Enfiando a faca sem dó.
Um quilo de chocolate em barra sai MENOS de vinte reais (branco, ao leite...). O meio amargo sai por volta de R$20,00.
Um ovo de páscoa de duzentos gramas sai MAIS de vinte reais.
Se estiver mais interessado no chocolate que no formato de ovo, com menos dinheiro(de R$17,00 a R$20,00), leva o equivalente a CINCO ovos(1kg), só que em barra e sem aquele monte de embalagens. Não compensa?
domingo, 29 de março de 2015
quarta-feira, 11 de março de 2015
Depois de tudo, o PT vai mudar?
Delúbio Soares, tesoureiro do PT, acabou condenado e preso por arrecadar e distribuir dinheiro ilícito no mensalão. João Vacari, seu substituto, é sempre citado pelos mesmos crimes no escândalo da Petrobras.
Na época do mensalão, Lula teve seu mandato ameaçado não fosse um acordo entre parlamentares – que depois passou a ser negado. Agora, o esquema muito maior, envolvendo muito mais gente, outra vez ameaça o governo. Dilma está com a corda no pescoço. E mais: o pelotão de signatários da delação premiada – que pode aumentar – promete causar muito estrago ainda.
Parece que alguns membros do partido não sabem, mas o PT é visado pela imprensa, o desvio de um pirulito pode virar um holocausto. A corrupção, como relatada pelos delatores da Petrobras, vinha de muito tempo, contamina estatais, estados e municípios país afora, porém, só gera fato quando a gestão é do PT. Porém, agem como se não soubessem, reclamam porém não se tocam.
Não tenho dúvida que o sr. Vaccari Neto será um dos que será condenado e sua prisão será explorada à exaustão pela mídia por ser um medalhão do PT realçando a pecha de partido contraventor, corrupto.
O que tenho dúvida é se o partido mudará. Depois de ter seus dois tesoureiros condenados, seus dois presidentes postos na corda bamba, sua imagem comprometida, será que uma reflexão sobre o desgaste a que se expõe já não passou da hora? Lula assumir que alguns membros cometem vícios que “nos envergonham” é um início. Falta aprofundar a discussão e mudar a prática.
O problema maior do PT, além da imprensa e a oposição são seus próprios membros tacanhos que na sanha de arrecadar mais um milhão, comprometem toda uma mudança de política social, de democratização da sociedade, de diminuição das distâncias de classe. Podem pôr tudo a perder ao dar o que a imprensa quer, condenações e o envolvimento em grandes escândalos com bandidos vip’s de nossa pátria mãe gentil.
Ou será preciso que o partido tenha um presidente de sua legenda perdendo o mandato saindo pela porta dos fundos do palácio do planalto como fez Collor, o partido totalmente desmoralizado para aí então resolver fazer um ‘mea culpa’?
Ou ainda que todos os problemas estão somente na mídia e na oposição?
domingo, 8 de fevereiro de 2015
Petrobras: por que não se cobra quem deveria fiscalizar?
Este governo tem culpa no cartório em relação ao escândalo da
Petrobras? Tem. O próprio Lula disse “o PT pratica vícios que sempre criticou
na política tradicional”, que alguns membros cometem “vícios que nos
envergonham”.
Agora, pra chegar aonde chegou é preciso saber qual o degrau
que cabe a cada governo anterior, também a cada instituição que tem por
finalidade fiscalizar – Tribunal de Contas da União, Poder Judiciário, Ministério
Público, Poder Legislativo.
O delator Paulo Roberto Costa disse que entrou na empresa no
governo Sarney e já era assim. E a responsabilidade dos que tem por atribuição
fiscalizar? Graça Foster – ex-presidente da empresa – falou em um prejuízo em
torno de 88 bilhões. E o tribunal de contas não percebeu nada? Nenhum órgão fiscalizador
que custa bilhões ao orçamento público, nunca viu nada em décadas?
Aproveitando que a Câmara pretende instalar outra CPI da
Petrobras, seria bom incluir em suas atribuições investigar os cegos que ganham
– muito bem - para estar vigilantes.
sábado, 17 de janeiro de 2015
Liberdade de expressão dos cínicos.
Num dia a França se indigna contra radicais islâmicos que não entendem a “liberdade de expressão”o que os levou a cometer atos terroristas contra um periódico que satirizava tudo, inclusive a religião muçulmana.
