domingo, 30 de novembro de 2008

Menos abuso por telefone, maior despesa.


Respeitar o consumidor custa caro e será repassado.

Segunda-feira, dia 1º de dezembro começa a valer as novas regras para o atendimento telefônico ao consumidor. Pode até ser que algumas regras sejam severas, como a que estipula em um minuto o prazo para atender o cliente que estiver na linha, mas as empresas pediram por isso.
Todo mundo que já tentou reclamar ou se desligar de uma empresa de serviço sabe a via-crucis que é. Não tem paciência que aguente. Pra contratar sempre tem gente disponível pra atender, são pessoas educadas, atenciosas, e é uma das primeiras opções de acesso. Agora quando o assunto é reclamação ou pedir o cancelamento do serviço, além de ficar perdido num labirinto de opções, é uma canseira pra ser atendido, e jogam pra um jogam pra outro, resumindo: é um lixo! Por isso digo que essas empresas pediram isso, fizeram campanha pra vir uma lei rigorosa. Mas as regras só valem se o consumidor não der moleza, denunciar, pôr no pau mesmo. Tenha certeza, se depender dessas empresas, vira lei morta em dois palitos! As denúncias podem ser feitas no Procon, Ministério Público e Defensorias Públicas.

Segundo o vice-presidente da Regulação da Vivo, Sérgio Assenço, disse que o custo de implementação das novas regras para call centers e os impostos serão repassado aos consumidores, conforme reportagem do Estado, de sábado, 29 de novembro. Portanto a gente pode esperar, todos os custos inclusive as indenizações serão tudo repassadas adiante, voltam pra gente mesmo pagar.

sábado, 29 de novembro de 2008

O "egoísta" Serra.


A posição do Governador de São Paulo em relação à reforma tributária o coloca numa situação de “bairrista”. Muito mal pra quem quer disputar a corrida presidencial. Pela proposta da reforma em discussão, haveria uma repartição na arrecadação do ICMS entre o Estado de origem e o de destino. Como São Paulo é o que mais produz, cederia uma parte de sua arrecadação, o que parece incomodar o governador. Quanto mais Serra entra na briga, mais fica com cara de quem só vê seus próprios interesses ou “egoísta” como dispararam os governadores de Pernambuco, Sergipe e Bahia. O PT deve jogar gasolina pra ajudar a apagar o incêndio.

O mineiro tá certo!


Acidentalmente deparei-me com o verbete “trem” no dicionário e fiquei surpreso com seu significado: “conjunto de objetos que constituem a bagagem de um viajante; comitiva; mobília de uma casa; conjunto de objetos próprio para certos serviços; carruagem; traje; comboio de via férrea; bateria de cozinha; qualquer objeto; indivíduo inútil; traste; pl. coisas; bobagens; trastes; o mesmo que teréns.”(Dicion. Escol. Da L. Port., MEC)

Agora quand'eu ouvir um mineiro dizer: “Pega esse trem!” “Me dá esse trem!” vou saber que se trata de uma pessoa conhecedora do vernáculo. Viste?!

domingo, 23 de novembro de 2008

A 'raça' na ordem do dia


A Folha e o Estadão trazem neste domingo, 23 de novembro, a discussão sobre raça, que parece esquentar. NoBrasil, a questão das cotas têm dado o que falar tendo negros e brancos contra e a favor pelos mais diferentes motivos.

A Folha aponta pesquisa que afirma que número de pessoas que se assumem negros e mestiços aumentou em 11%. Já o Estadão trás uma matéria sobre o considerável aumento de “incidentes racistas” que vem ocorrendo nos EUA após a eleição de Obama. A reportagem vem com a imagem de um membro da Ku Klux Klan com seu tradicional traje branco com o focinho coberto pela típica máscara em forma cônica tendo a bandeira dos confederados às suas costas. Os “Confederados” para quem não sabe ou não se lembra, foi a facção que dividiu o país na Guerra de Sesseção” no seculo XIX entre o sul escravista e o norte protecionista. Os sulistas tinham uma bandeira de fundo vermelho, com um “X” em azul atravessando-a toda, e estrelas no azul. Aqui no Brasil é comum ver a molecada usando essa bandeira como adereço, como símbolo de rebeldia. Pra quem usa uma suástica como simbolo de liberdade, uma flâmula racista não fica muito atrás.

