competência para julgar, nas infrações penais comuns, o Presidente da República, o Vice-Presidente, os membros do Congresso Nacional, seus próprios Ministros e o Procurador-Geral da República, entre outros.Em grau de recurso, tem ainda a atribuição de julgar, em recurso ordinário, o Habeas Corpus, o Mandado de Segurança, o Habeas Data e o Mandado de Injunção decididos em única ou última instância pelos Tribunais Superiores, se denegatória a decisão, e, em Recurso Extraordinário, as causas decididas em única o u última instância, quando a decisão recorrida contrariar dispositivo da Constituição.O Poder Judiciário tem a prerrogativa de aplicar a lei ao caso concreto e uma das suas principais características é a de ser inerte, atuando como regar, apenas quando é provocado por uma das partes interessadas.Ressaltamos, ainda, que, de acordo com o art. 2ª da CF/88, são três os Poderes da União, o Legislativo, o Executivo e o Judiciário, considerados independentes e harmônicos entre si.Portanto, no que diz respeito à elaboração, alteração ou revogação de leis, cumpre ressaltar que se trata de função típica do Poder Legislativo, cabendo ao Poder Judiciário interpretá-las e, especialmente ao Supremo Tribunal Federal, julgar sua conformidade com a Constituição Federal.Quanto à função de direção e administração, cabe ao Poder Executivo, cujos representantes são eleitos em voto direto. No caso da Administração Federal, é exercida pelo Presidente da República, c om auxílio dos Ministros de Estado, na forma do art. 84, inciso II, da Constituição Federal.

A Central do Cidadão agradece o seu contato, em nome de Sua Excelência o Senhor Ministro Gilmar Mendes, Presidente do Supremo Tribunal Federal. Atenciosamente,
Até 20 de junho, não recebí nenhum retorno do Ministério Público.

Senado: uma casa de permissão.


Manifestação enviada ao Ministério Público Federal (MPF) e ao Supremo Tribunal Federal (STF)em 14.jun.2009.

O cidadão brasileiro precisa aturar esse tipo de coisa?

O Senado Federal vem agindo de maneira acintosa. Seus escândalos constantes e graves em cima do erário público demonstra o tipo de carater e valores morais, éticos e patrióticos que movem essa gente. O agravante é que apesar do montante e a gravidade das acusações não tem tido retorno à altura tanto por parte da população como por parte das instituições que deveriam fiscalizar e coibir excessos. È uma pátria de mansos e cordeiros. Se a população se mantém passiva, pode ser por não ver perspectiva de melhora, as instituições como um todo estariam contaminadas com o mesmo vício. As instãncias jurídicas e políticas manterem-se passivas, sugere leniência, concordância ou contaminação. Em outras palavras, comem no mesmo cocho.

Se as instituições não agem (à altura), contribuem para o perverso sentimento de pátria falida, de que somos o resto do mundo, o fundo do quintal. Não sei até onde essas instâncias de poder têm o alcance de suas responsabilidades no inconsciente coletivo sobre o orgulho de seu país e suas instituições por parte de cada cidadão. Esse mesmo cidadão pode vir a ter nojo também.

Outra coisa são as notícias veiculadas pelo mais diversos meios de comunicação lá de fora que nos coloca sempre como um país atrasado, de organização viciada, vendida, loteada para poucos. Ao que parece, TODAS nossas instâncias fiscalizadoras dão trela para isso.

Depois de um ano repleto de abusos e manobras das mais acintosas que achincalham o país inteiro, quem está sendo processado dentre aqueles membros do Senado? Um ex-funcionário de carreira?

O presidente da Casa, o sr. José Sarney, confunde o Senado como extensão de seu patrimônio. Age como um faraó, um absolutista, ou um meliante, ao cometer excessos e escondê-los atrás de “atos secretos”, o que demonstra que sabe que é errado, por isso os esconde, e sabe que são aviltantes, que trazem indignação, daí encobertar num “ato secreto”. E o que mais de insultante para o país e sua imagem está escondido em pastas secretas, em gavetas, nos “calabouços” do poder? O Senado hoje é um ilícito. Parece que não comete ilícitos, ele É um ilícito.

