De onde será que aparecem certos termos e expressões que compõem nosso vernáculo? Será que brotam do chão? Seriam “miasmas” ou “emanações telúricas” como acreditava-se ser a origem de alguns males séculos atrás? O certo é que alguns desses termos ficam entre o ridículo e o esdrúxulo. E o pior, as vezes até são chiques.
Um que melhor se enquadra nessa categoria é “antepasto”. Apesar de usado em restaurante de bacana, parece coisa de besta. Quando não se apela para um estrangeirismo, descamba para o sofrível.
Se as iguarias degustadas antes da refeição são um antepasto, então não deve ter problema chamar o chamamento ao garçon de relinche – olha que chique.
Quem seria o cidadão duplamente bípede que deu essa singela nomenclatura, e qual sua concepção de alimentação? O que passava por baixo de sua crina?
Por que não manter a tão prática e simples entrada?
Uma vez oferecido o antepasto, fico apreensivo em abrir o menu e ver iguarias a base de feno, alfafa, aveia...
Nenhum comentário:
Postar um comentário