As eleições ainda estão longe, mas é pelo acompanhamento das figuras públicas e seus atos que a gente vai tendo uma visão mais próxima do real, ficando menos a mercê das palavras bonitas, gestos e cenas das campanhas.
O governador de São Paulo, José Serra, aprovou na Assembléia Legislativa do Estado, projeto de lei que terceiriza(privatiza) 25% dos atendimentos em hospitais públicos para a iniciativa privada, que seria atendimentos a planos de saúde, etc. O projeto se estende ao campo cultural e esportivo.
Parece que está sobrando vaga nos hospitais públicos estaduais e aí entrega-se parte ao atendimento particular. O problema é que não está. O que está é faltando vaga e que a dúvida que logo vem é: aonde vão ampliar em até 25% o atendimento se os hospitais estão lotados. A saúde pública é um dos setores mais criticados pela população, seja estadual, seja municipal. Só trocando, botando gente pra fora para atender quem pague.
Lembra o sistema americano em que o atendimento médico é geralmente pago. Quem quiser ser atendido no sistema público, tem que provar que é miserável e se sujeitar a filas.
Mais verba para o sistema de saúde é positivo, mas a que custo, deixando parte da população – já pobre e sem recurso – sem atendimento médico?
Este fulano que governa o Estado quer ser presidente da república, e vai vir – como todos os outros – fazendo discurso de defensor do interesse do povo e da nação. Aproveito pra fazer um gancho ao assunto do momento que é o famoso “marco regulatório” do petróleo. Se esse governador botar a faixa presidencial, há uma grande chance de todo esse petróleo do pé-sal e outros mais que venham a ser descobertos, serem privatizado, entregues às multinacionais, que estão babando pra botar as mãos nesses recursos.
Vai de cada um. Quem acha que esses recursos são estratégicos e deve haver um controle do Estado, que tome cuidado com esse tipo de candidato, já quem defende que o que vale é dinheiro no bolso e que o Estado é pernicioso, que o pais tem que se abrir, se globalizar e tal, então esse é “o” candidato. Só tem uma coisa: depois que estiver tudo na mão de empresas nacionais e estrangeiras, pode-se dizer que não tem mais como voltar atrás, já era!
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