quarta-feira, 26 de dezembro de 2012

A imprensa come no mesmo cocho.

A CPI do Cachoeira, terminou dentro da normalidade. Mostrou a seriedade de nossos parlamentares, que o principal motivo de sua criação, era um grupo acusar o outro. Como todo mundo tem as mãos sujas, um livra o outro para ser livrado também e no fim, ninguém é acusado de nada, todo mundo sai como santo. Nem o bandidão do Cachoeira foi apontado. Porém, nem só de parlamentares blindados vive esta república.

A imprensa que meteu o pau, criticou o legislativo, a esquerda, os apaniguados dos outros, não ficou atrás e protegeu os seus .


Moral da grande imprensa tem a mesma
 origem dos políticos que ataca.

CINCO JORNALISTAS estariam na lista dos envolvidos, e que, além de terem seus nomes preservados, a imprensa praticamente como um todo, fez vista grossa. A revista Veja, baluarte da imprensa reacionária e golpista, mancomunada com o maior pilantra de nossos dias, o Carlinhos Cachoeira, que dá nome à CPI, conta com a benevolência do cartel da (des)informação. Dos – poucos – jornais que li ou ouvi, nenhum nem citou seus companheiros.

A imprensa quer preservar os seus, então por que ficar denunciando, perseguindo parlamentares? Qual a diferença entre um contraventor e outro? Libera geral!

Por que denunciar que a CPI não indiciou ninguém, apontar esquemas entre partidos, empreiteiras, empresários, e fazer o mesmo em relação aos jornalistas?

É isso a “imprensa livre”? Livre pra quê? Pra esconder sua sujeira pra debaixo do tapete e fazer escarcéu com a sujeira dos outros? E se fossem parlamentares jornalistas? Teriam dupla-proteção? Por que não botam o nome, a fuça e a empresa em que eles trabalham como fazem com os parlamentares? Ou a imprensa é tão interesseira quanto seus denunciados?

Falta denunciar os denuncistas, porque eles são tão porcos e sujos como os outros por eles denunciados.

A impressão que tenho é que o país é um penico até a borda cheio de merda e esses moralistas reacionários, são os maiores cagalhões da pátria.

Porque sempre tem um brasileiro na Ferrari, uma suposição.


Não precisa concordar, mas pense um pouco.
Por que a Ferrari mantém simultaneamente um piloto de ponta e um retardatário? Por que todas as outras escuderias, ou têm dois pilotos de ponta, ou dois tranca-rua.

Não era esquisito ver Schumacher ser campeão faltando ainda um terço do mundial e Barriquebra terminando aproximadamente em quinto no campeonato?

Rubinho não saia do décimo qualquer coisa na largada, na chegada, quando não quebrava. Mudou de escuderia, de modalidade e continua cheirando fumaça dos outros.

Depois vieram Alonso e Massa e ficou a mesma coisa. Alonso foi campeão algumas vezes e Massa não ganha uma corrida há séculos. Melhorou um pouco nas últimas corridas, mas impressiona que tanto Barrichello quanto Massa, mesmo tendo um desempenho sofrível – são retardatários em escuderia de ponta – continuavam ( Massa continua) tendo seus contratos renovados. A Ferrari é a única equipe que mantém pilotos com desempenho tão díspares. Saiu um brasileiro para entrar outro. Quantos Barrichellos e Massas permanecem por anos numa equipe competitiva?

Tem gente bancando

Acontece que a Fórmula 1 trás uma boa audiência, muitos contratos num horário micado – domingo de manhã. O fato de ter um piloto brasileiro competindo, segura a audiência. Sem um brasileiro, provavelmente muita gente deixaria de assistir a corrida, prejudicando o canal retransmissor, e todos os patrocinadores.

O Mundial de Formula 1 é um evento caríssimo. Manter uma escuderia custa os tubos. Não seria interessante a Globo e os patrocinadores bancarem o salário e ou as despesas e manter um piloto correndo? Ninguém precisa ficar sabendo.

