quinta-feira, 12 de novembro de 2009

Apagão de credibilidade

O apagão trouxe desconfiança sobre a gestão do governo no sistema de energia elétrica e de suas desculpas. O governo – o ministro das Minas, Energia e Desculpas, Edson Lobão – alegou como “mau tempo” a causa do apagão, sendo desmentido na lata pelo INPE(Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais). Por outro lado, se a rede de transmissão não aguenta tempo ruim, estamos literalmente “na roça”, refém de velas, por que tempestade é o que não falta. Praticamente todo mês em algum lugar do país, é enchente, ventos fortes, raios, ou “descargas atmosféricas” como preferem os técnicos, vendavais e o capeta solto.


Mas o que ficou feio foi o ministro alegar ser o “mau tempo” o motivo do apagão, por ter ouvido em reportagens. E cadê os técnicos do governo? Onde estão todos aqueles engenheiros, todos aqueles equipamentos, aqueles painéis cheios de luzinhas piscantes que encantam a todos em propagandas de campanhas eleitorais? Na hora em que o pau come, a autoridade precisa perguntar para um jornalista o que aconteceu? Precisa esperar os jornais sairem no dia seguinte com informações para ele ter noção do que acontece na área em que ele “manda”?

O INPE divulgou uma nota em sua página na internet em quer alega que “embora houvesse uma tempestade na região próxima a Itaberá, com atividade de raios, no horário do apagão, as descargas mais próximas do sistema elétrico estavam a aproximadamente 30 km da subestação e cerca de 10 km distantes de uma das quatro linhas de Furnas de 750 Kv e a 2 km de uma das outras linhas de 600 kv, que saem de Itaipu em direção à São Paulo.”

A nota termina dizendo que “a baixa intensidade da descarga registrada não seria capaz de produzir um desligamento da linha, mesmo que incidisse diretamente sobre ela...”


O ministro evidencia que só presta mesmo para botar seu partido (PMDB) para fazer pressão no governo por verbas e cargos, mas que não entende patavina de nada do que faz, pondo uma nação inteira nas suas mãos irresponsáveis. É o apagão de credibilidade.

Nenhum comentário: