Enquete: será que todo mundo recebe tanto e-mail de “guia do orgasmo feminino” e “enlarge your penis” quanto eu, ou será que é só comigo?
Ou será que estou mal na fita?
Será que passei por algum 'test drive' sem saber e gonguei?
Como se elege o público-alvo?
É tanta correspondência esquisita que não sei como me acham, nem porquê eu.
Não me sinto com nenhum dos dois problemas acima, e se estivesse, não consigo me ver lendo manual pra comer alguém.
É conferência empresarial, maçonaria, sites pornõs, macumba, diploma pago no estrangeiro, planos de saúde, cadastro de banco que nunca ví mais gordo(esse é golpe), e um festival de tranqueiraiada que não sei de onde vem tudo isso.
Há um tempo atrás – há muito tempo atrás – configurei minha caixa de tranqueira restringindo um monte desses chatos. Não deu em nada, pois a mesma correspondência vem em mais ou menos meia-dúzia de remetentes.
Raríssimas vezes se recebe algo relevante sem ter sido pedido. Se eles analisam o perfil,como se diz, é uma bola fora total.
Dessa vez sou eu que estou pedindo: m'explique, alguém recebe tanta tranqueira quanto eu?
domingo, 26 de abril de 2009
sábado, 25 de abril de 2009
Ainda sobre o bate-boca no Supremo.
Sobre o bate-boca no Supremo, acho que tem muita fumaça pra pouco fogo. A imprensa tem colocado como um incomensurável escândalo o desentendimento entre o presidente do tribunal, Gilmar Mendes, e o ministro Joaquim Barbosa.
São mais de dez pessoas discutindo assuntos polêmicos, controversos, que instâncias menores não resolveram e sobrou pra eles. Passam dias discutindo sobre um assunto, seus vários aspectos, interesses envolvidos, tudo dentro das dimensões da constituição. É um “pepinódromo”.
São pessoas polidas, educadas, que devem tratar as questões e os pontos de vista discordantes, de modo civilizado. Esse seria o ideal, mas como o paraiso acabou faz tempo, acho cabível um arranca-rabo de vez em quando. Se acontecesse sempre, se fosse uma constância esse tipo de ocorrência, vá lá, mas é uma exceção.
Tratando sobre a discussão, quando pessoas de alto e mesmo nível são interpeladas um pelo outro, soa como um insulto, entra no “quem é você pra me cobrar?”, e tem tudo pra começar o fogo a se alastrar, como acabou acontecendo.
A discussão começou a esquentar quando Joaquim Barbosa disse que a Gilmar Mendes que sua tese deveria “ter sido exposta em pratos limpos”. Gilmar Mendes não gostou dizendo que não sonegava informações, e aí começou o tal do “vossa excelência me respeite” pra cá, “vossa excelência me respeite” pra lá, e destrambelhou para a descompostura total com Joaquim Barbosa dizendo que “vossa excelência, quando se dirige a mim, não está falando com os seus capangas do Mato Grosso.”
O ex-presidênte da Casa, ministro Marco Aurélio Mello, entrou de mangueira em punho, tentando esfriar os ânimos, dizendo que “a discussão está descambando para um campo que não se coaduna com a liturgia do Supremo”.
Foram mais algumas “vossa excelência”, pra cá e pra lá e o presidênte da Casa e do entrevero, Gilmar Mendes, decretou: “Está encerrada a sessão!”
A imprensa saiu repercutindo, entrevistando deus e o papa, querendo saber se a imagem do Supremo saiu “arranhada”. Se o Supremo está arranhado, o legislativo é uma briga de gatos.
Enquanto não aparecer outro carnaval para a imprensa sair pulando junto, vão ficar remoendo o fato.
Parece falta do que fazer.
O senador Romeu Tuma, famoso ex-secretário de segurança do Estado de São Paulo na época braba do regime militar, tem um projeto de lei, que se aprovado, vai exigir diploma de DJ(didjêi), tornando obrigatório o diploma para o exercício da profissão.
Pululam pela periferia, zilhões de “profissionais da discotecagem”. Todo mundo batalha para conseguir sua aparelhagem, seu acervo fonográfico, e sua platéia. Agora correm o risco de ter que correr atrás de um diploma e uma “carteirinha”.
Quem iria fiscalizá-los e o quê iria ser avaliado? O som, a melodia, a estética, a altura do som, se é pirata? Ou seria mais uma frente para fiscais públicos 'morderem um'?
Se por um lado a função de discotecário não existe, e por isso não tem acesso a crédito, nem podem assumir oficialmente uma ocupação que simplesmente como disse, não existe, por outro, em que pé se daria a regulamentação por uma pessoa tão distante dos interessados? Será que o senador tem conversado com alguém, ou algum grupo que mexe com a coisa? Esperemos que sim.
Antes de ir a plenário, a discussão deveria se ampliar, os interessados deveriam se organizar e discutir se acham interessante a legalização da profissão e em que patamar.
A regulamentação não significa necessariamente aumento de renda, porque não vai trazer mais público, principalmente para quem vive na periferia, pode as vezes significar aumento de despesa, com cursos, taxas...