A reportagem do Estadão vem ainda com a informação que o site dos “supremacistas” brancos, ou brancos racistas radicais, Stormfront.org, chegou a ficar fora do ar no dia seguinte à eleição devido ao grande número de acessos. “ O site ganhou 2 mil novos integrantes em apenas um dia”, diz o texto de Patrícia Campos Mello, correspondente de Washington.

Entrando no site da tal comunidade “branca” a gente encontra entre tantas pérolas dos reaças, o “Threads in Forum: Brasil” que tem várias discussões sobre negros e brancos no Brasil. O negro como uma praga que se alastra e o branco como aquele que deve se “concientizar”, se organizar e defender seu território. Alguns tópicos: “Utopia:Como seria sua Nação-Estado Branco recém criado no Brasil”, “Um não-branco no poder de uma nação branca”, “Arianos no nordeste” e muito mais evidenciando que os “caras-pálidas”tupiniquins por não poderem mostrar a cara aqui, têm seus foruns de discussão lá no centro dos reaças do continente.

Lei! Mas lei que funcione, é o que assegura que as conquistas de igualdade crie raízes e imponha um território em que as pessoas possam viver e coexistir pacificamente. Para os porcos segregacionistas, a cadeia como estágio, uma experiência de vida em senzala, em jaula como escravo, como inferior, pra sentir o peso de seus ideais.

sábado, 22 de novembro de 2008

Novesquerda.



O PT, que nos idos dos anos oitenta tanto criticava os partidos “burgueses”, pela sua visão meramente eleitoreira, hoje desponta como mestre dest'arte. O partido bateu o pé que não pode o governo federal fechar negócio com o governo paulista passando Nossa Caixa para o Banco do Brasil porque seria dar munição – encher o cofre – a Serra, seu principal oponente em 2010.
Tá certo que o errado sou eu em querer que o PT se mantenha fiel ao seu passado hirsuto, engajado, revolucionário, anti-eleitoreiro, anti-capitalista, anti-imperialista, anti-cocacola, anti-mequidonaldis, e por aí a fora. Seria muito conservadorismo meu, pois se eu mudei, se a União Soviética mudou, a China mudou, os PC´s mudaram, por que o partido não pode mudar?
O problema é que o PT, que também mudou, tem um radicalismozinho preso em suas entranhas, acabou se tornando um partido que só pensa naquilo, a eleição. E pra isso vale tudo! Cada liberação de verba, cada projeto, cada decreto-lei, ops, medida-provisória, cada coisa que se pense e que se faça, tem que estar sempre vinculado à estratégia do próximo pleito(aquele conceito pequeno burguês de administração republicana então, nem pensar). Agora, vai dizer qu'eles são eleitoreiros. Te jogam um Chávez junto com um Morales na tua cabeça e ainda te chamam de porco capitalista! Vendido! A gente é que não entende nada de estratégia e tática de um partido de operários.
O Lula, que dá uma dentro uma fora, disse: “Não podemos apequenar essas questões.” “Se eu for pensar nas eleições de 2010, não libero dinheiro para mais ninguém.” Ah, liberar, libera. Está cheio de administrador que compõe a “base aliada” pedindo um cachezinho pra continuar aliado, o que o próprio partido deve apoiar, pois 2010 já está aí e é hora de cerrar fileiras para manter um “partido operário” no poder. Operário e moderno, diga-se de passagem, pois trocou o apoio de Moscou, Pequim e Havana, pelo da FIESP e da FEBRABAM. Proletários de todo mundo, uní-vos!

domingo, 16 de novembro de 2008

A indústria da poluição e os mansos.


