sexta-feira, 26 de fevereiro de 2010

Polícia civil de S P e a “Operação Pastelão”

Delegado que organizou "comédia" não se manifestou.

A polícia civil paulistana empreendeu o que poderia ser chamado de “Operação Pastelão”. Investigou por 15 dias os hábitos dos traficantes e usuários de crack na famosa região da Luz, mais conhecida como “Cracolândia”. Até aí tudo bem, o problema é que ao desencadear a operação, foram presos quase 80 pessoas envolvidas com o tráfico além de aproximadamente 300 usuários que foram levados a pé para um posto municipal. Só que o posto onde deveriam ser recebidos por agentes municipais estava vazio por que ao perceberem o que acontecia, os plantonistas fugiram do local.

Os agentes da prefeitura que fazem um serviço social com os usuários não só não sabiam de nada, como não queriam ser vinculados a operações policiais. Tinham medo de serem acusados de terem chamado a polícia. Como não foram atendidos, os “deditos” ficaram alí por perto de meia hora sendo liberados em seguida. Depois de passarem por todo esse incômodo, todos voltaram às mesmas ruas em que consumiam a droga. Diga-se de passagem que o posto municipal onde foram levados, apenas daria assistência social e médica.

A política de combate ao crack tem sido lamentável. A polícia sempre demonstrou conivência ao deixar a coisa correr solta, as vezes prendendo um ou outro em caso de reportagens mostrando o descomprometimento da segurança pública com o problema. As declarações das autoridades sempre demonstraram pouco caso, no sentido de que não podem fazer nada.

Fora isso, a prática corriqueira tem sido a política do “espanador”. O espanador não limpa, não remove a sujeira, apenas a espalha para todos os lados. É assim que sempre se tratou os usuários de crack no centro de São Paulo. Não se detém, não se encaminha para instituições de tratamento, apenas os “espantam” dali igual cachorro de rua. As consequências da inconsequência, é que disseminou pela cidade perto de 200 focos de uso e tráfico da droga – por enquanto.

A população continua refém desses pequenos marginais e os patetas que comandam as políticas de segurança do Estado.

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