Uma pequena elite das grandes casas de shows das grandes capitais, pode até tirar proveito disso, exigindo algo mais do contratante, mas para a grande maioria espalhada por todo o país principalmente pelas periferias, os cantões, provavelmente a conversa de legalização soe como algo tão distante e tão inútil para eles como pelas autoridades locais, que corre um sério risco de entrar para o rol das leis natimortas.
Tem coisa mais importante rolando embaixo do nariz do senador-xerife precisando de disciplina.
terça-feira, 21 de abril de 2009
Obama leva na esportiva.
Na 5º Cupula das Américas, realizada em Trinidad e Tobago, Chávez fez uma ironia ao propor a próxima reunião da Cúpula, para Havana. Depois, deu um livro anti americano – “As Veias Abertas da América Latina”, citado no post acima – para Obama. Quando Obama pediu que os presidentes do encontro pressionassem Cuba por uma abertura democrática, parece não ter encantado os presentes. Quando Evo Morales foi questionado se pressionaria Cuba por eleições, o presidente boliviano afirmou: “Ninguém pressionava Augusto Pinochet por eleições democráticas.”
É, se o americano quer mesmo pôr nos trilhos seu “multilateralismo”, e se aproximar dos países do continente, tendo-os como parceiros, terá que manter sua espirituosidade para ouvir piadas, insinuações e alfinetadas.
Parlamentares querem aumentar o tempo de propaganda eleitoral..
A corja que domina o Congresso, depois de uma sequência de medidas que jogam na lata do lixo a imagem do parlamento devido a todo tipo de fisiologismo, regalias, abusos de todo tipo, como liberar passagens de avião para familiares, amigos e apaniguados, os homens públicos indignados com a incompreensão da opinião pública que lhes têm sido severa, resolveram contra-atacar. Querem aumentar o tempo de propaganda eleitoral.
Estão tão fora da realidade, que acham que a indignação e as cobranças da sociedade não têm cabimento, que estão certos. Os cofres públicos pagarem passagens de avião pra amigos e parentes não tem nada de anormal pela visão deles. Os hospitais que insistem em não ter leitos nem remédios suficientes para atender a população, provavelmente não tenha nada de anormal, como escolas que vivem de giz, carteira e baixos salários. Essa mesma normalidade atinge todo o contato do setor público com a sociedade brasileira, a falta de verba que limita o atendimento, mas sobra pra que a nobreza possa andar de avião, ter dezenas de assessores, como se se estivesse nadando em dinheiro. Cadê a visão pública consequente dessa gente?
Agora teremos que aturar por mais tempo o focinho dessa corja no rádio e na televisão dizendo com a maior cara de pau que “lutam pelo povo”.
Dá nojo só de pensar. Deviam incluir nas benesses, óleo de peroba, conhecido como “auxílio-cara-de-pau”. Mas, o que estão precisando mesmo é o “vale-vergonha-na-cara”.
Vou bater na mesma tecla que já bati antes. Esses estúpidos não comprometem apenas suas imagens que valem tanto quanto o lixo podre e fétido. Muita gente passa a relativizar a democracia e suas instituições. Pra quê serve isso? Pra isso aí? É isso que disseram que era um poder “sagrado”?
Onde anda o Ministéro Pùblico, a Controladoria Geral, e outras instâncias fiscalizadoras? Cadê os poderes que se fiscalizariam uns aos outros?
Mais fácil os outros poderes apelarem para o “também quero”.
Chávez dá 'presente de grego' para Obama.
Esta capa é da publicação brasileira.
Chávez deu a versão original em espanhol:
"Las Venas Abiertas de América Latina".
O presidente da Venezuela, Hugo Chávez, não perdeu tempo em dar de presente ao mandatário americano, Barack Obama, o livro “As Veias Abertas da América Latina”, do jornalista uruguaio, Eduardo Galeano.
Se Chávez demonstrou amizade no gesto, não deixou de alfinetar, fazer sua provocaçãozinha, como é de costume. O livro expõe a imposição imperialista, interesseira e exploradora, como política externa americana em relação a América Latina , o que teria contribuido para seu empobrecimento, ou seja, é uma obra anti americana, que quem já leu, sabe que em certos trechos, os nervos ficam à flôr da pele. Por isso tornou-se uma referência, principalmente entre os mais à asquerda.
