A CPI do Cachoeira, terminou dentro da normalidade. Mostrou a seriedade de nossos parlamentares, evidencia que o principal motivo de sua existência, era um grupo acusar o outro. Como todo mundo tem as mãos sujas, um livra o outro para ser livrado também e no fim, ninguém foi indiciado. Nem o bandidão do Cachoeira foi apontado. Porém, nem só de parlamentares blindados vive esta república.
A imprensa que meteu o pau, criticou o legislativo, a esquerda, os apaniguados, não ficou atrás.
CINCO JORNALISTAS estariam na lista dos envolvidos, e que, além de terem seus nomes preservados, a imprensa praticamente como um todo, fez vista grossa. A revista Veja, baluarte da imprensa reacionária e golpista, mancomunada com o maior pilantra de nossos dias, o Carlinhos Cachoeira, que dá nome à CPI, conta com a benevolência do cartel da (des)informação. Dos – poucos – jornais que li, ou ouvi, nenhum nem citou seus companheiros.
A imprensa quer preservar os seus, então por que ficar denunciando, perseguindo parlamentares? Qual a diferença entre um contraventor e outro? Libera geral!
Por que denunciar que a CPI não indiciou ninguém, apontar esquemas entre partidos, empreiteiras, empresários, e fazer o mesmo em relação aos jornalistas?
É isso a “imprensa livre”? Livre pra quê? Pra esconder sua sujeira pra debaixo do tapete e fazer escarcéu com a sujeira dos outros? E se fossem parlamentares jornalistas? Teriam dupla-proteção? Parecendo propaganda de desodorante ou de creme dental? Por que não botam o nome, a fuça e a empresa em que eles trabalham como fazem com os parlamentares? Ou a imprensa é tão interesseira quanto seus denunciados?
Falta denunciar os denuncistas, porque eles são tão porcos e sujos como os outros por eles denunciados.
A impressão que tenho é que o país é um penico até a borda cheio de merda e esses moralistas reacionários, são os maiores cagalhões da pátria.
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