sábado, 29 de novembro de 2014

Nova equipe econômica



A nova equipe econômica assume que avanço de programas sociais vai depender da estabilidade econômica. Alguns petistas - e esquerdistas - criticam tanto a Lei de Responsabilidade Fiscal - que não deixa o governo gastar mais do que arrecada, como a meta de superávit fiscal, a economia que o governo faz para pagar os serviços da dívida. Reclamam da ‘bancarização’ da economia.


As consequências do pensamento desses “críticos” é um maior atrelamento aos bancos do que se for cumprido as metas dos xingados de “liberais”. A dívida pública alimentada com os juros exorbitantes, aumenta ano a ano a quantidade de recursos transferidos do Estado para os bancos. A negligência em pagar esta dívida no “cheque especial”, faz com que cada vez mais, haja menos recursos para o desenvolvimento do pais e mais recursos vão parar limpinho nas mãos de instituições financeiras.


Descartando a hipótese do calote, quanto menor for a dívida, mais se vislumbra um futuro melhor, com mais recursos para investimento no social, em infraestrutura ou o que o valha. Uma economia previsível e saneada, gira com juros menores - num primeiro momento o Banco Central promete aumentar os juros e a desvalorização da moeda gera um pouco de inflação mas ajuda a recuperar a indústria, tão atingida pelo baixo crescimento. 


Os ajustes prometidos são necessários e Dilma, pós em economia sabe disso. Sua tentativa de controlar a inflação atrelando estatais, bancos públicos e políticas econômicas discutíveis deram errado, e ela apontou mudanças na campanha.


As medidas propostas pela equipe que assume não tem nada de diferente da política de Palocci, o primeiro ministro da Fazenda de Lula, um mão fechada tão ortodoxo que não tinha o que tirar nem pôr de qualquer economista tucano, só que era petista - apesar de não parecer.


Dilma e Levy são dois mandões. Vamos ver até onde e como vão se entender. Têm tudo para fazer o país voltar a crescer prescindindo das desculpas do baixo crescimento. Vem aí o primeiro lote de medidas que estão preparando, e a sintonia entre BC, Fazenda, Planejamento e Presidência é fundamental. 2015 vem ai.

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