Urge uma INTERVENÇÃO, pela gravidade da situação pelo ponto em que chegou, pelo demonstração clara de que perderam a noção de certo e errado, e pelo mau exemplo para o país.
Talvez as instituições nacionais não contem com um levante, com o estourar de atos e manifestações contra esse indígno estado de coisas. Até a hora em que eles acontecem. Aí vão dizer que são baderneiros, comunistas, etc.

Que miséria moral a que chegou nosso país. Que vergonha.

Dou-lhe uma, dou-lhe duas...

Terra Notícias: PF faz a maior apreensão de maconha do ano.

O que tem de gente querendo saber quando e onde vai ser o leilão da mercadoria não está escrito...

domingo, 14 de junho de 2009

Xeique mineiro.


Em seu boletim de 01 de junho, a Petrobras esclarece que o que saiu na Folha de São Paulo sobre petróleo e gás no Acre e no noroeste de Minas Gerais, no Acre não há nada, e em Minas, “foi concluída a aquisição sísmica e o primeiro poço deve ser perfurado até 2011.”
“Aquisição sísmica”? Boiei. Mas pelo jeito os mineiros podem ir treinando a usar turbante. Quem sabe começam a virar “xeiques” do petróleo.

sábado, 13 de junho de 2009

Senado: a Casa da mãe Joana.


Depois de divulgado o trocentésimo quinquilhonésimo escândalo do senado em que o neto de José Sarney – presidente da Casa e rei da falcatrua – teria sido nomeado por baixo do pano num “ato secreto”, a Casa analisa o caso e decide responsabilizar o funcionário que não ocupa mais seu cargo, Agaciel Maia, e alega que não tem como ter o dinheiro ressarcido. É mais um caso a receber a chancela “deixa como está”. Gostaria que eles descobrissem que suas esposas e maridos também cometem “atos secretos”.

Como já disse anteriormente em outro post, vivemos em pleno estado de deita e rola – e se lixa. A estratégia do parlamento parece ser a de produzir tantos escândalos que passem a se tornar parte da paisagem, uma mesmice.

Se alguém falasse ou um jornal noticiasse “pegaram um ladrão roubando”, todo mundo iria dizer, ué, e queriam que o ladrão estivesse fazendo o quê, pregando as sagradas escrituras? Do mesmo modo, praticamente chegamos aos dias em que anunciar que um parlamentar prevaricou, meteu a mão, estorquiu, nomeou parente e amigos(vivo ou morto),ou se valeu do cargo para se dar bem, é a coisa mais normal do mundo.

Sinto pena, das coitadas das “mães Joanas” que acabam pagando o pato. “Papagaio come milho, periquito leva a fama”, dizia o ditado popular. Mas desde que a “mãe Joana” não seja parlamentar. Aí a carapuça serve direitinho.

Subiu pra baixo.


Eu que sempre meti o pau no COPOM (Comitê de Política Monetária) e no Banco Central pela inconsequência de sua política de juros altos que estão levando nossa querida e inestimada dívida pública a um trilhão e meio de reais, me surpreendi com o corte de 1% na taxa básica. Eles nunca surpreenderam acima das espectativas para cortar os juros, só para subir.

Boa parte disso se deve à divulgação no dia anterior que o país está tecnicamente com o pé na jaca, ou seja, em recessão.

Não só a queda na taxa de juros é importante para a diminuição da dívida pública, como significa menos incentivo à entrada de dolar, que aumenta a cotação da moeda nacional, encarecendo o produto nacional para exportação.

Outra consequência, é o rendimento (rendimento?) da poupança. Se antes era preciso botar muito dinheiro no banco, esperar 30 dias pra ganhar uma moedinha, agora esse rendimento vai ficar menor ainda. Convém levar uma lupa pra tentar observar seus “ganhos” nessa aplicação.