É o mais plausível para explicar porque a Ferrari – e só a Ferrari – mantenha um retardatário correndo numa escuderia de ponta. Sempre tem um Zé tupiniquim. Duvido que sem nada por trás, esses dois roda-presa não estariam ou numa equipe menor, ou assistindo por detrás do alambrado.

Não costumo acompanhar o mundial, raramente assisto uma corrida, não conheço os bastidores, mas pra mim existe aí lugar comprado, um acordo de bastidores. Alguém que está lá independente de seu mérito – que até hoje tanto um piloto quanto outro não disseram a que vieram - estão sendo bancados e por isso a renovação do contrato dura enquanto as partes se entenderem. Não são funcionário da Ferrari, são da Globo e patrocinadores. O Brasil que teve grandes pilotos, chegar a esse nível, é vexatório.



“Inútel”, a gente somos “ inútel”!

Ultraje a Rigor

sábado, 22 de dezembro de 2012

CPI do Cachoeira: a imprensa come no mesmo cocho.

A CPI do Cachoeira, terminou dentro da normalidade. Mostrou a seriedade de nossos parlamentares, evidencia que o principal motivo de sua existência, era um grupo acusar o outro. Como todo mundo tem as mãos sujas, um livra o outro para ser livrado também e no fim, ninguém foi indiciado. Nem o bandidão do Cachoeira foi apontado. Porém, nem só de parlamentares blindados vive esta república.

A imprensa que meteu o pau, criticou o legislativo, a esquerda, os apaniguados, não ficou atrás.

CINCO JORNALISTAS estariam na lista dos envolvidos, e que, além de terem seus nomes preservados, a imprensa praticamente como um todo, fez vista grossa. A revista Veja, baluarte da imprensa reacionária e golpista, mancomunada com o maior pilantra de nossos dias, o Carlinhos Cachoeira, que dá nome à CPI, conta com a benevolência do cartel da (des)informação. Dos – poucos – jornais que li, ou ouvi, nenhum nem citou seus companheiros.

A imprensa quer preservar os seus, então por que ficar denunciando, perseguindo parlamentares? Qual a diferença entre um contraventor e outro? Libera geral!

Por que denunciar que a CPI não indiciou ninguém, apontar esquemas entre partidos, empreiteiras, empresários, e fazer o mesmo em relação aos jornalistas?

É isso a “imprensa livre”? Livre pra quê? Pra esconder sua sujeira pra debaixo do tapete e fazer escarcéu com a sujeira dos outros? E se fossem parlamentares jornalistas? Teriam dupla-proteção? Parecendo propaganda de desodorante ou de creme dental? Por que não botam o nome, a fuça e a empresa em que eles trabalham como fazem com os parlamentares? Ou a imprensa é tão interesseira quanto seus denunciados?

Falta denunciar os denuncistas, porque eles são tão porcos e sujos como os outros por eles denunciados.

A impressão que tenho é que o país é um penico até a borda cheio de merda e esses moralistas reacionários, são os maiores cagalhões da pátria.





Lições do mensalão.


Quando o poder Judiciário funcionou, abriu uma crise com o Executivo e o Legislativo.

Se o Judiciário continuar a condenar a nobreza, fará desta república dos bem nascidos um inferno. Já pensou se passar a condenar todos os nobres só porque meteram a mão na cumbuca?

Até o período do Império, ser nobre – duque, barão, conde... – era sinal de status. Prisão nunca foi lugar de sangue azul. Hoje, em nossa república de nobres, é ser alçado à condição de inimputável. Já dizia a máxima: filho de inimputável, inimputável é.

Nesta república burlesca, é um acinte ver um membro da nobreza ser tratado como um comum. Ser condenado e preso só porque roubou. Cadê os privilégios?

Ser cidadão é pagar imposto e ficar quieto, ser nobre é desviar imposto, viver de privilégios e andar de nariz empinado.

Por enquanto a Corte condenou membros da nobreza revolucionária. Mensalão de esquerda não pode. Não havendo mudanças, está na mira a nobreza liberal, fina, de arroto nobre afrancesado. Mensalão liberal, estamos na expectativa para ver o que a Corte vai dizer.

