sábado, 17 de janeiro de 2009

Garrafas Pet X meio ambiente: uma proposta


Um sério problema ambiental nacional é causado pelas garrafas “pet”, que são jogadas por todos os cantos poluindo, degradando o meio ambiente, aumentando o custo de limpeza e manutenção de ruas córregos, rios, bocas-de-lobo, etc, ou como dizem os mais chiques, causam um “passivo ambiental”.

A latinha de alumínio, que diferença, não só é raro vê-la jogadas pelas ruas como é uma das responsáveis pela liderança do Brasil no quesito reciclagem de alumínio.

Por que tanto ecologismo de um lado e tão pouco de outro? Simples. É a grana. A “pet” além de ocupar mais volume é barata, não compensa sair catando por aí, já o alumínio, é ouro! Muita gente mesmo não sendo um “catador”, ou “garrafeiro”como eram chamados, recolhe a latinha de seu uso ou o que encontra pelo caminho para vendê-las e incrementar o orçamento doméstico. O papelão é a mesma coisa, é só deixar alí perto da lixeira na calçada e num instante vai embora. O valor da materia-prima acaba tendo um efeito ecológico fundamental.

Daí eu pergunto: não seria interessante elevar o preço do kilo da “pet”, ainda que artificialmente, até que se torne rentável, interessante economicamente à população? A economia na outra ponta com o menor volume de lixo, despesa arcada principalmente por prefeituras, ainda diminuindo um agravador de enchentes, não tornaria a “troca” positiva?

A população que separa o lixo para reciclagem apesar de crescente, ainda é pequeno em relação à montanha de dejetos gerados. A depender de “conscientização” acabaremos atolados no lixo. Considerando que mais de 50% da população brasileira não tem nem saneamento básico, como esperar maturar a “visão ecológica” do cidadão?

E os fabricantes e indústrias usuárias desse tipo de embalagem, nada, necas? De uma certa maneira, também têm culpa no cartório, deveriam contribuir com a solução.

Há estudos tentando desenvolver materiais biodegradáveis, mas não pode ser desculpa pro cidadão porquense continuar a emporcalhar o mundo baseando-se no lema “o mundo é meu penico”.

É importante criar maneiras que resultem em maiores índices de reciclagem como a proposta acima, mas a mais importante está na escola, na mudança da sociedade, investindo nas novas gerações.

Um comentário:

Manu disse...

Concordo principalmente com a última parte, é preciso investir nas próximas gerações. Há uma frase que gosto bastante, que diz "Fala-se tanto da necessidade de deixarmos "um planeta melhor para os nossos filhos", e esquece-se da urgência de deixarmos "filhos melhores (educados, compassivos, responsáveis) para o nosso planeta"..."
Enquanto isso, cabe a cada um procurar locais de coleta, incentivar essa atitude em seu prédio, rua, bairro... E convencer os vizinhos, amigos, família, a fazer o mesmo. Abraço!