Segue alguns nacos:
“Há dois lados na divisão internacional do trabalho: um em que alguns países especializam-se em ganhar, e outro em que se especializaram em perder. Nossa comarca no mundo, que hoje chamamos de América Latina, foi precoce: especializou-se em perder desde os remotos tempos em que os europeus do Renascimento se balançaram pelo mar e fincaram os dentes em sua garganta.(...)Mas a região continua trabalhando como um serviçal. Continua existindo a serviço de necessidades alheias, como fonte e reserva de petróleo e ferro, cobre e carne, frutas e café, matérias-primas e alimentos, destinados aos países ricos que ganham, consumindo-os, muito mais do que a América Latina ganha produzindo-os. São muito mais altos os impostos que cobram os compradores do que os preços que recebem os vendedores; e no final das contas, como declarou em julho de 1968 Covey T. Oliver, coordenador da Aliança para o Progresso, 'falar de preços justos, atualmente, é um conceito medieval. Estamos em plena época da livre comercialização...' Quanto mais liberdade se outorga aos negócios, mais cárceres se torna necessário construir para aqueles que sofrem com os negócios. (...) 'Ouve-se falar de concessões feitas pela América Latina ao capital estrangeiro, mas não de concessões feitas pelos Estados Unidos ao capital de outros países...É que nós não fazemos concessões', advertia, lá por 1913, o presidente norte-americano Woodrow Wilson. Ele estava certo: ' Um país – dizia – é possuído e dominado pelo capital que nele se tenha investido.' E tinha razão. Na caminhada, até perdemos o direito de chamarmo-nos americanos, ainda que os haitianos e os cubanos já aparecessem na História como povos novos, um século antes de os peregrinos do Mayflower se estabelecerem nas costas de Plymouth. Agora, a América é, para o mundo, nada mais do que os Estados Unidos: nós habitamos, no máximo, numa sub-América, numa América de segunda classe, de nebulosa identificação.”
“É a América Latina, a região das veias abertas. Desde o descobrimento até nossos dias, tudo se transformou em capital europeu ou, mais tarde, norte-americano, e como tal tem-se acumulado até hoje nos distantes centros de poder.”
“Nossa derrota esteve sempre implícita na vitória alheia, nossa riqueza gerou sempre a nossa pobreza para alimentar a prosperidade dos outros: os impérios e seus agentes nativos. Na alquimia colonial e neo-colonial, o ouro se transforma em sucata e os alimentos se convertem em veneno. (...) O bem-estar de nossas classes dominantes – dominantes para dentro, dominadas de fora – é a maldição de nossas multidões, condenadas a uma vida de bestas de carga.(...) O desenvolvimento desenvolve a desigualdade.”
“Nossas classes dominantes não têm o menor interesse em averiguar se o patriotismo poderia ser mais rentável do que a traição ou se a mendicância é a única forma possível de política internacional.”
O livro segue, e serve como boa referência de história do continente. É recomendável pelo seu conteúdo, as reflexões do autor, e pelo momento em que foi escrito/publicado.
A política internacional, a relação dos países latinamericanos tanto com os EUA, quanto com a Europa, já não se faz mais nos mesmos patamares de 70, quando se escreveu este texto, as coisas mudaram. Mas até a década de 80, os EUA tinham uma postura impositiva de ingerência nas decisões políticas e econômicas dos países e o “resto” do continente, uma atitude subserviente, com exceção dos insurgentes revolucionários, Cuba, Nicarágua, El Salvador, etc, que viam na insurreição armada a única alternativa à condição de ficar sob a sola americana. Todos sofreram intervesões diretas – armadas – ou indiretas – através da CIA – sendo Cuba a única sobrevivente às custas de um país fechado pela iminência de outra invasão como a malograda “Baia dos Porcos”, patrocinada por Tio Sam.
Hoje há uma relação muito mais soberana entre as partes envolvidas, não só com Obama. Com Bush, com Clinton, já se pegava mais leve. A criação da Unasul, uma alternativa a ALCA, ou a própria rejeição à ALCA, a não submissão às vontades americanas, a postura contra o bloqueio a Cuba, mostra que as relações de influência e poder no continente são outras.
Voltando a Chávez, dar uma obra que deprecia seu presenteado é uma atitude de suspeita generosidade. Coisa de Chávez. Se o mandatário venezuelano quer ser referência continental, o é como um chato de galocha. Lula, Cristina Kishner, presidenta argentina, o evitam. Querer tratar de assuntos delicanos nos termos “eu exijo...!”, é tudo o que precisa para não haver diálogo.
Com sua maneira de ser, Chávez está mais pra bobo da corte, que pra liderança.
Chávez deu a versão original em espanhol:
"Las Venas Abiertas de América Latina".
O presidente da Venezuela, Hugo Chávez, não perdeu tempo em dar de presente ao mandatário americano, Barack Obama, o livro “As Veias Abertas da América Latina”, do jornalista uruguaio, Eduardo Galeano.
Se Chávez demonstrou amizade no gesto, não deixou de alfinetar, fazer sua provocaçãozinha, como é de costume. O livro expõe a imposição imperialista, interesseira e exploradora, como política externa americana em relação a América Latina , o que teria contribuido para seu empobrecimento, ou seja, é uma obra anti americana, que quem já leu, sabe que em certos trechos, os nervos ficam à flôr da pele. Por isso tornou-se uma referência, principalmente entre os mais à asquerda.