A indústria automobilística brasileira alega não ter como colocar de imediato o motor que utiliza o combustivel diesel que tem apenas 50 partes por milhão de enxofre(S50) que seria menos poluente, e a Petrobrás alega não ter como fornecer esse combustível para 2009. Mas essa mesma indústria põe esse mesmo motor nos veículos que manda pra Europa, porque lá não entra essa fumaceira que a gente usa aqui, 500 partes por milhão em áreas urbanas e 2000 em áreas rurais. Essas metas fazem parte da resolução 315 do Conama de 2002, que deu prazo pra que tudo fosse resolvido até 2009. Como não será cumprido, em punição, as autoridades estão estudando dar um prazo até provavelmente 2012. A gente, enquanto isso, come essa fumaça.
Confabularam para essa beleza, o governo do Estado de São Paulo, o Governo Federal, a Petrobrás, as montadoras e o Ministério Público. Palmas a todos que fazem o Brasil de hoje e de amanhã.

sábado, 15 de novembro de 2008

Doe sangue, doe órgãos.


Saiu no Terra que a doação de órgãos aumentou após a morte da menina Eloá. Segundo a matéria, devido a intensiva cobertura da imprensa, houve um aumento considerável de doações. Que ótimo! Não custa nada uma família que tem um parente em estado terminal doar seus órgãos. A argumentação de que existem máfias, contrabando de órgãos,etc., se existem ou a possibilidades de exixtirem é exatamente pelo fato de tantos órgãos irem apodrecer em cemitérios. Imagine quantos órgãos aproveitáveis não foram apodrecer em algum necrotério sómente hoje e só na cidade de São Paulo. E pelo país inteiro. Quantas pessoas não poderiam estar sendo aliviadas de sua aflição, podendo voltar a levar uma vida mais próxima do normal. Agora imagine quantas pessoas não têm que continuar a se arrastar entre médicos, hospitais, suportando dores, mal-estares, tendo a morte sempre por perto junto com um grande número de órgãos se perdendo pelo descaso, por crenças exóticas, etc.
Deveria ser a coisa mais normal do mundo quando uma pessoa morresse, ser levada para um “desmanche” e aliviar a penúria de outros, como deveria ser a coisa mais normal seus parentes virem com naturalidade esse tipo de procedimento e desejável.
Do ponto de vista religioso, se esse Deus existe, será que ele concordaria em dar aos homens um cérebro com capacidade pra que consigam desvendar e resolver seus males, mas se perderem negligenciando sua inteligência, os recursos desenvolvidos e se apeguem a rezas e pensamentos enviesados que acabe levando à morte e sofrimento de seu próximo?
Sejamos humanos, precisamos vencer o preconceito de que ser mais irmão é uma coisa boba, piegas.
Doe Sangue. Doe órgãos.
Sou um doador de sangue, quanto ao resto, não tive condições ainda.

O ocaso do capitalismo.


Fico impressionado com a liberdade de delirar que as pessoas se dão sem culpa nem receio. Só porque o “capitalismo” torceu o pé, já falam em derrocada, fim dos tempos, fase terminal, citam Marx, Lênin, fazem uma festa. Ah, vão delirar no banheiro! E não esqueçam da descarga, que ninguém é obrigado a suportar o cheiro do pensamento alheio.

A economia mundial vinha tendo um crescimento excepcional, crescendo como nunca, chegando a gerar falta de alimentos e petróleo, que mesmo sobrevalorizados devido á especulação, escasseava, mas mesmo com preços altos, a demanda não abaixava. Analistas afirmavam que os pobres do mundo estavam entrando no mercado de consumo, sendo empregados e que isso gerava problema de abastecimento. A situação era tão positiva que o excesso de crédito acabou gerando os tais títulos podres que envenenaram a economia. Não havia controle, nem regulamentação, deu no que deu.

Estados do mundo inteiro entraram pra acudir sua economia doméstica junto com seus Bancos Centrais e Tesouros, contando também com a assistência do FMI, Banco Mundial, e mais alguma instituição internacional, como a própria reunião do G20 discutindo a crise. Pode-se dizer que a economia vinha correndo, tropeçou e enterrou os cornos no chão, mas muito longe do óbito, como alardeiam os desvairados.

