segunda-feira, 24 de agosto de 2009

Lula e Dilma, cabos eleitorais de Serra.


Com o planalto mobilizado pra que a ministra-chefe da casa civil e candidata do PT, Dilma Rousseff, não seja convocada pra dar sua versão se houve ou não seu encontro com a ex-secretária da receita federal, Lina Vieira, não precisa falar mais nada.

Pra ministra-candidata ir ao senado, cair em contradição e acabar assumindo que tem culpa no cartório e não ir e ficar no mesmo, melhor não ir e dar uma desculpa – mais uma.

Quanto mais Lula e sua trupe se mexe, mais se complica e mais dá argumentos e votos aos adversários. É um oneroso custo da antecipação das eleições num momento de tanta sujeira. A continuar assim, Serra poderá ficar em casa enquanto Lula e Dilma, seus principais cabos eleitorais, conseguem votos para ele.

Só o clã Sarney, está sendo responsável por queimar o filme de Lula, ao expô-lo defendendo o senador presidente da Casa de tantas maracutaias, e de Dilma, que ficou mal com o lance de mandar a ex-secretária da receita manerar na fiscalização ao empresário filho de Sarney.

Se continuar nessa batida, Lula e Dilma – e o PT – chegarão estropiados até o final de ano , lembrando aqueles desenhos Hanna-Barbera em que o personagem vilão tenta de todas as artimanhas, pegar sua presa e suas arapucas acabam voltando contra sí.

Além da questão eleitoral, tem o desgaste da imagem que o partido de Lula está sofrendo. O arquivamento das denúncias contra Sarney no Conselho de [falta de] Ética, causou um arranhão na imagem do partido, seguido pela saída de figuras emblemáticas e o sai-não-sai de Mecadante como lider do governo, atentou contra a imagem dos dois – o senador e o partido - pra dizer o de menos.

Dilma deverá dividir seu eleitorado com Ciro Gomes e Marina Silva, considerando que, para sua sorte, Heloisa Helena, que o Datafolha apontou como empatada tecnicamente em terceiro lugar com Ciro Gomes, não vai disputar a presidência, voltando ao senado por decisão partidária.

O PT poderia vir com o bordão: “Decoro já era, o que vale é a amizade”, apontando os novos tempos, novas ideologias, e a reciclagem programática.

Essa campanha promete ser o samba do criolo doido.

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