sábado, 7 de março de 2009

Política de “alianças espúrias”.


O senador Aloisio Mercadante chamou de “aliança espúria” a eleição de Fernando Collor para a Comissão de Infraestrutura, que acabou deixando a senadora do PT, Ideli Salvati, chupando o dedo.

O PT já havia perdido há menos de um mês a presidência do senado para o ex presidente José Sarney, deixando seu candidato, o senador Tião Viana a ver navios.

Mercadante fez cara de quem foi contaminado pelo vírus do também senador pernambucano Jarbas Vasconcelos que em entrevista à Veja demonstrou estar enojado com a prática política de seu partido, o PMDB. Mercadante estaria ressentido contra a jogatina contra seu partido, o governo ao qual faz parte.

O governo Lula, que é o fisiologismo em pessoa, fica numa situação difícil ao depois de entregar boa parte do governo ao PMDB, vê-lo rebelar-se e se apoderar de mais outro quinhão. Pode-se dizer que o governo aposta na troca da ética pela governabilidade, e as vezes parece que fica sem uma nem outra.

Collor não é do partido de Sarney, é do PTB, mas recebeu os votos para a presidência da comissão como paga de Renan Calheiros, que é o líder do PMDB, pelo voto em Sarney. O PMDB faz parte da base aliada do governo, e recebeu por isso, mas vota com o governo quando quer e fica por isso.

O choro de Mercadante, não é pela “aliança espúria”, que é a marca da administração petista, é pela aliança contra o governo, não fosse isso, seria apenas mais uma “aliança” que faz parte do jogo democrático.

Essa maneira de negociar o poder, tem como uma das consequências, a mais baixa imagem do senado, e a câmara também não fica muito atrás, o agravante é que o senado posa de “poder conservador”, a reserva moral da república.

E o senador Mercadante, é o que o PT precisa, alguém com cara de honesto pra ajudar a esconder a imoralidade dos negócios do poder, como dos inúmeros escândalos envolvendo seu partido que brotam pela imprensa a fora.

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