sábado, 21 de março de 2009

É caro mas a gente paga.


Quando a gente ouve falar de todos esses abusos que acontecem no senado da república, sobre todos esses diretores que nem o próprio senado tinha conhecimento, dos gastos com saúde não só dos parlamentares, mas extensivo à família e aos ex-senadores! Das horas-extras paga aos funcionários sem tê-las feito, e ainda em período de recesso, complementado com a cara de pau desses senhores ao dizer que o dinheiro não será devolvido.

Juntando-se a isso, seguranças pagos pelos cofres públicos que foram cuidar do patrimônio particular do senhor José Sarney, que pra ele é uma coisa normal. E sabe-se lá mais o quê deve aparecer por aí, e o que deve passar batido.

Juntando com a mesma prática que acontece na câmara, colocando o legislativo federal como o mais caro do mundo! E vira e mexe aparece um aumentozinho de salário, de benefícios, ou como aconteceu não faz muito tempo, a incorporação ao salário, das tais “verbas indenizatórias” que o parlamentar pobrezinho deveria gastar em exercício do cargo prestando contas do quanto e em que gastou o dinheiro público. Não presta contas porque gastou indevidamente a verba demonstrando total falta de respeito à casa a que faz parte e ao país. A coisa acontece de maneira que parece um acinte, uma provocação, tamanho o abuso, o escárnio e tamanha indiferença.

Soma-se a isso os gastos dos três poderes nas três instâncias – executivo, legislativo e juciciário.
Pela raiva que esses cidadãos provocam na gente, causa-me a impressão de que estão fazendo campanha pra que o cidadão comum e honesto, venha a sentir saudade do tempo em que fecharam essa 'casa de permissão'. Apesar de que naquela época foi por questões políticas, não morais nem éticas.

Nenhum poder é sagrado. É imperativo que funcione, e justifique seus gastos. Se não funciona ou se seu custo é desproporcional, se sua prática está mais para uma fábrica de escândalos, que outras forças, outros poderes intervenham e traga-o para o parâmetro da sanidade, o respeitável.

A população brasileira é uma das que mais paga impostos no mundo, e o governo alega não ter dinheiro para fornecer serviços à altura. Educação, saúde, saneamento básico, infraestrutura, a Amazônia, que é uma terra sem dono, tudo isso sem verba e a orgia financeira rolando solta no legislativo com a conivência inclusive do ministério público.

A indignação da população demonstrada na baixa popularidade do Congresso, não faz mudar a atitude dos membros do covil. Duvido que alguém de baixo nível moral e ético venha a se penalizar pela indignação popular.

Irão – mais uma vez – dar uma desculpa, fazer um jogo de cena, uma média, uma ou outra cabeça rolará, mas uma vez esquecido, esfriado o assunto, tudo volta ao normal.

Ano que vem tem eleições, inclusive para parlamentares, eles não mudam, e a gente, muda?

Um comentário:

Manu disse...

E você falou tudo... No fim, serão só mais alguns episódios, que logo serão esquecidos, isso porque os governantes trabalham muito bem (ao seu favor), afinal, lentamente educam seus eleitores, quando educam, e se a maioria não é capaz de raciocinar sobre o que acontece entre os três poderes como esperar que tomem as rédeas do país? Difícil... O pior é o sentimento de impotência... Abraços! E obrigada pela visita ao 'quase nada", tá? rs.