terça-feira, 13 de janeiro de 2015

"Mercozy", o retorno.

A marcha no centro de Paris, França, em que mais de 40 representantes de diversos países além da população foram prestar solidariedade às vítimas e manifestar contra o ato terrorista a um ‘hebdomadário’, um semanário francês, serviu para que reaparecessem juntos a dupla conservadora Angela Merkel, chanceler alemã e o ex-presidente francês, Nicolas Sarcozy, que ficaram conhecidos como “Mercozy”, devido ao fato de os dois além de sempre estarem juntos, também acabaram ditando o rumo da política europeia contra a crise econômica iniciada em 2008.

A crise estourou nos EUA, e o presidente Obama, que assumiu seu primeiro mandato, no início de 2009, optou por uma política de investimento do Estado, que compraria títulos públicos em grande quantidade derramando uma enorme quantidade de dinheiro na economia – conhecido como ‘quantitative easing’ – barateando o crédito e desvalorizando o dólar, tentando resolver a crise estimulando a economia.

A Europa, subordinada à dupla “Mercozy”, escolheu outro caminho. Um forte corte de despesas e investimentos pelos Estados jogou a economia já combalida no chão. O que a crise não devastou as medidas restritivas o fizeram. O desemprego disparou junto com os protestos. Os cortes causaram retração do PIB, restringindo a arrecadação para pagar o rombo da crise. O velho continente quase se desmanchou.

Hoje a economia dos EUA – ainda em convalescença – cresce consistentemente, enquanto a zona do euro patina. O presidente francês encerrou o mandato acusado de corrupção, enquanto que a gerentona alemã reina até hoje.

Em dezembro, o Banco Central Europeu anunciou seu “quantitative easing”, vai despejar 1 trilhão de euros na economia. Enquanto Paris marcha, a economia europeia titubeia.

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