Diz que lá na região do planalto central, há décadas, construiram um prédio imponente em forma de “H”. Junto dele, como um coco partido em duas metades, uma emborcada, com a boca para baixo e outra pra cima, duas Casas de formas inusitadas, conviveriam figuras que se pensou, não mais existirem.
Este conjunto, teria sido construido sobre uma mata nativa cuja fama é de que seria remanescente do “jardim do Éden” bíblico. Criaturas que não comeram do fruto do pecado, viveriam entre a mata e a imponente construção de concreto armado. Assim como os europeus quando aqui chegaram, repararam a nudez inocente sem malicia dos nativos, seres do planalto viveriam em pleno estado de pureza de propósitos.
Esta semana uma dessas criaturas – inocente de tudo – acabou aparecendo no noticiário nacional. Atendendo pelo nome de José Sarney (PMDB-AP), o edênico ser teria recebido indevidamente R$ 3.800,00 todo mês em seu contra-cheque, por anos, e ele não sabia de nada (ai que dó!). Não seria o único a receber a verba de “auxílio-moradia”. Além dele, Cícero Lucena (PSDB-PB), Gilberto Goellner (DEM-MT) e João Pedro (PT-AM) que ficaram de devolver em parcelas o dinheiro. O auxílio estaria sendo pago a outros 40 senadores que têm imóveis próprios mas a Casa assumiu que eles não precisarão devolver o dinheiro e que tudo não passou de uma “falha administrativa”.
Parece estar faltando “maça” nessa história, pra que essas criaturas puras e saltitantes caiam na realidade e percebam em que mundo vivem, as consequencias de suas atitudes. Essas figuras folclóricas, parecem acreditar que todo mundo acredita no que eles falam, que todo mundo acredita em estórias da carochinha.
Eles têm mais é cara de serpente.
Um comentário:
É duvidar demais da minha (nossa) inteligência..
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