Saiu um informe na página da Petrobras, com repercussão por toda imprensa de que a empresa e a PDVSA venezuelana fecharam acordo para construir a refinariaAbreu e Lima de óleo pesado em Pernambuco.
Praticamente todo o petróleo extraído pela Petrobras até o pré-sal, é esse óleo pesado. É um petróleo com menor capacidade de gerar combustível e, pode-se dizer, que algumas refinarias brasileiras não estão “calibradas” para o refino deste óleo. Por isso, o país importa e exporta petróleo. Vende um óleo pesado, de menor qualidade e mais barato, e compra um óleo mais leve, de melhor qualidade e logicamente mais caro. Há um outro projeto, o do “Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro, a COMPERJ, em Itaboraí, que deverá produzir resinas termoplásticas e combustíveis, também tocada com óleo pesado.
Essa refinaria em associação com a Venezuela, vem ajudar transformar o petróleo nacional e venezuelano (em partes iguais) em principalmente “óleo diesel com baixo teor de enxofre”, conforme o blog Petrobras Fatos e Dados.
Disse que lá em cima, “o petróleo extraído até o pré-sal”, porque o que foi descoberto abaixo da camada de sal, recentemente, é um óleo mais leve, comparável ao tipo brent, negociado na bolsa de Londres. Há uma graduação para o petróleo que vai até 50, o mais leve. O tipo brent tem graduação 30, enquanto o do pré-sal está por volta de 28,5, enquanto que o óleo das jazidas mais antigas,as vezes não passam de 20.
O problema é que extrair petróleo do pré-sal requer muito dinheiro e investimento, e leva tempo para dar retorno. A Petrobras que é especialista em exploração em águas profundas e ultra-profundas precisa de muita engenharia para puxar esse óleo para cima, pois as plataformas são muito mais caras.
Calcula-se que aproximadamente em dez anos o país começará a se valer desse recurso do pré-sal, até lá, é se virar com o que temos.
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