Mais uma personagem que saiu direto do jogo (de poder) para as aventuras da campanha eleitoral. Soma de tecnologia e máquina pública, o enredo se dá quando Dilma, uma super-ministra usa de seus poderes para tentar voar mas não consegue decolar no mundo das pesquisas eleitorais.
Ela se imagina eleita no futuro, mas tudo pode não passar de uma realidade virtual não se sustentando na vida real, e esse é o dilema da personagem principal, fazendo com que pense que está em outro mundo.
Mesmo contando com o apoio e os palanques de um presidente já chamado de “sapo barbudo”, com mais de 80% de popularidade, precisa enfrentar o problema da falta de transferência dessa popularidade à candidata virtual, que na vida real, nega que a campanha começou, alegando que espera uma posição do partido, e que tudo tem seu tempo.
A disputa entre o real e o virtual – ela está inaugurando obras ou fazendo campanha – é acrescentado de outro componente, seu oponente real, Serra, um tucano careca, disputa por fora e consegue uma margem maior e real de intenção de votos, complicando a vida da personagem. É preciso muito esforço para tentar ganhar votos sem acordar a Justiça Eleitoral que dorme profundamente.
Fazem parte do elenco, Ciro Gomes, um ex-ministro que é pressionado para disputar o governo estadual, mas quer mesmo é a presidência, e Marina Silva, também ex-ministra, religiosa, consagrada pela bandeira ecológica de defesa do meio ambiente. Dilma, Ciro e Marina disputam praticamente no mesmo território um tirando voto do outro.
A meta é alcançar o planalto central e botar a “faixa”, no período de aproximadamente um ano. Mas para isso deverão não abrir mão de um recurso consagrado e não assumido: o “caixa 2”, que não tem nada de virtual.
A disputa que mostra embates velados e conspirações, promete esquentar após o encerramento da Copa do Mundo. Conchavos, abuso de poder, troca de favores, uma trama onde tudo pode acontecer tanto por baixo dos panos, como às claras com imagens pela imprensa, em campo aberto, com pastelão, baixaria e puxadas de tapete.
O ministério da bagunça adverte: há uma grande chance de a história não ter um final feliz.
Obs: a renda da bilheteria será destinada ao caixa 2 dos candidatos.
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