Não se trata de adorar ou odiar o “sistema”, não é isso, trata-se de analisar o que está acontecendo paltando-se pela sobriedade, pela realidade. Mas tenho plena consciência de que ao criticar alguém que fala em “derrocada do capitalismo”, que está “com os dias contados”, e por aí a fora, vão dizer que estou defendendo o “sistema”. Todos aqueles que não deliram na mesma sintonia, não fazem parte da mesma confraria, são “pequenos-burgueses”. Reconheço que já passei por aí, não nego nem me arrependo. O problema é empacar e ficar nisso.

Ficar argumentando que a crise de 29 durou 3, 5, 10 anos, também não quer dizer nada. Hoje as coisas são muito diferentes. Se naquele tempo em que o entendimento da coisa era mais curto o mundo não acabou, o socialismo russo que era novinho em folha não s'espalhou pelo mundo, não vai ser hoje. Por falar em hoje, alguém está vendo alguma revolta, algum sinal, algum burburinho indicando “o fim” ou “queda” desse tal de “sistema” de acumulação?

Pode ser que dure um, dois anos a crise, mas depois tem tudo pra voltar tudo como estava antes, crescimento, problema de abastecimento, etc. Só que agora com mais controle. O que não quer dizer que não venha a ter outras crises, quando vierem, teremos que aguentar a turma do delírio assolando nossos ouvidos com seu besteirol. Haja!

domingo, 9 de novembro de 2008

Concentração bancária.


Qual o motivo dessa corrida encarniçada por abocanhar outros bancos? Depois da anunciada fusão entre Unibanco e Itaú, principalmente Bradesco – o ex maior banco privado brasileiro – e o Banco do Brasil – ex maior banco brasileiro – se impuseram a meta de buscar a posição perdida colocando o setor em franca concentração. A concorrência que já era coisa de conto de fadas pros correntistas e usuários promete ficar pior ainda. 70% do setor está na mão de menos de meia-dúzia de bancos, e a tendência é haver um enxugamento no que já está seco.
A sociedade acabou de sofrer um golpe dado pelos bancos ao fechar o crédito deixando toda a sociedade sem dinheiro, pondo em risco o emprego de muita gente. Mesmo o governo liberando parte do dinheiro retido no Banco Central, só uma pequena parte desse dinheiro chegou á sociedade. Agora o governo provavelmente vai aprovar a fusão e a população deve ir treinando, seu fiofó vai virar cofrinho.

Ainda Obama.


O assunto do momento agora é o presidente eleito dos EUA. É Obama pra cá , Obama pra lá, Uma festa.

Tem gente que vê tanta coisa nisso que pirou! Acha que ele será o messias, um iluminado que onde pôr a mão curará todas as feridas sociais, políticas, etc. Já outros, vêem um excesso de expectativa, um desprendimento da realidade, e que a grande virtude está em ter sido eleito um negro, tirando esta novidade não sobraria muita coisa.

Obama não é só um negro. Assim como a sociedade americana não ficou tão bonzinha assim do dia pra noite. Ninguém deu esmola a ele numa cabine de votação. Não desbancou Hillary simplesmente por ser 'de cor'.

Obama chegou onde chegou porque impressionou as pessoas. O homem é um intelectual, dono de uma eloquência que não se acha em liquidações. Ninguém 'deu' nada, ele o conquistou. Convenceu que era o melhor. Não ganhou por ser negro, mas apesar de ser negro.

Pela sua história de vida, sua convivência com outros povos – mas não como um mariner, um soldado – a miséria com que conviveu e o preconceito que aturou em sua pátria o tornaram uma pessoa potencialmente diferente. Sua participação ativa em movimentos sociais faz dele uma pessoa com um tipo de vivência fora de parâmetro em se tratando de presidentes americanos.

O fato de ser formado em ciências políticas, também é um diferencial. A relação com sua assessoria tem tudo pra ser mais proveitosa, tanto em questões nacionais quanto em questões internacionais. As pressões inerentes ao cargo continuarão. Setores da economia, da sociedade, do Congresso com certeza o pressionarão. A virtude está em agora essas demandas serem negociadas em outros parãmetros.

Apesar de Obama não ser um messias (ou 'o' messias), acabou se tornando como um astro pop que promete causar furor onde passar. Os chefes de governo da Europa se acotovelam pra ser o primeiro a receber sua visita Se ele tiver inteligência e não desperdiçar esta aura que conquistou, será um estadista com grande poder de influência. E quanto mais influenciar positivamente, mais carismático poderá se tornar.

