sábado, 9 de janeiro de 2010

Só se alcança deus pelo dinheiro através da ignorância.

Quando vejo alguma matéria em algum jornal, revista, tv, sobre a grana que esses mercadores da fé evangélicos levantam, quando vejo todos esses templos suntuosos espalhados pela cidade, e os pastores levando vida de faraó, penso como é facil tirar (muito) dinheiro do povo.


Basta um discursinho safado de que se alcança deus doando dinheiro e as ovelhas – gente inocente como uma criança – dão o que têm, há quem chegue a vender seu patrimônio e entregar todo o dinheiro aos larápios mercadores de terreno no céu. Os ingênuos não enxergam um palmo à frente do nariz, dando dinheiro para bandidos andarem de limusine e levarem vida de rei. Todo mundo vê, menos o “rebanho”, que não se toca. E os espertos deitam e rolam em cima dos “boca-aberta”.

Cada vez mais os pastores, bispos e bispas aparecem envolvidos em golpes. Se aqui no Brasil, a única esperança é esperar pela justiça divina, nos EUA não tem boi não. Uma vez pego, vai pra cadeia e ponto, como aconteceu com um casal contrabandista de dinheiro – bela ação pra quem leva a vida a pregar a palavra sagrada de um deus que se quer puro e honesto – “dono” de uma religião.

Já na “terra sem lei”, a bancada evangélica mete a mão, deita e rola, mas em nome de deus. Cada vez fica mais difícil apontar um escândalo no poder público em que não estejam envolvidos os reacionários moralistas que gostam de apontar os pecados alheios. Político e crente safados quando vêm dinheiro, comem no mesmo cocho.

Mas parece que em televisão de crente não mostra isso. Mesmo a imprensa mostrando a fuça dos “irmãos”(metralha), não falta gente que lhes dê dinheiro.

Mepergunto: o que falta acontecer para essa gente cair na real, perceber que o único interesse desses sicofantas é o dinheiro? Será que precisa deixar o inocente pelado na rua, sem casa, sem comida, sem nada, pra se tocar que está sendo usado por pessoas sem escrúpulos?

Na Idade Média, a Igreja Católica desandava pelos mesmos descaminhos. Vendia indulgência, ou seja, através do dinheiro se alcançava o perdão e aliviava a consciência. Um recibo de um burocrata de batina era o comprovante de livramento dos pecados e passagem para o firmamento.

Havia ainda aqueles que vendiam lascas de pau podre como sendo pedaço da cruz de Cristo, e também a comercialização de bens da própria Igreja, que é conhecido como “simonia”, isso para não falar das orgias que aconteciam nos mosteiros. A Igreja, a “casa de deus” era um verdadeiro prostíbulo, do ponto de vista ético.

Um religioso conhecedor das escrituras e inconformado com todos os desvios de conduta possível e inimagináveis, levantou-se contra os abusos. Traduziu a bíblia para a língua do povo para que não fossem reféns da falta de escrúpulos dos padres que manipulavam os fiéis de acordo com seus interesses. Seu nome, Martinho Lutero. A igreja romana perdeu muitos reinos, pois a Europa se dividiu entre católicos e protestantes, além de muitos fiéis e muito dinheiro com o sisma, que acabou passando por uma “reforma” e uma “contra-reforma”.

Por isso, a idéia de vincular dinheiro à salvação como forma de se mostrar um “escolhido” não é nova, mas o protestantismo – os evangélicos – que significou um racha, um rompimento contra os desvios, hoje tem como conduta no Brasil, o uso de sua divindade suprema como meio arrecadador – só se alcança deus dando dinheiro – ficando o discurso da fé das escrituras como condição primordial para a salvação da alma, mais uma vez deixado para trás.

Na Idade Média, toda a população era analfabeta e cheia de minhocas na cabeça, praticamente tudo era explicado por crendices. Não é dificil imaginar que pessoas caissem nesse tipo de manipulação. O problema maior é que hoje, na era da informação e do golpe, da malícia, tanta gente se deixe levar por um discurso tão na cara. É pilantra, gente safada, com um rebanho de gente que parece recém saída do Éden, sem malícia, em pleno estado de pureza.

No Brasil, se pede dinheiro, e eles dão, nos EUA, há um tempo atrás, alguns cultos pediam que as pessoas se matassem, e morria gente às pencas.



Faça um vigarista trabalhar. Se for para demonstrar algum tipo de fé e comprometimento com deus, dê dinheiro a instituições e pessoas necessitadas, não a vagabundos. Recomende a esses pilantras que assumam seus discursos, e reneguem o dinheiro, tendo Cristo – e não banqueiros – como exemplo.



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