Aproveitando a deixa que o presidente Lula deu esta semana sobre Cristo e Judas, procurando justificar suas alianças espúrias de consequências ídem para o país, parece dificil achar um Cristo nesta história em que parece tratar-se de uma confraria de Judas. Diga-se de passagem que trinta moedas de prata aí virou fichinha. Os Judas que assenhoram Lula e compõe todo o cenário político nacional fariam com que o Judas verdadeiro não tivesse o remorso que teve.
Judas bíblico arrependeu-se, não aguentou o remorso, devolveu o dinheiro e s'enforcou. A frente Iscariotes nacional deita e rola e ainda “se lixa” para a opinião pública. Quando a imprensa junto com a opinião pública começaram a meter o pau por que os parlamentares estavam utilizando verba pública para sua curriola andar de jatinho pra cima e pra baixo entre outras benesses, eles aprovaram uma emenda (um remendo)legalizando a falcatrua. Alguém espera que umas tranqueiras dessas se arrependam, que passe pelas suas cabeças uma luz patriótica? Soa rizível.
Nossos Judas são mais espertos que os outros. Cristo aí é um Judas fazendo cena. Quando Lula reclama da situação, esconde embaixo do tapete o quanto contribuiu e se valeu da situação. O partido de Lula ofereceu as moedas de prata ao Congresso tentando arregimentar seu apóstolos no legislativo. A traição levou à inconfidência, que desmascarou o mensalão. Judas negou Cristo por três vezes. Só o PT acreditou em sua versão.
Lula tem um pouco de razão ao reclamar que o sistema político não ajuda, mas teve muito tempo para mudar isso, e muito prometeu. Chegou a dizer que se reeleito a primeira reforma premente que faria era a política, mas passou calado pelos dois mandatos. Agora chora. Como seu antecessor, também reclamou, também prometeu, e também relegou ao próximo.