Segue alguns nacos:
“Há dois lados na divisão internacional do trabalho: um em que alguns países especializam-se em ganhar, e outro em que se especializaram em perder. Nossa comarca no mundo, que hoje chamamos de América Latina, foi precoce: especializou-se em perder desde os remotos tempos em que os europeus do Renascimento se balançaram pelo mar e fincaram os dentes em sua garganta.(...)Mas a região continua trabalhando como um serviçal. Continua existindo a serviço de necessidades alheias, como fonte e reserva de petróleo e ferro, cobre e carne, frutas e café, matérias-primas e alimentos, destinados aos países ricos que ganham, consumindo-os, muito mais do que a América Latina ganha produzindo-os. São muito mais altos os impostos que cobram os compradores do que os preços que recebem os vendedores; e no final das contas, como declarou em julho de 1968 Covey T. Oliver, coordenador da Aliança para o Progresso, 'falar de preços justos, atualmente, é um conceito medieval. Estamos em plena época da livre comercialização...' Quanto mais liberdade se outorga aos negócios, mais cárceres se torna necessário construir para aqueles que sofrem com os negócios. (...) 'Ouve-se falar de concessões feitas pela América Latina ao capital estrangeiro, mas não de concessões feitas pelos Estados Unidos ao capital de outros países...É que nós não fazemos concessões', advertia, lá por 1913, o presidente norte-americano Woodrow Wilson. Ele estava certo: ' Um país – dizia – é possuído e dominado pelo capital que nele se tenha investido.' E tinha razão. Na caminhada, até perdemos o direito de chamarmo-nos americanos, ainda que os haitianos e os cubanos já aparecessem na História como povos novos, um século antes de os peregrinos do Mayflower se estabelecerem nas costas de Plymouth. Agora, a América é, para o mundo, nada mais do que os Estados Unidos: nós habitamos, no máximo, numa sub-América, numa América de segunda classe, de nebulosa identificação.”
“É a América Latina, a região das veias abertas. Desde o descobrimento até nossos dias, tudo se transformou em capital europeu ou, mais tarde, norte-americano, e como tal tem-se acumulado até hoje nos distantes centros de poder.”
“Nossa derrota esteve sempre implícita na vitória alheia, nossa riqueza gerou sempre a nossa pobreza para alimentar a prosperidade dos outros: os impérios e seus agentes nativos. Na alquimia colonial e neo-colonial, o ouro se transforma em sucata e os alimentos se convertem em veneno. (...) O bem-estar de nossas classes dominantes – dominantes para dentro, dominadas de fora – é a maldição de nossas multidões, condenadas a uma vida de bestas de carga.(...) O desenvolvimento desenvolve a desigualdade.”
“Nossas classes dominantes não têm o menor interesse em averiguar se o patriotismo poderia ser mais rentável do que a traição ou se a mendicância é a única forma possível de política internacional.”
A política internacional, a relação dos países latinamericanos tanto com os EUA, quanto com a Europa, já não se faz mais nos mesmos patamares de 70, quando se escreveu este texto, as coisas mudaram. Mas até a década de 80, os EUA tinham uma postura impositiva de ingerência nas decisões políticas e econômicas dos países e o “resto” do continente, uma atitude subserviente, com exceção dos insurgentes revolucionários, Cuba, Nicarágua, El Salvador, etc, que viam na insurreição armada a única alternativa à condição de ficar sob a sola americana. Todos sofreram intervesões diretas – armadas – ou indiretas – através da CIA – sendo Cuba a única sobrevivente às custas de um país fechado pela iminência de outra invasão como a malograda “Baia dos Porcos”, patrocinada por Tio Sam.
Hoje há uma relação muito mais soberana entre as partes envolvidas, não só com Obama. Com Bush, com Clinton, já se pegava mais leve. A criação da Unasul, uma alternativa a ALCA, ou a própria rejeição à ALCA, a não submissão às vontades americanas, a postura contra o bloqueio a Cuba, mostra que as relações de influência e poder no continente são outras.
Voltando a Chávez, dar uma obra que deprecia seu presenteado é uma atitude de suspeita generosidade. Coisa de Chávez. Se o mandatário venezuelano quer ser referência continental, o é como um chato de galocha. Lula, Cristina Kishner, presidenta argentina, o evitam. Querer tratar de assuntos delicanos nos termos “eu exijo...!”, é tudo o que precisa para não haver diálogo.
Com sua maneira de ser, Chávez está mais pra bobo da corte, que pra liderança.
Água, alho e acento
Algum alfabetizado de plantão poderia m'explicar porque “água” tem acento e “alho” não.
domingo, 19 de abril de 2009
Reintegração de posse no Maranhão.
Como bem disse José Simão, Roseana Sarney reassumir o governo do Maranhão, é reintegração de posse.
República do deita-e-rola
Que coisa horrível. Dois anos após a morte do senador Jeferson Peres do PDT, um dos poucos que se pode (podia) confiar como figura honesta e honrada. Sua esposa, uma juíza, pleiteou e recebeu verba de passagem aérea acumulada e não utilizada pelo parlamentar. Não utilizada pela sua decência e probidade. O valor seria de aproximadamente cento e dez mil reais. A ganância dessa senhora não mancha só a sí, mas a imagem de seu par, que teria criticado aqueles que recebem sem trabalhar. Perdeu-se a decência, o senso de ridículo e a noção de pertinência das coisas. Se o senador estivesse presente, provavelmente teria ficado envergonhado pela atitude de sua senhora. Parece que mesmo com tantos anos de convivência os dois permaneceram sem se contaminar. Ele não flexibilizou sua integridade e princípios, e ela não perdeu seu individualismo mesquinho.
Um ignorante se passando por entendido.
No começo da semana, o Jornal “Bom Dia Brasil”, da Globo, numa reportagem exibida pela manhã, teve como o tema o problema das motos no trânsito. Como não tive tempo antes, manifesto-me agora.