Não havendo recaida nos 'doutos', e se o barba – ou o(a) sucessor(a) – não estourar o cofre, lá pra frente, com uma dívida menor, o governo terá condições de abaixar os impostos. Ou seja, ainda tem muito “se” pela frente. Se manca..-

quinta-feira, 11 de junho de 2009

Há 120 anos atrás...


“CORREIO PAULISTANO” - 9 de janeiro de 1889.
Duello a nariz

Em New-York duas senhoras tiveram ultimamente um duelo que terminou a dentadas estipulando-se que aquella que arrancasse o nariz à outra ficaria vencedora pagando porém à desnarigada vinte contos de reis, por indemnisação.

Desastres em Santos

Ante hontem, nesta cidade, o bond que de S. Vicente parte ás 9 ½ horas da manhã, ao atravessar o caminho antigo para S. Vicente, em frente á chácara denominada Philosophia, matou uma rapariga preta de 12 annos e esmagou o pé de uma outra preta.

O desastroso facto foi assim narrado pelo Diario de Santos:

“Logo que o bond entrou na linha, na parte em que ella é parallela a estrada ingleza, nesta passava o trem, que aqui chega ás 10 horas.

“Vinhamos despreoccupados, saudando com o lenço os passageiros, que se debruçavam ás janellas dos vagões, quando, depois de um apito da machina do bond, sentimos que este passava sobre alguma coisa insolida. Com effeito, tendo parado o bond por ter se descarrilhado o ultimo de traz, dos dois que vinham puchados pela machina, e tendo os passageiros, em grande número, descido para a linha vimos logo atraz, no lugar onde acabavamos de passar, um espectaculode arrepiar as carnes e cortar o coração mais empedernido: ao lado do trilho encontrava-se um tronco de corpo de mulher decepado pelas verilhas e com as visceras palpitantes á mostra. Era a rapariga de que acima fallamos. Logo adiante, uma preta debatia-se com a dôr do pé completamente esmagado.

“Passado o primeiro momento de estupôr e indecisão, entre os passageiros que acercavam-se da preta ferida, o sr. Amaral Rocha, ergueu uma criança de 3 mezes, que esta trazia, e que por felicidade escapou incolume, a qual este cidadão entregou a uma sua gentilissima filha que vinha no bond.

“Feito isto, o mesmo cidadão ajudou o dr. Barros, que havia ficado estancando o sangue que jorrava do pé esmagado da preta e a collocal-a em uma carroça, que por acaso lá estava e a mandaram entregar na Casa de Misericordia.”

Attribuo a causa deste desastre a um mero acaso.

A rapariga esmagada chama-se Benta, e é filha de Maria Benta. A que perdeu o pé chama-se Rosalina, e é mulher de Manoel Wenceslau, empregado da limpeza publica.

Foi amputado o pé da infeliz Rosalina, pelos facultativos drs. Motta e Silva, Julio de Moraes e Furtado.

No mesmo dia, á 1 hora da tarde, o portuguez Manoel Fernandes, canteiro da pedreira pertencente ao sr. Reis, estando a trabalhar, cahiu-lhe tão desastrosamente uma pedra sobre o pé esquerdo, que esmigalhou-o completamente.

O infeliz foi recolhido ao hospital da Beneficencia Portugueza, sendo-lhe também amputado o pé pelos medicos drs. Jardim, Julio Furtado e Julio Moraes.

Ambos os operados acham-se fóra de perigo.

Publicado no jornal “A PROVÍNCIA DE SÃO PAULO” que mais tarde, com a república, passaria a se chamar “O Estado de São Paulo”.
04 de fevereiro de 1886.

Os caras-duras

Senhores – Compramos um barracão por muitos centos de reis, não podemos pagal-o sem recorrer à caridade pública.
À vista desta vergonha, pedimos por misericórdia e favor de acceitar o presente cartão para esta festa de caridade, que terá logar no domingo.
3 – 3 O cynismo.