Uma enorme passeata em que líderes mundiais assassinos, torturadores, perseguidores de opositores e sensores foram mostrar sua cara de pau e cinismo pelas ruas de Paris reivindicando liberdade com cobertura de uma imprensa mundial igualmente cínica. A tal “liberdade de expressão” tão falada nestes dias é mero proselitismo da mídia, que puxa a sardinha pra sua brasa, quer poder falar o que bem entende sem cerceamento.
Noutro dia, um comediante acabou detido por fazer ironia em relação aos judeus. E aí a surpresa: cadê a liberdade de expressão???
O ministro do interior da França teria defendido a detenção do humorista dizendo que seu comentário demonstrava “irresponsabilidade, desrespeito e uma propensão a alimentar o ódio e a divisão, e isso é insuportável”. (Folha, Mundo 16, jan.)
Ué, não era exatamente isso o que a comunidade muçulmana critica em relação às ironias do tabloide parisiense?
Caiu a máscara. O que não se esperava é que fosse tão cedo.
A presidente e o condenado.
O pedido de clemência da presidente em relação ao brasileiro condenado à morte na Indonésia não cabe juízo de valor, se ela concorda ou não com o crime, ou se o crime é grave ou não. A mediação é função de todo presidente, que deve interpelar pela vida de seu cidadão. Não é questão de acusar a chefe de Estado de defender criminoso, mas de intervir por ser um brasileiro independente da natureza da condenação.
terça-feira, 13 de janeiro de 2015
Marta Suplicy ganhou farto espaço na mídia depois de uma entrevista que não mereceria mais que uma nota. O depoimento foi catapultado a páginas de jornal, grandes reportagens (em espaço) e análises.
Divergências e criticas entre membros de uma agremiação é a coisa mais normal do mundo. O que a mídia quer é explorar o fato. A intenção do leva e trás é fermentar a cizânia, dividir o governo, seu partido e a militância.
Se Marta diverge do partido ou quer abandonar a legenda e suas criticas são uma estratégia para não perder o seu mandato de senadora (de acordo com a legislação eleitoral a troca de partido é permitida em caso de divergência), isso não vale 10% do espaço que está sendo dado.
Esse é um não assunto, que não merece muita atenção. Quem está valorizando o fato não são as partes, é a imprensa interessada na rivalidade e no rompimento – quanto mais traumático, melhor.
Tem coisa mais importante que merece interromper minha ociosidade.
"Mercozy", o retorno.
A marcha no centro de Paris, França, em que mais de 40 representantes de diversos países além da população foram prestar solidariedade às vítimas e manifestar contra o ato terrorista a um ‘hebdomadário’, um semanário francês, serviu para que reaparecessem juntos a dupla conservadora Angela Merkel, chanceler alemã e o ex-presidente francês, Nicolas Sarcozy, que ficaram conhecidos como “Mercozy”, devido ao fato de os dois além de sempre estarem juntos, também acabaram ditando o rumo da política europeia contra a crise econômica iniciada em 2008.
A crise estourou nos EUA, e o presidente Obama, que assumiu seu primeiro mandato, no início de 2009, optou por uma política de investimento do Estado, que compraria títulos públicos em grande quantidade derramando uma enorme quantidade de dinheiro na economia – conhecido como ‘quantitative easing’ – barateando o crédito e desvalorizando o dólar, tentando resolver a crise estimulando a economia.
A Europa, subordinada à dupla “Mercozy”, escolheu outro caminho. Um forte corte de despesas e investimentos pelos Estados jogou a economia já combalida no chão. O que a crise não devastou as medidas restritivas o fizeram. O desemprego disparou junto com os protestos. Os cortes causaram retração do PIB, restringindo a arrecadação para pagar o rombo da crise. O velho continente quase se desmanchou.
Hoje a economia dos EUA – ainda em convalescença – cresce consistentemente, enquanto a zona do euro patina. O presidente francês encerrou o mandato acusado de corrupção, enquanto que a gerentona alemã reina até hoje.
Em dezembro, o Banco Central Europeu anunciou seu “quantitative easing”, vai despejar 1 trilhão de euros na economia. Enquanto Paris marcha, a economia europeia titubeia.
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