terça-feira, 15 de julho de 2008

Cega e burra.


Duas principais críticas que se faz ao judiciário são:
*É demorada
*Só funciona pra pobre.
Aí a Polícia Federal prende um banqueiro, por determinação de um juiz de primeira instância. Um ministro do Supremo, ninguém menos que seu presidente entra em cena e o manda soltar. É divulgado por toda imprensa uma montoeira de dinheiro que seria usado pra corromper autoridades e comprar o sumiço do participação do magnata no esquema fraudulento investigado pela “operação Satiagraha” da PF. Novamente o juiz de primeira instância emite o mandato de prisão. Em SETE horas, o ministro do Supremo manda soltá-lo.
Que presteza da justiça, que eficiência. Esse tal de Gilmar Mendes, o presidente da maior instância da justiça nacional que dizem ser uma pessoa ilibada, pode até ser, mas agiu de maneira muito estranha, do meu ponto de vista, de maneira muito suspeita. O procurador da república, condutor da operação da PF, disse que esta seria uma decisão sem precedente na história da jurisprudência do STF, e que foi criado foro privilegiado para o banqueiro.
Fico imaginando pessoas que têm ou tiveram ações na justiça, nas diversas áreas e viram e vêem completar bodas e bodas e nada. Dependendo do caso leva quase dez anos pra se resolver e de repente em uma semana é pá e pum, prende, solta, prende, solta. É uma beleza.
O evento acabou gerando uma crise no próprio judiciário, como com o executivo. Mais uma que põe o judiciário no banco dos réus na cabeça da população. Porém, como boa parte das pedras veio de seus próprios membros, não é só a população que se incomoda com as decisões do judiciário, aparentemente cada vez mais distante do ideal de justiça como aquilo que seria justo.

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