domingo, 8 de fevereiro de 2009

A americanalhização da crítica


Miirrito com os meios de comunicação e certos blogs que se dizem comentaristas de filmes, livros e sei lá mais o que, mas não saem daqueles filminhos bem “sessão-da-tarde”, bem chulé, e só de americanos. É um mundinho pequenininho desse tamainho que não encherga além da produção comercial, parecendo aqueles sanduiches de minhoca frita do mequidonaldis que são preparados aos montes. A produção cultural – linha de produção também é cultura - vai nessa linha. E a crítica segue atrás.
Me dá no saco ouvir “críticos” em jornal, radio e televisão, em que os lançamentos não saem do circuito pipoca-coca-cola americano. Fora isso, só quando entra um filme nacional no meio, senão, é um tal de John pra cá, John pra lá..., não sai disso. Parece que no mundo ninguém mais faz nada. Nem na Europa, nem na Ásia, nem em lugar nenhum. A índia é tida como tendo uma produção de filmes maior que a americana, quantos chegam por aqui? Quantos os “críticos” analisam e indicam ou fazem ressalvas?

Não passa de indústria do jabá. Um burro cagando e um crítico falando dá tudo em merda. São marionetes de ventríloquo. São como promoters de supermercado, só que com nome mais chique.

E alguns blogs seguem na mesma linha. Pegam aqueles filminhos com aqueles atores a trizes mais batidos com aquelas estorinhas mais cocô-de-neném, e ficam naquela puxação: que grande atriz, um dos maiores atores do mundo (do mundinho deles) que grande atuação...é uma grande aturação!

Segue na mesma linha a novela brasileira. Quem escreve tem que produzir uma porrada de capítulos a toque de caixa, com um olho no ibope e outro nos patrocinadores. Se a audiência estiver baixa, mata alguém, mostra uma calcinha, que levanta. Caso não dê certo, encerra mais cedo e começa outra mais apelativa. Vai dizer que uma merda dessas é arte?! Se isso é arte, produção em série de penico também é.

Alguém se lembra daquela música mais ou menos do começo dos anos 80 que dizia:

O patrão mandou cantar com a língua enrolada, evribari macacada, evribari macacada.
O patrão mandou botar uísque na feijoada,
duiú laique macacada?, duiú laique, macacada?.

É mais ou menos isso aí.

Um comentário:

Anônimo disse...

Humberto, não é de se estranhar que pessoas não gostem muito da cultura "SESSÃO DA TARDE" OU puxasaquismo de atores americanos, como voce percebo isso também( e acabo participando da "macacada" de vez em quando), mais hoje depois de ler esse post, mudei a opinião e quero radicalizar e sim criticar a cultura xinfrim que hoje é popularizada no mundo!!!!!!!!



Brother, gostei muito do seu Blog, ele é divertido e polêmico, concerteza é massa ler seus posts.
Voltarei Sempre.

Marcos do Simple