Condená-los à prisão será um grande desrespeito. Desviar dinheiro público, superfaturamento de obras é a coisa mais comum do mundo, é normal, já deveria estar na lei. Esse negócio de o Judiciário querer dar em cima de quem faz uma apropriaçãozinha duma graninha pública é ferir as regras do jogo.

Provavelmente, após o julgamento do mensalão liberal, ambos os grupos deverão chegar à conclusão de que bom era o tempo em que todo mundo era livre para tocar seus negócios sem ser importunado.

Se algum poder está cometendo deslizes, atentando contra a normalidade, é o judiciário.

Sabedoria longeva


Não cuido da vida de ninguém!

Já ouviu aquela brincadeira em que alguém pergunta: sabe por que a tartaruga vive mais de quatrocentos anos? E aí vem a resposta: porque ela não cuida da vida de ninguém!

Pois é. Morreu a mulher mais velha do mundo, com mais de cento e dez anos de idade. O curioso é que quando perguntavam à sábia senhora o segredo da longevidade, dizia: se alimentar bem, e não cuidar da vida dos outros. A tiazinha tinha a sabedoria dos quelônios.

 

sexta-feira, 21 de dezembro de 2012

O símbolo do fim do mundo não é o calendário, é o mico

Essa história de fim de mundo acaba virando um carnaval fora de época. Muita farra, piadas, tiração de sarro, brincadeiras etc. O curioso são as reportagens sobre pessoas que acreditam piamente nessa lorota. Uma deformação sobre uma crendice de uma civilização antiga. Por ser antiga, milenar, alguns acabam achando que é digno de fé.

Estocam comida para meses, pagam fortunas por um abrigo nuclear e outras baboseiras, como se alguém – esses iluminados – sobrevivessem de um cataclismo, um choque da terra com outro enorme corpo celeste. Acreditam que o fim está próximo e que eles vão sobreviver. Não se incomodam em se tornarem figuras patéticas, risíveis.

Essa gente, descolada da realidade, acredita numa suposta afirmação de pajés, sacerdotes, que fundamentavam suas crenças em evidências e escritos mal interpretados, distorcidos, hoje tidos como mera mitologia. Acredita nessas superstições e negligenciam o conhecimento científico de instituições de pesquisa e estudiosos que se baseiam em informações técnicas. Desconfia da informação dos satélites, diagnósticos e cálculos modernos, atuais, para acreditar num “horóscopo” do mundo sem base científica nenhuma.

Um pequeno número de espertos deve ganhar dinheiro, fama e prestígio, escrevendo, pregando que o mundo vai acabar, e os incautos, os coitados, os mente-cega, além de tudo, acabam sendo – além de tudo – explorados.

Se por um lado surpreende ver gente que acredita em qualquer idiotice que apareça, por outro, ajuda entender porque mesmo golpes antigos, argumentos sofríveis, sempre tem alguém dormindo de touca pra dar trela a um vigarista. O mérito do esperto que vende a torre Eiffel está no trouxa que a compra. Já dizia o ditado popular: para cada esperto sempre tem um trouxa.

Como será que essas pessoas se sentirão depois de um tempo, quando a poeira abaixar, a razão voltar, e restar apenas a evidência de não ter sido nada mais do que uma crença idiota, um mico, motivo de risada e piada dos amigos e conhecidos?

A crença dos néscios no fim do mundo criou um clima de brincadeira, de descontração. Na passagem para o ano mil e depois para o ano dois mil, teve gente que morreu. Pagar mico, tudo bem, mas não precisa ser com a vida.



                                                 “Está em qualquer profecia que o mundo se acaba um dia.”

                                                                                                                                          Raul Seixas



domingo, 16 de dezembro de 2012

Campeão dos campeões, mas sem educação



Que coisa feia.

