Neste ano que finda, várias capitais e Estados botaram o cigarro praticamente na ilegalidade devido à restrição dos locais em que se pode baforar. O projeto nacional empacou no Congresso, mas tem tudo para no próximo ano virar lei federal – já houve uma lei anterior que não pegou.
Mas como sempre é tempo de se atentar contra a saúde alheia, a revista Caros Amigos, de dezembro, trás uma reportagem muito interessante. Em 2008, o Brasil levantou a taça de maior consumidor de agrotóxicos do mundo, e eu duvido que neste ano alguma coisa tenha mudado. Resumindo, o país utilizou nada menos que 673.862 TONELADAS de defensívos(ofensívos) agrícolas. Ganha um doce quem advinhar quem anda comendo tudo isso. Segundo a revista, dá uma média de 4 quilos por habitante.
Os principais atingidos por intoxicação, são os próprios funcionários das fazendas que trabalham sem equipamentos e sem informações.
A lista de produtos analisados e constatados que estão contaminados – independente do grau de contaminação – é extensa: pimentão(que apresenta o maior índice), feijão, morango, uva, cenoura. Substâncias proibidas em vários países do mundo são encontradas em abacaxi, alface, arroz, batata, cebola, cenoura, laranja, mamão, morango, pimentão, repolho, tomate e uva.
A matéria ainda apresenta um dado bastante interessante: os efeitos dos defensívos, são comparáveis aos antibióticos que vão criando agentes patogênicos resistentes, precisando de drogas mais fortes. Na agriculturas, pragas e doenças também vão precisar de “drogas” que cada vez mais causarão desequilíbrio ambiental, necessitando de mais herbicídas, pesticidas...
As empresas transnacionais que comercializam esses venenos comemoram e querem mais.
A reportagem de Tatiana Merlino é muito interessante, com muito mais informações e preocupações, devido à imensa lista de doenças que essas substâncias causam ao organismo, além da contaminação da água e do solo..
Depois desse texto muito esclarecedor, aprendi que é bom variar o cardápio pra não consumir um pesticida só. O bom é se intoxicar de maneira variada.
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