Daniela Mercury, entrevistada após cantar o hino nacional brasileiro em versão rítmo baiano, na abertura do Grande Prêmio Brasil de Fórmula 1, se dizia emocionada por cantar para o mundo todo, uma vez que se tratava da abertura de um evento internacional.
Apesar de hoje um inglês ter se tornado campeão mundial, uma parte “do mundo todo”não deu a mínima.
Para a imprensa norte-americana não existe Fórmula 1. Os site do “New York Times”, “USA Today”, “The Washington Post”, “Newsweek” e “International Herald Tribune”, não publicaram um “a” sobre o evento.
Entre os britânicos, “The Economist”, que não trata apenas sobre economia, também não tomou conhecimento. O “Sunday Express”, deu uma notinha com uma fotozinha bem michuruca lá quase no pé da página. O “Guardian” nem deu bola.
O “The independent on Sunday” deu a manchete com foto modesta no topo da página: “Button crava título mundial de Fórmula Um no Brasil”(segundo meu inglês macarrônico)
Ai sim, o “Mirror” que tem cara de tablóide sensacionalista estampou uma foto do piloto com enunciado em letras garrafais: “Campeão do mundo. Button é o rei da F1”
O “The Sun”, também com cara de tablóide, vem com vários assuntos mais destacados, e a conquista de Button, numa foto e manchete menor, meio perdida no meio da página.
A impressão que passa é que este esporte, muito popular por aqui, pra aqueles lados, é como corrida de patinete, campeonato de bolinha-de-gude, ou coisa parecida, ninguém dá muita bola.
De fato, tem gente no mundo todo acompanhando o evento, mas não tem o mesmo apelo que tem por aqui. Como os esportes muito populares por lá, como o futebol americano que estampa fotos e manchetes em toda a imprensa americana, até tem quem acompanhe por aqui, mas é um público muito pequeno, pode ter algum time, algum campeonato, mas nem aparece na imprensa daqui.
A virtude de Daniela foi ter cantado o hino nacional de maneira empolgante, sem diminuí-lo, e quase sem erros. Mas o “mundo todo” nem percebeu.
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