Porca pipa!


O primeiro ministro italiano Silvio Berlusconi apareceu no noticiário internacional na semana passada peladão entre amigos e amigas, porque um paparazzo que não tem o que fazer foi bisbilhoar o que ele faz dentro de sua própria (mansão) casa.

Esta semana, a imprensa publicou que os reaças – correligionários do premiê – conquistaram um maior número de cadeiras na eleição pro Parlamento Europeu, que teve como principal característica a predominância do voto conservador nas principais nações do bloco.

Depois de perder a mulher, indignada pela sua personalidade e fama de mulherengo, e a mídia repercutir suas aprontadas, o 'cafa', que não perdoa um rabo de saia, deve estar rindo à toa com a performance no pleito. Depois de tanto falarem mal, cabou saindo fortalecido.

É um bom motivo pra Berlusconi comemorar com uma “festinha” intima em sua mansão. Tute buona gente.

sábado, 6 de junho de 2009

Burro ou desinteressado?


Do meu ponto de vista, metade de nossa inteligência chama-se: interesse.

As crianças têm uma desenvoltura em aprender as manhas e macetes de um computador que é impressionante. Não só computador, como qualquer quinquilharia eletrônica moderna, como mp3,4,5..., celulares, essas maquininhas híbridas de celular, computador, internet, etc. Mas essas mesmas crianças tão inteligentes, quando chega naquela aula do cateto e da hipotenusa, ou das emocionantes “capitanias hereditárias”, aí a inteligencia foge.

Lembro que quando eu era moleque ainda, tinha que aprender as características da caatinga e do cerrado, suas regiões, etc. Aquilo pra mim era simplesmente o fim da picada.

Não só as crianças, mas nós adultos também usamos nossa inteligência em prol do que mais nos agrada. Se a gente não vê virtude em algo, não entra nem à martelada. O que adianta o professor de literatura falar tão bem de Machado de Assis, que Castro Alves foi isso, que Guimarães Rosa foi aquilo, que são gênios da escrita, se você lê por obrigação e não vê nada naquilo nem de interessante, muito menos de genial.

Aí você pergunta de seu escritor preferido: “Ô psor, o que o senhor acha de Paulo Coelho?” Seu professor fica azul, roxo, parecendo que vai explodir. No mínimo ele deve estar achando que você quer tirar uma com a cara dele, e com um olhar fulminante dispara: “Escritor? E quem disse que Paulo Coelho é escritor?!”

E senhoras e senhores idosos, com pouca ilustração, mas que sabem partes e partes completas da bíblia. Têm uma fluência incrível nos mais diversos assuntos e livros da obra sagrada. É uma questão de interesse, e eles leem por conta, fazem cursos em seus templos sobre as escrituras e seus ensinamentos e acabam aprendendo muita coisa. Não sou religioso mas vejo como positivo isso – com exceçao quando aos finais de semana batem em minha porta.

Se metade de nossa inteligência chama-se interesse, a outra metade deve ser a falta de interesse, ou comodismo, etc., que é o que nos faz querer parar de buscar conhecimento, de se contentar com pouco, de limitar nossa capacidade de aprendizagem.

Falta alguém inventar um “mel” para adoçar certos conhecimentos que têm cara de giló. São amargos e pouco palatáveis ao gosto da maioria. Seria possível deixar todas as áreas do conhecimento interessante para praticamente todos, tranpondo nossa natureza seletiva?

Cuba livre para voltar à OEA.


Muito positiva a notícia do fim da suspensão de Cuba a Organização dos Estados Americanos. Mais por ser mais um “toco” da guerra fria que é recolhido, abrindo caminho para a livre circulação e entendimento entre as nações. Cada país decide soberanamente o que quer para sí.

