Nesta semana falou-se muito no Twitter. Essa febre faz com que muita gente acabe impulsionada a querer ter o seu também – porque todo mundo tem - aí a coisa cresce, a imprensa comenta, todo mundo fala, a febre se realimenta, a imprensa comenta...
Apesar da febre ser razoavelmente nova, perto de 60% desses “bloguinhos” são abandonados em pouco tempo como um brinquedo que enjoou. É compreensível, nem todo mundo tem algo tão relevante assim a todo momento pra compartilhar, mas muitos ficam mandando coisas por que “é legal”, o que acaba virando um incomensurável monte de informações inúteis circulando prá lá e pra cá. É uma verdadeira feira cibernética. Zilhões de informações ociosas que não servem pra nada.
Por modismo, um monte de gente que tem uma rotina de bicho de goiaba cria informação em ritmo de pastelaria, que com o tempo percebe que não tem nada de novo nem significativo pra dizer e que também não tem saco pra ficar preso àquilo, acaba largando mão.
Existem pessoas que por sua função pelo seu ritmo de vida, sua ocupação, o twitter é importante, mas – pra mim – essas pessoas são raras. Autoridades, jornalistas, organizadores de eventos, celebridades, artistas, etc...
Sinal dos nossos tempos, vivemos na era da informação democrática e inútil. O que antigamente nem as redações de grandes jornais sabiam, hoje fuçando pela internet, em blogs, twitters, é possível saber com que roupa Madona saiu de casa, se a atriz da novela casou ou foi ao banheiro. Parece que o mundo está quase alcançando a onisciência, porém de conhecimentos predominantemente inúteis, descartáveis, já nascem obsoletos.
De maneira alguma estou falando em censura ou algum tipo de cerceamento. A informação deve ser livre, tanto seu fornecimento como seu acesso. Cada um põe, vasculha e colhe o que bem entender. Tem seus prós e contras, mas isso faz parte. Quem acha o máximo sair por aí dando uma de sabichão (sabichona) afirmando saber qual a cor da cueca de hoje do Beckham, problema dele(a).
Essas redes de relacionamentos têm um papel importante como foi o caso das eleições do Irã, naquela apuração mal explicada, que a população não engoliu e saiu pro pau. Se o governo encobriu o que aconteceu dentro dos locais de apuração, do lado de fora, o sangue e a informação correram soltos vazando mundo a fora, virando um problemão pro governo 'aiatolacrata'.
Vamos deixar o tempo passar e ver o que acontece. O que vai virar o twitter e qual o próximo modismo.
Um comentário:
Concordo com o amigo.
Honestamente, alguns serviços de Internet não têm nenhum direcionamento que acrescente alguma coisa de mais emocionante (ainda que inútil).
Recentemente fui convidado para participar de um site chamado “Brasigo” que tem a finalidade de acrescentar conhecimento através de um sistema de perguntas e respostas dos usuários com bonificação em “pontos de status”.
O que acontece é que as pessoas se limitam a fazer perguntas idiotas e dar respostas idiotas para alcançar o “status” desejado.
Acho que descobri porque não tenho saco para sites de relacionamento.
Eu mesmo não tenho tanto a escrever quanto gostaria...
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