Alessandro, capitão do Corinthians, nem olhou na cara da mulher que lhe entregou o tão desejado troféu. Não faria mal nenhum ter sido um pouquinho cordial e tê-la cumprimentado. Que falta de educação.

O Corinthians tornou-se campeão mundial do torneio interclube, porém, ficou em último lugar em etiqueta.

sábado, 15 de dezembro de 2012

EUA: uma nação infanticida

Os massacres de civís, principalmente crianças se espalha pelo mundo. A medida mais efetiva de evitar isso é manter a população desarmada, ainda que compulsoriamente.  Cada vez mais, uma arma em casa torna-se um risco doméstico e de toda a comunidade. Que a sanidade nos proteja de nós!

quinta-feira, 13 de dezembro de 2012

Novo presidente da China quer fim de pompa.

“Xi ESTREIA COM PACOTE PARA AGILIZAR BUROCRACIA”
“Xi Jinping, o novo líder do Partido Comunista chinês e que em março do ano que vem assumirá a Presidência do país, já está querendo imprimir um novo modelo de gestão e eficiência à burocracia estatal. Ontem, por iniciativa de Xi, o comando do partido baniu o “papo furado” e arranjos florais e tapetes vermelhos em recepção a autoridades.”

“De acordo com relatos da imprensa estatal, os 25 membros do Politburo do partido concordaram que as autoridades devem reduzir a ostentação a visitas e reuniões burocráticas, “ a fim de permanecer próximas ao público”.”

“As autoridades chinesas, mesmo as de baixo escalão, dão extrema importância aos sinais de status. Costumam deslocar-se em carros com motoristas e são recebidas em cerimônias pomposas, onde recebem flores de crianças com maquiagem pesada. Em seguida, fazem longos e enfadonhos discursos.”

(...) “De acordo com o comunicado, a partir de agora, em seus deslocamentos pelo país, as autoridades não devem mais ser recebidas por tapetes vermelhos, faixas de boas-vindas ou banquetes. As reuniões devem ter seu tempo reduzido e o “papo furado” eliminado. A imprensa estatal também recebeu instruções do Politburo: deve deixar de divulgar histórias sobre eventos oficiais que não tenham valor jornalístico.” (...)

Valor Econômico – Internacional – quarta-feira, 5/12/12.



A matéria extraída do Valor destoa do lugar comum de noticiar e comentar a economia chinesa – se sobe ou se desce.

As mudanças propostas por seu futuro mandatário – que deve assumir a presidência em março – são importantes mudanças que racionalizam recursos e pompa, de um país que caminha para ser a maior economia do planeta, tornando-se seus costumes referência.

Caso venha a se concretizar, significará uma mudança muito importante e positiva, o problema é que autoridade gosta de uma bajulação, e quem quer subir de cargo, principalmente em regimes fechados, sabe o caminho: puxando o saco.

O banimento da conversa fiada, por outro lado, deve ser comemorado por aqueles que costumam compor a claque nas cerimônias oficiais, emprestando seus ouvidos a horas de bla bla bla. Compreendendo que “o ouvido do próximo não é penico”, pode-se dizer que o comando do partido tomou uma sensata medida. O novo presidente da China – país de sapiência milenar – trás boas influências ao mundo. Será muito positivo assistir o noticiário ou as fotos, e perceber cerimônias chinesas enxutas. Espero que faça escola.

Dia nacional do forró – uma correção

Aproveitando que hoje,13 de dezembro, é o dia nacional do forró, gostaria de esclarecer a um sem número de pessoas que cantam errado talvez a música de Luis Gonzaga mais conhecida: Asa Branca.


O correto é:

“Quando olhei a terra ardendo QUAL fogueira de São João...”



E não:

“Quando olhei a terra ardendo COM A fogueira de São João...”



Ele perguntou a Deus, “por que tamanha judiação?”, não foi por causa de “uma” fogueira de São João, mas sua indignação era por que o nordeste queimava sob o sol COMO UMA FOGUEIRA.