A OEA que foi criada pra resolver conflitos regionais, sempre cumpriu mal e porcamente seu papel. Talvez o fato mais extravagante foi a “Guerra da Malvinas”, quando a Argentina pra tentar salvar seu ditador capenga, resolveu invadir a ilha, buscando desviar a atenção com assunto externo e que tivesse apelo nacionalista. Para a Argentina a ilha lhe pertencia, assim como os britânicos também a tinham como sua. Quando as tropas do general a ocuparam, a “dama de ferro”, Margareth Tatcher, não perdeu tempo e foi defender o que achava ser seu. Pelo tratado dos Estados Americanos, todos os países haviam acordado defender qualquer membro que viesse a sofrer agressão externa.

A Inglaterra, muito superior belicamente, reconquistou a ilha, com o silêncio complacente das nações do continente, com exceção de uma: os Estados Unidos de Reagan – o Bush da época – tomaram partido ao lado dos ingleses.

A essa altura o “tratado” deveria estar n'algum banheiro pra limpar a bunda – se é que a textura do papel ainda lhe permitisse alguma utilidade.

A OEA é comparável a Academia Brasileira de Letras, onde seus membros se reunem para o chá e para o bate-papo.

Na verdade, as nações passam séculos assinando tratados e acordos e os cumprem de acordo com seus interesses momentâneos. A fiscalização fica por conta desses mesmos membros que as vezes, ou não têm interesse ou não têm força – ou ambas.

A estupidez armada.


O ditador norte-coreano, Kim Jong Il, enrolou o presidente George W. Bush, fazendo acordo de parar o desenvolvimento de armas atômicos em troca de crédito. Bush topou e hoje descobriu que entre os dois estúpidos, além de tudo ele – Bush – foi burro.

Quando o presidente americano se vangloriava por ter conseguido invadir o Iraque e depor Sadan Hussein, naquele momento de empáfia, disse que a coisa não parava ali, e divulgou uma lista – o “eixo do mau” dos próximos países a serem invadidos: Coréia do Norte, Irã, Cuba...

Não sei se Bush seria tão estúpido quanto quis parecer ser, e se sua assessoria é tanto quanto ele. As consequências de sua inconsequência foi deflagrar uma corrida armamentista como os saudosistas da guerra fria há muito não viam. Irã e Coréia do Norte não perderam tempo e logo depois a imprensa internacional divulgava que os dois países estavam buscando armas pra frazer frente ao inimigo tão forte, tão poderoso. É mera questão de tomar as medidas necessárias a sua sobrevivência.

Bush foi jogado na lata de lixo da história, ou, desceu pelo vaso rumo ao esgoto. Foi embora, mas as consequência de seus atos perduram com a Ásia mais armada e mais raivosa. Obama faz a linha “Lulinha paz e amor”, buscando a participação européia, procurando resolver as diferenças, amainar os ânimos, etc., mas quem garante que lá na frente, não venha a se empoleirar no poder novamente um estúpido como Bush? Esta provavelmente deva ser uma das preocupações dos milicos coreanos ou dos reaças iranianos.

Bush negociou com a Coréia se compromentendo a não cumprir a idiotice que havia prometido de invadí-la, e voltou pra casa satisfeito com o compromisso coreano de empacotar seu programa nuclear. Hoje a bomba está pronta. Já fizeram testes subterrâneos de artefatos mais potentes que as lançadas no Japão, segundo alega a Coréia do Sul.

No Irã, mais de 5.000 centrífugas já enriqueceram mais de uma tonelada de material radioativo, o que seria suficiente pra partir pra segunda fase que é chegar à “quintessência” para a confecção da bomba. O país deve seguir negociando, negociando, dizendo que para, que não para, até anunciar que tem seu Little Boy – a bomba como a jogada no Japão.

Um insano com poder ameçando um grupo de insanos menores porém todos com poder, dá no que temos hoje, uma corrida armamentista com artefatos nucleares. A humanidade inteira a mercê desses senhores.