O jornalista Alexandre Garcia, entrevistando o professor da Universidade de Brasília, David Duarte, doutor em segurança de trânsito, perguntou como é que o motociclista morre, e o “especialista” respondeu:
_Há dois tipos de colisão básica nas grandes e médias cidades. Primeiro, como ele trafega numa velocidade muito superior a dos automóveis, ele bate na traseira. E aí ele se fere, e morre. O segundo padrão, é que ele não dá conta de sair da freada do veículo da frente, joga pra lateral, e bate na lateral.
Primeira coisa, eu ando todos os dias de moto por São Paulo e raríssimamente se vê moto batendo na traseira de carro, caminhão, ônibus, etc. O último que me lembro já deve ter mais de ano. Segunda coisa, o fato do motoqueiro fluir mais rápido que carro não é justificativa pra colisão traseira. Isso não existe. Pelas palavras do “professor”, a moto parece se deslocar cegamente como um míssil.
O “segundo padrão”é de um desconhecimento atroz. Dizer que o condutor da moto não dá conta da freada do veículo da frente e “joga pra lateral” é, não só desconhecer, como “chutar”, falar qualquer coisa pra justificar o que ele não tem a mínima idéia do que acontece. Não é o veículo que sai de lado, é a moto que se joga na lateral do veículo. Tá bom.
Uma estatística apresentada há anos mostrou o óbvio: a maior parte dos acidentes em que há envolvimento de motos, é o carro quem derruba a moto. O veículo ao mudar de faixa de rolamento acaba derrubando a moto, até sem intenção, por falta de visão, uma distração, pelo fato das motos se deslocarem com mais rapidez.
Dizer que são as motos que se chocam lateralmente é a mais plena demonstração de desconhecimento ou a intensão de inverter as coisas dolosamente. Um acinte. Alguém já presenciou uma situação dessas, uma moto no corredor virar e se chocar com o carro na sua lateral? Só na cabeça dele. Esta “autoridade” em trânsito, nunca andou de moto, e pelo jeito, pelas suas palavras, parece nunca ter guiado um carro.
Se este senhor fosse explicar o problema da violência doméstica, provavelmente ele diria que um considerável e insistente número de mulheres batem com suas caras na mão de seus maridos, namorados, etc. É a mais pura inversão das coisas.
Já dizia um velho ditado sobre o mais fraco acabar assumindo a broca: Rico mata o pobre e o defunto vai preso.
sábado, 18 de abril de 2009
Vacas magras
Esta semana acabou sendo atribulada e por causa disso, mal deu pra escrever qualquer coisa. O pior é que dediquei dias a uma atividade, me preparei, e no final deu tudo errado, a maionese desandou e tudo deu em nada. Fiquei simplesmente putíssimo!
A imundice.
O esgoto do Congresso Nacional continua a céu aberto, a única diferença é que a cada dia que passa, fede cada vez mais. A caterva pública continua como um tecido em franca necrose moral. O erário transformado em dejeto é devorado pelos que vivem do esterco, representantes do espúrio soberano, perdulário e soberbo.
domingo, 12 de abril de 2009
Blogs
Achei um monte de blogs de gente que nunca pensei que teriam um. Não estou falando bem nem falando mal, apenas fiquei surpreso: Sabrina Sato, Sheila Mello, Preta Gil, que nem sabia o que fazia além de escândalos, só sabia qu'ela é filha do G. Gil. Amanda Françoso, é aquela menina gostosa que faz aqueles programinhas bregas? Ou estou m'enganando. A coisa mais rara é eu ver tv. Carla Perez, esse confesso que fiquei curioso No canto direito tem tanto 'blog', 'site', 'vibeflog', (quê isso?), que acho que não é ela quem escreve, ou pouca coisa é dela mesma. Ao clicar, de cara aparece um “Jesus te ama.” Leo Jaime, Luana Piovani, Kelly Key, tem até musiquinha. Não sei se ela é mais bonita que brega, ou mais brega que bonita. Achei um bem legal da Daniela Mel, “Ainda bem que eu não dei!” Uma ex-radialista duma rádio FM de rock aqui de São Paulo. Ela é bem louca, tem uns posts interessantes.
Todos eles e muito mais estão na página do UOL, Blogs Legais.
A queda do "muro de Berlim" americano.
Assim como a Alemanha Oriental levantou um muro separando o lado ocidental do oriental de Berlim, tornando-se mais que um simples muro, mas, um símbolo da guerra fria, a separação ideológica do mundo comunista do capitalista. O bloqueio americano a Cuba, é um símbolo dessa mesma divisão ideológica, sendo possível ilustrá-lo como o “muro” americano.
A eleição de Barac Obama, parece ter tudo para pôr abaixo essa última barreira anacrônica, de uma guerra fria que pode ter de fato morrido com o fim da era Bush, o último presidente dos EUA que representava bem a figura do “Tio San”, ou o “Império”, como acusam seus detratores.
Havana e Washington ensaiam uma aproximação. Obama já sancionou uma lei diminuindo a restrição a visitação à ilha e aumentou o dinheiro que pode ser gasto lá – não sei como o governo americano pode ter esse controle. Há uma discussão no senado americano que libera todo americano a visitar la Isla.
