domingo, 7 de fevereiro de 2010

Cuidado com papo de tucano.


O governador paulista Mário Covas era contra a reeleição, quando ela chegou, defendeu seu fim, até o dia em que foi escolhido para se “auto-suceder”, uma vez que não tinha outro. Como saída, achou melhor dar aquela desculpa mais esfarrapada, de que fora decisão partidária, e que apesar de ir contra seus princípios, iria acatá-la, por que era um homem de partido. Muito boi dormiu com essa conversa.

O mineiríssimo Aécio, que disse que não sairia na mesma chapa de Serra, começa a relativizar seu discurso. Quando mais à frente, o partido clamar por seu auxílio para derrotar a candidata do PT, talvez o governador mineiro resgate o discurso de Covas e como um homem que respeita as decisões do partido, relegue suas palavras.

Parece a linha “esqueçam o que eu falei”, suposta frase de um “medalhão” do partido, que nega peremptoriamente sua paternidade.

Não critico quem respeite e se submeta às decisões da legenda a que faz parte, é sinal de espírito de coletivismo, algo positivo. O que questiono é: por que assumir um posicionamento, se corre risco de não poder sustentá-lo, ter que voltar atrás, e ainda, em cada entrevista ser questionado pela volatilidade de suas palavras.

Sei que isso não acomete apenas um partido. Talvez todos em todas as esferas da vida pública, é um mal da política nacional. Mas quanto “maior” a pessoa, maior a cobrança.

O tucanato é acusado de ficar em cima do muro, talvez seja melhor não assumir posição que não sustentá-la.

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