sábado, 25 de abril de 2009

Parece falta do que fazer.


O senador Romeu Tuma, famoso ex-secretário de segurança do Estado de São Paulo na época braba do regime militar, tem um projeto de lei, que se aprovado, vai exigir diploma de DJ(didjêi), tornando obrigatório o diploma para o exercício da profissão.

Pululam pela periferia, zilhões de “profissionais da discotecagem”. Todo mundo batalha para conseguir sua aparelhagem, seu acervo fonográfico, e sua platéia. Agora correm o risco de ter que correr atrás de um diploma e uma “carteirinha”.

Quem iria fiscalizá-los e o quê iria ser avaliado? O som, a melodia, a estética, a altura do som, se é pirata? Ou seria mais uma frente para fiscais públicos 'morderem um'?

Se por um lado a função de discotecário não existe, e por isso não tem acesso a crédito, nem podem assumir oficialmente uma ocupação que simplesmente como disse, não existe, por outro, em que pé se daria a regulamentação por uma pessoa tão distante dos interessados? Será que o senador tem conversado com alguém, ou algum grupo que mexe com a coisa? Esperemos que sim.

Antes de ir a plenário, a discussão deveria se ampliar, os interessados deveriam se organizar e discutir se acham interessante a legalização da profissão e em que patamar.

A regulamentação não significa necessariamente aumento de renda, porque não vai trazer mais público, principalmente para quem vive na periferia, pode as vezes significar aumento de despesa, com cursos, taxas...

Uma pequena elite das grandes casas de shows das grandes capitais, pode até tirar proveito disso, exigindo algo mais do contratante, mas para a grande maioria espalhada por todo o país principalmente pelas periferias, os cantões, provavelmente a conversa de legalização soe como algo tão distante e tão inútil para eles como pelas autoridades locais, que corre um sério risco de entrar para o rol das leis natimortas.

Tem coisa mais importante rolando embaixo do nariz do senador-xerife precisando de disciplina.

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