Na próxima Cúpula da Américas, evento que reune os países membros da OEA, que será realizado na próxima semana, Cuba será mais uma vez o único país ausente, por causa de sua revolución. Lula teria recebido do chanceler cubano um pedido de Cuba para que atuasse no sentido de ajudar o diálogo entre os dois países. O Brasil tem uma influência positiva no continente, uma boa relação com os EUA, e como visto recentemente, um apreço por parte de Obama para com Lula – “o cara”.
Tudo flui para uma nova relação entre ambos. Fidel Castro teria recebido semana passada, alguns deputados democratas que teriam tido uma discussão muito positiva do ponto de vista de Fidel, onde ele teria dito: “Como podemos ajudar Obama?”
O fim do bloqueio a Cuba é um velho anseio da maioria dos países americanos, sobrevivendo apenas na cabeça do caquético Bush. Quando o povo americano puxou a descarga, o xeriff e sua ideologia fedorenta desceram esgoto a baixo.
Não quer dizer que o bloqueio terminará com a cúpula, parece estar longe disso, mas medidas significativas poderão limitá-lo, apontando para seu ocaso, mas os EUA não o farão sem uma contra partida do regime dos irmãos Castro. Resta saber o que Raul porá sobre a mesa, pois com a crise, a economia de Cuba está de mal a pior, e a liberação do turismo americano seria (quase) tudo que o regime anti capitalista precisa para sobreviver.
Muitos cubanos e americanos torciam pela morte de Fidel como grande chance de ver o castelo ruir. Não só o impensável bloqueio poderá cair antes, como “Tio San” pode aparecer como numa estória do Super Homem e salvá-la num emocionante final feliz. Pra quem?
Adriano só quer um pouco de sossego.
O excesso de conforto desmobiliza. Ganhar mundos e fundos por sí só não é suficiente pra nos realizar profissionalmente, nem é garantia de felicidade, ao contrario do que pensa a maioria. Alcançar o topo é estimulante e motivo de grande felicidade, num primeiro momento, porém, por outro lado, pode significar o fim da disputa, pôr a existência numa prateleira e entregar-se ao tédio. Precisamos sempre ter alguma coisa que nos motive, que nos provoque, incentive, caso contrário, será melhor a vida de escravo que a de rei.
Muita gente não entende a situação do jogador Adriano, pela sua desmotivação. Como alguém, ganhando o que ele ganha, fazendo o que faz, ainda tendo fama, sendo ídolo no velho continente, sonho de todo jogador – inclusive dele mesmo – como pode se dar ao luxo de desdenhar tudo como um moleque mimado?
Nesse tipo de crítica, há uma certa visão como se as pessoas fossem gado. Se tem água, ração e teto, então, não tem do que reclamar. A partir daí se malha o cara como se fosse um Judas.
“Você tem fome de quê? Você tem sede de quê?”
Adriano pode estar podre de rico, podendo comer o que quiser, comer quem quiser, mas tudo isso tem sido um porre pra ele. O treino, a rotina no clube italiano tem sido tão entediante quanto um escritório. Perdeu o gosto, não tem sabor, é puro tédio. Acabou indo “matar a fome” na comunidade, numa favela do Rio. Alí pra ele, tem cor, tem sabor, tem tesão.
“Não quero nem receber salário da Inter, enquanto estiver parado. Assumo se for multado e o que vier a acontecer comigo.” Enquanto o mundo se acotovela por dinheiro, uma posição melhor na empresa, e tantos outros quereres tão valiosos, o “Imperador” almeja apenas “ficar ao lado de minha família, dos meus amigos, ir à minha comunidade descalço e ser feliz.”
O mundo do contrato, da responsabilidade, do compromisso se tornou um peso, um fardo demasiado oneroso. Tudo o que ele quer é sossego, um tempo ocioso sem compromisso, sem meta a cumprir, nenhum superior ou diretoria a dar satisfação.
Um tempo que ele passe onde quer, ao lado de quem quiser, pessoas sem dinheiro, de roupa simples, barata, sem etiqueta nem estatus, com linguagem descalça, chula, provavelmente será mais significativo pro atleta que os puteiros chiques da Europa, as festinhas em seu iate com pessoas que só se vê em revistas, os spa's, etc.
Deixa ele.
O Brasil é chique.
É “chique”, o Brasil emprestar dinheiro ao FMI, como o país sair de sua histórica condição de pedinte do fundo para credor. Como é “chiquérrimo, pra usar vocabulário de perua, o Brasil se tornar um financiador da dívida americana. Tudo é muito positivo.
Poderia ficar ainda melhor, se Lula introjetasse essa “chiqueza” toda, e falasse “menas” besteiras.
O quê pensa um desmiolado?
A moda nos states é abrir fogo contra um monte de inocentes e depois enfiar uma bala nos miolos. Como são referência pro mundo, começam aparecer casos semelhantes por toda parte. Só nesta semana houve um caso na Grécia e outro agora na Holanda.
Até o Brasil já teve seu desmiolado que uma vez entrou no cinema e picou bala pra todo lado matando e ferindo gente que não tinha nada a ver com suas neuroses, suas pirações.
