sexta-feira, 9 de abril de 2010

Eleição entre dois candidatos.

O fato de as pesquisas de intenção de votos apontar os dois primeiros candidatos, Serra e Dilma já no ombro a ombro, faz com que a disputa nasça focada entre eles. Ciro Gomes e Marina Silva, pra não dizer os outros (nanocandidatos), estão com cara que ficarão sevindo água e café para o debate entre os dois.

Ciro e Marina são ex-ministros de Lula, mas pela coligação de seus partidos, é provável que no segundo turno Marina descambe pro lado do tucano, enquanto Ciro deva apoiar Lula.

Se Dilma é amparada por Lula, o presidente com maior índice de aprovação de seu governo em praticamente toda classe C,D e E, ela ainda não passa de uma ilustre desconhecida.

Serra, apesar de conhecido pelo país inteiro por já ter disputado uma eleição a presidente, o que dá uma tarimba que faz diferença, é caracterizado como o candidato das elites, liberal – o que no Brasil é um palavrão – privativista, e por aí a fora.

O que os dois têm em comum é a falta de empatia. Além da inexperiência em disputa de votos, Dilma tem um jeito meio sargentão, de durona, enquanto Serra, que por mais que diga que não é sisudo, se não começar a mostrar os dentes, será difícil quebrar sua imagem de estátua, e é difícil ter empatia por estátua.

Por enquanto Dilma é marionete na mão de marqueteiros. Eles é que comandam sua imagem, o que falar, como se vestir, que aspecto focar etc. Outro ponto é que parece melhor se apoiar que a “candidata do Lula” é (era) “ministra de Lula” do que “ministra-chefe da Casa Civil”. Que raio é esse?! Se é difícil explicar, talvez seja mais difícil ainda entender o que é isso, pra quem não conhece muito as entranhas do poder.

Outro ponto que costuma fazer diferença é o índice de rejeição do candidato. Quem tem um “teto” baixo, ou seja, uma rejeição alta, tem um limite de crescimento preocupante, por que fica muito mais difícil – quase impossível – conseguir voto entre os que o rejeitam.

Serra é mais conhecido, entra na disputa na dianteira em intensões de voto e de rejeição. Se não diminuir os que o rejeitam, mais pra frente pode ser um complicador.

Dilma quase não tem rejeição por que poucos a conhecem, mas dos que acompanham o noticiário e já ouviram falar de seu passado de guerrilheira, uma parte a consideram não como uma heroína que enfrentou a ditadura, mas uma bandida, ladrão de banco. E esse é um ponto que os adversários devem explorar.

Como ainda tem a Copa da África do Sul no meio do caminho, os candidatos devem fazer aquela cena de aparecer com a camisa da Seleção etc, depois é ue a coisa esquenta.

Como não vejo tanta diferença entre um candidato e outro, não me importa o nome nem o sexo do candidato, mas o que vai fazer com esse país quando botar a maldita faixa.



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