Assim como a Alemanha Oriental levantou um muro separando o lado ocidental do oriental de Berlim, tornando-se mais que um simples muro, mas, um símbolo da guerra fria, a separação ideológica do mundo comunista do capitalista. O bloqueio americano a Cuba, é um símbolo dessa mesma divisão ideológica, sendo possível ilustrá-lo como o “muro” americano.
A eleição de Barac Obama, parece ter tudo para pôr abaixo essa última barreira anacrônica, de uma guerra fria que pode ter de fato morrido com o fim da era Bush, o último presidente dos EUA que representava bem a figura do “Tio San”, ou o “Império”, como acusam seus detratores.
Havana e Washington ensaiam uma aproximação. Obama já sancionou uma lei diminuindo a restrição a visitação à ilha e aumentou o dinheiro que pode ser gasto lá – não sei como o governo americano pode ter esse controle. Há uma discussão no senado americano que libera todo americano a visitar la Isla.
Na próxima Cúpula da Américas, evento que reune os países membros da OEA, que será realizado na próxima semana, Cuba será mais uma vez o único país ausente, por causa de sua revolución. Lula teria recebido do chanceler cubano um pedido de Cuba para que atuasse no sentido de ajudar o diálogo entre os dois países. O Brasil tem uma influência positiva no continente, uma boa relação com os EUA, e como visto recentemente, um apreço por parte de Obama para com Lula – “o cara”.
Tudo flui para uma nova relação entre ambos. Fidel Castro teria recebido semana passada, alguns deputados democratas que teriam tido uma discussão muito positiva do ponto de vista de Fidel, onde ele teria dito: “Como podemos ajudar Obama?”
O fim do bloqueio a Cuba é um velho anseio da maioria dos países americanos, sobrevivendo apenas na cabeça do caquético Bush. Quando o povo americano puxou a descarga, o xeriff e sua ideologia fedorenta desceram esgoto a baixo.
Não quer dizer que o bloqueio terminará com a cúpula, parece estar longe disso, mas medidas significativas poderão limitá-lo, apontando para seu ocaso, mas os EUA não o farão sem uma contra partida do regime dos irmãos Castro. Resta saber o que Raul porá sobre a mesa, pois com a crise, a economia de Cuba está de mal a pior, e a liberação do turismo americano seria (quase) tudo que o regime anti capitalista precisa para sobreviver.
Muitos cubanos e americanos torciam pela morte de Fidel como grande chance de ver o castelo ruir. Não só o impensável bloqueio poderá cair antes, como “Tio San” pode aparecer como numa estória do Super Homem e salvá-la num emocionante final feliz. Pra quem?
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