Só faço este registro porque dói no ouvido ouvir um monte de gente cantando errado.

segunda-feira, 10 de dezembro de 2012

A era da sensatez

Felizmente a luz entrou na cabeça dos americanos, que começaram a liberar o que já estava disseminado: o uso da maconha. Em poucos meses, o Estado de Washington, na costa oeste, deve legalizar o plantio.

Talvez, em todo o século passado e o atual, seja a medida mais efetiva e profícua no combate ao tráfico e à contravenção. Todos os envolvidos na economia ilegal da maconha devem ou se preocupar, porque seus negócios correm sérios riscos de perderem espaço, ou procurar se preparar para entrar no negócio de acordo com as regras do Estado.

É possível que boa parte dos envolvidos com a ilegalidade, chegue à conclusão de que é melhor ganhar menos e ter sossego, trabalhar à luz do dia, emitir nota, recolher imposto e transportar sua mercadoria como outra qualquer, do que cobrar caro e precisar corromper policiais, agentes alfandegários, juízes, andar se escondendo como rato, e ter uma milícia composta de gente traiçoeira,os piores vagabundos.

Acredito que muitos usuários patrocinam o crime porque para conseguir seu baseado precisem se relacionar com meliantes, bancando toda uma rede de contravenção e corrupção de autoridades. Se pudessem adquiri-lo num comércio legalizado, muitos deixariam de correr o risco de adquirir um produto de qualidade suspeita, da mão de pessoas suspeitas, para entrar num estabelecimento legalizado, que responde judicialmente em caso de irregularidades, adquirindo um produto que obedeça a normas.

É o que acontece com bebidas alcoólicas. Quem quer tomar uma cerveja, um vinho, uma cachaça, vai a um estabelecimento legalizado, escolhe o que quer, o quanto quer, sem precisar se esconder. Paga, e vai embora sem dar satisfação a ninguém. E assim como o álcool, o usuário da maconha terá as mesmas restrições de uso, ou seja, não poderá trabalhar enfumaçado, nem dirigir, nem entrar em ambiente escolar – claro que é meio difícil ter esse controle todo, mas eles existirão.

Descobriu-se o óbvio: o uso da maconha é disseminado e não existe campanha, nem publicitária nem militar que faça diminuir seu consumo. Quanto mais se gasta contra o tráfico, mais se colhe usuários. Em vez de o Estado norteamericano mandar bilhões para fora, vendo seu dinheiro sumir na máquina corrupta desses países produtores, dá muito mais resultado legalizar a plantação dentro de suas fronteiras, tornando-se autossuficiente, levando alguns plantadores externos e traficantes à perda de grandes lucros.

O Estado deixará de ter um gasto excessivo e inócuo e passará a auferir grandes lucros em impostos, deixando de ver sua juventude como bandida.

Para os que querem permanecer na ilegalidade, migrarão para a coca.



Profissionais do sexo.

Os profissionais do sexo são o (a) ginecologista e o (a) urologista.

domingo, 9 de dezembro de 2012

Mensalão, condenação, perseguição...

Sobre o tal do “mensalão”, também conhecido como “Ação penal 470”, e seu principal acusado, Zé Dirceu, o curioso é que sempre que o “Zé” aparece na mídia, é dizendo sempre a mesma coisa: sou inocente, um injustiçado, não há nenhuma prova contra mim, é perseguição etc.

O que me intriga é, por que ele não aparece para dar entrevistas? Por que não bota a boca no trombone? Acredito que mesmo o “PIG”, as grandes corporações de mídia golpistas, tem interesse em publicar entrevista com os principais acusados, agora réus, do mensalão.

Essas corporações, que são de fato um poder, o quarto poder, agem como um partido político – tendencioso até a medula – voltado contra o PT. Não estou para defender o PT e suas pisadas na bola, mas que a imprensa é tendenciosa e antipetista, isso é, sem sombra de dúvida, e não é de hoje.

O Genoino andou procurando se defender pela própria imprensa. Em sua página, tem entrevistas que deu recentemente ao jornal Estadão e ao portal Terra. Não esclarece muita coisa, mas, pelo menos não se esconde.

