O mundo ocidental se mostra incomodado – pra dizer o mínimo – com o armamento divulgado pelo Irã, como pela hipótese de o país desenvolver projeto de enriquecimento de urânio para fins bélicos.
Pois bem, vamos tirar a poeira dos neurônios:
Quando os EUA “ganharam” a guerra do Iraque e seu menestreu Bush apareceu todo pimpão, feliz da vida com seu tento, ai divulgou uma lista de países (Irã, Coréia do Norte, Venezuela, Cuba...), que formariam o “eixo do mal”, aqueles que de alguma forma fomentariam o terrorismo, daí potenciais países a serem invadidos, a conhecerem o peso da lei, da ordem e da liberdade, missão divina da “América” em sua cruzada contra o terror. O primeiro efeito foi desencadeamento de uma corrida armamentista por parte desses países citados (afinal, quem que representaria o terror?).
O Irã, logo em seguida divulgou um vídeo em que mostrava um armamento mais ou menos entre um míssil e um avião que voava baixo, fora do alcance de radares. A Coréia do Norte bateu mais forte na mesa, dizendo que tinham a bomba! (nuclear)
Alguns anos depois, o Irã foi acusado de desenvolver um projeto nuclear com fins nada pacíficos. A Coréia foi acusada de contrabandear material enriquecido e tecnologia para o Irã. Os dois países negaram.
No mês passado, Israel não só realizou um mega ensaio de guerra com força aérea, terrestre e com tudo o que pôde, pouco depois, veio a declaração de um membro do governo dizendo que um ataque ao Irã era praticamente certo.
Os EUA com a conversa de se prevenir de um ataque iraniano, está instalando um sistema de defesa no Leste Europeu. Aonde? A começar na Geórgia e Croácia, países que têm problemas com seu antigo patrão e tutor: a Rússia. Moscou prometeu boicotar o fornecimento de petróleo às repúblicas vizinhas caso permitissem a instalação de base de lançamento de mísseis americanas em seus territórios.
Na semana que passou, o Irã divulgou imagens em que mostra mísseis de médio e longo alcance, dizendo que se os EUA e Israel atentarem contra sua integridade, iriam se dar mal.
A Russia disse que o armamento iraniano não tem alcance tão abrangente assim, chegando a Israel e algumas bases americanas no Oriente Médio, mas os americanos alegam precisar de uma linha de defesa no Leste Europeu pra se defender de países como o Irã. Ou seja, a guerra fria está esquentando.
Os americanalhados pintam um quadro escuro pelo fato de Teerã um dia vir a ter “a bomba”, mas como queriam que se portassem frente ao pronunciamentodo presidente da nação mais poderosa prometendo invadí-los? Khomeiny, que pegou a revolução de 79 em curso e acabou tomando a frente assumindo o comando do país, chamava os EUA de “grande satã”. É normal e legítimo que um país nessa situação se arme.
Mas o Irã se armando, causou arrepios em Israel, o medo fez com que se preparassem para destruir o inimigo antes que este venha a conquistar seu grande trunfo, o armamento não convencional. E a ameaça de Israel é a segunda promessa de invasão do Irã.
Alguém espera que os xiitas fiquem esperando o mundo cair sobre eles sem nenhuma reação? Como fica a cabeça dos cidadãos iranianos ouvindo ameaças, fazendo do dia de amanhã uma loteria, uma coisa incerta?
A primeira coisa de que o mundo precisa é o fim do mandato de Bush, depois, de muita negociação, mas o fato deste insano abandonar o tabuleiro, já é um grande evento para a paz no mundo.
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