sábado, 17 de outubro de 2009

O quarto poder

A “lei de mídia”aprovada pelo senado argentino tem seu lado positivo e negativo. Positivo por que diminui o poder de oligopólios da comunicação. Redes nacionais de rádio e televisão aberta e a cabo, junto com a mídia impressa, tudo pertencente a uma única empresa, limita a tal “liberdade de informação”, caminhando no sentido de “oligopolização” de opinião. Meia-dúzia de empresários da comunicação impõe uma visão de mundo e o que é certo e errado. Mais fácil de manipular fatos e verdades. Mais ou menos o que acontece no Brasil, em que cinco famílias dominam os principais meios de comunicação e de opinião: a família Mesquita, do Estadão, os Civitta, da Abril, os Frias, da Folha, os Saad, da Bandeirantes, e os mais influentes, os Marinho, da Globo.


O lado negativo da lei argentina, é que, apesar de ser uma necessidade a diversidade, e por isso a restrição, a iniciativa se deu por que o oligopólio d'O Clarín estava denunciando as falcatruas e enriquecimento desproporcional do casal Kirchner. É uma publicação de oposição, não fosse por isso, continuaria podendo ser dono de jornal, rádio, televisão, etc, tanto que o casal presidencial deverá repassar concessões aos “amigos do rei”. A lei é uma clara manipulação dos meios de comunicação pelo governo.

Outro fator positivo foi o campeonato nacional de futebol, que não passava na tv aberta, apenas em a cabo, que é pago, pra assistir aos jogos precisaria adquirir o pacote, agora será transmitido em canal aberto, gratuito.

Aqui no Brasil, não se chegou a esse ponto, de não se poder assistir a um jogo na tv aberta, mas é um canal de tv que impõe o horário do jogo, de acordo com sua grade de programação, como se o futebol fosse propriedade dessa emissora.

O brasil tem uma infinidade de rádios, tvs locais, etc, mas boa parte funcionam como afiliadas de grandes redes, formando no final das contas, um grande oligopólio da comunicação. A internet por enquanto tem sido um grande canal alternativo de informação e opinião.

Seria muito positivo se o Brasil adotasse medidas como nos EUA e Europa em que proprietário de mídia impressa é de mídia impressa, de rádio é de rádio, e assim por diante. Não é como aqui, que uma empresa é dona de zilhões de canais de tv aberta e paga, jornais impressos, e zilhões de rádios AM e FM. A liberdade de opinião e de informação foi pras cucuias há muito tempo. É um lugar onde é mais influente o tal do “quarto poder”, o poder dos meios de comunicação.

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