O Lula, e a própria Dilma, no máximo aparecem fazendo cara feia, mas não dizem nada, não comentam sobre o assunto. A Dilma tem um perfil de probidade que tem procurado afirmar. Demitiu todos os ministros suspeito de improbidade e exonerou uma funcionária próxima, ligada a presidência. Já o Lula, não tem como acreditar que não sabia de nada. Como ele mesmo disse em uma entrevista lá fora, “todo mundo faz”.

Esse papo de: dediquei minha vida a democratização do país... não cola. As pessoas esperam – eu também – alguma coisa mais consistente. Em seu site, “Blog do Zé”, não tem nada que esclareça qualquer coisa, apenas que é inocente, lutou pela democratização do país, há uma pressão da mídia para sua condenação...

E toda aquela grana dos bancos? Muitos afirmavam, inclusive gente do PT, que o “Zé” centralizava tudo. Praticamente tudo o que acontecia nos três primeiros escalões do governo tinha que passar por ele. Houve uma milionária movimentação financeira, desvio de dinheiro, que os advogados de defesa reconheceram, porém, alegaram se tratar de “caixa dois”. Milhões de reais migraram de bancos para contas de partidos e parlamentares e aí ele não sabia de nada? Primeiro alegou não ter conhecimento, depois, no julgamento, a defesa alegou caixa dois. Precisa meio que ter vocação pra chapeuzinho vermelho pra acreditar.

O procurador geral, o tal de Gurgel, pela sua prática, sua maneira de ser e agir, por suas declarações, é um direitão declarado. Isenção ali passa longe. Seu perfil é de um homem de partido, não se coaduna com seu cargo. Por ser a figura maior do Ministério Público, tem uma cadeira no Supremo. Mas – apesar de não ter acompanhado o julgamento – não vejo os ministros do Supremo como uma máfia. Pode haver um ou outro mais conservador. Nada mais que isso.

A condenação de Zé Dirceu, teve um expediente diferente. O tal do “domínio do fato”. Utilizado na Europa desde a década de sessenta, mais ou menos, é baseado no princípio de que o “cabeça” não deixa vestígios, é mais difícil arrumar provas contra ele. Geralmente o “manda-chuva” não assina cheque nem recibo, não aperta o gatilho, não entrega a droga ou a mercadoria, não bota a cara pra fora etc. Portanto, qualquer acusação, pode servir para acusá-lo. Principalmente um cara como o Zé Dirceu, que vem do período militar, em que a resistência ao regime, procurava agir sem deixar pista, não deixar rastro.

Mas a batata pode assar mais ainda. Marcos Valério, acusado de ser quem distribuía a grana, daí o termo “valerioduto”, inconformado ao ser condenado, e como quem foi injustiçado por ter assumido a bucha, andou falando que sabe muita coisa deve querer abrir o bico em troca de redução de pena. Se tiver um mínimo de pertinência, caso sobreviva e abra a boca mesmo, talvez Genoíno e Zé Dirceu possam vir a se sentir mais injustiçados ainda. É esperar pra ver.

Após o mensalão do PT, teremos o mensalão do PSDB. Vamos ver como procederá desde a imprensa, o Sr. Gurgel, e os ministros do Supremo.

Tinha acabado de escrever este texto quando ouvi no rádio que houve um ato em defesa de Zé Dirceu. Ele foi o último a discursar, se disse perseguido, injustiçado e tal, porém não falou com a imprensa. É esse silêncio por parte do acusado que me incomoda. O cara não é um coitado, é um estrategista.

domingo, 2 de dezembro de 2012

Tô voltando.

                                                                        O sol
Faz tanto tempo que não venho por aqui, que pensei que a bagaça estivesse encerrada. Já que - ainda - não está, pretendo aproveitar que dezembro e janeiro é mais sossegado, pra botar algumas coisas. Por enquanto, deixo uma imagem do sol, tirada em um clube da zona sul de Sampa.
Um abraço a todos que por ventura passarem por aqui.