Acredito que países em que o antiamericanismo é forte, só o fato de sua eleição já provocou um degelo, mudou a espectativa. Um simples aceno em prol do diálogo poderá mudar toda uma disposição belicista de uma região como o Oriente Médio, e uma negociação séria, honesta, de respeito mútuo, faria bem para toda a humanidade.

Baile 'sem calcinha'.


Por falar em balada, quem nunca entrou numa barca furada? Pois é, vocês já ouviram falar na festa 'sem calcinha'?
O nome deixa todo marmanjo babando como um lobo selvagem esfomeado, porém não é nada do que parece, é a balada que só tem macho, só dá cueca, porisso 'sem calcinha'. Coisa pavorosa!

Ainda o Bush.


Nunca concordei com a tese de que Bush (filho) tenha invadido o Iraque por causa do petróleo, muito menos pelo argumento de que Saddan escondia armas químicas.
Bush (pai) foi o único presidente americano da história recente que não se reelegeu, e não se reelegeu porque sua popularidade foi a pique como consequência da invasão do Iraque. Os EUA invadiram o Iraque porém o presidente do Iraque permaneceu no cargo e o presidente dos EUA foi quem caiu. Isso criou um ressentimento em seu filho, BushII, agravado pela sua personalidade mesquinha. Daí sua convicção em invadir o país, que se não fosse por um motivo seria por outro, mas que seria invadido, seria sem dúvida. O motivo arrumado foi o das armas de destruição em massa que se mostrou sem fundamento e o combate ao terrorismo , mas dessa vez, seu ponto de honra seria depor aquele que atentou contra o clã Bush. Um terrorista mesquinho no comando do mundocom sua política de terror e um povinho bem besta que o criticou porém o reelegeu. Fodam-se! Têm que comer merda com catchup!

No bico do corvo.


A sociedade americana parece desmanchar quando se fala em padrão de vida. Pelo menos 50 milhões não tem plano de saúde, o que qualquer mal súbto pode levar uma família a passar um apuro financeiro dado o custo do tratamento. Metade das famílias tem algum vínculo com o mercado de ações o que com a crise econômica, complicou a situação financeira de muita gente. A população já de uma certa idade que tem um pé-de-meia em fundos, devido à desvalorização dos tais 'ativos financeiros' (ações, títulos, etc.) viu seu sonho de aposentadoria ou ficar mais distante ou ficar mais magro. Quem tem prestação da casa própria está sendo assombrado com elevadas prestações. É, o presidente recém empossado 'terá apenas uma bala', não poderá errar.

domingo, 2 de novembro de 2008

GP do Brasil



Sobre o GP do Brasil, Massa e Hamilton foram menos protagonistas e mais beneficiados e prejudicados por ação de outros pilotos. Foi Vettel quem colocou a taça de campeão na mão de Massa quando ultrapassou Hamilton, e foi Timo Glock quem passou a taça pro inglês ao jogar a toalha no final da prova. Não fossem os dois pilotos junto com São Pedro, que deram emoção no final, as coisas terminariam como terminou, só que com “menas”emoção.

Obama X MacCain


Obama, o candidato democrata a Casa Branca, tornou a eleição presidencial nos EUA, a mais popular talvez de todos os tempos, e pode-se dizer que MacCain, o candidato republicano, pode até perder a eleição, mas hoje ele é mundialmente conhecido graças ao seu adversário.

Não fosse Obama, a eleição americana seria apenas mais uma eleição americana em que pouca gente de fora acompanha e se interessa. Fossem dois MacCain's, ou dois Bush's, e o pleito seria um assunto exclusivamenrte 'deles'. Mesmo Al Gore, o candidato democrata que perdeu pra Bush numa apuração suspeita, e acabou virando um defensor da natureza, fez um filme sobre aquecimento global, mesmo ele não teve tanta atenção do mundo como esta eleição de agora. O mundo acompanha uma eleição que se tornou um evento planetário. Obama é pop.