Por quê um cara desses não arruma uma bazuca, não enfia no meio da bunda e não dispara?
Que dó que dá em saber que um pai que tem os intestinos na cabeça e o cérebro perto do cu, fuzila 3, 4 crianças inocentes, geralmente seus próprios filhos e filhas e depois se mata. Por quê não se matou sozinho? É triste.
Como a gente não pode fazer nada, só nos resta lamentar. E esperar o próximo espetáculo humano.
Até o Brasil já teve seu desmiolado que uma vez entrou no cinema e picou bala pra todo lado matando e ferindo gente que não tinha nada a ver com suas neuroses, suas pirações.
Por quê um cara desses não arruma uma bazuca, não enfia no meio da bunda e não dispara?
Que dó que dá em saber que um pai que tem os intestinos na cabeça e o cérebro perto do cu, fuzila 3, 4 crianças inocentes, geralmente seus próprios filhos e filhas e depois se mata. Por quê não se matou sozinho? É triste.
Como a gente não pode fazer nada, só nos resta lamentar. E esperar o próximo espetáculo humano.
sábado, 4 de abril de 2009
Salvação do Estado: legalização das drogas
O México como o Rio, resolveram enfrentar o tráfico de drogas tendo como consequência, o aumento da violência, a sensação de insegurança, as críticas de certos meios de comunicação e parte da população.
A questão hoje foge de mero moralismo, e é melhor compreendida quando levado em conta a cooptação de autoridades para o crime, como a aproximação de uma situação limite em que a sociedade deve escolher entre o enfrentamento ou a contaminação e a rendição de cima a baixo do Estado entregue à lógica da droga.
Tanto no México como no Rio, percebe-se a gravidade e a dificuldade de se avançar, o que dirá vencer a batalha. Mas parece muito mais difícil enfrentar a situação de outro modo como programas sociais ou outras medidas que se surtirem efeito, seria de longo prazo.
A dificuldade do combate ao tráfico, está principalmente porque apesar de cara, boa parte da população consome o produto do crime ainda que, além do preço alto, todo mundo sabe que não é pura, vem misturada com uma infinidade de coisas que atentam contra a saúde do usuário, beneficiando o caixa da contravenção.
Do ponto de vista do resgate das instituições públicas das mãos e influência dos traficantes, é legítimo que alguns governantes se insurgam.
Do lado dos consumidores, jovens em sua maioria, não se pode mais hoje alegar que não saibam que alimentam a criminalidade. Desde o usuário mais novo, quanto o mais “curtido”, sabem o que estão fazendo. E a solução não está na repressão. A sociedade já deu seu veredito: quer consumir entorpecentes.
O Estado sempre foi contra e sempre reprimiu. Consequência: os entorpecentes acabaram virando uma máfia que cresce além da repressão, a sociedade praticamente não liga pra ilicitude do consumo levando o governo a tomar medidas de enfrentamento que não serão eternas, e então o “mercado” se reestabelecerá.
Não quer dizer que o consumidor seja inconsequente, o Estado moralista é que não entende ou ignora a lógica do usuário. “Se o Estado não libera, que se vire”. É o governo que cria a máfia da droga porque a mantém ilícita. Mais ou menos como a “lei seca” do começo do século passado nos EUA. O Estado transformou boa parte da sociedade em criminosos e contraventores porque queria ingerir bebida alcóolica e não via mal nenhum nisso. Como o governo não deu conta em reprimir toda a sociedade e a máfia que ele mesmo criou, acabou voltando atrás, liberando o consumo do álcool. Passou a controlar a produção, qualidade e a venda, da mesma maneira que regulamentou sua utilização, onde pode e onde não pode, com punição para seu desrespeito.
Quem quer tomar um uísque, uma cerveja, ou qualquer bebida alcoólica, não precisa se enfiar em bocadas, nem ir atrás de pessoas da mais baixa índole moral. Mas o Estado ainda impõe essas condições àqueles que querem simplesmente fumar seu baseadinho sossegado, ou curtir uma noite mais agitada cheirando seu pó.
Assim como o produtor de vinho, uísque, cachaça, cerveja, tem firmas constituídas, com endereço e registro nos órgãos oficiais, recolhendo imposto e são pessoas de bem, o plantador tanto da “erva” quanto da “farinha”, poderiam gozar do mesmo tratamento.
Por mais absurda que possa parecer a idéia de legalização das drogas, parece não haver outro caminho, pois, quanto mais a sociedade se torna senhora de seu destino, mais o consumo de drogas aumenta. Pode-se afirmar que hoje em dia todo mundo nasce sabendo o mal que a bebida, o cigarro e as drogas fazem, vai quem quer. O Estado faz enormes investimentos em campanhas de “conscientização” e colhe usuários, máfias, corrupção, criminalidade, etc.
A situação chegou a um limite que, ou o governo toma as rédeas da situação ainda que na força, para evitar a situação do Rio no tempo em que Fernandinho Beira Mar, ainda que preso, mandava mais que o governador, ou abre as pernas e deixa rolar, entrega o Estado pros “manos”. Mas a repressão só, não serve como política de longo prazo.
