domingo, 3 de maio de 2009

Terrorismo atômico.



Os EUA tem satélites espiões e aviões com capacidade de filmar de cima das núvens uma pulga se coçando aqui na terra com boa nitidez. A CIA tem capacidade de se infiltrar onde bem entender e desestabilizar governos e até derrubá-los, como já o fizeram e se vangloriaram por isso.

Porém, o Taleban – que já governou o Afeganistão e foi derrubado por uma invasão americana – tem homens bem armados e não só tomaram praticamente todo o país novamente, como estão prontos para botar as mãos no arsenal nuclear do Paquistão, o que tira o sono das autoridades americanas.

Os americanos – e isso já é política de Obama – mandam dinheiro pro fraco governo paquistanês, pra que sobreviva e ataque os insurgentes, mas sua situação está cada vez mais difícil.

Por quê seus satélites e seus 007s não minam a entrada de armas e as fontes que financiam o tráfico de armas e munições? Isso não começou agora, tem décadas. Será que só é possivel nas cercanias de Roliude?

O Taleban alcançar o poder não é só um risco de hecatombe nuclear, mas social também. O período em que assumiram o poder em território afegão, impuseram ao país o regime mais fechado, mais conservador, reacionário, retrógrado do mundo. As mulheres talvez tenham sido as mais atingidas ao serem banidas das escolas, serviços, e submetidas à condição de animais de estimação de seus maridos e pais, não podendo andar sozinhas nas ruas nem mostrar o rosto em público. Monumentos históricos foram simplesmente destruídos por representarem um disvirtuamento ao alcorão. A imprensa, a informação, tudo o que não exalasse o islã era blasfemo, indígno, e por isso digno de banimento ou condenamento e destruição.

Não sou nenhum defensor da faceta 'xerife do mundo' dos EUA, mas entendo ser pior à humanidade ver um movimento tão nocivo assumir o comando de uma comunidade – o que dirá um país – do que alguma força que possa salvar aquelas pessoas de tamanho flagelo.

Os indianos – os sikh – e os xiítas do Irã, também são oposição aos talebans, mas ficam divididos cada um em seu canto. Obama que tenta uma aproximação com Teerã, pretende 'ajudar' os iranianos a combater a guerrilha paquistanesa. Quer é unir forças para combatê-los, o que pode soar esquisito para a compreensão dos fatos pelos aiatolás: o Irã, depois de se tornar uma nação islãmica, sempre teve os EUA como o 'grande satã', iriam eles agora entrar na conversa do anjo do inferno americano e lutar por eles? O Irã iria 'limpar o terreno' para salvar o governo paquistanês, fantoche dos americanos, e abrir caminho para que belzebu ponha seu ovo ali ao seu lado?

O governo americano que investiu trilhões tentando se safar da crise em sua casa, manda bilhões ao Paquistão, invés de mandar seus homens defenderem seus interesses e morrerem lá, dinheiro esse que nem todo chega na ponta, e tem apresentado retorno discutível.

Do jeito que as coisas vão, parece que a Casa Branca, o Pentágono, estão gastando muito, e mal. Pode não demorar muito e ver que todo seu investimento se perdeu e ainda assistir uma das ideologias mais anti-americanas do planeta empoleirada em cima de artefatos nucleares.

Obama vestiria sua fantasia de 'Bush' e invadiria o Paquistão? E como reagiriam, como recepcionariam os radicais?

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