Também pudera, é uma eleição sui generis. Um negro alinhado, intelectual, bom de retórica, que convenceu boa parte da população e da grande imprensa de que está preparado ou que é o melhor. O país inteiro lhe dá dinheiro, sendo talvez a campanha mais cara da história dos states. É uma campanha profissional em que parece que tudo está competentemente posto. Desde seu site na internet, seu discurso, até seu vice, sua esposa e família. Tudo aquilo que faz diferença pro americano. Do outro lado, parece que tudo foi arranjado também , mas pra dar errado. A campanha de MacCain é criticada pelos próprios republicanos. É um show de gafes, tanto por parte do candidato como de sua vice, Sarah Palin, que insiste em descumprir orientação de seu partido de ficar de boca fechada. Calada já causa problemas, como foi o caso da renovação de seu guarda-roupas,quando abre a boca então, é uma 'arrasa-quarteirão'.É uma campanha pobre em todos os sentidos, um anedotário. Talvez uma campanha que faça com que os republicanos nem queiram sair de casa pra votar.

Caso eleito, também, o mundo estará no encalço de Obama. A administração americana sempre teve repercussõs mundiais, porém agora será exponenciada, o mundo acompanhará as medidas tomadas por seu governante superstar pra conter a crise interna, a política nacional e internacional, com espacial atenção para o oriente médio. Atrairá muita atenção pelo fato de ser um negro governando uma das maiores nações racistas e preconceituosas do mundo. Mas como o Brasil também não fica atrás, outro dia um conhecido me disse que ninguém duvida que Obama ganhará a eleição, a aposta agora é se ele vai cagar na entrada ou na saída. Pode?

sábado, 1 de novembro de 2008

A crise imposta pelos bancos.


Todo mundo agora resolveu tirar uma da cara do Lula porque ele disse que a crise aqui não passaria de uma 'marolinha' e agora o Banco Central e o Ministério da Fazenda estão tendo que tomar medidas mais abrangentes pra conter a crise que está tomando grandes proporções. Não sou puxa-saco do governo, mas, uma coisa precisa ser dita:

Quando Lula fez seu pronunciamento, ele, seus acessores e ministros viam a crise 'do outro lado do Atlântico', ou seja, a crise estourou nos EUA e arrastou a Europa porque os títulos podres infestavam instituições financeiras dessas duas regiões. Não havia esse tipo de papel depreciado em bancos nacionais e a economia brasileira ía a todo vapor. As perdas por aqui se restringiram praticamente à bolsa que atingiu pessoas físicas e jurídicas, e a algumas empresas que especularam em dolar, mas nada que viesse a causar uma crise sistêmica na economia.

O que ninguém contava, era que os bancos brasileiros iam se aproveitar da crise e causar uma embolia financeira, travar a circulação de dinheiro. O governo de binóculos observava ao longe quando foi traido pelas costas.

Banqueiro não tem pátria nem escrúpulos. O que vale é aproveitar o momento pra se locupletar, independente de que venha a prejudicar, quebrar, ou pôr outros em situação complicada. A argumentação de que não há segurança em emprestar não passa de conversa pra boi dormir. Nem todas empresas são exportadoras, ou têm qualquer relação com o mercado externo, boa parte delas atende o mercado interno que continua aquecido.

Apesar de ter secado a captação de dinheiro lá fora, a oferta de dinheiro pela diminuição do compulsório não significou aumento de crédito porque os bancos enfiaram tudo em títulos públicos. Estes urubus pousados em cima do cofre estão dando risada de ver os juros ao consumidor ganhar os céus. O BC agora resolveu cortar a remuneração dessa parte que deveria voltar à circulação mas que os bancos mantêm entesourados. Ou seja, dinheiro tem, só que está na toca das raposas.

O governo evita retirar títulos públicos de circulação que aumentam a dívida pública, por pressão dos bancos e porque alguns analistas diziam – antes da crise – que se o governo resgatasse esses papéis causaria um excesso de liquidez, que poderia levar à inflação. Agora seria uma boa hora pra tomar medidas como essa pra pressionar os bancos a abrir os cofres. Mas como já disseram, “falta coragem e competência!”