Está pra ser lançada uma faixa inédita de Michael Jackson, “This Is It”, que será trilha sonora de um filme que será lançado em cd duplo, que mostrará cenas do ensaio do show que preparava quando morreu.
Isso é só o começo. Daqui pra frente, quase todo ano deverá ser lançado alguma “coisa” sonora de Maicol por toda a eternidade. Olhando o que aconteceu – e acontece – com os Beatles, Elvis, etc, dá pra ter uma ideia do deverá acontecer com o “rei do pop”. Até hoje lançam acordes, espirros, trechos de músicas, conversa fiada de ensaios, desafinadas, etc. Dos Beatles, por décadas esse tipo de material foi posto à venda, mostrando que as gravadoras não têm escrúpulos e os fãs estão dispostos a comprar todo lixo que as gravadoras disponibilizarem. Se os fãs não dessem trela pra esse tipo de expediente das gravadoras, isso teria acabado há muito tempo.
Imagine o quê não deve ter guardado de tranqueira, e até alguma curiosidade interessante de Madonna, que começou nova e hoje já é uma senhora. Rolling Stones e Bob Dylan, que tocaram na Arca de Noé, entre outros. Por mil anos vão lançar “novidades” deles.
Outro recurso que as gravadoras costumam utilizar é botar um defunto para fazer parceria com algum artista vivo. Nat King Cole, depois de morto apareceu fazendo um dueto com sua filha na faixa “Unforgettable”. Elvis que morreu em 1977, apareceu num som todo moderninho, numa mixagem de “Little Less Conversation”. Até Raul Seixas entrou na onda e mesmo depois de bater as botas, apareceu fazendo um dueto com aquela cantora brega, Rosana, na canção“A Maça”, de letra meio libertina.
Como os programas de computador se multiplicam como coelho, e evoluem da noite pro dia, há um horizonte de possibilidades à perder de vista. A hora em que computadores conseguirem – se é que já não conseguem – recriar o timbre de voz de algum artista, ou ilustrando, replicar o “DNA” do timbre de voz de alguém, junto com sua personalidade de cantar, aí quem sabe Elvis, Beatles, Michael Jackson, Raul, Sinatra, Luiz Gonzaga, Lennon, etc, voltem a gravar.
Com os recursos gráficos cada vez mais perfeitos, aparecerão em clipes como se de fato estivessem vivos. Imagine convencer uma platéia de fãs que seu ídolo morreu, se todo ano ele lança coisa nova. E como convencer que ainda está vivo, ou que existe de fato, se o que é apresentado, não dá pra distinguir o real do virtual.
Deixemos estes dilemas pras próximas gerações.
Nenhum comentário:
Postar um comentário