A solução para salvar a sociedade de governos corrompidos, entregues ao crime organizado onipotente, é a legalização das drogas. O cidadão não precisa de babá, nem é essa a função precípua do Estado. Este, precisa abandonar sua visão moral inquisitorial e procurar garantir o bem estar de sua população dentro de suas vontades e expectativas. Não pode transformar o direito romano em canônico, nem pôr a ordem e a segurança em risco como consequência de sua visão anacrônica.
Mulherada no poder.
Como é que pode?
O afeganistão, país todo dividido etnicamente, atrasado no que se refere aos direitos mais básicos aos seus cidadãos. Desde a década de noventa, o Taleban, um grupo fundamentalista gerrilheiro ocupou a maior parte do território nacional impondo o que a humanidade produziu de mais arcaico e atrasado quando mandou no país. As mulheres foram as mais prejudicadas, não podendo sair ás ruas sem véu nem frequentar escolas ou universidades.
Em 2001, os EUA invadiram o país de Bin Laden derrubando o marco do atrazo. Mas hoje é a força que mais cresce novamente, devido ao governo politicamente frágil, aliado dos americanos, tudo o que eles não querem ver na frente.
E não é que nesse contexto conturbado, as mulheres ainda ocupam VINTE E CINCO POR CENTO do parlamento.
O Brasil, que não é um país conservador como os do Oriente Médio – pode não ser o melhor exemplo pro mundo no quesito igualdade de direitos – mas não há empecílio pra uma mulher ocupar qualquer cargo eletivo ou outras instâncias. Tem uma lei que “obriga” - mas ninguém cumpre – que as legendas tenham 30% de candidatas mulheres, sabe quantas mulheres fazem parte do parlamento brasileiro? Tem alguma idéia? NOVE POR CENTO. (mais de 90% de cuecas) Na comparação, a bancada feminina brasileira está a desejar.
Não vou fazer o discurso de que a sociedade brasileira seja machista – também não estou dizendo que não seja - ou que as mulheres são reprimidas, porque dá a impressão de que elas são coitadas. Qualquer minoria (em relação ao poder), mulheres, negros, índios,trabalhadores, que ficam esperando alguém dar alguma coisa, ficam na saudade. Ou saem pro pau, ou vão comer grama.
Tá certo que o parlamento afegão é formado por 351 membros, sendo as mulheres 62, enquanto que o brasileiro tem 594 vigaristas parlamentares, com a mulherada ocupando 57 cadeiras. E lá, dá pra afirmar categoricamente que é uma sociedade machista paca!
Pensava que lá o dia em que uma mulher se candidatasse a qualquer coisa, seria apedrejada em praça pública como uma devassa, e olha só, a mulherada lá é porreta, está ocupando um espaço no poder maior que aqui, o que pra mim tem um lado positivo pela expectativa que tinha de lá.
Shella Ata, uma deputada de Cabul, a capital, resolveu sair candidata á presidência, ao mesmo tempo em que o Taleban vem novamente aumentando sua influência, ocupando partes do território afegão impondo sua imbecilidade atroz. Os facínoras não aceitam nem música, o que dirá uma mulher renunciar à sua condição de animal doméstico e encarar um homem na lata, de igual pra igual.
Boa sorte a ela e que seu santo seja forte, numa terra em que divergência política se resolve na bala ou na bomba, invés de argumento e convencimento oral.
Licitações, pra que servem?
Pra que serve uma licitação numa obra pública? É a pergunta que vem quando a gente vê no noticiário sobre a operação Castelo de Areia da PF, que só na terraplenagem da obra da refinaria Abreu e Lima em Pernambuco, houve um superfaturamento estimado em oitenta e um milhões e meio de reais, repito: só na terraplenagem, a obra propriamente nem começou. Os dados foram levantados pelo Tribunal de Contas da União (TCU).
Segundo dados do jornal “O Estado de São Paulo”, a refinaria, orçada em dez bilhões e cem milhões, poderia custar VINTE E TRÊS BILHÕES. Segundo o jornal, “foi esse o preço global apresentado pelas empresas que participaram da licitação a convite da Petrobrás.”
O Tribunal de Contas determinou a retenção dos pagamentos, acatado pela Petrobrás, por apresentar preços acima dos praticados no mercado. A entrega da obra estava prevista para 2011, mas devido à reavaliação dos custos, o prazo deve se estender.
Liderado pela Camargo Corrêa, acusada no esquema de distribuição ilegal de dinheiro para partidos políticos, o consórcio é composto também pela Odebrecht e Queiroz Galvão.
Ciclo da chuva.
Apesar de toda a formalidade de uma licitação pública, aquele que leva, nunca recebe o valor estipulado na batida do martelo. Milhões de reais evaporam dos cofres públicos por todo o período da obra. O que a operação da PF descobriu, é que uma parte desse dinheiro, chove na horta de alguns partidos políticos, uma parte declarada, outra ilicitamente, causando um problema de visão naqueles que “controlam” as licitações nas novas obras, fechando o ciclo.
Licitação, vistoria, parece que só servem pra fazer uma média, dar um ar de probidade. Na verdade mesmo, vivemos em pleno estado de deita-e-rola.
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