sábado, 5 de abril de 2008

OBAMA: Novo candidato numa nova sociedade.


Quando a gente vê um cara como o senador Obama ponteando uma eleição americana – ainda que sejam prévias – sem protestos de grupos conservadores, a gente percebe como mudou essa sociedade.

O fator preponderante que conta é a pessoa do candidato, seu discurso, suas propostas, seu carater, sua personalidade, e não sua cor ou 'raça'. Sua popularidade não se fez porque ele é negro, mas por suas virtudes que não são deixadas de lado pelo fato de ser negro - assim como se fosse mulher, índio ou o quê o valha.

Caso apareça outro negro e não desperte o mesmo interesse por não ter um cabedal de virtudes equivalentes provavelmente será preterido pelos eleitores o que não que dizer que a sociedade tenha tido uma recaída em relação à discriminação. É o famoso discurso da competência que tem um viés politicamente incorreto mas que é o que conta no final das contas.

A Hillary não consegue fazer frente a ele não pelo fato de ser mulher ou loira, mas porque convence menos, suas propostas são menos atraentes, cativa menos. Não tem cacife pra fazer frente ao senador. Não lí nem ouvi falar de algum colunista falando mal dele. É uma considerável diferença dos tempos de Luther King quando os negros lutavam pra ter voz na sociedade o que acabou sendo o motivo de sua morte. Era tido por muitos como um negro atrevido. E hoje este negro não está pedindo que lhe ouçam, ele quer a presidência da república! E é o candidato que mais tem atraído a simpatia inclusive com participação finaceira dos eleitores.

As mulheres nesse período não tinham um estatus muitodiferente.Talvez não fossem tão discriminadas como os negros mas estavam também longe da igualdade dos homens brancos.
Outro fato interessante é a quantidade de negros ocupando os canais de videoclipes, seja pela black music, ou pelos rip rop's, reggae's, pop's, etc. A molecada da última geração dançou e curtiu muita 'música de negão'o que contribuiu para o esfriamento da tensão sobre a cor da pele e da cultura.

Talvez o preconceito se manifeste de outra maneira: puxa vida, como é que um negro pode ser tão bom assim?!...

Caso eleito, há o potencial de o atual senador botar em degelo o antiamericanismo tão cultivado, regado diariamente pelo atual mandatário da nação, como levar ao mundo novos valores como o velho humanismo.

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