domingo, 8 de março de 2009

Lula:“Le parti c'est moi”


Da mesma maneira que Lula usou de sua influência no partido para indicar Dilma Roussef, a ministra-chefe da Casa Civil, como candidata do PT à sua sucessão, agora de sopetão saca o ex-ministro Antônio Palocci, como seu candidato ao governo do Estado de São Paulo, sem ouvir nem discutir com o partido.

Ignorando as ponderações do senador Mercadante e também pretendente a ser o candidato do partido, de que Palocci tem um passado conturbado e está respondendo por superfaturamento em licitações quando foi prefeito de Ribeirão Preto, quanto por quebra de sigilo bancário irregular de seu denunciante, Lula defende que Palocci é quem acumula as melhores condições para suceder Serra no comando do governo do Estado.

Da maneira como estratégicamente “lança” seus candidatos, Lula age como “dono” da legenda.
Se em seu governo, invés de discussões no Congresso de seus projetos, tudo é enfiado güela abaixo na base de medidas-provisórias, se a maioria no legislativo é alcançado na base da distribuição de ministérios, cargos, etc., parece que o presidente não é muito chegado na tal da “democracia”, nem dentro de seu partido, daí evitar indicar um nome para discussão em sua corrente, ou tendência, como se não fizesse parte de nenhuma, batendo a carta na mesa como se “ele” fosse o partido.

O chará de Luis Inácio, LuisXIV, monarca na França pré-revolucionária, teria dito sua mais famosa frase e símbolo do absolutismo: “L'etat c'est moi!” (O Estado sou eu!) Lula só falta dizer: “Le parti c'est moi!”(O partido sou eu!)

Um comentário:

Manu disse...

E esse é o meu presidente... Que se pudesse, seria novamente eleito, afinal, ele fez tudo direitinho, encheu o meu povo de esmola e o manteve ignorante. Mas como não pode, escolheu com critério aquele que será capaz de manter seu celebre "reinado".

P.S.: Adorei seus comentários em meu blog (www.quasenadaserve.zip.net)!

Abraços!